Sinopse
A trama se passa durante 25 dias no final dos anos 1980, período em que o Brasil enfrentava muitos problemas econômicos, com a alta da inflação e planos econômicos sucessivos. No mundo, o surgimento dos yuppies e a queda do muro de Berlim eram alguns dos indícios que sinalizavam a perda de referência das esquerdas e o crescimento do individualismo.
Léo, Lena, Pedro, Ivan, Lúcia, Pingo, Tito, Bia e Benny formavam naquela época parte de um grupo de amigos que se conheceram na década de 1970, no auge da ditadura no país, nos colégios, faculdades e trabalho, e estabeleceram uma amizade profunda, a ponto de se referirem ao grupo como a família. Separados ao longo do tempo, em função das relações amorosas, da política, de mágoas e ressentimentos mal resolvidos, “a família” havia se reunido pela última vez no réveillon de 1980.
Em novembro de 1989, oito anos depois do último grande encontro dos amigos, tudo está bem diferente. Ninguém mais sabe ao certo se a tal família ainda existe. Ninguém nem mesmo sabe se os antigos vínculos de amizade, inquebrantáveis no passado, ainda estão mantidos. Todos seguiram caminhos distintos e, dispersados uns dos outros por força do destino, acabaram se tornando pessoas bastante diferentes das que eram ou pensavam ser. E, o que é mais significativo: todos estão cada vez mais distantes de seus antigos sonhos.
O reencontro dos amigos é tramado por um membro da família, Léo, que a partir de um sonho – e na iminência da morte, já que está doente – passa a ficar obcecado com a ideia de não só reunir novamente seus queridos amigos, mas resgatar antigos sonhos, paixões e ideais.
DAN STULBACH – Léo
DÉBORA BLOCH – Lena
DENISE FRAGA – Bia
GUILHERME WEBER – Benny
BRUNO GARCIA – Pedro
MATHEUS NACHTERGAELE – Tito
LUIZ CARLOS VASCONCELOS – Ivan
DRICA MORAES – Vânia
TATO GABUS – Fernando
AÍDA LEINER – Flora
TARCÍSIO FILHO – Rui
MALU GALLI – Lúcia
JOELSON MEDEIROS – Pingo (Luís Maurício)
MARIA LUÍSA MENDONÇA – Raquel
MAYANA NEIVA – Karina
ODILON ESTEVES – Cíntia
RICARDO MONASTERO – Brenda
NELSON DINIZ – Nenê (Oscar)
FERNANDA MACHADO – Lorena
REGINA REMENCIUS – Regina
MILA MOREIRA – Marlene
EMILIO DE MELLO – Guto
JACQUELINE DALABONA – Drª Heloísa
TUNA DWEK – Nancy
SIDNEY SANTIAGO – Jurandir
HENRIQUE RAMIRO – Chico
MARCOS PIGOSSI – Bruno
MAYARA CONSTANTINO – Bethânia
THIAGO OLIVEIRA – Ígor
TATIANA ALVIN – Camila
FRANK BORGES – Alisson
LULI MILLER – Márcia
ANDRÉ FRATESCHI – Fausto
DOMINGOS MEIRA – Luca
LUCAS MARGUTTI – Duda
MARCELO H – Binho
as crianças
ANDRÉ LUIZ FRAMBACH – Davi
THÁVYANE FERRARI – Rosa
IGOR RUDOLF – Luiz Carlos
TAMARA RIBEIRO – Marina
FLÁVIO AUGUSTO – Gil
RODOLFO AUGUSTO – Caetano
LARISSA HENRIQUE – Antônia
e
ANILZA LEONI – Neusa (concorrente de Iraci no concurso Rainha do Havaí)
ARACY BALABANIAN – Tereza
CARLOS MOSSY – freqüentador do Chão de Prata
CELSO FRATESCHI – Hélio
CLÓVIS GONÇALVES – Dr. José Maria (advogado que Beny chamou no hospital para denunciar Nenê)
EDNEY GIOVENAZZI – Nicola
FERNANDA MONTENEGRO – Iraci
JUCA DE OLIVEIRA – Alberto
JULIANO RIGHETTO – Betinho (irmão de Lena)
MARIA POMPEU – Cidinha (concorrente de Iraci no concurso Rainha do Havaí)
MIGUEL MAGNO – apresentador do concurso Rainha do Havaí no Chão de Prata
NATHALIA TIMBERG – Ester
– núcleo de LÉO (Dan Stulbach), o líder dos amigos, que os considera uma família. Judeu não praticante, culto, bondoso e melancólico, ao se ver acometido por esclerose múltipla e na iminência da morte, traça um objetivo: reunir a “família”, resgatando todos os sonhos, paixões e ideais dos amigos:
a ex-esposa FLORA (Aída Lenner), bela mulher negra, intelectualizada, professora de alemão e gói
o filho DAVI (Andé Luiz Frambach), fruto do casamento com Flora
a mãe ESTER (Nathália Timberg), portadora de mal de Azheimar, que se encontra internada, já totalmente desligada da realidade. Nunca aceitou o casamento do filho com Flora pelo fato de ela não ser judia
a namorada KARINA (Mayana Neiva), bela ex-modelo de pouca instrução, com quem rompe para que ela busque outros rumos de vida
o fiel caseiro de sua mansão, RAMIRO (Claudio Jaborandy).
– núcleo de LENA (Débora Bloch), artista plástica talentosa que trocou a tinta a óleo, sua vocação, por pinturas comerciais. No passado, abandonou o marido para tentar viver um grande amor com um dos amigos da “família”:
o pai ALBERTO (Juca de Oliveira), boêmio, que a apoia nos momentos mais difíceis. Vive um casamento rotineiro, desgastado, nunca tendo sido apaixonado pela esposa
a mãe TERESA (Aracy Balabanian), conservadora e amarga, com quem vive em atrito. Sofre com a infidelidade do marido Alberto, não o poupando de acusações diárias
a filha MARINA (Tamara Ribeiro), pouco próxima da mãe, mantendo maior afinidade com o pai e com a avó
o ex-marido GUTO (Emílio Mello), pai de Marina, abandonado por Lena, o qual nunca perde a oportunidade de tripudiá-la por isso, tendo o total apoio de Teresa
o irmão BETINHO (Juliano Righetto), que mora no exterior e, em solidariedade ao sofrimento Teresa, ignora o pai.
– núcleo de IVAN (Luiz Carlos Vasconcelos), jornalista por quem Lena abandonou Guto. É completamente apaixonado por Lena, mas diferentemente dela, não teve coragem de dissolver o casamento para viver inteiramente esse amor:
a esposa REGINA (Regina Remencius), mulher frágil, egoísta e submissa. Busca manter o casamento infeliz e desgastado, mesmo sabendo que não é mais amada por Ivan.
– núcleo de BIA (Denise Fraga), sensível e sonhadora, dedica-se à astrologia e ao budismo. Sem emprego fixo, vive com a mãe. Mesmo não sendo ativa na luta armada, foi presa durante a ditadura militar e violentamente torturada – o maior trauma da sua vida. Nutre uma paixão secreta por um dos amigos:
a mãe IRACI (Fernanda Montenegro), que condena seu estilo de vida e o fato de não ter conseguido sucesso na vida profissional e amorosa, mas está sempre ao seu lado. Lutou fervorosamente para libertar a filha da prisão. Há anos é amante de Alberto
o obscuro policial OSCAR, conhecido como NENÊ (Nelson Diniz), torturador de Bia no passado, que ressurge em sua vida.
– núcleo de PEDRO (Bruno Garcia), talentoso escritor que cai em profunda depressão após a morte da esposa, tornando-se recluso e abandonando a carreira. É por ele que Bia nutre uma secreta paixão:
a mulher, MÁRCIA (Luli Miller) falecida em um acidente automobilístico.
– núcleo de BENNY (Guilherme Weber), riquíssimo dono de uma editora, homossexual, extremamente ácido, provocador e amoral. Na verdade, tem dificuldade em expressar afeto e seus sentimentos, possuindo, por vezes, comportamento autodestrutivo:
o namorado JURANDIR (Sidney Santiago).
– núcleo de VÂNIA (Drica Moraes), mulher generosa, ponderada e com consciência social, que trabalha como voluntária na ala pediátrica de um hospital, divertindo e confortando crianças em quimioterapia:
o ex-marido TITO (Matheus Nachtergale), jornalista, extremamente politizado e comunista. Foi abandonado por Vânia, quando esta não mais suportou ver a família e o casamento trocados pelas frequentes reuniões políticas por ele organizadas. Se envolve com Carina
a compreensiva e conselheira mãe MARLENE (Mila Moreira)
o marido FERNANDO (Tato Gabus), empresário materialista e esnobe, mas verdadeiramente apaixonado por Vânia. Vive em atrito com Tito
os filhos frutos do casamento com Tito, LUÍS CARLOS (Igor Rudolf) e ROSA (Thavyne Ferrari), que preferem o padrasto (a quem chamam de tio Nando) ao pai.
– núcleo de RAQUEL (Maria Luisa Mendonça), dona-de-casa que aparenta ter um perfeito casamento. Após ser subitamente abandonada pelo marido, que preferiu viver com uma mulher mais jovem, sofre intensamente, mas dá a volta por cima e muda de vida, tornando-se uma mulher mais independente:
os filhos CHICO (Henrique Ramiro), BETHÂNIA (Mayara Constantino), CAETANO (Rodolfo Augusto) e GIL (Flávio Augusto), os dois últimos os gêmeos caçulas
FAUSTO (André Frateschi), vocalista da banda Arquivo Geral, da qual Raquel se torna empresária e ajuda a alavancar a carreira.
– núcleo de PINGO (Joelson Medeiros), professor de Literatura e marido de Raquel, que a abandona para viver uma tórrida paixão com uma mulher mais jovem, LORENA (Fernanda Machado), sua aluna:
o tio de Lorena, o advogado especialista em direitos humanos, HÉLIO (Celso Frateschi), que ajuda Bia a denunciar o seu torturador Nenê.
– núcleo de RUI (Tarcísio Filho), médico competente e humano que, inconformado com a decisão de Léo de se entregar à morte, insiste para que se submeta a tratamento médico:
a mulher, LÚCIA (Malu Galil), psicanalista, inteligente e com espírito conciliador, sempre disposta a ajudar os amigos do grupo, servindo de ombro amigo. Desperta a paixão de Pedro, por ser a única com quem se sente confortável para desabafar sobre a morte da esposa
os filhos BRUNO (Marco Pigossi), IGOR (Thiago Oliveira) e CAMILA (Tatiana Alvin)
a médica HELOÍSA (Jacqueline Dolabona), companheira de trabalho que, ávida por ter um filho mediante produção independente, engravida dele, estremecendo o estável casamento do colega com Lúcia.
– núcleo da revista masculina Sexus, onde Ivan e Tito trabalham a contragosto, e Karina tenta começar uma nova vida profissional:
NICOLA (Edney Giovenazzi), o dono da revista, estúpido, machista e preconceituoso
NANCY (Tuna Dwek), bem humorada secretária da revista, amiga de todos.
– núcleo da boate Chão de Estrelas, frequentada por Iraci e Alberto:
DORIVAL (Miguel Magno), apresentador do concurso Rainha do Havaí
CIDINHA (Maria Pompeu) e NEUSA (Anilza Leoni), as concorrentes de Iraci no concurso Rainha do Havaí.
– outros personagens:
CÍNTIA (Odilon Esteves), travesti e cantora de boate que acompanha Benny no churrasco de confraternização dos amigos, chocando a todos. Revela-se uma pessoa sensível, dócil e respeitadora, tornando-se amiga de Bia e dividindo apartamento com Carina
BRENDA (Ricardo Monastero), travesti elegante, sofisticada e discreta, amiga de Cíntia. Sabe de um segredo comprometedor da vida de Guto e o revela para Lena, para ajudá-la a conquistar a filha
ALISSON (Frank Borges), homossexual, showman, envolvido em negócios escusos. Apresenta a Benny o torturador de Bia, Oscar/Nenê.
Troca de minisséries
Maria Adelaide Amaral entregou a sinopse da minissérie Nassau (sobre o príncipe Maurício de Nassau e a ocupação holandesa em Pernambuco, no período de 1624 e 1654), que, mesmo depois de aprovada pela direção da Globo e ter entrado em pré-produção, esbarrou nos custos e foi cancelada. Sendo assim, uma nova sinopse foi pedida à autora.
Em entrevista ao livro “Autores, Histórias da Teledramaturgia” (do Projeto Memória Globo), Maria Adelaide comentou a troca das minisséries:
“A história da troca começou no dia em que chamei o Dan Stulbach – ele faria o papel de Nassau – à minha casa, para dizer que infelizmente a minissérie havia sido adiada. Então o telefone tocou e era a [diretora] Denise Saraceni, que acabava de sair de uma reunião com o Mário Lúcio Vaz [diretor-geral artístico da Globo]. Ele tinha lhe perguntado se eu não tinha nada de minha autoria, passível de ser adaptado para minissérie. Nessa tarde estava particularmente irritada e respondi que não. E o Dan, que ouvia a conversa, observou que o romance “Aos Meus Amigos” daria uma minissérie. Considerei a ideia, escrevi um argumento e recebi sinal verde para fazer a sinopse. E então me dei conta de que estava fazendo o primeiro trabalho exclusivamente meu para a TV. No teatro e na literatura quase sempre fiz isso.”
Inspiração
O protagonista Léo, vivido por Dan Stulbach, é inspirado em um grande amigo de Maria Adelaide Amaral, Décio Bar:
“Escrevi o livro porque um grande amigo, Décio Bar, se matou, em julho de 1991. Ele se jogou do décimo andar. Décio era mais do que um amigo. Foi a pessoa que me formou literariamente, a quem eu devo meu gosto estético. (…) Assim que soube de sua morte, senti uma necessidade impetuosa de escrever sobre ele, sobre nós e nossos amigos, o que havíamos vivido e como vivemos.”
Contudo, a autora afirma que a trajetória de Léo na minissérie é diferente da trajetória de Décio Bar. (livro “Autores, Histórias da Teledramaturgia”)
Elenco
Por sua atuação como o homossexual Benny, Guilherme Weber foi eleito pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) o melhor ator na televisão em 2008.
Como preparação do elenco, os atores permaneceram um mês em um estúdio que reproduzia uma casa para tentar construir a amizade que os papéis exigiam.
Dois atores viveram travestis na trama: Odilon Esteves foi Cíntia, e Ricardo Monastero, Brenda. Cíntia foi inspirada em Telma Lipp, e Brenda, em Vera Abelha, travestis famosas no cenário paulistano entre as décadas de 1970 e 1990.
Carlinhos de Jesus foi o dançarino escolhido para ensinar passos de dança de salão a Fernanda Montenegro.
Abertura e trilha sonora
A abertura, criada pela equipe de Hans Donner, exibia imagens do artista plástico Elifas Andreato.
A trilha sonora continha vários sucessos de MPB dos anos 1980. Curiosamente, ela não foi lançada comercialmente durante a exibição da minissérie, mas meses depois dela ter acabado, no segundo semestre de 2008, juntamente com o lançamento do DVD Queridos Amigos.
Chamadas
As primeiras chamadas da minissérie, dirigidas por Denise Saraceni, mostravam situações diferentes: na primeira, os amigos comemoravam a chegada de 1989, em outra, o casamento hippie de Léo (Dan Stulbach), e na última cena, alguns dos amigos voltando para o Brasil com a Anistia.
Exibição
A minissérie estreou no mesmo dia da novela das sete Beleza Pura, de Andrea Maltarolli: 18 de fevereiro de 2008.
Queridos Amigos foi disponibilizada no Globoplay (plataforma streaming do Grupo Globo) em 08/01/2024.
E mais
A Globo pediu a fabricantes de televisores o empréstimo de 60 aparelhos lançados no final de 1989. Explica-se: os principais fatos da época de Collor apareceram na tela das TVs.
01. CANÇÃO DA AMÉRICA – Milton Nascimento (participação especial Boca Livre) (tema geral)
02. MEU BEM MEU MAL – Gal Costa (tema de Raquel e Pingo)
03. FLOR DE LIS – Djavan (tema de Pingo e Lorena)
04. O QUE SERÁ (A FLOR DA TERRA) – Simone (tema de Ivan)
05. NÃO DÁ MAIS PARA SEGURAR (EXPLODE CORAÇÃO) – Gonzaguinha (tema de Lena)
06. O BÊBADO E A EQUILIBRISTA – Elis Regina (tema geral)
07. SOMOS TODOS IGUAIS ESTA NOITE (É O CIRCO DE NOVO) – Ivan Lins (tema de Lúcia e Rui)
08. ESSE CARA – Maria Bethânia (tema de Lena e Ivan)
09. MANIA DE VOCÊ – Rita Lee (tema de Lorena)
10. VOCÊ NÃO SOUBE ME AMAR – Blitz (tema de Karina)
11. VITAL E SUA MOTO – Paralamas do Sucesso (tema do núcleo jovem)
12. CONTO DE AREIA – Clara Nunes (tema de locação)
13. CORAÇÃO LEVIANO – Paulinho da Viola (tema de Iraci e Alberto)
14. DOMINGO NO PARQUE – Gilberto Gil (tema de locação)
Tema de abertura: NADA SERÁ COMO ANTES – Milton Nascimento
Eu já estou com o pé nessa estrada
Qualquer dia a gente se vê
Sei que nada será como antes, amanhã…
Que notícias me dão dos amigos?
Que notícias me dão de você?
Alvoroço em meu coração
Amanhã ou depois de amanhã
Resistindo na boca da noite um gosto de sol
Num domingo qualquer, qualquer hora
Ventania em qualquer direção
Sei que nada será como antes, amanhã…
Que notícias me dão dos amigos
Que notícias me dão de você
Sei que nada será como está
Amanhã ou depois de amanhã
Resistindo na boca da noite um gosto de sol…
A melhor série de todas. Que texto! Que diálogos ricos! Personagens bem escritos e descrito excelentemente defendidos por um elenco espetacular!!! Pena ser tão subestimada.
Nunca vou entender por que essa minissérie nunca foi reprisada!
Simplesmente a melhor minissérie que assisti, uma pena que a Globo subestima tanto que até hoje nunca foi reprisada e não consta no globoplay. Teve um selinho entre o personagem de Guilherme Weber e Bruno Garcia, mas ninguém comenta.
Um primor de minissérie! Adorei acompanhar na época.
Essa minissérie foi excelente e a acompanhei com gosto. Guilherme Weber fez um Benny memorável!
Realmente, essa série me pegou de um jeito que se tornou um dos meus programas televisivos preferidos… Uma pena que seja tão difícil encontrar em dvd…
Coisa mais linda do mundo essa minissérie aqui: sem a sofisticação estética das obras histórias que a Maria Adelaide Amaral escreveu para a Globo até ali, mas com uma profundidade dramática como poucos produtos na TV. Acompanhamos as jornadas pessoais de cada um e, ao fim, nos despedimos dos personagens como, realmente, de amigos queridos. Não só um grande trabalho de texto, mas também de interpretação – elenco todo muito harmonioso; e alguns, a exemplo de Guilherme Weber e Denise Fraga, estão em seus melhores momentos. É dessas para ver e rever, e tirar algo para si.