Por quase cinco décadas o seriado mexicano Chaves mexeu com o imaginário das pessoas, mas se tem algo na criação de Roberto Gómez Bolaños que de fato intrigava o público, é o barril onde o menino abandonado supostamente morava. Agora, após todos esses anos do primeiro episódio da produção ter ido ao ar, uma reportagem da Infobae traz informações inéditas sobre o destino que o canal Televisa deu ao recipiente de madeira que virou marca do programa.
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Quando Chaves passou a ser gravado nos estúdios 5 e 8 da emissora, localizada na Cidade do México, a cenografia do programa ficou a cargo de Julio Lattuf (com episódios de 1976 e 1977), Gabriel Bernal (de 1977 a 1978) e Alicia Cázares (em 1979). Foram eles, então, os responsáveis pela famosa vila como a conhecemos, incluindo cada detalhe de ambientação por dentro e por fora das casas, embora o barril já fosse objeto de cena muito antes.
Entretanto, ao fim do programa, com o desmonte dos cenários, muito do que conhecemos foi descartado pelo departamento de cenografia dentro da própria emissora. Segundo diz o jornal, o barril de Chaves estava entre esses abandonos.
O objeto ficou em uso esporádico em algum set da Televisa durante os anos seguintes até que algumas notícias davam conta de um suposto leilão dos itens do programa. Num levantamento jornalístico, descobriu-se, por fim, que o barril foi comprado por alguém ligado a uma adega de vinhos em La Rioja, uma província na Espanha (cujo nome não foi revelado).
Estima-se que o barril tenha sido adquirido pela bagatela de três mil pesos mexicanos, o que convertido em real, no dia de hoje, somam setecentos e quarenta e sete reais e oitenta e um centavos. A reportagem salienta que o baixo valor do barril se deu pela qualidade ruim do material.
Mesmo assim, segundo consta, o barril foi restaurado para a comercialização de vinhos e tinha capacidade para 225 litros. Esses vinhos, embora não haja registro algum, seriam vendidos sob a designação Marqués de Chespirito, exclusivamente na América Latina.
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