Sinopse
Século 19. As tropas do exército de Napoleão tentam ocupar a Espanha. Uma mulher, Rosa Malena, aparece liderando os rebeldes espanhóis, conseguindo infiltrar-se na corte e apaixonando-se pelo Capitão Sandro de Aragão, um orgulhoso oficial francês.
Sandro e Rosa Malena se casam e têm um filho: Fernando. Anos depois, já crescido, Fernando, a cara do pai, se apaixona por Simone, uma prima de Rosa Malena. Enquanto isso, Rosa é sequestrada e dada como morta, para desespero de Sandro.
GLÓRIA MENEZES – Rosa Malena / Simone Grandet
TARCÍSIO MEIRA – Capitão Sandro de Aragão / Fernando de Aragão
JOSÉ AUGUSTO BRANCO – Felipe Grandet
MOACYR DERIQUÉM – Napoleão Bonaparte
MYRIAN PÉRSIA – Maria Consuelo
MÁRIO LAGO – Barão de San Juan de la Cruz
MIRIAN PIRES – Inez de la Cruz
ARY FONTOURA – Conde
RIBEIRO FORTES – El Sordoa
GRACINDA FREIRE – Rafaela
SUZANA FAINI
DJENANE MACHADO – Conchita
ROBERTO ARGOLO – Pablito
GLAUCE ROCHA
CLÁUDIO CAVALCANTI
ÊNIO SANTOS – José de Aragão
ANA ARIEL
BETTY FARIA
CARLOS EDUARDO DOLABELLA
GILBERTO MARTINHO
LURDINHA BITTENCOURT – Marta
MARIA POMPEU – Soledad Navarro
MIGUEL CARRANO – Manolo
PAULO ARAÚJO – Piérre Duprat
ROGÉRIO FRÓES
SÔNIA FERREIRA – La Zíngara
SUZANA DE MORAES – Lola
FERNANDO JOSÉ – Camilo
ADRIANA PRIETO
GENI AMARAL
AGNES FONTOURA
MARIA VELOSO
LEINA KRESPI
Adaptação
Adaptação para a TV de um sucesso radiofônico de Janete Clair: Rosa Malena. Glória Magadan, que supervisionava as novelas da emissora, só aceitou a adaptação da radionovela se a ação fosse transferida para a Espanha dos tempos napoleônicos, no século 19. (*)
Elenco
A volta da dupla romântica Tarcísio Meira e Glória Menezes, que esteve separada em Passo dos Ventos (com ela) e A Gata de Vison (com ele), seus trabalhos anteriores.
Primeira novela da atriz Suzana Faini e do ator, diretor e produtor Moacyr Deriquém.
Espichamento
Rosa Rebelde já tinha sido totalmente escrita, o último capítulo estava prestes a ser gravado, quando a TV Globo de São Paulo pegou fogo (em julho de 1969). Lá era gravada a trama das sete: A Cabana do Pai Tomás. A gravação dessa novela, com elenco e cenários, teve de ser transferida para o Rio de Janeiro. Porém, a Globo carioca não tinha condições de arcar com A Cabana do Pai Tomás, a novela das dez (A Ponte dos Suspiros), e a nova produção que substituiria Rosa Rebelde, às oito. O jeito foi “espichar” a história de Janete Clair. (*)
A nova novela das oito, Véu de Noiva, já estava em pré-produção e precisou ser interrompida. O diretor Daniel Filho narrou em seu livro “Antes que me Esqueçam”:
“Eu estava pronto para iniciar Véu de Noiva. Tinha escolhido as roupas e as locações e na semana seguinte estaria começando a gravar. (…) Algumas pessoas, que seriam de Véu de Noiva – Glauce Rocha, Cláudio Cavalcanti, Ênio Santos – acabaram aparecendo nesse alongamento de Rosa Rebelde.”
Novo par romântico
Janete Clair, também autora de Véu de Noiva, cessou a escrita de sua nova novela momentaneamente para dar prosseguimento à trama de Rosa Rebelde. Ela escreveu mais cem capítulos, dando um salto de vinte anos na ação – recurso semelhante ao que a autora usara em Anastácia, a Mulher Sem Destino, dois anos antes. (*)
Assim, em Rosa Rebelde, Tarcísio e Glória viveram dois personagens cada um: o casal Sandro e Rosa Malena, o filho Fernando, e Simone, a filha de uma prima de Rosa. Os jovens Fernando e Simone formaram o par romântico na nova fase da trama. Rosa Malena, para desespero de Sandro, foi raptada e somente reapareceu – desmemoriada – nos últimos capítulos.
Tempo de mudança
A época era de modernização e Rosa Rebelde concorria no mesmo horário com a inovadora Beto Rockfeller, da TV Tupi. A Globo percebeu que era hora de mudar: os dramalhões supervisionados por Glória Magadan não cabiam mais na televisão brasileira.
A emissora impôs uma reestruturação da concepção de suas produções, dando fim à “Era Magadan” (1966-1969), como ficou conhecido o período em que o núcleo de dramaturgia da TV Globo era comandado com mãos de ferro pela cubana, que escolhia textos, autores e elencos e mandava e desmandava nas novelas da emissora.
E mais
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, então executivo da Globo na época, lembrou que a cobertura da chegada do homem à Lua (em 20/07/1969) acabou impulsionando a audiência da novela.
“Ao invés do Jornal Nacional apoiar-se na novela, Rosa Rebelde acabou dando picos de audiência apoiada na notícia”, narrou Boni no livro “Nossa Senhora das Oito” (de Mauro Ferreira e Cleodon Coelho).
Lamentavelmente não existem mais registros dessa novela, apagados porque as fitas foram reutilizadas (prática comum na época) ou porque perderam-se em outro dos incêndios na TV Globo (de 1971 ou de 1976).
(*) “Janete Clair, a Usineira de Sonhos”, Artur Xexéo.
LP Panicali e as Novelas
01. PONTE DOS SUSPIROS – Lyrio Panicali
02. A ÚLTIMA VALSA – Lyrio Panicali
03. A GRANDE MENTIRA – Lyrio Panicali
04. A GATA DE VISON – Lyrio Panicali
05. O HOMEM PROIBIDO – Lyrio Panicali (tema de Demian)
06. TEMA DE AMOR EM FORMA DE PRELÚDIUO – Manuel Marques (da novela Antônio Maria)
07. A RAINHA LOUCA – Lyrio Panicali
08. O PASSO DOS VENTOS – Lyrio Panicali
09. CABANA DO PAI TOMÁS – Lyrio Panicali
10. A ROSA REBELDE – Lyrio Panicali
11. A SOMBRA DE REBECA – Lyrio Panicali
12. UM DIA SABERÁS (SOMEDAY YOU´LL KNOW) – Erlon Chaves (da novela O Sheik de Agadir)
13. SANGUE E AREIA – Lyrio Panicali
14. MAGIA – Lyrio Panicali e Raymundo Lopes
Podia pasar a tarde kkkkkkkkkkkkkkk
Recordo com tanta emoção dessa novela. Tão pequenina eu era ,mas marcou nas minhas lembranças. Tbm me perguntava: Por que eles não falam de Rosa Rebelde?
Amei ver este elenco que brilhantemente atuaram em ROSA REBELDE!! Só não entendo muito o pq que sempre que é citado novelas antigas, ROSA REBELDE e A CABANA DO PAI TOMAZ nunca são lembrdas. Inesquecível Ségio Cardoso de tbm.
Muito bom. Eu ja estava na globo e vi o teste do Roberto para o papel de Pablito. Logo que entrei na globo. Fui morar na mesma casa no leme. Eu fui trabakhar pra Dilu mellio no teatro de bolso aurimar rocha. Fazia mos dupla ceu com Roberto.