
No comando da TV Globo desde 2020, Amauri Soares transformou um dos cargos mais cobiçados da televisão brasileira em sinônimo de estabilidade, estratégia e apuro editorial. À frente de um canal que vive sob os holofotes — do público, da crítica e dos próprios bastidores da indústria —, ele conduz a emissora com firmeza, combinando o faro jornalístico que o formou com um olhar aguçado para o gosto popular. Sua trajetória é a prova de que é possível unir chão de redação e alta gestão com consistência.
Veja também:
Formado em Jornalismo pela Unesp, Amauri começou como estagiário em Bauru, passou por quase todas as funções — repórter, editor, apresentador, editor-chefe — e ainda teve uma breve passagem pelo SBT. De volta à Globo, dirigiu o jornalismo em São Paulo, comandou a Globo Internacional em Nova York e acumulou funções estratégicas na Programação e nos Eventos Especiais. Desde a reestruturação do Grupo Globo, em 2020, é ele quem dita o ritmo do principal canal da empresa — com visão, sensibilidade e equilíbrio.
Naturalmente, isso incomoda. O cargo que ocupa é altamente cobiçado, e a estabilidade que construiu desperta ciúmes e resistências. Suas decisões esbarram em interesses, seus acertos ferem vaidades, e sua postura discreta contrasta com a ostentação dos bastidores. Amauri não joga para a plateia — e por isso mesmo vira alvo de narrativas enviesadas sempre que uma renovação importante acontece ou uma aposta dá certo.

É essa discrição que o distingue. Amauri Soares não precisa de manchetes para liderar. Ele articula talentos, administra pressões e mantém a emissora no centro do debate nacional — tudo com a serenidade de quem sabe que televisão, antes de ser indústria, é uma conexão diária com milhões de brasileiros. E isso, convenhamos, não se conquista com barulho — mas com competência.