O remake de Pantanal se tornou um fenômeno na Globo. A nova versão da aclamada novela da Manchete encanta os telespectadores e tem marcado uma ótima audiência.
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Escrita por Bruno Luperi, neto do autor original, Benedito Ruy Barbosa, a história conta com vários atrativos. Agora, mesmo com a essência dos anos 1990, ganha uma roupagem moderna, de acordo com as exigências do público.
Com o retorno de Pantanal, muita gente começa a lembrar das novelas que fizeram sucesso na Manchete. De fato, há diversas obras que elevaram o status da extinta emissora, inclusive que poderiam ser refeitas.
Por isso, selecionamos 5 novelas da Manchete que merecem um remake. Confira.
Xica da Silva
Xica da Silva é uma das novelas mais lembradas do extinto canal. Protagonizada por Taís Araújo, se destacou pelo forte cunho sexual, cenas inesquecíveis e um elenco afiado.
A produção foi dirigida por Walter Avancini e escrita por Walcyr Carrasco (sob um pseudônimo). Teve mais de 200 capítulos e escancarou a hipocrisia, pecados e desejos da sociedade na época da escravidão no Brasil.
Hoje em dia, seria perfeita para um remake. As histórias poderiam ganhar novos contornos. Só resta a dúvida de qual atriz seria escalada para viver a protagonista.
Ana Raio e Zé Trovão
Assim como Pantanal, a História de Ana Raio e Zé Trovão também foi reprisada pelo SBT. Foi uma novela longa e essencialmente rural, pontuada por fortes conflitos familiares.
Em meio a um cenário de rodeios e forte destaque para o interior do Brasil, contou com Ingra Lyberato e Almir Sater como protagonistas.
Curiosamente, a trama foi escrita pelo ator Marcos Caruso, em parceria com Rita Buzzar. Já a direção ficou por conta de Jayme Monjardim.
Embora não tenha alcançado os mesmos índices de Pantanal, deixou a Manchete em segundo lugar na audiência. Para os dias atuais, funcionaria em uma versão mais enxuta.
Carmem
Única novela de Gloria Perez na Manchete, Carmem foi uma trama bastante ousada. A história é bem chamativa e começa com a personagem-título fazendo um pacto de sangue para destruir a vida de um homem que odeia.
Além disso, ela ganha o poder de seduzir qualquer rapaz, mas pode sofrer consequências caso se apaixone de verdade. Obviamente, é isso que acontece, gerando uma enorme reviravolta na história.
Carmem foi uma das poucas novelas a explorar as religiões de matriz africana. A protagonista foi vivida por Lucélia Santos, que atuou com Paulo Betti, Paulo Gorgulho, José Wilker, entre outros.
Trama considerada “pesada” e com um tema bem diferente, seria uma opção instigante para os dias atuais, sobretudo no streaming.
Corpo Santo
Novela da década de 1980 criada por José Louzeiro, Corpo Santo uniu realidade com ficção ao mostrar uma série de temas policiais.
Foi considerada uma trama polêmica, violenta e barra pesada. Chegou a sofrer boicote por tratar de assuntos como o mercado de filmes pornográficos.
Mas, se na época já inovou dessa forma, hoje em dia funcionaria para plataformas como HBO ou Globoplay. Entre os destaques, estava Christiane Torloni como protagonista, além de Lídia Brondi e Reginaldo Faria.
Kananga do Japão
A antecessora de Pantanal também merecia um remake. De Wilson Aguiar Filho, Kananga do Japão foi bem elogiada pela crítica ao abordar o Brasil na época da Revolução de 1930.
Além disso, a novela era permeada por uma história de vingança e abordagem política dessa década. O nome fazia referência a uma famosa casa noturna de destaque na história.
Entre os destaques no elenco, estavam Christiane Torloni, Tônia Carrero, Raul Gazolla, Ewerton de Castro, Cláudio Marzo e Zezé Motta.
É possível um remake dessas novelas?
Entretanto, investir em uma nova versão não é tão simples assim. A Globo já possuía os direitos de Pantanal, por isso conseguiu fazer o remake tranquilamente.
A emissora comprou a história do autor Benedito Ruy Barbosa na década de 2000. Na época, um diretor do canal destacou que “como detentora dos direitos, a Globo pode regravá-la a qualquer momento”. O momento veio em 2022, mais de 30 anos depois da exibição original.
Quanto a outras obras, há entraves em relação aos direitos, tanto para fazer uma adaptação quanto para uma eventual reprise.