
Por trás da aparente comemoração, a cúpula da TV Globo não esconde a insatisfação com os resultados do Emmy Internacional deste ano, a maior premiação da televisão mundial. Diferente de edições passadas, a emissora, que sempre foi o carro-chefe das empresas da Família Marinho, ficou de fora das indicações. Os vencedores serão anunciados na festa de gala em Nova York no dia 25 de novembro.
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Desta vez, quem garantiu presença entre os finalistas foram outras empresas do grupo. Julio Andrade concorre ao prêmio de Melhor Ator por sua performance em Betinho: No Fio da Navalha. A série, dirigida por André Felipe Binder, é uma produção do Globoplay, Afroreggae Audiovisual e Formata Produções e Conteúdo, e narra a luta do sociólogo Herbert de Souza contra a fome no Brasil.
Outro destaque entre os finalistas é o documentário Transo, dirigido por Lucca Messer, que concorre na categoria de melhor documentário. A obra, que retrata a vida sexual de pessoas com deficiência, é fruto de uma parceria entre o Canal Futura e a Fundação Roberto Marinho.
Diante da ausência de indicações para o jornalismo e as telenovelas, que historicamente sempre garantiram a presença da Globo no Emmy, a direção da emissora já planeja uma reunião nos próximos dias para entender o que está acontecendo. Acostumada a colecionar prêmios, a Globo, até hoje, já levou 18 estatuetas do Emmy Internacional, concedido pela Academia Internacional de Artes e Ciências da Televisão. Contudo, este ano marca um momento de reflexão sobre a perda de influência, não só no cenário global, mas também dentro de sua própria estrutura.
Também na finalíssima, Acorda, Carlo!, criada e dirigida por Juliano Enrico, como Melhor Animação Infantil. Produzida pela Copa Studio para a Netflix. Narra a história de Carlo, que adora biscoitos e aventuras. O personagem cai num sono profundo devido a um feitiço, despertando com a vida mudada.