Com toda a certeza, Ary Fontoura é um dos nomes mais respeitados entre os atores brasileiros veteranos. Embora não tenha figurado entre os galãs de sua geração, a exemplo de Francisco Cuoco, Tarcísio Meira e Carlos Zara, ele teve uma atuação constante na televisão e no teatro, no mais das vezes com bons personagens.
Veja também:
Sua versatilidade já o levou de milionário a empresário fracassado de dupla sertaneja. Não apenas ele já viveu o maior dos avarentos, como também um retraído professor que colecionava mechas das mulheres que queria ter ao seu lado. O Vale a Pena do Observatório da TV fala desse ator que marca os espectadores há gerações e completa 90 anos nesta sexta-feira (27).
Ary Fontoura faz novelas desde o começo dos anos 1960, mas só ingressou na TV Globo no final da década. Seu primeiro papel de destaque foi Rodolfo Augusto, um afeminado costureiro em Assim na Terra Como no Céu (1970-1971), de Dias Gomes. Foi uma das primeiras representações de um homossexual em nossa teledramaturgia.
Profeta (O Cafona, 1971), Baltazar Camará (O Espigão, 1974), Doutor (Gabriela, 1975), Professor Aristóbulo (que virava lobisomem em Saramandaia, 1976) e Ubirajara (Dancin’ Days, 1978-1979) foram alguns de seus personagens nos anos 1970.
Na década seguinte, Ary Fontoura brilhou como Dinorá (Guerra dos Sexos, 1983), o avarento Nonô Correia (Amor Com Amor se Paga, 1984), Florindo Abelha (Roque Santeiro, 1985-1986) e Coronel Artur da Tapitanga (Tieta, 1989-1990). Confira o vídeo!