Estreada no Brasil em agosto de 2005, mês de aniversário do SBT, Rebelde pegou o fim de uma fase de ouro da emissora e o início de uma era bastante conturbada, de uma crise sem fim. No entando, bastaram bem poucos capítulos para a história dos alunos da Elite Way School cair no gosto popular a um nível inimaginável.
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Ainda no início da trama, o canal de Silvio Santos tinha uma grade de programação que se sustentava mesmo diante da forte concorrência da Record TV em sua promissora era “a caminho da liderança”.
A vice-liderança de Rebelde veio rapidamente, por volta do capítulo 16, na fase onde mistérios sobre uma seita que prejudivava bolsistas do colégio dava o ritmo quase que central da história. Foram incríveis 10 pontos de média na faixa das 18h30, o segundo horário da novela pós-estreia.
A partir de então, sucessivos recordes foram registrados, até chegar a marca de 17 pontos de audiência na Grande São Paulo, seu maior índice de toda a transmissão das três temporadas. Isso foi considerado um enorme feito para as tramas mexicanas no Brasil, que por sua vez também estavam embaladas por Rubi, A Madrasta e A Feia Mais Bela na mesma época. Desde então, nunca mais o SBT conseguiu atingir os mesmos números com uma novela mexicana.
O início da segunda temporada também foi um êxito. No dia 27 de março de 2006, a obra alcançou, entre 18h52 e 19h44, média de 13 pontos e picos de 15.
Dos mais de três horários diferentes em que foi transmitida, Rebelde teve como concorrente direta as novelas Prova de Amor, da Record TV, Bang Bang, Belíssima e posteriormente Páginas da Vida, todas da Globo.
Por fim, diante de toda a problemática envolvendo a grade instável do SBT, fica constatado o impacto que Rebelde teve sobre a nossa sociedade, numa época de grandes tranformações, onde o politicamente correto ainda não interferia em produtos do gênero, onde a efervescência da juventude estava refletida apenas na TV, pois o streaming ainda não existia e a internet não estava nos lares.
Rebelde pode não ter sido a representação mais legítima e honesta dos adolescentes, mas foi capaz de criar uma identificação com o público, muito pela fantasia que permeia o imaginário nessa fase da vida. E isso basta.
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