Antiga casa dos grandes eventos como Oscar e Grammy Latino, o SBT virou as costas para o assunto desde que um acordo milionário com a Disney, assinado em 2000 e concluído em 2004, que previa exclusividade na transmissão da cerimônia no Brasil, inexplicavelmente deixou de ser um negócio interessante para Silvio Santos.
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No caso da Record, que foi detentora do evento por aqui entre 1972 e 1973 a partir de um contrato direto com a ABC, o Oscar cambaleou quando os grandes festivais brasileiros provaram ser preferência soberana entre os espectadores da emissora. Foi então que o evento nunca mais voltou para lá.
Hoje, num cenário completamente oposto e com a indústria da comunicação televisionada em processo de transição, modernização e redescobrimento para não perder ainda mais espaço para as novas mídias alternativas, é notório o quanto ambas, como duas potências do entretenimento brasileiro, ainda não encontraram uma maneira de se fazerem mais presentes com algumas exigências da nova era.
SBT e Record ainda não estão alinhadas a realidade e seguem adormecidas num mundo paralelo onde as grandes premiações parecem não existir. Um absurdo se pensarmos que as duas dispõem de produtos com alcance exponencial no mercado internacional, muitas das vezes, como são os casos de suas produções de dramaturgia.
Para a infelicidade das duas, já não há muito o que fazer. O Grupo Globo, desde então, têm concentrado em seus canais os mais importantes e populares eventos, sem dar chance alguma à concorrência.
Um trabalho aprimorado a cada ano e que desperta interesse das marcas mais poderosas, da mídia num geral e gera engajamento imensurável nas redes sociais. Tudo isso além de proporcionar respiro ao espectador exaurido de uma programação apática e mais do mesmo.
Em qualquer outro país da América Latina, sabe-se que os grandes eventos estão distribuídos proporcionalmente entre os canais de TV fechada e aberta. Todas elas sabem da importância que é abrir espaço para produtos do gênero.
No Brasil, o tema se tornou derradeiro no casos dessas emissoras porque esbarra numa dirigência defasada e sem visão de futuro e modernidade.
Entra ano e sai ano, SBT e Record passam a vida testando formatos vindos de fora, gastam milhões com produtos inúteis e com prazo de validade, enquanto os aclamados eventos passam batidos por elas. A Globo, no caso, é quem faz a festa.
Do Oscar ao Grammy, passando pelo Emmy, Grammy Awards, People’s Choice Awards, WME Awards, MTV Music Awards (VMAs), Globo de Ouro, Critic’s Choice Awards, SAG Awards, Miss Universo, Prêmios Produ, Prêmios TV y Novelas e dezenas de outros, faz falta no Brasil uma emissora entranhada com o público jovem e consumidor de música e produtos universais como filmes e séries, além das novidades do streaming.
O tradicional se faz necessário, mas nem por isso os canais de TV precisam ficar estagnadas no que sempre fizeram. As premiações e os grandes eventos musicais são ponto-chave do entretenimento atual e conduzem uma rede universal de comunicação entre joven e não jovens. Direção do SBT e da Record precisam ACORDAR PARA A VIDA!!!
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