Sinopse

Século 19. As tropas do exército de Napoleão tentam ocupar a Espanha. Uma mulher, Rosa Malena, aparece liderando os rebeldes espanhóis, conseguindo infiltrar-se na corte e apaixonando-se pelo Capitão Sandro de Aragão, um orgulhoso oficial francês.

Sandro e Rosa Malena se casam e têm um filho: Fernando. Anos depois, já crescido, Fernando, a cara do pai, se apaixona por Simone, uma prima de Rosa Malena. Enquanto isso, Rosa é sequestrada e dada como morta, para desespero de Sandro.

Globo – 20h
de 15 de janeiro a 13 de outubro de 1969 (Rio)
de 10 de março a 8 de novembro de 1969 (SP)
212 capítulos

novela de Janete Clair
direção de Daniel Filho, Fábio Sabag, Régis Cardoso e Wálter Campos

Novela anterior
Passo dos Ventos

Novela posterior
Véu de Noiva

GLÓRIA MENEZES – Rosa Malena / Simone Grandet
TARCÍSIO MEIRA – Capitão Sandro de Aragão / Fernando de Aragão
JOSÉ AUGUSTO BRANCO – Felipe Grandet
MOACYR DERIQUÉM – Napoleão Bonaparte
MYRIAN PÉRSIA – Maria Consuelo
MÁRIO LAGO – Barão de San Juan de la Cruz
MIRIAN PIRES – Inez de la Cruz
ARY FONTOURA – Conde
RIBEIRO FORTES – El Sordoa
GRACINDA FREIRE – Rafaela
SUZANA FAINI
DJENANE MACHADO – Conchita
ROBERTO ARGOLO – Pablito
GLAUCE ROCHA
CLÁUDIO CAVALCANTI
ÊNIO SANTOS – José de Aragão
ANA ARIEL
BETTY FARIA
CARLOS EDUARDO DOLABELLA
GILBERTO MARTINHO
LURDINHA BITTENCOURT – Marta
MARIA POMPEU – Soledad Navarro
MIGUEL CARRANO – Manolo
PAULO ARAÚJO – Piérre Duprat
ROGÉRIO FRÓES
SÔNIA FERREIRA – La Zíngara
SUZANA DE MORAES – Lola
FERNANDO JOSÉ – Camilo
ADRIANA PRIETO
GENI AMARAL
AGNES FONTOURA
MARIA VELOSO
LEINA KRESPI

Adaptação

Adaptação para a TV de um sucesso radiofônico de Janete Clair: Rosa Malena. Glória Magadan, que supervisionava as novelas da emissora, só aceitou a adaptação da radionovela se a ação fosse transferida para a Espanha dos tempos napoleônicos, no século 19. (*)

Elenco

A volta da dupla romântica Tarcísio Meira e Glória Menezes, que esteve separada em Passo dos Ventos (com ela) e A Gata de Vison (com ele), seus trabalhos anteriores.

Primeira novela da atriz Suzana Faini e do ator, diretor e produtor Moacyr Deriquém.

Espichamento

Rosa Rebelde já tinha sido totalmente escrita, o último capítulo estava prestes a ser gravado, quando a TV Globo de São Paulo pegou fogo (em julho de 1969). Lá era gravada a trama das sete: A Cabana do Pai Tomás. A gravação dessa novela, com elenco e cenários, teve de ser transferida para o Rio de Janeiro. Porém, a Globo carioca não tinha condições de arcar com A Cabana do Pai Tomás, a novela das dez (A Ponte dos Suspiros), e a nova produção que substituiria Rosa Rebelde, às oito. O jeito foi “espichar” a história de Janete Clair. (*)

A nova novela das oito, Véu de Noiva, já estava em pré-produção e precisou ser interrompida. O diretor Daniel Filho narrou em seu livro “Antes que me Esqueçam”:
“Eu estava pronto para iniciar Véu de Noiva. Tinha escolhido as roupas e as locações e na semana seguinte estaria começando a gravar. (…) Algumas pessoas, que seriam de Véu de Noiva – Glauce Rocha, Cláudio Cavalcanti, Ênio Santos – acabaram aparecendo nesse alongamento de Rosa Rebelde.”

Novo par romântico

Janete Clair, também autora de Véu de Noiva, cessou a escrita de sua nova novela momentaneamente para dar prosseguimento à trama de Rosa Rebelde. Ela escreveu mais cem capítulos, dando um salto de vinte anos na ação – recurso semelhante ao que a autora usara em Anastácia, a Mulher Sem Destino, dois anos antes. (*)

Assim, em Rosa Rebelde, Tarcísio e Glória viveram dois personagens cada um: o casal Sandro e Rosa Malena, o filho Fernando, e Simone, a filha de uma prima de Rosa. Os jovens Fernando e Simone formaram o par romântico na nova fase da trama. Rosa Malena, para desespero de Sandro, foi raptada e somente reapareceu – desmemoriada – nos últimos capítulos.

Tempo de mudança

A época era de modernização e Rosa Rebelde concorria no mesmo horário com a inovadora Beto Rockfeller, da TV Tupi. A Globo percebeu que era hora de mudar: os dramalhões supervisionados por Glória Magadan não cabiam mais na televisão brasileira.

A emissora impôs uma reestruturação da concepção de suas produções, dando fim à “Era Magadan” (1966-1969), como ficou conhecido o período em que o núcleo de dramaturgia da TV Globo era comandado com mãos de ferro pela cubana, que escolhia textos, autores e elencos e mandava e desmandava nas novelas da emissora.

E mais

José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, então executivo da Globo na época, lembrou que a cobertura da chegada do homem à Lua (em 20/07/1969) acabou impulsionando a audiência da novela.
“Ao invés do Jornal Nacional apoiar-se na novela, Rosa Rebelde acabou dando picos de audiência apoiada na notícia”, narrou Boni no livro “Nossa Senhora das Oito” (de Mauro Ferreira e Cleodon Coelho).

Lamentavelmente não existem mais registros dessa novela, apagados porque as fitas foram reutilizadas (prática comum na época) ou porque perderam-se em outro dos incêndios na TV Globo (de 1971 ou de 1976).

(*) “Janete Clair, a Usineira de Sonhos”, Artur Xexéo.

LP Panicali e as Novelas
panicalit
01. PONTE DOS SUSPIROS – Lyrio Panicali
02. A ÚLTIMA VALSA – Lyrio Panicali
03. A GRANDE MENTIRA – Lyrio Panicali
04. A GATA DE VISON – Lyrio Panicali
05. O HOMEM PROIBIDO – Lyrio Panicali (tema de Demian)
06. TEMA DE AMOR EM FORMA DE PRELÚDIUO – Manuel Marques (da novela Antônio Maria)
07. A RAINHA LOUCA – Lyrio Panicali
08. O PASSO DOS VENTOS – Lyrio Panicali
09. CABANA DO PAI TOMÁS – Lyrio Panicali
10. A ROSA REBELDE – Lyrio Panicali
11. A SOMBRA DE REBECA – Lyrio Panicali
12. UM DIA SABERÁS (SOMEDAY YOU´LL KNOW) – Erlon Chaves (da novela O Sheik de Agadir)
13. SANGUE E AREIA – Lyrio Panicali
14. MAGIA – Lyrio Panicali e Raymundo Lopes

Veja também

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