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Saiba a verdade sobre Luísa e Dominique de Nos Tempos do Imperador

Fatos entre a Condessa e o filho foram narrados na novela das seis, que termina dia 4 de fevereiro

Publicado em 02/02/2022

Quem assiste Nos Tempos do Imperador conferiu o retorno de Dominique (Guilherme Cabral), filho de Luísa (Mariana Ximenes), depois de crescido. Ele foi pequeno para a França e só retornou na adolescência.

Assim que chegou à história, o rapaz demonstra que guarda muito rancor da mãe. Esse sentimento seria em decorrência da ausência da mãe em sua criação na Europa, onde morou com o pai, Eugênio (Thierry Tremouroux).

Lembrando que, na trama das seis, o marido de Luísa descobre que ela tem um caso com Dom Pedro II (Selton Mello) e decide ir embora de vez. Ela, já apaixonada, resolve ficar no Brasil.

Contudo, em partes, a história real não foi bem assim. Segundo relatos da historiadora Maria Del Priore, biógrafa de Luísa, o menino não foi morar na França com o pai somente.

O que há de verdades nisso tudo é que Dominique fica, sim, magoado com a mãe, mas só no fim de sua adolescência, após a morte de Eugênio, quando ele descobre que Luísa e Dom Pedro II (Selton Mello na novela) realmente tinham um caso.

Dominique (Guilherme Cabral) e Luísa (Mariana Ximenes) em Nos Tempos do Imperador (Reprodução Globo)
Dominique (Guilherme Cabral) e Luísa (Mariana Ximenes) em Nos Tempos do Imperador (Reprodução Globo)

Entenda melhora relação entre mãe e filho retratada em Nos Tempos do Imperador.

Dominique ficou no Brasil com a mãe

Na História real, o menino, que é mesmo filho de Eugênio, um conde francês, se chama Horace Dominique. Ele nasceu em 1854, na Bahia, e cresceu junto da mãe, no Brasil, até quando o menino tinha aproximadamente 10 anos de idade.

De acordo com Mary Del Priore, historiadora que escreveu a biografia da Condessa de Barral, o pai de Dominique também esteve ao lado de Luísa enquanto as princesas Isabel e Leopoldina, filhas de Pedro II, cresciam.

Em momentos pontuais, porém, Eugênio viajava para a França, e diferente do que Nos Tempos do Imperador mostra, o diplomata não foi embora definitivamente para o país europeu sozinho, tampouco levou Dominique junto.

Aliás, o filho de Luísa, o único que ela teve, era bem querido tanto pelo Imperador quanto por sua esposa, Teresa Cristina, a quem o público da novela enxerga como uma rival da Condessa de Barral.

Em seu livro, Mary Del Priore revela que Dom Pedro II propôs para Luísa que Dominique estudasse no Brasil. Mas a amante não quis e junto de Eugênio, decidiu se mudar para a França em 1965, pensando nos estudos do menino.

Na Europa, Luísa exerceu a maternidade em tempo integral, ‘pegando pesado’ com a educação de Dominique.

Luísa, a Condessa de Barral e o marido, Eugênio, o conde de Barral (Reprodução)
Luísa, a Condessa de Barral e o marido, Eugênio, o conde de Barral (Reprodução)

Filho descobriu caso entre Luísa e Pedro II

Apesar de Luísa ter estado sempre por perto para cuidar de Dominique, durante sua adolescência, o rapaz descobriu que a mãe era amante de Dom Pedro II. Seu pai já havia falecido nessa época.

As discussões entre filho e mãe realmente teriam acontecido, segundo a historiadora, principalmente quando Pedro II expressou a vontade de encontrar Luísa pessoalmente em terras francesas. Dominique enxergava a proposta como uma afronta e sentia bastante vergonha, pois o nome de Luísa circulava entre os nobres de modo pejorativo.

Também há relatos que indicam que o próprio Imperador tentava disputar a atenção da amante com o filho dela, isso quando Dominique já era um jovem e passou a demonstrar desprezo pelo monarca.

Horace Dominique estudou bastante, se formou em Direito, mas seguiu a carreira de diplomata, assim como seu pai. Ele se casou em 1882 com Maria Francisca de Paranaguá, com quem teve dois filhos, Jean Dominique e Maria Margarida.

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