Sinopse
Ari (Chay Suede) e Brisa (Lucy Alves) cresceram juntos às margens dos Lençóis Maranhenses. Ele é filho de Núbia (Drica Moraes), comerciante local que destinou suas economias para lhe dar estudo. Ari se formou em Arquitetura e, incentivado por Dante (Marcos Caruso), seu professor e mentor, se dedica à defesa do patrimônio histórico maranhense. Já Brisa cresceu órfã e tornou-se uma mulher determinada e batalhadora que pulsa a cultura de seu estado: dança nas rodas de Tambor de Crioula e se apresenta no Bumba Meu Boi.
Ari e Brisa moram juntos há alguns anos, têm um filho, Tonho (Vicente Alvite), e estão prestes a oficializar a união. A ideia parece simples, não fosse a oportunidade de Ari viajar para o Rio de Janeiro, onde poderá investigar a construtora Guerra, que está planejando derrubar um casarão histórico de São Luís para construir um shopping center, projeto que está decidido a combater. E ainda poderá reencontrar o professor Dante, que está na cidade cuidando da saúde.
Brisa topa adiar o casamento, mas Ari demora tempo demais e dá cada vez menos notícias. Preocupada, ela decide ir atrás dele. Na rodoviária de São Luís, prestes a embarcar, Brisa se vê em meio a uma grande confusão: as pessoas a acusam de ser uma sequestradora de crianças. Trata-se de uma deep fake: um vídeo foi editado de maneira irresponsável e o rosto da criminosa foi trocado pelo seu. O material viraliza na internet e, a partir deste momento, muda a vida da jovem.
Oto (Rômulo Estrela), um hacker que está em São Luís em missão secreta, se assusta com os ânimos inflamados das pessoas, já que há policiais e repórteres no local. Ao sair dali, ele não imagina a surpresa que está levando no porta-malas do seu carro: Brisa. Há um clima de desconfiança e antipatia mútuo no ar. E um alto potencial de atração também, embora nenhum dos dois ainda esteja consciente disso. Juntos, com toda tensão instaurada, eles seguem para o destino final, o Rio de Janeiro.
Em terras cariocas, Ari conhece a jovem Chiara (Jade Picon) e seus horizontes se ampliam para um mundo novo. Ama Brisa, mas também quer viver as possibilidades que estão surgindo. Mimada e manipuladora, acostumada a ter tudo o que quer, Chiara é filha de Guerra (Humberto Martins), dono da construtora que quer destruir o casarão histórico de São Luís. Ari acha que tem tudo sob controle e que, ao se aproximar da jovem, conhecerá mais da empresa que quer investigar. Porém, sua relação com Chiara começa a ultrapassar o flerte.
Enquanto isso, Brisa enfrenta enormes problemas. Antes de ser surpreendida pela tentativa de linchamento, ela avisa Ari que está indo ao seu encontro no Rio, mas subitamente para de dar notícias. No início, ele se preocupa, sofre com seu desaparecimento e se atormenta pela culpa de desejar Chiara. Mas o tempo vai passando, informações desencontradas ganham espaço e ele acaba se deixando levar pela atração que sente pela herdeira de Guerra e pelas novas possibilidades que estão surgindo.
LUCY ALVES – Brisa
RÔMULO ESTRELA – Oto
CHAY SUEDE – Ari
JADE PICON – Chiara
HUMBERTO MARTINS – Guerra
RODRIGO LOMBARDI – Moretti
CÁSSIA KISS – Cidália
DRICA MORAES – Núbia
MARCOS CARUSO – Dante
GIOVANNA ANTONELLI – Helô
ALEXANDRE NERO – Stênio
ALESSANDRA NEGRINI – Guida
VANESSA GIÁCOMO – Leonor
THIAGO FRAGOSO – Caíque
ANA LÚCIA TORRE – Tia Cotinha
AÍLTON GRAÇA – Monteiro
INDIRA NASCIMENTO – Laís
DANDARA MARIANA – Talita
RAFAEL LOSSO – Gil
ISABELLE NASSAR – Sara
CLARA BUARQUE – Bia
NANDO CUNHA – Joel
FLÁVIA REIS – Marineide
BETTY GOFMAN – Olímpia
RAUL GAZOLA – Vandami
ORÃ FIGUEIREDO – Nunes
RENATA TOBELEM – Diná
LUCI PEREIRA – Creusa
DANIELLE OLÍMPIA – Karina
DUDA SANTOS – Isa
RICARDO SILVA – Téo
GUILHERME CABRAL – Rudá
NOÊMIA COSTA – Inácia
BEL KUTNER – Lídia
CAMILA ROCHA – Tininha
YOHAMA ESHIMA – Yone
TABATA CONTRI – Juliana
THAISSA SZAPIRO – Flora
IAGO PIRES – Espeto
AOXI – Cilene
DHUDA MOREIRA – Cema
ALINY ULBRICHT – Rose
PRISCILLA VILELA – Adalgisa
NATHALIA FALCÃO – Júlia
JOANA SOLNADO – Amália
CAROLINE VERBAN – Olívia
o menino VICENTE ALVITE – Tonho (filho de Brisa e Ari)
e
ADEMIR DE SOUZA – Seu Pedro (enfermeiro que conversa com Ari sobre o acidente de Débora)
AKIN CAVALCANTI – Açougueiro (carcereiro de Creusa)
ALCEMAR VIEIRA – advogado de Ari
ALCIONE como ela mesma, se apresentando no Encanto da Vila
ALDO PERROTA – preso na cela com Moretti
ALEXANDRE DAMASCENA – PM Eduardo (leva o corpo de Débora para o IML, revela a Ari a verdade sobre Chiara)
ALINE MENEZES – Íris (secretária na firma de Guerra)
ANA MARIA BRAGA como ela mesma, recebe Stênio em seu programa
ANDRÉA GASPARELLI – drag queen dublando Gal Costa
ANDRÉ DALE – Brandão (motorista de Guerra)
ANTONIO ALVES – maitre do restaurante onde Moretti frequenta
ARIANE SOUZA – Léa (mulher na delegacia que reconhece Brisa como sequestradora de sua filha)
BRUNO JABLONSKI – Cláudio (paga para Téo avançar uma fase no jogo na internet)
BRUNO LAMBERG – professor de capoeira de Tonho
CACÁ AMARAL – juiz no caso da guarda de Tonho
CAROLINA CHALITA – Clara (mulher que Moretti conhece em um jantar e a convida para sair)
CAROLINA PISMEL – Ana (recepcionista do hospital onde Débora morreu)
CLÁUDIA MAURO – Pilar (com Montez, trama contra Helô, de quem quer se vingar)
CLÁUDIO CAPARICA – Seu Oswaldo (porteiro do prédio onde morava Gil)
CLÁUDIO CINTI – diretor de um comercial gravado por Bruna Schuller
CLAUDIO GARCIA – médico que entrega o exame de DNA de Tonho que diz que Brisa não é a mãe
CLÁUDIO TOVAR – Max (pedófilo que assedia Karina e, depois, Tonho nas redes sociais)
CRISTIANO NABUCO como ele mesmo, psicólogo que explica os riscos do viciado em game
DANIELA PESSOA – mãe de Jéssica
DANIEL RATTO – inspetor na delegacia onde estão Brisa e Oto
DENISE MILFONT – delegada amiga de Helô que atendeu a falsa denúncia de agressão de Guida contra Moretti
DIOGO TARRÉ – colega de escola de Karina
DIONISIO NETO – amigo de Dante
DIVINA VALÉRIA como ela mesma, dirigindo uma casa de shows de drag-queens
DRICO ALVES – Ivan (um dos supostos filhos de Débora e Moretti)
DUDU NOBRE como ele mesmo, no aniversário de Joel no Encanto da Vila
EDSON DA VILA – passista dançando em frente ao Encanto da Vila
FÁBIA REBORDÃO como ela mesma, fadista que canta no casamento de Guida e Moretti
FÁBIO MARCOFF – Cortez (gringo preso por Helô)
FAFÁ DE BELÉM como ela mesma, homenageada na casa de shows de drag-queens
FELIPE DUTRA – da gangue de Pilar
FRANCISCA QUEIROZ – Vera (do casal que pretende adotar o bebê de Chiara)
FUEGA – recepcionista do hotel onde Oto se hospeda no Maranhão
FUNDO DE QUINTAL como eles mesmos, se apresentando no Encanto da Vila
GABRIEL ELIAS como ele mesmo, se apresentando no Encanto da Vila
GABRIELLY MOTA – Tininha (criança)
GERO CAMILO – Wesley / Lucia Del Mar (enfermeiro que se monta como drag-queen)
GILSON GOMES – homem no bar onde Moretti atropelou uma pessoa achando que estava atropelando Oto
GIULLIA BUSCACIO – Bruna Schuler (atriz de quem Karina é fã)
GLÁUCIO GOMES – advogado de Ari na audiência sobre guarda de Tonho
GLAUCO ORLANDINO – motorista de ônibus que diz a Nunes e a Juliana que o elevador está quebrado / policial que faz uma busca na casa de Ari
GRAZI MASSAFERA – Débora (mãe de Chiara)
GRUPO PONTO DE EQUILÍBRIO como eles mesmos, se apresentando no Encanto da Vila
GUILHERME ACRÍZIO – repórter que entrevista Helô
GUILHERME GUARAL – taxista que recusa fazer uma viagem à advogada Juliana
ISABELITA DOS PATINS como ela mesma, em algumas ocasiões na trama
JOÃO BRAVO – Ari (criança)
JOÃO CUNHA – Zé (cozinheiro do Encanto da Vila)
JOELSON MEDEIROS – Vidal (do casal que pretende adotar o bebê de Chiara)
JOSÉ KARINI – Renato Machado, depois Fonseca (advogado de Oto)
JOSÉ RUBENS CHACHÁ – Montez (mafioso que trama contra Helô, juntamente com Pilar)
JULIO LEVY – Gouveia (advogado de Ari depois do golpe em Guerra)
KARINA MELLO – diretora do abrigo para onde encaminham Tonho após a prisão de Ari
LEO WEINER – homem no restaurante tirando fotos de Helô
LINA FRÓES – velhinha com quem Pilar troca de lugar para fugir do cerco de Helô
LINCOLN VARGAS – cliente bêbado que Joel coloca em um táxi para casa
LUANA TANAKA – Cátia (enfermeira que cuida de Téo)
LUCIANO PULLIG – Dr. Bulhões (cardiologista de Guerra)
LUIS CHACAL – Estrada (policial da equipe de Helô)
LUÍS OTÁVIO MORAES – professor de Karina
MARCELO BROU – Acácio (motorista contratado por Ari)
MARCELO ESCOREL – delegado no caso de Brisa e o tráfico de crianças
MARCOS HOLLANDA – Valdir (garçom do Encanto da Vila)
MARCOS MARCONDES – advogado em uma reunião com Guerra
MARIA CEIÇA – Rosângela (perita social no processo da guarda de Tonho)
MARIAH YOHANA – Brisa (criança)
MARIA MÔNICA PASSOS – empregada na casa de Guerra, no primeiro capítulo
MARIANA CONSOLI – Ciça (moça que fica amiga de Brisa no Rio, com quem ela vai morar)
MARIANA MCNIVEN – mulher de Romeu
MARIANA VAZ – Luana (noiva de Caíque)
MARTINHO DA VILA como ele mesmo, no aniversário de Joel no Encanto da Vila
MART’NÁLIA como ela mesma, no aniversário de Joel no Encanto da Vila
MILTON CUNHA como ele mesmo, no aniversário de Joel no Encanto da Vila
MOSQUITO como ele mesmo, no aniversário de Joel no Encanto da Vila
MOZART CARVALHO DANTAS – Miro (técnico do robô Haroldo)
MURILO GROSSI – titular da delegacia para onde Brisa e Oto são levados
NARCISA TAMBORINDEGUY como ela mesma, na inauguração da casa de shows de drag-queens
NIKOLAS ANTUNES – Marcelo (caso de Helô)
NILVAN SANTOS – porteiro do prédio invadido pela equipe de Helô
PABLLO VITTAR como ela mesma
PAOLA POSSANI – mulher com quem Guida encontra Moretti conversando
PATRICK CARVALHO – coreógrafo do Salgueiro, dançando em frente ao Encanto da Vila
PAULO GABRIEL – da gangue de Pilar
PAULO TIEFENTHALER – Zezinho (ex-namorado de Cema que reaparece para reconquistá-la)
PAULO VERLINGS – cliente bêbado que desabafa com Haroldo, no delírio de Joel
PEDRINHO DO CAVACO como ele mesmo, se apresentando no Encanto da Vila
RAFA BARONESI – DJ na festa em que Sara pede para colocar o áudio da gravação de Débora para Moretti
RAFAEL VACHAUD – homem no ônibus a quem Moretti pergunta para onde vai
RENATA CASTRO BARBOSA – mãe de uma garota vítima do pedófilo
RICARDO TOSTES – corretor de imóveis que Leonor substitui
RICARDO VIANNA – Alex (namorado de Bia)
RICCO LIMA – Romeu (pedófilo preso por Helô)
RONALDO SOTTO – namorado de Karina, no final
ROSANA PRAZERES – Bete (enfermeira que cuida de Guerra no hospital)
ROSE ABDALLAH – enfermeira quando Guerra está no hospital
SAMIR MURAD – médico que atesta a morte de Débora para Guerra
SORRISO como ele mesmo, no aniversário de Joel no Encanto da Vila
SUELLEN PINHEIRO – drag queen dublando Fafá de Belém
SURA BERDITCHEVSKY – cigana que lê a mão de Brisa
SUZY BRASIL como ela mesma, na inauguração da casa de shows de drag-queens
SYLBETH SORIANO – secretária de Guerra, no primeiro capítulo
TALITA CASTRO – Patrícia (uma das investigadoras sobre o caso do DNA de Tonho)
TATI QUEBRA BARRACO – Délia (colega de cela de Brisa)
THIAGO JUSTINO – advogado de Cortez
THIAGUINHO como ele mesmo, se apresentando no Encanto da Vila
THONY DI CARLO – oficial de justiça acompanhando Guida quando ela recupera sua casa
TOM KARABACHIAN – Nando (um dos supostos filhos de Débora e Moretti)
TUNICO como ele mesmo, se apresentando no Encanto da Vila
VERA FERREIRA – Edite (tira foto de Brisa com Oto e envia para Núbia)
VERA ZIMMERMANN – Drª Jussara (perita que decide com quem fica a guarda de Tonho)
VINÍCIUS MORENO – Vinícius (rapaz fazendo o teste do shopping virtual)
VINÍCIUS VOMMARO – da quadrilha de Pilar, ataca um PM e rouba sua farda
VIVIANE DE ASSIS – passista dançando em frente ao Encanto da Vila
WANDERSON PETÃO – policial presente na humilhação de Guida a Moretti na sua primeira prisão
WILSON RABELO – juiz na audiência de custódia da primeira prisão de Moretti
XAMÃ como ele mesmo, cantando na balada onde está Chiara
YASHAR ZAMBUZZI – médico que informa a Chiara que ela está grávida
ZÉ GUILHERME GUIMARÃES – Henrique (motorista de táxi que Ari espera para saber onde levou Brisa)
ZU VEDOVATTO – Jéssica (menina vítima do pedófilo)
Ramirez (preso junto com Cortez)
– núcleo de BRISA (Lucy Alves), moça forte e batalhadora. Órfã, mora no interior do Maranhão com o “namorido” e o filho deles. Dança em grupos de Tambor de Crioula e Bumba Meu Boi. Não foge a qualquer trabalho que garanta o sustento e a felicidade de sua família. Prestes a oficializar sua união com o “noivo”, acaba vítima de uma deep fake, acusada de sequestradora de crianças. Consegue fugir da confusão, rumo ao Rio de Janeiro:
o salvador OTO (Rômulo Estrela), com quem parte para o Rio fugindo do linchamento público. Hacker, Oto presta serviço para uma incorporadora. Sem endereço fixo, leva uma vida um pouco nômade, indo para onde seu trabalho exigir. Ao conhecer Brisa, nasce um sentimento que, a princípio, ambos tentam evitar, porque ela está de casamento marcado. Diante das decepções com seu noivo, Brisa sucumbe a esse amor
o filho pequeno TONHO (Vicente Alvite)
a melhor amiga, no Maranhão, TININHA (Camila Rocha), companheira de todas as horas desde a infância.
– núcleo de ARI (Chay Suede), no início, “namorido” de Brisa, pai de seu filho Tonho, com quem vivia no Maranhão, mas não eram casados oficialmente. Namoraram desde crianças. Inteligente e idealista, luta pela preservação do patrimônio histórico e cultural do Maranhão. Prestes a oficializar a união com Brisa, viaja para o Rio de Janeiro para recolher provas contra a demolição de um casarão histórico de São Luís. Mas deixa de dar informações e, aos poucos, vai se corrompendo:
a mãe NÚBIA (Drica Moraes), tem um comércio no interior do Maranhão, onde vive. Trabalhadora, depositou todas as economias na educação e criação do filho e enxerga nele a possibilidade de ascensão que sempre sonhou. Encrenqueira, vaidosa, deslumbrada e ambiciosa
o professor DANTE (Marcos Caruso), seu mentor. Humanista e profundo conhecedor da história do Maranhão. Enxerga Ari como seu sucessor na luta pela preservação do patrimônio histórico de São Luís
a amiga de Núbia, ADALGISA (Priscilla Vilela), não deixa nenhuma fofoca da vizinhança escapar aos conhecimentos da amiga.
– núcleo de GUERRA (Humberto Martins), empresário carioca dono de uma construtora que herdou do pai. Seu principal projeto é ganhar a licitação da venda de um dos casarões da zona histórica de São Luís para construir um moderno shopping center. Ari o investiga assim que chega ao Rio de Janeiro. Esconde da única filha que ela é filha biológica de seu maior inimigo, de quem já foi amigo e sócio, mas romperam quando ele envolveu-se com sua noiva:
a filha CHIARA (Jade Picon), jovem mimada e manipuladora, acostumada a ter tudo o que deseja. Tenta a todo custo desvendar a identidade de sua falecida mãe, um assunto proibido em sua casa. Apaixona-se por Ari quando o conhece
a ex-noiva DÉBORA (Grazi Massafera, participação), falecida mãe de Chiara, que ela nunca conheceu. De origem humilde, sabe de sua exuberância e não se importa de usá-la a seu favor. Acaba se envolvendo com o sócio do noivo e engravidando. Guerra rompe com a noiva e com o amigo quando descobre. Pouco depois, Débora sofre um acidente de carro e morre, mas consegue dar à luz Chiara, criada por Guerra como se fosse sua filha
a governanta DINÁ (Renata Tobelem), ajudou a criar Chiara
a melhor amiga de Chiara, JÚLIA (Nathália Falcão).
– núcleo da construtora de Guerra:
CIDÁLIA (Cássia Kis), a assessora e aliada de Guerra. Mulher objetiva, fria e independente. Tem no trabalho sua principal motivação. Sonha em se tornar sócia da empresa na qual trabalha desde que foi fundada. É o cérebro por trás da impulsividade de Guerra
TALITA (Dandara Mariana), executiva inteligente, com tino para os negócios. Sabe usar os conhecimentos em Marketing para olhar e prospectar o futuro, por isso é uma peça importante para a construtora
GIL (Rafael Losso), namorado de Talita. Torna-se o melhor amigo de Ari no Rio de Janeiro, hospedando-o em sua casa
LÍDIA (Bel Kutner), secretária eficiente.
– núcleo de MORETTI (Rodrigo Lombardi), empresário do ramo da Construção Civil, já foi amigo e sócio de Guerra, mas os dois se tornaram rivais após envolver-se com Débora, noiva do sócio. É o pai biológico de Chiara, mas não faz ideia disso. No início da trama, mora em Portugal. É um tipo cerebral e cínico. Entre os seus planos está o de atrapalhar o atual projeto da construtora de Guerra:
a mulher GUIDA (Alessandra Negrini), alegre, festeira, sempre foi cheia de namorados. Acaba de se casar com Moretti, com quem vive em Portugal. Tem um filho adolescente de uma relação anterior. O casamento não dura muito
o enteado RUDÁ (Guilherme Cabral), filho do primeiro casamento de Guida. Adolescente antenado com o mundo digital. Tem pouco diálogo com a mãe e, principalmente, com o padrasto
a cunhada LEONOR (Vanessa Giácomo), irmã mais nova de Guida, de quem foi namorado na adolescência. Admiradora da irmã, por isso fica ressentida com o casamento dela com Moretti, a quem Guida sempre criticou
o namorado de Leonor, CAÍQUE (Thiago Fragoso), instrutor de asa delta. Rapaz cheio de dilemas por ser assexual
a governanta INÁCIA (Noêmia Costa), portuguesa, trabalha em sua casa em Lisboa
a amiga de Guida, AMÁLIA (Joana Solnado), portuguesa.
– núcleo de HELÔ (Giovanna Antonelli), prima de Guida e Leonor. Delegada especializada em crimes digitais, durona e justa. Vive um jogo de gato e rato como ex-marido, de quem já se separou e voltou várias vezes, e estão sempre em pé de guerra por conta de suas profissões: Helô prende os bandidos que ele, advogado, solta:
o ex-marido STÊNIO (Alexandre Nero), advogado, amigo de Moretti. Enquanto ela defende inocentes, ele é quem, muitas vezes, advoga a favor dos culpados. Segue investindo em uma aproximação com a ex-mulher, com quem vive um jogo de gato e rato nos negócios e no amor
a empregada CREUSA (Luci Pereira), madrinha de Brisa. Quer muito ajudar na reconciliação dos patrões
a investigadora em sua delegacia YONE (Yohama Eshima)
a secretária de Stênio, OLÍVIA (Caroline Verban)
a tia COTINHA (Ana Lúcia Torre), mulher apaziguadora. É em sua casa que suas sobrinhas, as primas Helô, Guida e Leonor, se visitam.
– núcleo de LAÍS (Indira Nascimento), advogada, é sócia de Stênio em seu escritório. Casada, mãe de adolescentes, vive para o trabalho e não tem tanto tempo para observar atentamente o crescimento dos filhos, já que seu trabalho demanda demais:
o marido MONTEIRO (Aílton Graça), professor de História. Como passa mais tempo em casa do que a mulher, está sempre preocupado com os filhos
os filhos: ISA (Duda Santos), garota cheia de artimanhas para não cumprir as regras estipuladas pelo pai superprotetor. Adora baladas e programações com os amigos,
e TÉO (Ricardo Silva), rapaz caseiro e introspectivo, o oposto da irmã mais velha. É capaz de passar horas a fio trancado no quarto jogando, à frente do computador. É por meio da internet que se conecta com o mundo.
– núcleo de JOEL (Nando Cunha), simpático garçom do Encanto da Vila, tradicional bar no bairro de Vila Isabel, Rio de Janeiro. Conhece cada cliente pelo nome e o gosto de cada um. Com a chegada do robô Haroldo, a trama passa a abordar a substituição do homem pela máquina no trabalho:
a mulher MARINEIDE (Flávia Reis), diarista. Acolhedora e boa amiga, recebe Brisa quando ela muda-se para o Rio
a filha KARINA (Danielle Olímpia), como a maioria dos jovens de sua geração, tem nas redes sociais o meio preferido de comunicação. É por lá que compartilha seus sentimentos, marca eventos e conversa com os amigos.
– núcleo de Vila Isabel:
NUNES (Orã Figueiredo), dono do bar Encanto da Vila
ESPETO (Iago Pires), caixa no Encanto da Vila
OLÍMPIA (Betty Goffman), sabe da vida de todo o bairro, adora uma fofoca e uma intriga
VANDAMI (Raul Gazoll), personal trainer e professor da academia
CILENE (Aoxi), bela e incansável caçadora de sucesso e vantagens. Seu sonho é ser musa da Escola de Samba de Vila Isabel
CEMA (Dudha Moreira), cabeleireira do salão de beleza
ROSE (Aliny Ulbricht), manicure do salão de beleza.
– demais personagens:
SARA (Isabelle Nassar), melhor amiga de Débora. Alia-se a Dante para desvendar o mistério sobre a morte da amiga
BIA (Clara Buarque), estudante que ajuda Sara e Dante a desvendar o mistério sobre a morte de Débora. Envolve-se com Oto
JULIANA (Tabata Contri), advogada de Brisa, cadeirante
FLORA (Thaissa Szapiro), assistente de Juliana.
Críticas
Inicialmente, de acordo com a ordem de autores no horário nobre da Globo, Travessia estrearia no segundo semestre de 2021, substituindo uma novela de João Emanuel Carneiro. No entanto, por causa da pandemia de Covid-19, a trama de Glória Perez foi adiada para o primeiro semestre de 2023. Por fim, a emissora mudou os planos, colocando a obra de João Emanuel Carneiro (Todas as Flores) no streaming (no Globoplay) e alçando Travessia como a substituta de Pantanal, a partir de outubro de 2022.
Quando Travessia estreou, a ideia da Globo era que Glória Perez, uma de suas autoras mais populares, arregimentasse audiência em um período difícil: campanha presidencial de 2022, seguida de Copa do Mundo (do Catar) e festas de fim de ano. Não deu certo. Desde seu início, a novela amargou ibope baixo e desinteresse do público, além de críticas de todos os lados, pela trama pouco atraente e personagens nada cativantes.
A média no Ibope da Grande São Paulo foi 24 pontos, cinco a menos que a novela anterior, Pantanal. A previsão era de que Travessia totalizasse 191 capítulos, porém, devido à baixa audiência, foi encurtada em duas semanas, fechando em 179 capítulos, doze a menos do que o previsto.
Abordagem rasa
Considerando o currículo de Glória Perez, esperava-se que a autora armasse uma ampla discussão sobre o tema deepfake, seus malefícios e consequências para a sociedade, principalmente por causa de fake news que estavam sendo fartamente usadas para fins políticos em um momento de eleições presidenciais.
A expectativa era de que Glória usasse sua história para levantar alguma campanha de conscientização, como já visto com outras temáticas de interesse social abordadas em sua obra. Ou que a abordagem servisse, ao menos, para alertar e informar o público.
Porém, o tema foi tratado de maneira rasa, superficial, insuficiente. Pior: como se fosse uma brincadeira de adolescente. Em menos de um mês, a abordagem sumiu da trama, diluindo-se nas idas e vindas da protagonista Brisa (Lucy Alves), em uma história pouco coerente. O que parecia ser o fio condutor da novela deu lugar a um quadrilátero amoroso e à luta de Brisa pela guarda do filho. No fundo, esta era a história que a autora queria contar, apesar de embrulhada em uma embalagem bem mais interessante.
Bastidores conturbados
A crise foi ainda potencializada pelos bastidores da novela, que geraram uma grande má vontade do público com a produção. A começar pela escalação da influencer Jade Picon, saída do BBB22, com o peso de uma personagem importante nas mãos, mas sem o menor preparo e cacife para tamanha responsabilidade.
Outro pomo da discórdia foi a atriz Cássia Kiss. Já antes da estreia, circulavam notícias sobre o assédio da atriz a colegas de elenco por causa de suas ideias políticas e religiosas. A fala homofóbica em uma entrevista (para Leda Nagle, em outubro de 2022) desencadeou uma série de protestos, inclusive de atores da Globo junto ao compliance da emissora.
A situação piorou ainda mais com a participação acintosa da atriz em manifestações antidemocráticas (que não aceitavam a vitória do presidente Lula sobre Bolsonaro nas eleições de 2022). A Globo foi cobrada de todos os lados por um posicionamento mais severo em relação a Cássia Kiss, afinal o comportamento da atriz feria as diretrizes da emissora, famosa por ter punido outros profissionais em situações equivalentes. Cássia, no entanto, permaneceu na novela até o fim.
Deepfake
A inspiração para o ponto de partida da trama foi o caso de Fabiane Maria de Jesus, uma dona de casa de 33 anos que foi linchada por causa de uma notícia falsa e morreu dias depois, no Guarujá, em São Paulo, em maio de 2014. Os moradores do bairro Morrinhos 4, na periferia do Guarujá, foram motivados por boatos nas redes sociais sobre uma “sequestradora de crianças para magia negra” e Fabiane foi confundida com um retrato falado. A histeria e a barbárie coletiva eclodiram quase que imediatamente, fazendo com que todos os envolvidos fossem movidos por um senso de “justiça” atrelado a questões morais e religiosas.
Glória Perez explicou como nasceu sua história:
“O ponto de partida é uma deepfake que acaba por transformar radicalmente, num efeito dominó, a vida de algumas pessoas. A novela vai tratar de como a internet introduz, no nosso cotidiano, dramas novos, conflitos que as gerações anteriores não viveram e que dão um formato muito novo àqueles que conhecemos desde sempre, como a calúnia, a extorsão, o assédio, a chantagem, e tantos outros mais. Vamos falar da inteligência artificial trazendo grandes benefícios e, ao mesmo tempo, deixando pessoas desempregadas. Também de como as redes sociais, dando voz a todos e possibilitando encontros inviáveis na vida real, funcionam como perigoso mecanismo de controle e abrem portas para novas modalidades de crimes.”
O diretor artístico Mauro Mendonça Filho salientou que, mesmo com temas relacionados aos avanços do mundo digital, ainda pouco conhecidos, o público não veria uma obra cheia de efeitos ou computação.
“O foco da novela está no humano, no quanto o uso desenfreado de internet, celular, redes sociais, robôs e inteligência artificial têm alterado as relações e o comportamento das pessoas. A história se desenvolve no eixo Maranhão–Rio de Janeiro–Lisboa, com todas as matizes e diferenças culturais de cada lugar bem esclarecidas, mas aproximadas pelo uso da tecnologia. Como sempre, Gloria abordando assuntos relevantes e de identificação universal”, destacou.
Outras abordagens
Por meio da relação do robô Haroldo e o garçom Joel (Nando Cunha), a novela abordou a inteligência artificial e seu avanço sobre os empregos humanos.
A autora também trouxe ao público o quimerismo, por meio da protagonista Brisa (Lucy Alves), que descobre o problema quando faz um exame de DNA e o resultado revela que ela não é mãe de Tonho (Vicente Alvite), apesar do menino ter nascido dela.
A assexualidade foi discutida por meio de Caíque (Thiago Fragoso), que não tinha interesse em se envolver sexualmente com a namorada Leonor (Vanessa Giácomo), abrangendo também a demissexualidade do personagem.
A dependência digital ganhou destaque com Téo (Ricardo Silva), adolescente viciado em computador e jogos eletrônicos, o que acabava gerando comportamentos agressivos, ansiedade e depressão, afetando sua saúde mental e seu relacionamento com os pais.
A novela ainda discutiu como o mundo do crime se adaptou a novos meios de tecnologia, com a trama de Karina (Danielle Olímpia), garota assediada por um pedófilo que se passava por outra pessoa nas redes sociais.
A autora aproveitou para incluir na novela um fato que ganhou repercussão nos noticiários na época: o casamento interrompido por causa do “não” de brincadeira da noiva, que acabou com a recusa do juiz em concluir a união legal. A cena foi reproduzida no enlace de Oto (Rômulo Estrela) e Bia (Clara Buarque).
Retorno
Glória Perez promoveu em Travessia o retorno, dez anos depois, de três personagens de sua novela Salve Jorge (2012-2013): Helô (Giovanna Antonelli), Stênio (Alexandre Nero) e Creusa (Luci Pereira).
Locações e cenografia
Travessia começou a ser gravada, em julho de 2022, em Portugal. Durante uma semana, cartões postais de Lisboa, como os bairros do Chiado e Arroios, além das cidades de Setúbal e Óbidos, serviram de locações para a trama. Por lá passaram os atores Vanessa Giácomo, Alexandre Nero, Rômulo Estrela, Rodrigo Lombardi e Guilherme Cabral.
De volta ao Brasil, a equipe gravou externas no Rio de Janeiro e, em agosto, um time com cerca de 120 profissionais desembarcou no Maranhão, onde permaneceu um mês gravando. Na capital São Luís, casas de grupos de Tambor de Crioula e Bumba Meu Boi, igrejas e casarões históricos, ruas e cruzamentos que fizeram parte da origem da cidade foram visitados e receberam as equipes. Ao todo, foram mais de 30 locações no estado, não só pelas ruas da capital e seu Centro Histórico, mas também nos Lençóis Maranhenses e na praia de Atins. Além dos protagonistas (Lucy Alves, Chay Suede e Rômulo Estrela), também filmaram por lá Marcos Caruso, Drica Moraes, Priscilla Vilela, Camila Rocha, João Bravo e Mariah Yohana.
A produção de arte fez um intenso mergulho no acervo e comércio maranhense. Vários dos objetos presentes nos cenários de Brisa (Lucy Alves) e Núbia (Drica Moraes) – filmados no Maranhão e, depois, construídos nos Estúdios Globo – foram adquiridos de produtores locais.
As cidades cenográficas reproduziram o bairro de Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, e parte do Maranhão – mais especificamente a venda de Núbia (Drica Moraes). Além disso, foram mais de 3 mil metros quadrados de cenários de estúdio, sendo mil deles de cenários fixos. Ao todo, mais de 300 pessoas estiveram diretamente envolvidas na concepção e execução desses projetos, desde as áreas de cenografia, produção de arte, fotografia, análise de projetos e planejamento à fabricação e montagem de cenários.
Para a criação da venda de Núbia, a equipe fez uma vasta pesquisa nos vilarejos dos Lençóis Maranhenses para retratar a arquitetura, hábitos e costumes locais.
“Sendo a única venda do vilarejo, o comércio oferece todo tipo de mercadoria, incluindo artesanato local, redes e rendas de bilro, tornando o espaço rico em detalhes. Na viagem ao Maranhão compramos muito elementos locais para compor tanto a venda e a casa da Núbia, como também a casa de Brisa”, relatou a produtora de arte Nininha de Médici.
Figurinos e caracterizações
Para a personagem Brisa (Lucy Alves), os caracterizadores Fernando Torquatto e Rachel Furman buscaram um frescor, mantendo as características locais maranhenses, mas dando também uma pegada contemporânea ao visual da protagonista. Foram usados tons acobreados e dourados tanto no cabelo quanto na maquiagem. Brisa tinha os fios compridos para gerar movimento de acordo com as expressões corporais da atriz.
Sobre Helô (Giovanna Antonelli), os caracterizadores afirmaram:
“A delegada mantém seu DNA marcante, mas chega, dez anos depois, trazendo algumas novidades. Está ainda mais exuberante, com o cabelo mais longo, bem quente, em um tom caramelo queimado que, acredito, vai virar moda. Além disso, ela usará unhas pontudas, pintadas de transparente, mas com as pontas coloridas que também farão sucesso.”
2STEP – Ed Sheeran e Denise Chaila
ABOUT DAMN TIME – Lizzo
DENGO – Maria Maud e João Gomes
ESPUMAS AO VENTO – Mariana Aydar
EVIDÊNCIAS – Roberto Carlos
FEITIÇO DA VILA – Martinho da Vila e Mart’nália
FULLGÁS – Moreno Veloso
GAROA – Bezerra da Silva
HOUSE OF CARDS – Radiohead
IT´S A LONG WAY – Caetano Veloso
MY VALENTINE – Michel Bublé
NEVER TEAR US APART – Sleeping at Last
NÔMADE – Skank
PALAVRA MÁGICA – Chico César
PASSARINHA – Bala Desejo
RODA CIRANDA – Mariene de Castro
SAMBA DO GRINGO – Paulista e Frejat
SAUDADE DO BRASIL – Tom Jobim
SÓ LOUCO – Nana Caymmi
TEMPOS MODERNOS – Seu Jorge (tema de abertura)
THERE THERE – Radiohead
TODOS CANTAM A SUA TERRA – Alcione
TU NÃO SABES – Zeca Baleiro
Tema de abertura: TEMPOS MODERNOS – Seu Jorge
Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia que insiste em me rodear
Eu vejo a vida mais clara e farta
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito do firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa
Que isso valha pra qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade pra dizer mais sim que não
Hoje o tempo voa, amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo que volte, amor
Vamos viver tudo que há pra viver
Vamos nos permitir…
Só não sei se é pior que Salve Jorge, América ou De Corpo E Alma….
Não sei se Travessia é a pior novela da Glória Perez; prefiro achar que o povo é superlativo demais, sobretudo quando se trata de desmerecer o trabalho alheio. Também acredito (não cravo, é só uma impressão minha) que a possível falta de alinhamento da autora com as preferências políticas de grande parte da classe artística, na qual ela está inserida, tenha gerado alguma má vontade por parte dos jornalistas com a novela, que estreou bem “no olho do furacão”. Mas, convenhamos, Travessia tinha vários problemas, impossíveis de ignorar. Praticamente toda a primeira metade da história girou em torno da guarda do Tonho, situação de fato muito fraca para despertar a atenção do público. O desempenho da Jade Picon também não tinha como passar incólume. Aquela coisa de a Brisa ser vítima de fake news e isso ter sido tão porcamente explorado ao longo da história foi de doer, a meu ver. Também não gostava da produção de arte – o apartamento da Helô era horrível de feio. E outra: custava providenciarem uma Estudantina para a Glória, como ela sempre coloca em suas novelas? Me soou contenção de despesas. Me incomodava, ainda, ver o personagem do Marcos Caruso fumando tão gratuitamente – para quê? A trama da Pilar como membro de uma organização criminosa não serviu para nada – até cheguei a achar que teria alguma relação com o Moretti e vice-versa, para que tudo ficasse amarrado, mas necas de pitibiriba. Agora, o que achei válido foram as abordagens que a autora propôs, principalmente a da pedofilia. Essa, inclusive, foi uma história que poderia ter começado muito antes. Enfim, de modo geral ,Travessia não foi boa, mesmo. E, se pararmos para observar, há um bom tempo a Glória Perez intercala um grande trabalho com outro meia-boca: Hilda Furacão – Pecado Capital – O Clone – América – Caminho das Índias – Salve Jorge – A Força do Querer – Travessia. Nem preciso dizer quais são as boas, quais são as ruins, não é?
Sinceramente eu me recuso a assistir novelas da Perez, só dá audiência porque o povão tem mau gosto, viaja muito na maionese ao fazer uma salada de temas.
Novela pavorosa.
Acho que eu nunca fiquei tão triste por uma novela ter dado errado como foi essa hahahaha. Gosto muito do trabalho da Glórinha e esperava que essa novela desse certo, uma pena que deu todo esse problema. Talvez essa seja a ultima novela dela, duvido que vão aprovar outra sinopse da autora. Uma carreira como uma novelista tão bonita não pode se encerrar com esse desastre que foi Travessia.
Diga-se de passagem que eu gostei muito do primeiro cápitulo, pena que a novela não se sustentou depois disso