
Os capítulos recentes de O Clone, em reexibição no Vale a Pena Ver de Novo, mostram aos espectadores como é feita a construção de um bom folhetim. Atualmente, a reprise da Globo explora toda a reverberação da descoberta de que Léo (Murilo Benício) é um clone. Um desdobramento que Um Lugar ao Sol, encerrada na semana passada, ficou devendo.
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Toda a sequência da descoberta de Léo começou na semana passada, quando Yvete (Vera Fischer) descobriu que o afilhado é a cara de Lucas (Murilo Benício). A loira, então, conclui que o rapaz é filho de Leônidas (Reginaldo Faria) e faz a maior confusão, acreditando ter sido traída por Deusa (Adriana Lessa).
Depois disso, Léo é visto por Leônidas, que se emociona ao acreditar que está diante de Diogo (Murilo Benício) novamente. Mais adiante, é Deusa quem conhece Lucas, e fica confusa por não entender porque seu filho tem um “sósia” mais velho. Nas cenas seguintes, Edna (Nívea Maria) e Simone (Françoise Forton) também reagem diante da descoberta. Ali (Stenio Garcia) e Matioli (Francisco Cuoco) também ficam sabendo da verdade e dão um olhar religioso ao feito do cientista.
Parece cansativo, mas sequências como estas são importantes porque toda a narrativa da novela de Gloria Perez levava a este momento. Desde que Léo surgiu na história, havia a expectativa de quando ele seria visto e como cada um reagiria diante de uma “cópia” de Lucas. Ou seja, O Clone oferece ao público um momento de catarse, quando toda a expectativa criada finalmente acontece.
Isso não aconteceu em Um Lugar ao Sol, novela das nove da Globo concluída na última semana. A trama de Lícia Manzo criou toda uma situação acerca da atitude de Christian (Cauã Reymond), que tomou o lugar do irmão gêmeo morto, Renato (Cauã Reymond). O público ansiava em ver quando os demais personagens da trama descobririam a farsa e como reagiriam.
Mas a novela privou a plateia deste momento, optando por um salto no tempo logo após a revelação e mostrando os personagens já familiarizados com o que aconteceu. Em suma: não basta ter uma boa história em mãos, mas é preciso, também, oferecer momentos de clímax. Ainda mais quando se trata da revelação do grande segredo da história.
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