Sinopse
O golpista Félix Guerrero e sua mulher Adma, ao tentarem fugir da polícia da Espanha, encontram uma cigana que profetiza que Félix atravessará o mar e será rei. É quando o casal decide voltar ao Brasil, mais precisamente à cidade de Porto dos Milagres, no litoral baiano, onde mora Bartolomeu Guerrero, irmão gêmeo de Félix, o homem mais rico do lugar. Vítima de Adma, Bartolomeu morre envenenado para que Félix herde sua fortuna.
Félix torna-se rei. Mas uma prostituta, Arlete, bate à sua porta trazendo no colo o recém-nascido filho de Bartolomeu. Para livrar-se do herdeiro legítimo, Adma ordena que Eriberto, seu capataz, dê fim à mulher e à criança. Eriberto pega um barco com Arlete e o bebê ao mesmo tempo em que o pescador Frederico e sua mulher Eulália, prestes a dar à luz, estão em outro barco, navegando à procura de um médico. Eriberto mata Arlete e, quando vai se desfazer do bebê, uma onda o impede, virando a embarcação.
A criança, numa cesta, é guiada até o barco de Frederico, desesperado porque seu filho nasceu morto e tentando salvar a mulher. Ao retirar o bebê do cesto, Frederico acredita que ele foi enviado por Iemanjá. Eulália falece logo depois de ver o bebê, achando que é seu filho. Frederico promete a criança a Iemanjá, dizendo que do mar o menino nunca vai se afastar. Guma, filho de Bartolomeu, o homem mais rico da cidade, herdeiro legítimo da sua fortuna, acaba indo parar nas mãos de um pobre pescador.
Do outro lado, a história de Lívia, criada pela tia Augusta Eugênia, uma das pessoas mais importantes de Porto dos Milagres. A irmã de Augusta Eugênia, Laura, se apaixonou pelo pescador Leôncio e, por ele, decidiu abdicar do dinheiro da família e viver sua história de amor. Augusta Eugênia, inconformada com a atitude da irmã, pediu que a polícia seguisse Leôncio. Mas a ação foi exagerada: Laura e Leôncio acabaram mortos no barco que explodiu ao ser alvejado pelos policiais. A filha de Laura, Lívia, foi então criada pela tia.
Já Rosa Palmeirão, prestes a se casar, matou um velho coronel, que violentou sua irmã mais nova, e foi presa. De moça recatada, passou a protagonista de lendas da cidade. Na prisão, ganhou fama de mulher destemida, capaz de qualquer coisa. Depois de cumprir sua pena, Rosa retornou a Porto dos Milagres com o intuito de descobrir o paradeiro da irmã, a prostituta Arlete, e seu sobrinho, desaparecidos há anos. Mas acabou envolvendo-se com Félix Guerrero, sem desconfiar que o passado dele está ligado ao sumiço de Arlete.
No presente, Guma é um pescador respeitado por todos de sua comunidade. E Lívia é namorada de Alexandre Guerreiro, filho de Félix e Adma. Porém, Lívia e Guma se apaixonam ao se conhecerem e esse amor é ameaçado pela sensual Esmeralda, louca de amor por Guma. E por Alexandre, já que Guma é também o principal desafeto de Félix quando ele é eleito prefeito de Porto dos Milagres. E Félix nem desconfia que Guma é seu sobrinho e que ameaça seu trono, como profetizara a cigana anos antes.
MARCOS PALMEIRA – Guma (Gumercindo Vieira)
FLÁVIA ALESSANDRA – Lívia
ANTÔNIO FAGUNDES – Félix Guerrero / Bartolomeu Guerrero
CÁSSIA KISS – Adma
LUIZA TOMÉ – Rosa Palmeirão
LEONARDO BRÍCIO – Alexandre
CAMILA PITANGA – Esmeralda
ARLETE SALLES – Augusta Eugênia
FÚLVIO STEFANINI – Osvaldo
TONICO PEREIRA – Chico
JOANA FOMM – Rita
JOSÉ DE ABREU – Eriberto
EDUARDO GALVÃO – Otacílio
ZEZÉ POLESSA – Amapola
KADU MOLITERNO – Dr. Rodrigo
PALOMA DUARTE – Dulce
CLÁUDIA ALENCAR – Epifânia
FLÁVIO GALVÃO – Deodato
JÚLIA LEMMERTZ – Genésia
MÔNICA CARVALHO – Socorrinho
GUILHERME PIVA – Alfeu
LOUISE CARDOSO – Maria Leontina
MARCELO SERRADO – Rodolfo Augusto
TAÍS ARAÚJO – Selminha Aluada
SÉRGIO MENEZES – Rufino
CLÁUDIO CORRÊA E CASTRO – Babau
NATHÁLIA TIMBERG – Ondina
CARLA MARINS – Judite
VLADIMIR BRICHTA – Ezequiel
ZEZÉ MOTTA – Mãe Ricardina
MIGUEL THIRÉ – Alfredo Henrique
BÁRBARA BORGES – Luísa
TADEU MELLO – Venâncio
MARCÉLIA CARTAXO – Quirina
DANIELA FARIA – Aydée Caolha
RENATA CASTRO BARBOSA – Bela
THIAGO FARIAS – Paçoca
CAMILLA FARIAS – Ana Beatriz
RICARDO PAVÃO – Delegado Ferrabrás
LUÍS MAGNELLI – Josiel
GUSTAVO OTTONI – Docinho
ALDRI D’ANUNCIAÇÃO – Juca
CRISTINA GALVÃO – Belmira
FERNANDA LOBO – Vênus
SOLANGE BADIM – Serena
ANNA COTRIM – Francinete
BRUNO GIORDANO – Argemiro
ROBERTO BOMTEMPO – Jacques
PAULO VESPÚCIO – Severino
LEANDRO RIBEIRO – Milton
primeira fase
LETÍCIA SABATELLA – Arlete
MAURÍCIO MATTAR – Frederico
CRISTIANA OLIVEIRA – Eulália
CAROLINA KASTING – Laura
TUCA ANDRADA – Leôncio
REGINALDO FARIA – Coronel Jurandir de Freitas
LUIZA CURVO – Cecília
GLÓRIA MENEZES – Coló
HUGO CARVANA – Delegado Gouveia
MARCOS PAULO – figurão de quem Félix tenta roubar uma valise cheia de dinheiro no primeiro capítulo
ILVA NIÑO – Valderice
EUNICE MUÑOZ – Cigana
MARIAH DA PENHA – empregada de Coló que ajuda no parto de Arlete
MARIA SILVIA – parteira que ajuda no parto de Eulália e avisa a Frederico que ele precisa levá-la para o hospital
e
ANA LÚCIA TORRE – Salete
ANILZA LEONI- senhora da sociedade portomilagrense
ANTÔNIOO FRAGOSO – Antenor (amigo de Rodolfo Augusto)
ARY FONTOURA – Deputado Pitágoras Mackenzie
BETE COELHO – Eunice
CAMILO BEVILÁCQUA – Viriato (pescador amigo de Chico)
CARLOS EDUARDO DOLABELLA – Comendador Severo
CAROL ALMEIDA – menina do bordel de Dona Coló
CRISTINA FERREIRA – menina do bordel de Dona Coló
DÉBORA DUARTE – Olímpia
ELOÍSA MAFALDA – Celeste
EMÍLIO PITTA
JÉSSICA MÁSSIMO
JOEL SILVA – Edevair (motorista)
LIMA DUARTE – Senador Victório Vianna
MAGDA GOMES – Iaô (ajudante de mãe Ricardina)
MÁRCIO RICCIARD – Genilson (fiscal amigo de Guma que o libera, apesar do caminhão frigorífico ainda não estar legalizado)
MARCOS JUNQUEIRA
MARIA LÍDIA COSTA – Dona Helena (paciente de Dr. Rodrigo)
MURILO ELBAS – tenta estuprar Adma na estrada, quando o carro dela quebra, mas ela é salva por Rosa Palmeirão
NARCIVAL RÚBENS – Mestre Sérgio (pescador)
OSWALDO MIL – Donato (pescador que frequenta o bar de Babau)
RENATO NEVES – fotógrafo em um pronunciamento de Félix
RICARDO PETRÁGLIA – Ranulfo (caminhoneiro que dá carona a Leontina e trabalha para Eriberto)
ROBERTO FROTA – Dr. Mendanha (advogado)
SEBASTIÃO VASCONCELOS – Bispo
– núcleo de BARTOLOMEU GUERRERO (Antônio Fagundes), o homem mais importante de Porto dos Milagres, onde chegou sem dinheiro, depois de ser traído pelo irmão. Com tino para o comércio, construiu uma fortuna no ramo do algodão, ajudado pelo contrabando que entra pelo cais. Mora num palacete e seus negócios empregam boa parte das pessoas da região. É temido e respeitado, e alimenta um mau humor que parece eterno. Solteiro, sua vida particular é um mistério que ninguém conhece. Sem que ninguém saiba, frequenta eventualmente o bordel da cidade vizinha, onde mantém relações com uma prostituta que engravida dele. Mas quando toma conhecimento da criança, é envenenado:
o irmão gêmeo FÉLIX GUERRERO (Antônio Fagundes), um usurpador. Charmoso, sedutor e, principalmente, manipulador de pessoas e fatos. Não hesita em usar a mulher nos golpes que aplica, apesar de amá-la. No começo da novela, vive na Espanha aplicando pequenos golpes, mas acaba fugindo para o Brasil depois da profecia de uma cigana misteriosa. Chega a Porto dos Milagres para reencontrar o irmão, a quem traiu no passado. Finge estar arrependido mas, ganancioso e mau caráter, o que deseja é tomar o lugar dele, e acaba conseguindo. Torna-se o prefeito da cidade
a cunhada ADMA (Cássia Kiss), braço armado de Félix. Fria, calculista e pragmática, é capaz de qualquer coisa para sua felicidade e a do marido, a quem ama de modo quase doentio. Resolve assassinar Bartolomeu sem o conhecimento de Félix, envenenando-o aos poucos. Com o desenrolar da história, torna-se uma mulher cada vez mais perigosa, movida por ciúmes e orgulho ferido, transformando-se em uma assassina psicótica que elimina qualquer um que se coloque no caminho de Félix
o filho ALEXANDRE (Leonardo Brício), sofisticado, urbano e moderno, herdeiro de um grande império. Mora no Rio de Janeiro para representar os negócios do pai, mas o que gosta mesmo é de se divertir com mulheres, carros importados e roupas de grife. Seguro de si, tem a soberba dos filhos dos poderosos
a governanta ONDINA (Nathalia Timberg), conhece todos os segredos dos moradores do local. No passado, tinha adoração pelo patrão Bartolomeu. No presente, apenas aceita as ordens de Adma. Não tem papas na língua, e seu olhar, por vezes, vale mais do que mil palavras
o motorista ERIBERTO (José de Abreu), ex-fugitivo da polícia, com a morte de Bartolomeu, aproveita sua grande chance para subir na vida tornando-se o capanga de Adma, por quem é secretamente apaixonado
a secretária de Félix, BELA (Renata Castro Barbosa), romântica, sonhadora e fiel ao patrão
a empregada FRANCINETE (Anna Cotrim).
– núcleo de FREDERICO (Maurício Mattar), personagem da primeira fase. Pescador envolvido no arriscado negócio do contrabando para Bartolomeu, decide abandonar os negócios escusos por causa da gravidez da mulher. Mas o bebê nasce morto, e esta tragédia marca de vez sua vida. Ao encontrar outro bebê em um cesto no mar – o filho legítimo de Bartolomeu -, resolve cuidar do menino como se fosse seu próprio filho, trazido por obra e benção de Iemanjá. Depois disso, promete nunca mais voltar ao mar, até que um dia quebra a promessa e morre em uma tempestade:
a mulher EULÁLIA (Cristiana Oliveira), também personagem da primeira fase. Humilde, digna e consciente da vida difícil que leva. Ajuda no orçamento da família fazendo rendas de bilro. Teme pelos negócios arriscados do marido. Dá à luz e morre em seguida, sem saber que o filho nasceu morto
o filho adotivo GUMA (Marcos Palmeira), o herói da novela. Filho legítimo de Bartolomeu, que Adma mandou Eriberto matar no passado junto com a mãe. Mas o bebê escapou e foi encontrado por Frederico. Tornou-se um pescador forte e valente, que traz no peito uma tatuagem de Iemanjá. É um rapaz de bem com a vida, que tem esperança em um futuro melhor para sua gente sofrida. Sua moral é regida pelas leis do mar e pelas regras do cais – não leva desaforo para casa, e é leal com seus semelhantes. Acredita que o destino de todo pescador é morrer no mar. Com o tempo, torna-se líder dos pescadores e passa a ter poder. Por fim, descobre suas origens, mas tem outro destino: aquele traçado ao nascer, quando foi protegido por Iemanjá e a ela destinado. Sente-se ligado ao mar e à Iemanjá por destino. Acaba tornando-se o principal inimigo de Félix, sem saber que é seu sobrinho
o irmão CHICO (Tonico Pereira), pescador, mestre de bordo respeitado, homem do mar desde o nascimento. Comandou o barco “Valente” até o dia em que o passou para Guma, a quem criou como filho depois da morte de Frederico
a cunhada RITA (Joana Fomm), uma verdadeira mãezona, é o equilíbrio da família e da gente do cais: para ela, todos os problemas têm solução. Acolhe a todos sem distinção, é simples e cheia de sabedoria. Nunca reclama de nada, e sempre acredita em um futuro melhor
a sobrinha LUÍSA (Bárbara Borges), filha de Rita e Chico, menina ambiciosa que não aceita o destino de ser filha de pescador e viver à beira do cais
RUFINO (Sérgio Menezes), melhor amigo de Guma, pescador dos bons. Solteiro e órfão, não tem vocação para a solidão. Sonha em voltar do mar e encontrar uma mulher esperando por ele.
– núcleo de ROSA PALMEIRÃO (Luiza Tomé), na juventude foi uma mulher meiga e sonhadora. Sua vida muda radicalmente no dia do seu casamento, quando é presa após vingar a morte de sua irmã caçula. Passa vinte anos na cadeia e, quando sai, já ficou conhecida como Rosa Palmeirão, mulher envolta em lendas e histórias contadas pelo povo da região. Tem “fogo nas ventas”:é capaz de qualquer coisa, seja por ódio ou por amor. Seus conflitos começam quando ela abre um bordel na cidade e se apaixona por Félix Guerrero, que julga ser um homem de bem. Ao saber que sua outra irmã teve um filho, não descansa até encontrar o sobrinho, Guma:
as irmãs: ARLETE (Letícia Sabatella), personagem da primeira fase. Uma doce e meiga prostituta, que sonha com o homem que um dia vai tirá-la dessa vida. Quando jovem, sofreu abusos de um coronel, um dos motivos pelos quais caiu na prostituição. Ao descobrir que está grávida de Bartolomeu e saber da tragédia nas vidas de suas irmãs, decide procurar o pai de seu filho. Mas acaba assassinada por Eriberto, a mando de Adma,
e CECÍLIA (Luiza Curvo), inocente menina, indiretamente responsável pelo destino trágico de sua irmã depois que, violentada, comete suicídio
CORONEL JURANDIR (Reginaldo Faria), personagem da primeira fase. Só gosta de meninas virgens, e adora colecionar casos. Abusou de Arlete no passado, e depois faz o mesmo com Cecília, mas acaba morto por Rosa Palmeirão
DONA COLÓ (Glória Menezes), personagem da primeira fase. Cafetina pragmática, calculista, e conhecedora da personalidade de todas as suas meninas. Sabe que está em fim de carreira, e explora as moças até onde pode. Quando toma conhecimento da história de Arlete, convence-a a buscar o pai de seu filho
as “meninas” do bordel que abre na cidade: SELMINHA ALUADA (Taís Araújo), irmã de Rufino, não deixa de ter seus sonhos e, volta e meia, apaixona-se por alguém. Quando isso acontece, só quer saber de dar beijos e passear de mãos dadas. Descobre ser filha de Rita,
e HAIDÊ CAOLHA (Daniella Farias), na hora H, fica estrábica, o que é um atrativo a mais para alguns clientes. Não é muito inteligente, nem romântica.
– núcleo de AUGUSTA EUGÊNIA PROENÇA DE ASSUNÇÃO (Arlete Salles), a grande dama de Porto dos Milagres. Uma matriarca ao estilo de quem vive de tradição e poder: dominadora, porém fina. Ao mesmo tempo, é educada, quase uma lady quando lhe convém. Adora falar do passado, de quando foi plantadora de cana e fabricante de charutos. Tornou-se rica, mas está decadente. Odeia Adma, que chegou para tomar-lhe o lugar de mulher mais importante da cidade. Com a morte da irmã, vê-se forçada a criar sua filha:
o marido OSVALDO (Fúlvio Stefanini), vive à sombra da mulher. É querido por todos – exceto por ela. É apaixonado pela cunhada, embora não confesse seus sentimentos a ninguém. Enquanto isso, quando pode, vai ao bar Farol das Estrelas encontrar as meninas da cidade e gastar um pouco da sua aposentadoria
as irmãs: MARIA LEONTINA (Louise Cardoso), solteirona muito bem vivida e viajada, acredita que não se casou por causa de uma praga que a própria irmã rogou no passado. Vive em seu universo particular, e os mistérios que a rondam alimentam as fantasias eróticas dos rapazes da cidade. No decorrer da trama, envolve-se com Osvaldo, por quem é secretamente apaixonada
e LAURA (Carolina Kasting), personagem da primeira fase. Mulher forte e corajosa, que assumiu o amor pelo pescador LEÔNCIO (Tuca Andrada) e largou tudo para viver com ele no cais. Casou-se contra a vontade da irmã, mas encontrou o amor que sempre quis, culminando no nascimento da filha. Morre junto com o marido na explosão de seu barco
a sobrinha LÍVIA (Flávia Alessandra), filha de Laura e Leôncio, forte, decidida, carismática e independente. Mora há anos no Rio de Janeiro com Leontina, que foi quem lhe ensinou tudo sobre a vida. Íntegra e ética, namora Alexandre, apesar de saber que ele não é o homem de sua vida. Não conhece as origens de sua família e a relação com Augusta é conturbada. Lívia vai a Porto dos Milagres para informatizar a firma de Félix e conhece Guma, por quem se apaixona perdidamente, mudando o rumo de sua história
o filho RODOLFO AUGUSTO (Marcelo Serrado), boêmio que ganha a vida com pequenas trapaças, chega a dever dinheiro por causa de jogatina. É amigo tanto de Alexandre quanto de Guma, e acaba influenciando o namoro de Lívia com o pescador. Vez por outra desaparece, sem que ninguém imagine o segredo que esconde
a empregada QUIRINA (Marcélia Cartaxo)
DEPUTADO PITAGÓRAS MACKENZIE (Ary Fontoura), político que vem a Porto dos Milagres e acaba se envolvendo com Augusta.
– núcleo de AMAPOLA (Zezé Polessa), a maior perua da cidade. Adora grifes e balangandãs, assim como cultivar seu corpo à base de muita ginástica. O problema é o exagero e a falta de senso: mistura cores e cortes de cabelos, criando um estilo bem particular. É tida como fútil e desligada mas, no fundo, é uma mulher muito inteligente e pragmática. Esconde um segredo com Adma:
o marido OTACÍLIO (Eduardo Galvão), ex-noivo de Rosa Palmeirão. No passado, tentou provar a inocência dela, mas foi tão pressionado pelos poderosos que desistiu. Prometeu esperá-la sair da prisão, mas vinte anos depois, é advogado de Félix e está casado com Amapola, com quem teve dois filhos. Otacílio alimenta um certo alpinismo social, mas a volta da ex-noiva abala seus planos
os filhos ALFREDO HENRIQUE (Miguel Thiré), apaixona-se por Luísa e o namoro proibido vai levá-lo a várias atitudes pelo bem da amada. Torna-se amigo de Rosa, para desespero de Amapola,
e ANA BEATRIZ (Camilla Farias), com muita energia para tudo o que faz, está sempre retocando a mãe nas gafes
a cunhada DULCE (Paloma Duarte), irmã de Otacílio, mulher atenta às mudanças sociais. Professora por idealismo, acredita em sua profissão e faz dela um instrumento de luta social. É também amiga e confidente de Lívia e transita entre as cidades alta e baixa com facilidade
o mordomo VENÂNCIO (Tadeu Mello), devoto a Amapola, é seu grande aliado e cúmplice. Envolve-se com Quirina e Francinete
RODRIGO (Kadu Moliterno), médico da cidade, um cético na maior parte do tempo. Conhece a maioria dos moradores, de quem também é amigo, confidente e conselheiro. Gosta de Dulce, mas o romance não vinga, apesar da torcida de todos. É um dos primeiros a denunciar Félix, ganhando um inimigo que muda seu destino.
– núcleo de ESMERALDA (Camila Pitanga), morena bonita de corpo bem feito, cheia de requebrado, sorridente, maliciosa e sonsa como ninguém. Cresceu amando Guma, mas adora receber elogios de outros homens. Quando Guma se apaixona por Lívia, não sabe o que fazer da vida, e acaba formando uma aliança com Alexandre:
o pai SEU BABAU (Cláudio Corrêa e Castro), dono do bar Farol das Estrelas, ponto de encontro da gente do cais, tipo alegre e bonachão. No passado, dizem que viveu um caso de amor com uma mulata de olhos certeiros e cor de esmeralda. A mulher sumiu pelo mundo, deixando apenas o coração partido e uma filha para ele cuidar
a tia MÃE RICARDINA (Zezé Motta), cunhada de Babau, mãe de santo venerada e consultada pelo povo do cais. Tem forte ascendência sobre os pescadores e suas famílias. Trava embates homéricos com Augusta Eugênia, defensora da igreja e das tradições católicas da cidade.
– núcleo de EPIFÂNIA (Cláudia Alencar), vice-prefeita da cidade. Uma matriarca bonitona, cheia de amor e desejo. Disciplinadora, exigente, boa administradora, passa o dia na loja do marido, mas ainda arruma tempo para cuidar das filhas com rédea curta. Acaba assassinada por Adma:
o marido DEODATO (Flávio Galvão), irmão de Eriberto, é descansado e tranquilo. Dono de uma loja de ferragens em Porto dos Milagres, gosta mesmo é da vida boêmia. Para se sustentar, conta com a ajuda da mulher, por quem é completamente apaixonado
as filhas: GENÉSIA (Júlia Lemmertz), sempre de mau humor, parecendo mais velha do que realmente é. Usa roupas largas de cores neutras, e seus óculos parecem uma máscara de proteção de seus segredos. Longe de todos, vive suas próprias fantasias e uma realidade que ninguém conhece. Não dá chances a nenhum pretendente, mas tudo muda quando sua essência começa a aflorar e sua máscara cai
e SOCORRINHO (Mônica Carvalho), cobiçada pelos rapazes da cidade. Mas os pretendentes são muito bem examinados: vai atrás de quem lhe interessa. Talvez, por isso, tenha se casado com um “banana” por quem não nutre o menor respeito, podendo flertar melhor pela cidade
o genro ALFEU (Guilherme Piva), homem de boa vontade, não liga para as atitudes um tanto quanto estranhas da mulher. Como está sempre conversando com todo mundo, acaba sabendo das fofocas da cidade – embora não saiba das que envolvem sua própria esposa
EZEQUIEL (Vladimir Brichta), garçom do bar de Babau, é visto como candidato ideal para se casar com Genésia, mas se acha muito moderno para se amarrar a alguém. Gosta de paquerar, ensinar beijos e técnicas de amor para suas parceiras, mas se envolve com a beata.
– núcleo de JUDITE (Carla Marins), dona de casa prendada e feliz, fica viúva quando o marido morre no mar, durante um temporal. Quando sabe do acidente, perde a alegria e a filha que carregava no ventre. É o exemplo das mulheres que vivem no porto, à mercê de mares e tempestades. Envolve-se com Deodato:
o marido JACQUES (Roberto Bomtempo), sustenta sua família com o fruto de sua pesca. Morre no decorrer da trama
o filho PAÇOCA (Thiago Farias), melhor aluno de Dulce, mas gosta mesmo é de ir para o mar junto com Guma, a bordo do barco Valente.
Repetição
Os autores Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares retornavam com seu universo, já fartamente explorado nas novelas anteriores. Uma mistura de tudo o que já fizeram, sem novidade alguma. Jogue no liquidificador Tieta, Pedra Sobre Pedra, Fera Ferida, A Indomada e Meu Bem-Querer e o resultado é Porto dos Milagres.
Tanto foi assim que, depois desta, Aguinaldo não quis mais escrever tramas regionalistas, com a mesma fórmula – passou a focar suas novelas em histórias urbanas. O autor só voltou ao realismo fantástico dezessete anos depois, com O Sétimo Guardião (2018-2019).
Aguinaldo Silva revelou a André Bernardo e Cíntia Lopes para o livro “A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo”:
“Porto dos Milagres foi uma novela bastante traumática para mim. (…) Depois de Porto, pensei até em não escrever mais novelas. Virei para a Globo e disse: ‘Estou de saco cheio, não quero mais’.”
O autor ainda reconheceu: “Eu estava realmente em crise. Eu achei que Porto dos Milagres era uma repetição de todas as novelas que eu já tinha feito.”
Ricardo Linhares, coautor, declarou ao livro “Autores, Histórias da Teledramaturgia”, do Projeto Memória Globo:
“Começamos a sentir que as pessoas já não queriam mais viajar naquela fuga da realidade que oferecíamos com o realismo mágico, com a exacerbação do real. Elas estavam começando a estranhar coisas que não estranhavam antes. Tudo tem um ciclo, e o do realismo fantástico estava acabando ali.”
Em seu livro “Meu Passado Me Perdoa”, Aguinaldo Silva ainda queixou-se do diretor responsável pela novela, Marcos Paulo:
“(…) agora, nas minhas “doidices”, não contaria com a cumplicidade do diretor Paulo Ubiratan, morto prematuramente [em 1998]. O ator Marcos Paulo, um discípulo dele escalado para substituí-lo, já dirigira textos meus nos tempos de Plantão de Polícia, mas dessa vez nem sequer tentou manter contato comigo. Por alguma razão que não consegui entender na época (…), o diretor de Porto dos Milagres, durante todo o tempo que durou a novela, nomeou Ricardo Linhares, meu parceiro [na roteirização], para ser o intermediário entre nós.”
Entretanto, graças ao ótimo elenco escalado, a novela garantiu a audiência estável para o horário.
Inspiração
Sobre a construção da trama de Porto dos Milagres, o autor declarou ao livro “Autores, Histórias da Teledramaturgia”:
“Eu queria adaptar ‘Mar Morto’ [de Jorge Amado] havia muito tempo. Li o livro quando era adolescente, tinha uma ideia de como era aquela história de amor desenfreado. Quando o reli, percebi que ele tinha uma linguagem poética meio datada e que sua história não daria uma novela. Então tive que fazer uma adaptação muito livre. (…) A trama política prevaleceu sobre a romântica. Confesso que não tinha muita paciência com a trama romântica. Achava que aquela relação do pescador com a moça de classe média era uma história dos anos 1930, 1940. Hoje o romantismo não caminha mais por aí.”
Outra inspiração para os autores foi “Macbeth”, de Shakespeare, na trama em que Félix (Antônio Fagundes) recebe a previsão de uma cigana de que ele se tornaria rei, com as mãos sujas de sangue, tendo uma grande mulher por trás, Adma (Cássia Kiss).
Segredos do Mar e Caminhos do Mar (nome da música da abertura, cantada por Gal Costa) foram títulos cogitados para a novela.
Jorge Amado foi autor mais adaptado para a televisão brasileira. Além de Porto dos Milagres: Gabriela (1975 e 2012), Terras do Sem Fim (1981), Tenda dos Milagres (1985), Tieta (1989), Capitães de Areia (1989), Tereza Batista (1992), Tocaia Grande (1995), Dona Flor e Seus Dois Maridos (1998), Pastores da Noite (2002) e alguns casos especiais inspirados em sua obra.
Atriz enlouquecida
O maior destaque do elenco foi Cássia Kiss, vivendo a vilã Adma.
Apesar do sucesso junto ao público, Adma é uma personagem da qual Cássia Kiss não guarda boas recordações. A atriz, grávida de seu terceiro filho, com peça em cartaz e estressada, teve problemas nos bastidores de Porto dos Milagres. Em entrevista a Elena Corrêa para a revista Quem, publicada em maio de 2012, revelou:
“Gravava muito, ainda fazia uma peça de teatro e tinha as crianças. Estava grávida do meu terceiro filho e passava a noite estudando. Às vezes não dava tempo de passar todas as cenas. Em vez de procurar o produtor da novela e dizer ‘Desculpa, tem três ou quatro cenas que não tenho condição de fazer’, eu me desdobrava para gravar. Mas não conseguia e explodia. Saía do estúdio gritando, chorando, totalmente enlouquecida. Para a equipe, eu era a doida da Cássia, a pessoa difícil. (…) Era raro eu ter essas explosões. Mas os colegas me olhavam atravessado.”
Por sua atuação na novela, Cássia Kiss foi premiada com o Troféu Imprensa de melhor atriz de 2001.
Elenco
Arlete Salles, com sua Augusta Eugênia, não se deixou abalar pelas críticas acerca da semelhança entre a personagem e Maria Altiva que Eva Wilma viveu em A Indomada (1998) – aos poucos a atriz tratou de dar um jeito diferente à perua tresloucada.
Inicialmente, Arlete Salles viveria a personagem Rita, uma mulher simples e batalhadora, boa mãe, pilar da família, e Joana Fomm ficaria com o papel da megera arrogante Augusta Eugênia. Para o livro “Autores, Histórias da Teledramaturgia”, Aguinaldo Silva declarou que o diretor Marcos Paulo propôs a troca, fazendo Joana e Arlete interpretarem personagens diferentes do que estavam acostumadas a fazer na televisão.
O deputado Pitágoras Mackenzie, que Ary Fontoura interpretou em A Indomada, apareceu na trama de Porto dos Milagres como uma participação e acabou ficando como personagem fixo.
Aguinaldo Silva já havia usado esse recurso de repetir personagens: Murilo Pontes (Lima Duarte), de Pedra Sobre Pedra (1992), apareceu numa participação em A Indomada. E da própria Porto dos Milagres, o Senador Victório Vianna (Lima Duarte numa participação) foi parar na novela seguinte do autor, Senhora do Destino (2004-2005).
Primeira novela dos atores Vladimir Brichta, Miguel Thiré e Bárbara Borges.
Protestos
Porto dos Milagres foi alvo de críticas de movimentos negros da Bahia e de outros estados, pelo número reduzido de atores negros no elenco de uma novela ambientada na Bahia (baseada na obra de Jorge Amado), estado com alto índice de população negra.
No início, a novela sofreu uma campanha negativa por parte de católicos e evangélicos que não gostaram de ver na trama a forte presença do candomblé e do culto a Iemanjá. Os autores foram obrigados a diminuir este particular na novela.
Efeitos especiais e cenografia
Alguns efeitos especiais, utilizados nas cenas de barco em alto-mar – como, por exemplo, quando Guma (Marcos Palmeira) enfrenta a tempestade – foram realizadas em parceria com a empresa norte-americana Digital Domain, de Los Angeles, responsável por efeitos de filmes como Titanic (1997) e O Segredo do Abismo (1989).
A equipe de produção de arte viajou pelo litoral baiano e concluiu que o recôncavo tinha as características que serviriam como base para a história. A viagem serviu para a inspiração e aquisição de vários adereços da cidade, como os cestos de vime do mercado municipal, as barracas de feira que vendem o peixe no cais do porto, as rendas das mulheres dos pescadores, etc.
O total da área das duas cidades cenográficas, construídas para a novela e que formaram a cidade de Porto dos Milagres, somaram 10 mil metros quadrados. A primeira delas em Comandatuba (BA), onde ficava a cidade baixa, com o cais e as casas dos pescadores. A parte alta da cidade foi feita na Central Globo de Produção, no Rio de Janeiro. Outras construções tiveram que ser feitas na cidade baiana de Canasvieiras, principalmente na ruela que serviu de locação para as cenas do bordel de Dona Coló (Glória Menezes).
Nos estúdios, os cenários que se destacaram foram as casas de Augusta Eugênia (Arlete Salles) e Bartolomeu (Antônio Fagundes), um acoplado de ambientes de arquitetura com influências mouras e alguns toques espanhóis.
A estátua de Iemanjá exibida na novela foi desenvolvida por artesãos da Central Globo de Produção, a partir de imagens de livros sobre mitologia.
Exibição
Porto dos Milagres foi exibida no Viva (canal de TV por assinatura pertencente ao Grupo Globo) entre 11/02 e 04/10/2019, às 15h30 com reprise à meia-noite.
A novela foi disponibilizada no Globoplay (plataforma streaming do Grupo Globo) em 01/02/2021.
Trilha sonora volume 1
01. CAMINHOS DO MAR – Gal Costa (tema de abertura)
02. POR TE QUERER – Bellô Veloso (tema de Esmeralda)
03. A LUA QUE EU TE DEI – Ivete Sangalo (partic. especial Herbert Vianna) (tema de Dulce e Rodrigo)
04. CRENDICE – Carlinhos Brown (tema de Socorrinho)
05. ENTRE O CÉU E O MAR – Elba Ramalho (tema de Lívia)
06. UM RAIO LASER – Jota Quest (tema de Alexandre)
07. O BEM DO MAR – Dorival Caymmi (tema geral)
08. SÓ NO BALANÇO DO MAR – Daniela Mercury (partic. especial Dominguinhos) (tema geral)
09. SOB MEDIDA – Fafá de Belém (tema de Félix Guerrero e Adma)
10. SEM AMOR – Patrícia Mello (tema de Genésia)
11. DINAMARCA – Gilberto Gil e Milton Nascimento (tema de Guma)
12. FOFURA – Uai Sô (tema de Deodato e Epifânia)
13. COMO PLURAL – Roberta de Recife (tema de Alfredo Henrique e Luiza)
14. INSTANTE ETERNO – Ivan Lins (tema de Osvaldo e Leontina)
Produção musical: Guilherme Dias Gomes
Direção musical: Mariozinho Rocha
Trilha sonora volume 2
01. FELIZ – Leila Pinheiro (tema de Lívia e Guma)
02. USTED SE ME LLEVÓ LA VIDA – Alexandre Pires (tema de Rosa Palmeirão e Félix Guerrero)
03. ATRAÇÃO FATAL – Roberta Miranda (tema de Genésia e Ezequiel)
04. POR ENQUANTO – Cássia Eller (tema de Alexandre)
05. QUANDO VOCÊ NÃO VEM – Eliana Printes (tema de Esmeralda)
06. BABAOBA – Maurício Mattar (tema de Guma e Esmeralda)
07. SAUDADE DE AMOR (IF EVER) – Nana Caymmi (tema de Adma)
08. PRONTOS PARA AMAR – Guilherme Arantes (tema de Selminha Aluada e Rodolfo Augusto)
09. O IMPOSSÍVEL – Erasmo Carlos
10. É DOCE MORRER NO MAR – Dori Caymmi
11. POR ENTRE OS DEDOS – José Augusto (tema de Selminha Aluada e Alfeu)
12. TRIP TO HEAVEN – Passengers
13. TEMA DO REI – Guilherme Dias Gomes (tema de Félix Guerrero)
14. I MISS YOU – Due Angeli
Produção musical: Guilherme Dias Gomes
Direção musical: Mariozinho Rocha
Tema de abertura: CAMINHOS DO MAR – Gal Costa
O canto vinha de longe
De lá do meio do mar
Não era canto de gente
Bonito de admirar
O corpo todo estremece
Muda a cor do céu e do luar
Um dia ela ainda aparece
É a Rainha do Mar
Iemanjá, odoiá, odoiá
Rainha do Mar
Quem ouve desde menino
Aprende a acreditar
Que o vento sopra o destino
Pelos caminhos do mar
O pescador que conhece
As histórias do lugar
Morre de medo e vontade
De encontrar Iemanjá
Iemanjá, odoiá, odoiá
Rainha do Mar…
Esta novela só foi boa para a trama e o personagem de Adma Guerreiro, Cassia desempenhou um grande papel, mesmo tendo passado um mau bocado e isso a afetou, foi o melhor desempenho desta novela. Se eu realmente terminei de assistir, foi apenas por causa do desempenho de Cassia Kiss. O caráter da Adma tinha um sentido psicológico super forte.
Apesar do regionalismo e do realismo mágico, ela trazia traços bem diferentes das anteriores. Da mesma forma que explorava temas que nas outras foram levemente citados. As anteriores tinham uma veia de humor muito forte; já Porto dos Milagres era misteriosa, soturna. E o candomblé, que foi apagado no decorrer, era um ponto muito alto da trama. O próprio fato da trama política se sobrepor à romântica e ao próprio humor traz uma diferença das demais. Sem contar que era uma política mais realista do que aquela vivida em Tieta ou A indomada. Aliás, A indomada, apesar de todas as qualidades, é que tinha mais cara de cópia de Tieta, Pedra sobre Pedra e Fera Ferida. Porto dos Milagres realmente destoa. Talvez não tivesse o carisma das outras, mas era bem diferente. Acho que é algo semelhante a Esperança, quando comparada à Terra Nostra. Tirada a ambientação, eram imigrações e tramas completamente diferentes. Mas a rejeição tanto de Porto dos Milagres quanto de Esperança, que ficaram no meio de sucessos como Laços de Família, O Clone e Mulheres Apaixonadas, mostra um público das 21hs mais sedento por um realismo de grande cidade.
Bom dia! Eu nunca havia assistido na época, pois eu estava entrando na universidade. Estou vendo agora no Globoplay e realmente estou amando. Grandes atores que deixaram a Rede Globo, como Luiza Tomé e Carla Marins. A Arlete Sales brilha como sempre. Acredito que realmente poderia ter um elenco de atores negros mais expressivo. Mas as histórias são deliciosas e a música de abertura é leve e oferece uma sensação boa.
Novela injustiçada pelo público chato de 2001,que não entendia nada de nada.Fique feliz ao rever no Viva 18 anos depois de sua estreia,mas queria que ela fosse reprisada em 2021,para comemorar 20 anos de sua exibição original.Guma e Lívia,um dos melhores casais da teledramaturgia,quem fala que é um casal chato,é porque não viu a novelinha anterior que tinha um casal protagonista insuportável.Enfim melhor novela de 2001,junto com O Clone,que a engoliu em repercussão e audiência,mas não tirou o mérito de ser uma novela maravilhosa.
Na verdade o Aguinaldo já havia dado uma pausa nas tramas regionalistas com Suave Veneno em 1999. Mas foi uma novela confusa e meio estranha, tanto que a impressão que se tem é que ele abandonou o realismo fantástico apenas depois de Porto dos Milagres. Seja proposital ou não, parece que depois de Suave Veneno ele tentou voltar a uma fórmula que já conhecia, a um estilo de novela já testado algumas vezes, e que também não o agradou na época.
Achei bem bizarra essa novela. Me assustei com aquele olho que aparecia na abertura
A fórmula aqui, de realismo mágico, já estava bem desgastada, a meu ver. Por isso, não deu pra se empolgar muito com a novela. Dos poucos destaques, aponto Antônio Fagundes, Cássia Kiss e Luiza Tomé, como Félix Guerrero, Adma e Rosa Palmeirão. Lívia e Guma, foram um dos casais mais chatos, da história das novelas. De resto, tudo muito igual às novelas anteriores do Aguinaldo, nesse estilo.
Ridícula a intolerância religiosa que o candomblé sofreu.
Nunca revi a novela, mas na época gostei. A relação da Adma com o marido foi muito bem feita. Ele supostamente não saber dos assassinatos que ela cometia “por amor”.
E a Globo não aprende…
“críticas por parte de movimentos negros da Bahia e de outros estados, pelo número reduzido de atores negros no elenco de uma novela ambientada na Bahia”
Em 2001 com essa trama… Muito tempo depois, Segundo Sol aconteceu a mesma coisa.
Aguinaldo Silva já demonstrou nessa época estar se esgotando como autor.
Senhora do Destino foi a única exceção.
Eu adorei abertura e a música.
Mas, na época a mídia falava que apesar da audiência ninguém comentava a novela.
Novela que já deu a entender que o estilo já havia se esgotado… Salvou-se pela vilãzona da Adma…