Sinopse

A vida na casa de Seu Pedro, onde a submissão ao chefe de família é baseada nos velhos princípios da ordem, austeridade e respeito familiar. Ele é dono de uma fábrica de meias em permanente ameaça de falência. Seu Pedro se sente fracassado, ainda mais por não ter sido capaz de lutar pela herança da família, que acabou nas mãos de parentes afastados. Apesar disso, procura disfarçar a situação em casa.

Pedro é rígido com a mulher, Filoca, e os filhos, Fernando, Margarida, Catarina, Edgar e Doró, não permitindo ser contestado. Filoca cuida do lar e tem uma preocupação obsessiva com a saúde. Procura defender os filhos sem contrariar a vontade do marido. Margarida é normalista e aceita a corte de Eusébio, funcionário de confiança de seu pai, um rapaz de caráter, a princípio, duvidoso.

Os três mais novos vivem aventuras em um mundo de fantasia, distantes das preocupações e sem compreender as aflições dos adultos. Catarina recolhe gatos na rua e leva para casa escondida do pai, que detesta animais. Edgar, de 11 anos, namora a filha do vizinho, Lu, com quem sonha casar-se um dia. E Doró, a caçula, quer participar dos segredos do irmão, mas é sempre impedida.

Fernando, o mais velho, é um bancário romântico. Está de casamento marcado com Suzana, por quem é apaixonado, mas Seu Pedro não aceita sua escolha por se tratar de uma moça pobre. Fernando, disposto a levar adiante seus planos, enfrenta a família e acaba expulso de casa pelo austero pai. Para evitar que Suzana sofra, esconde dela a verdade, dizendo que seus pais estão viajando.

Suzana é uma moça de origem humilde cuja maior preocupação é que a família de Fernando a rejeite. Por isso, esforça-se para manter uma boa aparência na expectativa de ser apresentada aos futuros sogros. Acreditando que os pais de Fernando estão no exterior, insiste para que o noivo adie a data do casamento, pois não quer casar-se sem a bênção de Seu Pedro e Dona Filoca.

Globo – 18h
de 9 de fevereiro a 25 de junho de 1976
99 capítulos

novela de Sylvan Paezzo
baseada no conto homônimo de Marques Rebelo
direção de Herval Rossano

Novela anterior no horário
A Moreninha

Novela posterior
O Feijão e o Sonho

EDUARDO TORNAGHI – Fernando
NORMA BLUM – Suzana
CLÁUDIO CAVALCANTI – Eusébio
TAMARA TAXMAN – Margarida
ALBERTO PEREZ – Pedro
ARACY CARDOSO – Filoca
CRISTINA ACHÉ – Catarina
ELISA FERNADES – Maria
ÍTALO ROSSI – Jacinto
MONAH DELACY – Augusta
CLEYDE BLOTA – Carmem
SOLANGE RADISLOVICH – Zizi
ROBERTO DE CLETO – Dr. Mário Assis
CAMILO BEVILACQUA – João
ANA CRISTINA – Marta
CLÉA SIMÕES – Mariana
ISAAC BARDAVID – Anjo Latoeiro
LUÍS ORIONI – Alberto Medeiros
NAZARETH ALAIR – Maria do Carmo
ELIAS ARAÚJO – Seu Totó
ROBERTO FROTA – José
FRANCISCO NAGEN – Manoel
JOSÉ STEINBERG – Padre Lucas
HÉLIO ARY – Dr. Palmeira
SANDRA PÊRA – Margarida
ALCIRO CUNHA – Joaquim

as crianças
MÁRCIO BERNSTEIN – Edgar
MIRIAM FICHER – Lú
ISABELA GARCIA – Doró (Dorotéia)

e
AGUINALDO ROCHA
ÂNGELA LEAL – viúva
ANTÔNIO VICTOR – velho milionário
CAUÊ FILHO
CLAUDINEY PENEDO – fiscal do colégio
CLÁUDIO SOUZA NEVES – aluno
GILBERTO GARCIA – moleque fujão
JANSER BARRETO – aluno
JEFFERSON DANTAS – aluno
JOSE ROBERTO MARCOLINO – aluno
MAGNO EGYDIO – aluno
MANOEL MARTINS – professor
NILTON VALÉRIO – aluno
RENATO BASTOS – mágico
SAMIR DE MONTEMOR – vendedor ambulante
SANDRA DE OLIVEIRA RAMOS – aluna
VANDA COSTA – tia de Suzana
YARA BERNSTEIN – aluna

– núcleo de FERNANDO (Eduardo Tornaghi), jovem, bancário. Está de casamento marcado, porém seu pai não aceita sua escolha por se tratar de uma moça de origem humilde. Ele, disposto a levar adiante seus planos, enfrenta a família e acaba expulso de casa. Para evitar que sua amada sofra, esconde dela a verdade, dizendo que os pais estão viajando:
o pai PEDRO (Alberto Perez), dono de uma fábrica de meias em permanente ameaça de falência. Apesar disso, procura disfarçar a situação em casa. Mantém um comportamento rígido com a mulher e os filhos, não permitindo que sua palavra seja contestada
a mãe FILOCA (Aracy Cardoso), tem uma preocupação obsessiva com a saúde. Procura defender os filhos sem contrariar a vontade do marido. Quando o filho é expulso de casa, faz diversas tentativas para que o marido o perdoe
os irmãos: MARGARIDA (Tamara Taxman), normalista. Apoia ele, mas acha que o irmão deveria ser menos rebelde diante do pai,
CAROLINA (Cristina Aché), pianista. Recolhe os gatos que encontra na rua e leva para casa, sem que seu pai, que detesta animais, desconfie,
EDGAR (Márcio Bernstein), menino sonhador e curioso. Com apenas onze anos, namora a filha da vizinha, com quem sonha casar-se um dia
e DORÓ (Isabela Garcia), muito ligada a Edgard, quer participar de seus segredos, mas é sempre impedida pelo irmão
a empregada MARIANA (Cléa Simões), ex-escrava, passa o tempo contando histórias de sua juventude. Seu maior sonho é saber o dia em que nasceu para ter uma festa de aniversário
o vendedor ambulante ANJO (Isaac Bardavid), paneleiro, vende e conserta utensílios domésticos. Quase vai à loucura com a perseguição de Edgar, que acredita que ele seja um bandido perigoso.

– núcleo de SUZANA (Norma Blum), moça de origem humilde, noiva de Fernando. Sua maior preocupação é que a família dele a rejeite, por isso esforça-se para manter uma boa aparência na expectativa de ser apresentada aos futuros sogros. Acreditando que os pais de Fernando estão no exterior, insiste para que o noivo adie a data do casamento, pois não quer casar-se sem a bênção de Pedro e Filoca:
a tia CARMEM (Cleide Blota), costureira, sua tutora, responsável por sua educação. Aprova o casamento da sobrinha ocupando-se da confecção do vestido de noiva e do enxoval.

– núcleo de EUSÉBIO (Cláudio Cavalcanti), gerente da fábrica de meias de Pedro, é o único que conhece a real situação da empresa. Apesar de solidário ao patrão, está interessado em ser sócio da fábrica. Acredita que, em suas mãos, o negócio sairá da falência. Corteja Margarida, que apaixona-se pelo rapaz. Paira no ar a dúvida se o interesse de Eusébio sobre Margarida é apenas econômico, para apoderar-se da empresa de Pedro, pai dela:
a irmã MARIA (Elisa Fernandes), apaixonada por Fernando, está disposta a lutar por seu amor, mesmo sabendo que ele está de casamento marcado com Suzana.

– núcleo de JACINTO (Ítalo Rossi), amigo de Fernando, o conhece num bar após o jovem ter sido expulso de casa e despedido do emprego. Querendo ajudá-lo, lhe oferece uma vaga na casa onde mora com sua mulher. Torna-se confidente e cúmplice de Fernando, evitando que Suzana desconfie dos problemas do noivo:
a mulher AUGUSTA (Monah Delacy), suporta resignadamente os maus tratos do marido.

– núcleo de LU (Miriam Ficher), namorada de Edgar. Menina voluntariosa, sonha em casar-se com ele:
a mãe ZIZI (Solange Radislovich), viúva, tenta manter a filha sob permanente vigilância, mas nem sempre consegue.

– núcleo do banco onde trabalha Fernando:
o gerente JOSÉ (Roberto Frota)
o bancário JOÃO (Camilo Bevilacqua), melhor amigo de Fernando
a noiva de João, MARTA (Ana Cristina).

Agradável adaptação

Agradável adaptação novelística baseada no conto homônimo de Marques Rebelo, publicado em 1933 em sua coletânea “Três Caminhos”.

Elenco

O destaque foi o elenco mirim, formado por Márcio Bernstein, Miriam Ficher (que tornou-se dubladora) e a pequena Isabela Garcia (com 8 anos na época), pela primeira vez creditada em uma novela.

O aumento de capítulos da novela O Grito, a atração das 22 horas, não permitiu que Ney Latorraca protagonizasse Vejo a Lua no Céu. Ele havia sido escalado para viver Fernando após o término de O Grito.

Para o protagonista foi então escolhido Eduardo Tornaghi, egresso da novela anterior no horário, A Moreninha, inicialmente escalado para ser Eusébio. Para viver Eusébio, foi chamado Cláudio Cavalcanti, que finalizava sua participação na novela Bravo!, a atração das 19 horas.

Primeiro trabalho da televisão da atriz Cristina Aché e dos atores Hélio Ary e Camilo Bevilacqua. Primeira novela na Globo do ator Roberto de Cleto.

Cenografia e locações

Além da cidade cenográfica montada em Barra de Guaratiba, a novela teve cenas externas gravadas em lugares históricos da cidade do Rio de Janeiro, como a Floresta da Tijuca, a Confeitaria Colombo, o Outeiro da Glória, o Largo do Boticário e o bairro de Santa Teresa.

O produtor Almeida Santos comentou à revista Amiga em julho de 1976 sobre as dificuldades de gravar a novela:

“Como sempre, tivemos as mesmas dificuldades para realizar uma novela de época (1917): a quase inexistência de locais que conservem aspectos do Rio antigo e a interferência de ruídos de veículos que não existiam no começo do século. Além disso tivemos que ter um cuidado enorme nas cenas externas, como, por exemplo, para não pegar edifícios e prédios com antenas de televisão no telhado.

Trilha sonora

A trilha da novela, em um compacto de 4 músicas, foi a que menos vendeu entre os compactos de novelas das seis (lançados entre 1975 e 1979): 2.565 cópias. (fonte: Vincent Villari)

Em 2006, a Som Livre relançou a trilha sonora de Vejo a Lua no Céu, em CD, na coleção “Master Trilhas”, 26 trilhas nacionais de novelas e séries da década de 1970 nunca lançadas em CD.

Exibição

Vejo a Lua no Céu foi reprisada entre 13/12/1976 e 29/04/1977, às 13h30 – época em que a faixa Vale a Pena Ver de Novo ainda não tinha esse nome.

Texto narrado na apresentação das cenas do próximo capítulo da novela (prática comum na época):
“O destino jogando com a vida na procura da fortuna, da felicidade, do amor. Vejo a lua no céu!”

01. CANÇÃO DA SAUDADE
02. VEJO A LUA NO CÉU (tema de abertura)
03. ONDE ESTÁS (tema de Fernando e Suzana)
04. RODOPIO (tema das crianças)

Sonoplastia: Guerra Peixe Filho
Coordenação geral: João Araújo
Produção, músicas e arranjos: Waltel Branco

Veja também

  • sinhazinhaflo2

Sinhazinha Flô

  • senhora

Senhora

  • escravaisaura76_2

Escrava Isaura (1976)

  • donaxepa77_2

Dona Xepa (1977)