
Letícia Tomazella que nos próximos dias entra na fase atual de Gênesis, conversou com exclusividade com a coluna onde fez um balanço de sua carreira e revelou detalhes de sua personagem na trama da Record TV .
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“Tenho muito ainda o que percorrer. Me sinto tendo realizado menos do que gostaria. Embora reconheça o tanto que já conquistei, sempre foco naquilo que ainda almejo conquistar. Sou assim, sempre visualizo algo lá na frente. Quero ter força, energia e sorte (sempre é bom!) pra vivenciar ainda muitas experiências na carreira”, relata a intérprete que dará vida a Leora na segunda fase da personagem. “Leora é uma mulher doce, perseverante e ousada. Amorosa com todos, ela luta pelo que acredita”, completa Letícia. A seguir, confira o papo com essa atriz vocacionada:
ANDRÉ ROMANO: Quem é a Letícia Tomazella?
LETÍCIA TOMAZELLA: Tô tentando descobrir (risos). Por enquanto, o que sei, é que é uma mulher determinada, persistente, um tanto teimosa e instável, mas de bom coração.
AR: Qual foi a maior lição que você tirou durante esse período pandêmico?
LT: Não sei se tirei uma só. São tantas coisas. Acho que o que tem ficado é a força do coletivo. Que a vida individual não move, não transforma. Só o coletivo é que nos salva. Fazermos uns pelos outros. Somos uma grande rede. Ou deveríamos ser.
AR: Você sentiu algum receio em relação a esse período em que você ficou em quarentena?
LT: Sim. Acho que todo mundo, né?! Tanta gente doente, tanta gente morrendo. E tanta gente desempregada, enfim. Dá medo disso tudo. É um privilégio ter onde morar, ter o que comer, poder trabalhar e ter afeto na família.
AR: Qual é a sua maior inspiração no meio artístico?
LT: Sempre admirei demais artistas veteranas e mestras, como Fernanda Montenegro é Irene Ravache. E minhas queridas: Clarice Niskier e Clarisse Abujamra. Admiro demais essas mulheres.
AR: E, na vida?
LT: Meus pais são grandes inspirações pra mim. Tenho também esse privilégio de ter pais presentes, conscientes, abertos ao diálogo, gente que sempre quer se melhorar como ser humano.
AR: Como está sendo os preparativos para o seu retorno as novelas?
LT: Já estamos gravando a todo vapor na Record TV. Tô muito feliz de poder trabalhar e fazer o que mais amo. E estou amando minha personagem em Gênesis.
AR: O que você pode adiantar da personagem?
LT: Leora é uma mulher doce, perseverante e ousada. Amorosa com todos, ela luta pelo que acredita.
AR: Você é bastante conhecida por sua participação em Poliana. Como é o carinho do público?
LT: É um público muito sincero e afetuoso. O público infantojuvenil é realmente um tesouro. Se eles gostam, eles gostam mesmo e não economizam em afeto e dedicação.
AR: Qual o balanço que você faz de sua carreira até aqui?
LT: Tenho muito ainda o que percorrer. Me sinto tendo realizado menos do que gostaria. Embora reconheça o tanto que já conquistei, sempre foco naquilo que ainda almejo conquistar. Sou assim, sempre visualizo algo lá na frente. Quero ter força, energia e sorte (sempre é bom!) pra vivenciar ainda muitas experiências na carreira.
AR: Qual é o seu maior sonho?
LT: Profissionalmente, fazer papéis densos e paradoxais. Destes que não poderíamos definir como apenas vilã ou mocinha. E quero poder também estrear alguns trabalhos autorais no teatro. Já fiz alguns, mas ainda tenho muito o que fazer.
AR: O que tira você do sério?
LT: Injustiça e casa bagunçada (risos).
AR: Se você pudesse deixar uma mensagem para a posteridade … Qual a mensagem você deixaria ?
LT: Primeiro coloque o pé. Depois, Deus põe o chão. Vá, faça, acredite! Ninguém muda o mundo sentado na poltrona.
AR: Qual é o mundo que você sonha para a humanidade?
LT: Distribuição de renda e formação escolar e intelectual forte. Teríamos uma sociedade verdadeiramente mais justa. O caminho pra isso? A gente que é privilegiado estudar e se observar, se engajar, pra reconhecermos nossos privilégios e podermos agir em prol de termos mais igualdade na nossa sociedade.
AR: Quais são os seus projetos pós-novela e pós-pandemia?
LT: Ainda luto pra estrear o espetáculo que eu e Letícia Cannavale, sob direção de Marat Descartes e Gisele Calazans, estávamos ensaiando antes da pandemia. Queremos por essa obra pra circular! E também espero finalmente publicar meu livro sobre madrastas, que está quase pronto.