Sinopse
Uma sala de aula é o centro gerador da história. Problemas morais, sociais e conflitos de gerações partiam de pais, filhos, mestres e alunos.
A trama gira em torno dos problemas existentes entre as três classes sociais e os pequenos problemas diários entre os membros de cada classe. Em foco, a sala de aula. Daí emanam as histórias de cada estudante, com suas respectivas famílias.
GIAN CARLO – Zé Roberto
ANA ROSA – Helena
DENIS CARVALHO – Plínio
TONY RAMOS
GUY LOUP – Betty
MARLENE FRANÇA – Natália
ADEMIR ROCHA
ANNAMARIA DIAS – Marta
PATRÍCIA MAYO
WÁLTER NEGRÃO
MARCOS PLONKA
OLÍVIA CAMARGO – Diva
PERCY AIRES – Professor Freitas
LAURA CARDOSO – Maria de Freitas
ELIAS GLEIZER – Paulo
MARIA LUIZA CASTELLI – Luiza
RILDO GONÇALVES – Mário
MARISA SANCHES
NORAH FONTES
CANARINHO
FELIPE LEVY
MARIA HELENA DIAS
ÁUREA RIBEIRO
EDE ISABEL
OSWALDO CAMPOZANA
CARLOS DUVAL
História original
Primeiro texto original do autor-diretor Geraldo Vietri. As tramas anteriores assinadas por ele eram adaptações. Com essa novela, Vietri começou um estilo que era filho direto do seu TV de Comédia.
Vilmar Ledesma narrou em “Geraldo Vietri – Disciplina é Liberdade”:
“Em crise financeira, a Tupi estava sem recursos para comprar textos estrangeiros e Vietri recebeu sinal verde de Cassiano Gabus Mendes para criar uma história original, o que ele vinha solicitando fazia tempo. Assim nasceu Os Rebeldes, a primeira novela com texto brasileiro e também mais longa que o normal – teve 102 capítulos. Era como se Vietri levasse para as novelas a nacionalização dos textos promovida pelo TV de Comédia quase dez anos antes. Como era impossível escrever e dirigir novela e ao mesmo tempo fazer o TV de Comédia, o programa acabou nesse ano.”
Problemas da juventude
“A juventude rebelde ainda não tinha sido retratada pela televisão, ainda às voltas com os mocinhos e mocinhas sofredoras das histórias cubanas, mexicanas e argentinas. Com esta novela, Vietri partiu para mostrar um mundo em transformação, através dos problemas da juventude brasileira, as transformações que estavam ocorrendo quando o carro, o chiclete, o jeans e o rock passaram a ser padrões da garotada.
Geraldo Vietri sempre combateu isso e a novela mostrava a luta de seus personagens em não se deixar envolver. Uma sala de aula era o principal cenário da trama que abordava conflitos de gerações e sociais, entre pais e filhos, professores e alunos.”
Fim antecipado
A novela teve seu final precipitado por reformulação na programação da emissora, ocasionada pela mudança da direção artística da TV Tupi – a ida de Cassiano Gabus Mendes para a TV Excelsior e sua substituição por J. Silvestre. Os trinta últimos capítulos foram reduzidos a três. Foi a última novela da Tupi do núcleo das 21h30 nos anos 1960.
Geraldo Vietri registrou seu desapontamento com o fim abrupto da trama em entrevista à revista Intervalo, na época:
“Os telespectadores que me perdoem, mas não tenho culpa se o final ficou chocho. Tenho de obedecer às ordens da direção. Como autor da novela, devo dizer que a mim prejudicou muito o corte.”
Neste momento, foi uma lástima. Porém, suas mensagens foram retomadas mais tarde com Antônio Maria e Nino, o Italianinho, no ar entre 1968 e 1970.
Trilha sonora
O então sonoplasta da Tupi, Salathiel Coelho, experimentou músicas cantadas na trilha de Os Rebeldes, com “Não Vem Que Não Tem”, na voz de Wilson Simonal. Até então, com algumas exceções, só se tocava música orquestrada em novelas. (“Almanaque da TV”, Bia Braune e Rixa)
E mais
O novelista Walther Negrão, que estava no elenco da novela atuando, foi chamado para colaborar com Vietri no roteiro da trama. Negrão voltou a colaborar com Vietri nos textos de Antônio Maria e Nino, o Italianinho.
Com praticamente o mesmo elenco de Os Rebeldes, Geraldo Vietri continuou o tema da juventude no filme escrito e dirigido por ele, Os Reis do Iô-Iô-Iô, uma sátira ao famoso filme dos Beatles Os Reis do Iê-Iê-Iê, de Richard Lester (1964).
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