Um aspecto curioso de Sol (Sheron Menezzes), a protagonista de Vai na Fé, novela de Rosane Svartman lançada na semana passada pela TV Globo na faixa das 19h, é o fato de ser evangélica, criada pela mãe, Marlene (Elisa Lucinda), nos cultos e com lugar assegurado no coral da igreja.
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Mesmo evangélica e sem qualquer desrespeito a sua crença, Sol frequentava quando jovem vários bailes funks com os amigos Bruna (Carla Cristina Cardoso) e Vitinho (Luis Lobianco), e era conhecida como a “Princesinha” devido à grande desenvoltura na dança, além da beleza. A fé nunca se confundiu com a diversão e Sol era uma jovem normal.
Perto de completar 40 anos e tendo direcionado sua vida para o dia a dia de esposa de Carlão (Che Moais) e mãe de Jenifer (Bella Campos) e Duda (Manu Estevão), sobrevivendo da venda de marmitas com Bruna, Sol vê uma nova chance de se dar bem com seu talento para a dança e a música ao ser convidada para integrar o grupo do cantor Lui Lorenzo (José Loreto). Só que o astro se interessa por ela.
No mesmo horário das 19h, a TV Globo exibiu 25 anos atrás outra novela cuja protagonista era evangélica – sem o lado dos shows de dança em bailes funks na juventude. Falamos de Rebeca (Alessandra Negrini), em Meu Bem-querer (1998-1999), de Ricardo Linhares. O fato foi lembrado pelo jornalista e amigo da coluna Esmejoano Lincol, em seu canal no YouTube Safra 92.
Rebeca era filha do Pastor Bilac (Mauro Mendonça), líder evangélico da cidade de São Tomás de Trás, onde a história se passava. Embora fosse amigo do líder católico, Padre Ovídio (Cláudio Corrêa e Castro), os dois disputavam fiéis e tinham que manter as aparências para que os dois rebanhos não se dispersassem.
Os problemas religiosos também atrapalharam o romance de Rebeca e Antônio (Murilo Benício), filho adotivo do Padre Ovídio. O Pastor Bilac tem em Juliano (Leonardo Brício) seu sucessor natural, e por isso mesmo deseja tê-lo como genro. Rebeca e Juliano acabam se casando, assim como Antônio e Lívia (Flávia Alessandra), irmã de Rebeca, de quem o pastor mais jovem realmente gostava.
No decorrer da história, em meio à grande infelicidade que assola a vida dos dois casais e ao ódio de Juliano por Antônio, uma revelação: os dois são irmãos, filhos de Custódia Alves Serrão (Marília Pêra), a mulher mais importante de São Tomás de Trás, que vive reclusa em sua casa há 30 anos, desde uma desilusão amorosa.