O criador do Padrão Globo de Qualidade foi mais um a opinar sobre a onda de remakes ocupando o espaço de novas produções dramatúrgicas. Diante dos fracassos das regravações atuais, entre elas Renascer no horário nobre, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho é uma voz dissonante entre os tantos que vem condenando a reciclagem de textos.
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Para Boni, como é conhecido, os remakes só são justificáveis se a a nova versão tiver condições de superar a primeira em termos de qualidade de texto, elenco e técnica.
“Eu acho que os remakes só devem ser feitos quando puderem fazer versões melhores que as originais. Fiz um remake que foi um fracasso, Irmãos Coragem, porque era pior que a primeira versão. Já o remake de Selva de Pedra ficou melhor que a primeira versão, porque era mais bem acabado e entendemos melhor o texto”.
O assunto tem tido ainda mais repercussão diante do anúncio da Rede Globo em comemorar seus 60 anos com a remontagem de um dos clássicos da emissora, a novela Vale Tudo, original de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, proposta que vem dividindo opiniões.
Boni participou do icônico programa Sem Censura, da TV Brasil, atualmente comandado por Cissa Guimarães. Durante a entrevista, um dos homens mais importantes da televisão, falou ainda sobre as estratégias para sobreviver aos cortes da censura durante a ditadura militar, de como criou o programa Xou da Xuxa e de sua amizade com Dercy Gonçalves, Chico Anysio e Chacrinha.
O ex-todo poderoso da Globo está lançando ”O Lado B d Boni” – o seu segundo livro de suas memórias que se fundem com a história da TV brasileira.