Sinopse

Descendentes de uma família rural, os Lourenço tentam se recuperar da falência econômica. O pai era o chefe da casa, mas com a derrocada financeira, a família se desequilibra. Em seguida, todos passam a procurar o seu caminho.

Milena é uma nova rica que não aceita a condição de “rainha do lar” e choca suas amigas da sociedade com seu comportamento de pseudolibertação. Nesse ponto, ela mostra a frustração de inúmeras mulheres que, pressionadas pelo casamento, enveredam pelos caminhos da futilidade.

Record – 19h45
de 2 de abril a 27 de julho de 1973

novela de Leilah Assumpção
direção de Antunes Filho

MÁRCIA DE WINDSOR – Milena
JAIRO ARCO E FLEXA – Vicente
JUSSARA FREIRE – Celina
JACQUES LAGOA – Dudu
CARMEM SILVA – Vovó Tonica
HEMÍLCIO FRÓES – Araújo
MÁRCIA REAL – Belinda
CHICO MARTINS – Vadico
CLÉO VENTURA – Juliana
PAULO HESSE
IVETE BONFÁ – Madame Peixoto
IVAN LIMA – Marcelo
FRANCISCA MARIA – Carminha
RENATO MASTER
MARIA CELESTE – Eugênia
TURÍBIO RUIZ
BETINA VIANY
JORGE GOMES
NEY LATORRACA
GOULART DE ANDRADE

Fãs

Curiosa incursão no gênero telenovela da teatróloga Leilah Assumpção e do diretor Antunes Filho – famosos pela obra no teatro. Antunes Filho deve não ter gostado da experiência, pois declarou mais tarde abominar o gênero.

Leilah Assumpção escreveu posteriormente duas minisséries para a Globo: Avenida Paulista (1982) e Moinhos de Vento (1983).

Venha Ver o Sol na Estrada não deu a seus idealizadores o sucesso que faziam no palco. No entanto, verificou-se um fenômeno. A produção tinha alguns adeptos inveterados, muitos dos quais não acostumados com o gênero: os fãs da obra de Leilah Assumpção e Antunes Filho. (“Memória da Telenovela Brasileira”, Ismael Fernandes)

Audiência baixa

A ordem partiu da alta direção da TV Record: “Matem quem vocês têm de matar, casem quem vocês têm de casar, mas Venha Ver o Sol na Estrada tem de acabar!”
E assim, motivada pela parca audiência, a novela foi tirada do ar muito antes do inicialmente previsto. (revista Veja, 05/07/1973)

A emissora comunicou a Leilah Assumpção que ela deveria encerrar os trabalhos em uma semana. Ao receber a notícia, a autora teve de resolver os conflitos apressadamente, lançando mão de clichês, como o cego que recupera a visão e o cadeirante que volta a andar. (“Novela, a Obra Aberta e Seus Problemas”, Fábio Costa)

Metalinguagem

Os responsáveis pela novela promoveram uma espécie de happening na despedida da trama. Nas gravações de um dos capítulos finais, por exemplo, enquanto o próprio diretor artístico da Record, Cassiano Gabus Mendes, aparecia fazendo as unhas de Leilah Assumpção, o diretor da novela, Antunes Filho, escondia-se atrás de um bigode postiço e invadia o suposto salão de beleza aos gritos de “Tejem presos!”

Essa aparição, aparentemente fora do enredo, no entanto, estava prevista por Leilah desde o início da novela, uma vez que a autora prometia introduzir em alguns capítulos cenas em que os atores apareceriam falando de seus personagens e por que estavam trabalhando na televisão. (revista Veja, 05/07/1973)

Elenco

As faltas da atriz Márcia de Windsor – que vivia a protagonista da trama, Milena – foi um dos fatores que prejudicaram o bom andamento dos trabalhos. Como a audiência da novela andava baixa, a direção da TV Record deu folga ao elenco por dez dias, para que fosse tomada uma nova posição pela autora em relação ao enredo. Findo o prazo, todos os atores voltaram às gravações, menos Márcia de Windsor. Com a decisão de encurtar a novela, providenciou-se então um acidente para tirar Milena de cena (justificando a ausência da atriz) e, em seu lugar, apresentar uma figurante toda enrolada em ataduras. (revista Veja, 05/07/1973)

Primeira novela da atriz Jussara Freire.

Bem antes do programa jornalístico Comando da Madrugada (exibido em várias emissoras entre 1982 e 2007), Goulart de Andrade atuou nessa novela.

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