Sinopse
São Paulo, década de 1980. Marina, com 21 anos, tem talento para a pintura e leva uma vida simples com a mãe. Vitor é um advogado bem sucedido que trabalha na empresa de construção naval cujo o herdeiro é Tiago. Os dois são apaixonados por Marina. Ela desconhece, porém, que Vitor é casado e pai de um garoto de dois anos. Fragilizada com a morte da mãe, Marina se entrega a Vitor, mas Elaine, esposa dele, descobre o caso. Marina fica chocada ao saber que o namorado é casado e termina o relacionamento.
Assim, Marina e Tiago se aproximam, se apaixonam e se casam. Na mesma época, Flávia, amiga de Marina, se casa com Sérgio, e as duas engravidam ao mesmo tempo. Durante os meses de gestação, Vitor leva a empresa à falência em um golpe. Sérgio, vice-presidente, descobre e, após uma discussão, Vitor o mata e incrimina Tiago. Ele revela a verdade a Marina e, para provar que fez tudo por amor, passa o dinheiro que roubou para o nome de Renata, sua filha recém-nascida. Marina fica indignada, os dois discutem e Vitor a mata.
Desesperado, ele planta provas para culpar Tiago, que é julgado e condenado a trinta anos de prisão. Flávia também tem uma menina, Cibele. Os destinos de Renata e Cibele se cruzam vinte anos depois. Renata é sequestrada por Dirce, uma exploradora de crianças que mora na periferia. Berro, filho de Dirce, é preso por assalto e fica amigo de Tiago no presídio. Oito anos depois, Renata continua vivendo com Dirce, que a explora o quanto pode. Vitor desiste de trabalhar na empresa e monta seu próprio escritório de advocacia.
A assistente social Norma conhece Renata e, comovida com suas condições, inicia uma perseguição a Dirce. Renata e Artur, filho de Vitor, ficam amigos e ele a ensina a ler e escrever. Renata adora desenhar, dom que herdou da mãe. Doze anos depois, Renata e Artur se apaixonam. Eles namoram em segredo, a pedido dela, por causa da diferença social. Elaine e Vitor comemoram bodas de casamento e Artur aproveita a ocasião para finalmente apresentar Renata como sua noiva. Descontrolada, Elaine expulsa a garota de sua casa.
Vitor fica pasmo com a semelhança entre Renata e Marina, e imediatamente desconfia que se trata da menina desaparecida. Mais do que conseguir recuperar seu dinheiro, a paixão de Vitor por Marina renasce na figura de Renata. Está estabelecido o triângulo amoroso envolvendo Vitor, Renata e Artur. Elaine sente que a história de mais de vinte anos atrás se repetirá e faz de tudo para não perder Vitor. Artur e Renata terão de superar os problemas e traumas do passado e ultrapassar os obstáculos do presente para ficarem juntos.
CARLA REGINA – Marina / Renata
THIERRY FIGUEIRA – Artur
PETRÔNIO GONTIJO – Vitor
JUAN ALBA – Tiago
FRANÇOISE FORTON – Elaine
NICO PUIG – Berro (Rinaldo)
BETE MENDES – Edite
LUIZ GUILHERME – Oto
RAONI CARNEIRO – Felipe
BETE COELHO – Norma
REGINA DOURADO – Mafalda
CARMO DALLA VECCHIA – Sérgio
HYLKA MARIA – Lena
ADRIANA LONDOÑO – Flávia
MARCELA MUNIZ – Valéria
LU GRIMALDI – Dirce
MATEUS PETINATI – Nilo
CLÁUDIO FONTANA – Gilson
FÁBIO VILLAVERDE – Tito
JIDDU PINHEIRO – Jucê
NEUSA MARIA FARO – Giselda
BRUNO GIORDANO – Everaldo
ANGELA CORRÊA
CLÉO VENTURA – Iara
ROGÉRIO MÁRCICO – Gregório
LUIZ CARLOS DE MORAES – Demétrio
JACQUELINE DALABONA – Lídia
PATRICIA MAYO – Araci
CEZAR PEZZUOLI – Mauro
RODOLFO FREITAS – Leonel
VIÉTIA ZANDRADI – Dora
ROGÉRIO BANDEIRA – Valdo
CHRISTINA DIECKMANN – Cibele
RICARDO DI GIÁCOMO – Tadeu
REINALDO RITTS – Túlio
MARCELO PIO – Tomás
MARCELO CASTIONI – Téo
MARTHA MEOLA – Cleusa
WANIA ACAYABA
as crianças
THÁVYNE FERRARI – Renata
RENAN BEGA – Artur
RODOLFO VALENTE – Gilson
JULIA PALMEIRA – Cibele
CAIQUE SANTOS – Felipe
LUCAS PAPP – Nilo
Missão
Retomada da parceria do SBT com a mexicana Televisa para adaptações de textos mexicanos, interrompida por um breve período após Canavial de Paixões.
Seus Olhos estreou com a missão de recuperar a audiência que, com a mexicana A Outra (novela que teve a sua versão nacional cancelada na última hora), caiu para 8 pontos.
Adaptação
O texto original de Seus Olhos é de autoria de Inés Rodena, responsável por novelas importadas apresentados pelo SBT, como Marimar, em 1996, e A Usurpadora, em 1999, e também pela produção brasileira Marisol, de 2002.
A adaptação e a escrita da novela começaram a cargo de Ecila Pedroso e Noemi Marinho, com supervisão de Ecila. A partir do capítulo 56, Ecila e Noemi foram substituídas por Marcos Lazarini, Conchi e Aimar Labaki, com supervisão de Lazarini.
Em julho de 2004, Marcos Lazarini foi premiado com a bolsa de um curso de roteiro na Espanha e teve de abandonar a novela. Em seu lugar (a partir do capítulo 112) entraram Mário Viana e o estreante Fábio Torres. A supervisão foi assumida por Aimar Labaki. (pesquisa: Pedro Nascimento)
A história era dividida em três fases, a partir da década de 1980. A produção caprichou nos detalhes dos figurinos e objetos de cenas, como os aparelhos de som três-em-um e o automóvel Escort XR3 de placa amarela – comuns nos anos 80.
Realidade brasileira
Apesar dos elementos folhetinescos típicos das tramas mexicanas, Seus Olhos trouxe algumas novidades, entre elas, a abordagem de temas específicos da realidade brasileira, como a questão da exploração do trabalho infantil.
A miséria de São Paulo também foi abordada, a partir da história de Renata (Carla Regina), que foi sequestrada na maternidade e passou a ser usada para pedir esmolas.
“A novela irá mostrar pessoas que vivem nas ruas”, afirmou Ecila Pedroso na época da estreia.
A trama retratou ações positivas nessa área, a partir de Norma, assistente social vivida pela atriz Bete Coelho.
Músicas tocadas na novela
AQUELE OLHAR – LS Jack (tema de Artur e Renata e tema de Artur e Cibele)
BLÁ BLÁ BLÁ – Rouge (tema de Marina, Flávia e Valéria e tema de Renata)
CORAÇÃO VAGABUNDO – Josee Koning (tema de Dora)
ENQUANTO HOUVER SAUDADE – Alcione (tema de Flávia)
ESTE SEU OLHAR – Adryana (tema de abertura)
ESTE SEU OLHAR (2ª versão) – Adryana
JURA SECRETA – Lucinha Lins (tema de Norma)
MALANDRO RIFE – Bezerra da Silva (tema de Demétrio)
O OLHAR DO AMOR – Paula Lima (tema de Marina e tema de amor geral)
OVER MY SHOULDER – Mike & The Mechanics (tema de Artur)
SÃO PAULO – Banda Vega (tema de Cibele e Felipe)
SEBASTIANA – Jackson do Pandeiro (tema de locação e tema de Araci)
SONHOS E PEDRAS – Flavio Venturini (tema de Elaine)
TU ME ACOSTUMBRASTE – Luis Miguel (tema de Tiago)
VERANO PORTEÑO – Daniel Barenboim, Rodolfo Mederos e Héctor Console (tema de Vitor)
VOX POPULI – Ana Carolina (tema de Berro e Dirce)
Tema de Abertura: ESTE SEU OLHAR – Adryana
Este seu olhar
Quando encontra o meu
Fala de umas coisas
Que eu não posso acreditar
Doce é sonhar
É pensar que você
Gosta de mim
Como eu de você
Mas a ilusão
Quando se desfaz
Dói no coração
De quem sonhou, sonhou demais
Ah! Seu podesse entender
O que dizem os teus olhos
Os seus olhos…
Eu assisti seus olhos no sbt
Entre os flops do SBesTeira nos anos 2000
Eu só gostei da primeira fase da história. Carla Regina é boa atriz mas não ficou legal fazendo mãe e filha de si mesma. As outras fases foram igualmente chatas.
Novelinha esquecida do sbt
Péssima novela
Pessoas comentando cenas nunca existentes na novela. Um exemplo é comentar a morte do vilão Vitor, que não morreu!
Foi uma das raras novelas do sbt em que o último capítulo foi exibido numa sexta e que teve reapresentação do último capítulo no sábado. Lembro até hoje de toda sequencia do ultimo capitulo, inclusive a cena final com o grande vilão preso e, como grande castigo, ter matado o único filho que realmente amou (Felipe – Raoni Carneiro) e que realmente o amava. Foi o maior vilão e melhor vilão interpretado pelo Petrônio Gontijo. Gostei de toda a trama, apesar de que, sim, a terceira fase cambaleou um pouco porque o personagem principal (Artur – Thiery Figueira) ficou muito tempo desmemoriado e não tivemos o casal de protagonistas muito tempo juntos na novela. Mas as atuações de todos foram brilhantes. Lembro com carinho porque foi uma das poucas novelas, até aquela época, em que eu vi um casal perceber que se ama mas decidir ficar separado, que foi o caso da Norma e do Tiago (Bete Coelho e Juan Alba). Achei bem legal esse final, até porque a Valéria (Marcela Muniz) e o Gilson (Claudio Fontana) eram bem queridos na trama e mereciam ficar com o Tiago e com a Norma, respectivamente. Grandes palmas para Elaine e Oto (Françoise Fourton e Luiz Guilherme), além de muitos outros artistas que foram estupendos. A vilania cômica da Dirce (Lu Grimaldi) e seu filho Berro (Nico Puig).Como esquecer das falcatruas e do cavalinho da Dirce? A Cléo Ventura como Yara e toda sua luta para conquistar seu “filho” Nilo (Mateus Petinati). A Dora (Viétia Zangrandi) e toda sua sofrida trajeória. Ver a talentosa Angela Correia interpretando uma vilã (Elvira) é inesquecível, apesar de que seu fim poderia ter sido melhor explorado. O Bartô do saudoso Gésio Amadeu, apesar de aparecer pouco na trama conquistou a todos, assim como o Rogério Márcico que aos poucos foi mostrando a redenção de seu Gregório. Neusa Maria Faro e Luiz Carlos de Moraes como os hilários Giselda e Demétrio. A atuação da Patrícia Mayo foi brilhante, como em todos os seus trabalhos, interpretando uma Araci muito guerreira, humilde, batalhadora. Carla Cabral mereceu interpretar as 2 protagonistas Marina e Renata e encarou muito bem toda carga emocional que as personagens pediam. Na primeira fase a Bete Mendes abrilhantou as telas do sbt com sua dona Edite maravilhosa. Assim como o chapéu a ser tirado para a primeira e segunda fase da novela é para a saudosa Regina Dourado e sua italiana encantadora Mafalda, que enlouqueceu após a morte do Sérgio (Carmo Dalla Vecchia, que deixou a novela nos dando saudades e sentindo sua falta). A Adriana Londoño representando a Flávia e todos os problemas com jogo e na maternidade por conta da trágica morte do Sérgio, seu marido (que não superei até hoje haha mas que foi importantíssima para a trama). Falando em problemas de maternidade da Flávia, a estreante no Brasil Christina Dieckmann deu um show como a rebelde Cibele. Outra morte insuperável, mais uma vítima do grande vilão Vitor, foi a do Ever (Bruno Giordano), ao menos ocorreu na última semana de novela, o que fez com que ficássemos mais tempo contemplando a presença dele na trama. Faltou falar de alguns ainda, mas pra mim todos fizeram muito bem esta novela. Ah, incrível o talento do Rodolfo Valente, ainda pequeno àquela época, dando vida ao Gilson na primeira fase da novela.
A novela mais nonsense do SBT, mais lembrada pelos vilões cínicos e cômicos do que por qualquer outra coisa.
Victor Meirelles (Petrônio Gontijo), Dirce Doidera (Lu Grimaldi) e Rinaldo Berro (Nico Puig), nunca mais saíram da minha lembrança.
Destaque também para a parte cômica da novela com o casal laranja Demétrio e Giselda (Luiz Carlos de Moraes e Neusa Maria Faro) e seus filhos, além do Everaldo “Ever”, de Bruno Giordano.
O resto foi um samba do crioulo doido, com cenas desconexas, de violência exagerada e até mesmo ridículas. O troca-troca de autores deve ter tirado a obra do prumo e a direção fez o que pôde sem um roteiro definido.
Muito cafona essa novela
Eu assisti e gostava muito. Só percebi que a estória deu uma enrolada da segunda fase em diante, o que prejudicou um pouco a novela. Mas era muito bacana e o personagem do Petrônio Gontijo era uma peste! Nunca fiquei tão feliz em ver um vilão morrer.
Não tenho a menor lembrança da existência dessa novela!