Clássico dos 90's

Relembre os assassinos dos finais oficiais e alternativo de A Próxima Vítima, novela que chega ao Globoplay

História criada por Silvio de Abreu entra no catálogo da plataforma nesta segunda-feira (26)

Publicado em 25/09/2022

Em 1995, o horário nobre da TV Globo exibiu A Próxima Vítima, novela de grande sucesso, escrita por Silvio de Abreu. Dirigida por Jorge Fernando, a produção entra para o catálogo do Globoplay nesta segunda-feira (26), como parte do projeto de resgate de clássicos da teledramaturgia da emissora.

A história propunha três grandes questionamentos, resolvidos apenas no último capítulo e que partiam de uma série de assassinatos cometidos desde o primeiro: “Quem matou?”, “Por que matou?” e “Quem será a próxima vítima?”.

Silvio de Abreu se baseou em clássicos do suspense, como os romances de Agatha Christie. E criou uma trama tão bem amarrada que mobilizou o público em 3 de novembro de 1995, quando a novela terminou e o serial killer foi revelado, bem como sua motivação para acabar com a vida de várias personagens.

Sete pessoas relacionadas numa lista com signos do horóscopo chinês correspondentes aos anos de nascimento das pessoas em questão, mais uma, num crime cometido quase 30 anos antes, foram as vítimas de Adalberto Vasconcelos (Cecil Thiré).

O assassino foi descoberto pelo investigador Olavo de Mello (Paulo Betti), não sem a ajuda e a insistência de Irene Ribeiro (Vivianne Pasmanter), filha de um dos assassinados, o advogado Hélio Ribeiro (Francisco Cuoco).

Adalberto (Cecil Thiré), de A Próxima Vítima, na Globo
Adalberto (Cecil Thiré), de A Próxima Vítima, na Globo (Reprodução)

Esse desfecho foi gravado por volta das 19h, em sigilo, para evitar que a identidade do serial killer vazasse para a imprensa. Não eram ainda os tempos da internet e das redes sociais como conhecemos hoje, então foi possível fazer isso.

O caminhoneiro Zé Bolacha (Lima Duarte), a “inútil” Carmela (Yoná Magalhães), a matriarca Filomena Ferreto (Aracy Balabanian) e até a solteirona italiana Nina (Nicette Bruno) foram os suspeitos de muitas pessoas, além de Marcelo (José Wilker), de caráter dúbio.

O final alternativo de A Próxima Vítima

Depois de três meses, no início de 1996, portanto, alguns atores do elenco de A Próxima Vítima foram convocados para as gravações de um final alternativo, a fim de que este fosse exibido em outros países para os quais a novela fosse vendida.

Silvio de Abreu cortou algumas cenas da história e fez com que Ulisses (Otávio Augusto), morto cerca de um mês antes do final, numa explosão do depósito de gás da Pizzeria da Mamma, restaurante de Ana (Susana Vieira), sua irmã, fosse revelado como assassino.

Claro que, para isso, a morte de Ulisses foi apontada como forjada por ele mesmo, a fim de afastar de si as suspeitas do cometimento de tantos assassinatos. Sua motivação também tinha relação com um crime do passado – a morte de Giggio De Angelis (Carlos Eduardo Dolabella), que recaiu sobre um contador do frigorífico dos Ferreto, totalmente inocente.

Ulisses (Otávio Augusto) em A Próxima Vítima
Ulisses (Otávio Augusto) em A Próxima Vítima

Ulisses era na verdade filho desse contador, e havia conhecido na cadeia, onde foi parar por matar o advogado que não conseguiu livrar seu pai da condenação, o irmão de Ana, também chamado Ulisses, que ela não via desde que deixou o interior de Minas Gerais e mudou-se para São Paulo.

O irmão de Ana morreu na cadeia, e o filho do contador assumiu sua identidade e foi viver com a “irmã” Ana e trabalhar no restaurante dela. Ulisses era pai de Bruno (Alexandre Borges), o jovem que seduziu Romana (Rosamaria Murtinho), uma das Ferreto – tudo combinado como parte do plano de vingança contra a família italiana e todos que testemunharam falsamente contra o contador.

Relembre no vídeo abaixo, de um TBT da TV aqui do Observatório da TV, toda a história e os personagens de A Próxima Vítima, um verdadeiro clássico da nossa teledramaturgia!