O remake de Renascer chega ao fim para deixar muita gente aliviada. A história arrastada da trama irritou muitos telespectadores, mas a produção em si destacou diversas qualidades. O elenco é a principal delas, desde os veteranos até os novatos.
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Marcos Palmeira, o protagonista José Inocêncio, liderou o casting com maestria. Seu personagem gerou os mais diversos sentimentos no público, um anti-herói que causou ódio e amor ao mesmo tempo. Como contaponto, a maravilhosa Inácia, talvez a melhor figura da novela, vivida divinamente por Edvana Carvalho.
Theresa Fonseca, a Mariana, encarou um dos maiores desafios de sua carreira e deu conta do recado. A mulher ardilosa que quase afundou a carreira de Adriana Esteves no passado foi bem defendida pela atriz. Sorte que o autor mudou o final e deu mais dignidade à saga da jovem.
De modo geral, todo o elenco teve seu momento de glória, com destaque ainda para Juan Paiva (João Pedro), Vladimir Brichta (Egídio), Almir Sater (Rachid), Ana Cecília Costa (Morena), Alice Carvalho (Joaninha) e Irandhir Santos (Tião Galinha).
O que favoreceu os atores, com certeza foi a bela direção liderada por Gustavo Fernandez, que casou muito bem com o texto inspirado de Bruno Luperi. O dramaturgo fez um ótimo trabalho e tirou leite de pedra de um enredo que funcionou há 30 anos, mas que hoje precisava de muitas adaptações.
Luperi fez ótimas mudanças em algumas histórias e manteve outras tramas clássicas. A questão é que a história de Renascer apela para outro tipo de narrativa, assim como a maioria das novelas de Benedito Ruy Barbosa. Infelizmente, hoje em dia se tornou um problema.
Contudo, se existiu a sensação de capítulos em que nada acontece, restou ao público contemplar as outras qualidades da obra. Agora, fica o apelo para a Globo promover uma trama original de Bruno Luperi, para que ele possa mostrar todo o seu potencial em outros desafios.
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