Dia 7 de março, 50 dias do BBB 22 no ar. Chegamos à metade da duração desta temporada e se Tadeu Schmidt começasse um discurso em dia de paredão, provavelmente falaria “hoje somos 14 brothers e sisters”.
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Mas se for para falar em números, dizer “hoje somos quase 34 milhões” também faria jus ao momento, celebrando a média diária de fãs que acompanham a jornada da casa mais vigiada do Brasil.
Ainda há muita história para acontecer até a grande final do ‘Big Brother Brasil 22’, mas na metade da sua primeira experiência no reality, Tadeu já consegue revisitar a própria trajetória na apresentação do programa e falar sobre os dias intensos de trabalho, que, como conta, vêm acompanhados de muitos aprendizados.
“Me lembro dos primeiros dias, as pessoas chegando à casa, quando nem tinha Casa de Vidro ainda. E agora já entrou gente da Casa de Vidro, já saiu também… São muitos acontecimentos semana a semana, e eu adoro isso”, destaca.
Na entrevista a seguir, o apresentador detalha os momentos que mais gosta de viver no reality, comenta sobre o jeito de narrar as provas que agradou ao público, fala sobre a preparação dos famosos “textões” de eliminação e revela curiosidades de sua rotina e da interação com os fãs do BBB.
Entrevista
O ‘BBB 22’ está chegando à metade da temporada, 50 dos 100 dias de reality que serão exibidos. Que sentimentos estão mais latentes para você?
“Meus sentimentos são muito parecidos com os do começo da temporada: empolgação e felicidade; não mudou. A mesma entrega que eu tinha no começo, eu vivencio agora. O que eu não tinha antes de começar a apresentar o programa era a experiência, e agora eu tenho vivido experiências incríveis e muito ricas, com muitos aprendizados. O BBB é intenso, então parece que já passou muito mais tempo que os 50 dias, o que é curioso. Me lembro dos primeiros dias, as pessoas chegando à casa, quando nem tinha Casa de Vidro ainda. E agora já entrou gente da Casa de Vidro, já saiu também… São muitos acontecimentos semana a semana, e eu adoro isso.”
Os participantes sempre dizem que estar no BBB é muito diferente de assistir ao programa. Depois de ter de fato assumido a apresentação, você também sentiu essa diferença entre ser um espectador e conduzir o reality?
“Sem dúvida nenhuma! Ninguém de fora consegue imaginar como é diferente estar no BBB de apenas assistir ao programa, independente de que posição você ocupe nele – seja a de apresentar o reality, a de participar mesmo, dentro da casa, ou a de fazer parte da equipe. “Só estando aqui dentro para saber” é uma frase clichê, mas é verdadeira. É de fato uma experiência única. Como apresentador eu também me surpreendi. Imaginava que seria uma experiência muito intensa, muito forte, e é mesmo! É absolutamente especial.”
As narrações das provas são um elemento especial que você trouxe às dinâmicas do ‘BBB 22’. É algo que acontece naturalmente no momento das disputas ou você se prepara antes?
“Desde que eu fui chamado para apresentar o BBB eu imaginei que as provas seriam um momento especial, que eu curtiria muito. Quando elas acontecem, eu simplesmente tenho a intenção de chamar a atenção do espectador para cada detalhe. Por exemplo, “se acontecer isso agora, a prova pode ser definida”. Ou “atenção porque se fulano fizer aquilo, ele passa à frente de beltrano”. São inserções para as pessoas acompanharem a prova não simplesmente vendo o que está acontecendo, mas sabendo a importância de cada momento. E isso surgiu naturalmente. Sempre imaginei fazer dessa forma porque eu queria trazer essa emoção da competição esportiva para as provas do BBB, afinal, o BBB é uma competição e a prova é uma espécie de esporte que está acontecendo ali. E eu adoro essa parte porque são narrações de provas que a gente não está acostumado a assistir, que não são comuns. Nem o Everaldo Marques, que acumula narrações de diferentes modalidades esportivas, nunca narrou, por exemplo, a montagem de sanduíche, como eu narrei (risos). É divertido demais!”
Você está sempre presente nas redes sociais, mostrando como tem sido seu dia a dia e falando sobre momentos marcantes do BBB. Como está sendo essa interação com o público do programa?
“Tem sido muito, muito legal! Ainda mais do que eu imaginava. Eu não sabia que seria tão acolhido e receberia tanto carinho das pessoas. E continuo recebendo. Tem sido maravilhoso! Claro que tem gente que entra para criticar uma coisa ou outra, mas isso é tão pequeno diante do carinho que eu estou recebendo que eu diria que a interação com o público é absolutamente positiva, e eu pretendo levá-la até o fim da temporada. É uma interação que me dá forças. Eu passo o dia inteiro vendo BBB, envolvido em tantas coisas do programa, e de repente chega uma mensagem especial de um seguidor… É demais!”
O “textão” veio e o público tem vibrado e aguardado muito cada discurso seu. No que você pensa quando está formulando um discurso de eliminação?
“Em várias coisas. Esse é um momento sério, em que todo mundo está com atenção máxima, e com tensão também. Quando eu vou escrever o discurso, penso nisso, na mensagem que queremos passar para eles e o conteúdo varia de situação para situação. Mas uma coisa de que eu faço questão, e acho que tenho conseguido até agora, é manter o suspense até o final. Como espectador eu gosto disso, então, como apresentador, quero fazer também.
Às vezes eu acho que um dos participantes está tranquilo, vejo durante o dia que ele estava relaxado na casa, e na hora do discurso a pessoa fala: sou eu. O público, muitas vezes, já suspeita mais quem é o eliminado, mas mesmo assim eu gosto de deixar público e participantes com o suspense até o fim. E isso é muito difícil porque tenho que incluir no texto coisas que sejam importantes para quem é eliminado, mas que também falem com os demais emparedados. Esse é o grande desafio.”
Que balanço você faz desses primeiros 50 dias de BBB na sua rotina?
“Eu estou vivendo uma rotina que nunca vivi, e é uma rotina maravilhosa. Lidar com a equipe do BBB dá muita tranquilidade. Nenhuma decisão que eu tomo é sozinho, sobretudo porque cheguei nesta temporada e, mesmo depois de 50 dias, ainda estou descobrindo muitas coisas. O convívio com o time do BBB é muito bacana. Em casa, eu acordo e já ligo no Globoplay. Passo o dia inteiro assistindo.
Já me peguei várias vezes pensando na vida e falando “É, acho que vou mudar de canal porque eu estou há meia hora ouvindo uma pessoa roncar. Vou ver um noticiário enquanto isso” (risos). Tem uma equipe gigantesca que está acompanhando tudo de cada participante, e tudo que é preciso é passado para mim. Mas, ver com o meu próprio olhar é diferente. Às vezes eu vejo coisas que acho legal para comentar com alguém, para mencionar no discurso.
E como assistir ao BBB o dia inteiro passou a fazer parte da minha vida, eu já conheço o jeito de cada participante, já sei como eles reagem a certas coisas, sei as amizades que eles têm, do que eles gostam ou não… Eu tenho uma intimidade com eles que eles nem imaginam! (risos) E tem um highlight que é super legal. Assim que acaba o programa, eu, minha mulher e minhas duas filhas fazemos uma ligação de vídeo em grupo para comentar tudo que aconteceu. Todos os dias. Isso é algo que eu vou levar para sempre na minha memória, um contato com a minha família de um jeito muito legal e prazeroso. É uma mesa redonda da família Schmidt assim que acaba o BBB, bom demais!”
Estamos na metade do jogo. Que tipo de movimentos você acha que ainda podem acontecer nos próximos 50 dias?
“Eu vejo os participantes falando sobre o jogo, pensando em estratégias, e está muito legal de acompanhar. Sinto como se houvesse uma tensão crescente na casa e não vejo possibilidade de ela diminuir. Há grupos muito bem definidos, com uma pessoa ou outra circulando entre eles.
Mas, em algum momento, algum desses grupos pode se esfacelar e as pessoas vão ter que se reposicionar. Isso vai ser muito curioso porque eu não imagino o que pode acontecer. É muito provável que a gente se surpreenda. Eu tendo a apostar que momentos decisivos do jogo vão acontecer de maneiras totalmente inesperadas.”
Para você, quais são os momentos mais aguardados do BBB?
“O que eu mais curto é conversar com os participantes, acompanhar as provas e o momento do discurso de eliminação. Não necessariamente nessa ordem. A eliminação é um momento de tensão máxima e de muita emoção. Às vezes estou falando meu texto e vejo, de canto de olho, no monitor, uma lágrima escorrendo no rosto de alguém que pode ser eliminado.
Eu tenho que me segurar para não ser tomado pela emoção e acabar não conseguindo terminar o discurso. Ver a reação deles, o alívio de quem fica, a emoção de quem vai embora, a tristeza de quem está perdendo um amigo dentro do jogo, é muito forte, mexe muito com a gente. E acho que isso vai ser cada vez mais forte daqui para frente. A interação com eles é outra coisa de que eu gosto muito. Adoro todos os participantes, cada um com a sua particularidade.
Por mim, eu conversaria com todos eles todos os dias, eu curto muito essa interação. A maneira como a gente conversa tem sido maravilhosa, um clima super bacana, descontraído. Já as provas remetem a uma coisa marcante da minha vida que é o esporte. Mesmo que seja uma prova de atenção, uma prova mais “mental”, ainda se trata de uma competição. E a rotina de competição cresceu comigo a vida inteira. Então, para mim, é muito legal assistir e participar desses momentos que são tão determinantes no jogo.”