Sinopse
Fugindo da guerra civil na Síria, a família de Elias Faiek (Marco Ricca) – a mulher Missade (Ana Cecília Costa) e os filhos Laila (Julia Dalavia) e o pequeno Khaled (Rodrigo Vidal) – atravessam a fronteira a pé em direção ao Líbano, onde buscam abrigo em um campo de refugiados em Beirute. Sem perspectiva de futuro e lamentando o que deixaram para trás, os Faiek tem planos de comprar passagens para São Paulo, no Brasil, onde mora Ranya Nasser (Eliane Giardini), prima de Missade.
Em Beirute, mora Aziz Abdallah (Herson Capri), sheik árabe radicado no Líbano. Milionário, ele vive com três mulheres: Soraya (Letícia Sabatella), a primeira, mãe de Dalila (Alice Wegmann), e Fairouz (Yasmin Garcez) e Áida (Darília Oliveira), que têm menos importância no harém por terem vindo depois e, assim como Soraya, por nenhuma ter dado ao sheik um filho homem. Na falta de um herdeiro varão, Aziz elege Dalila como a filha preferida. Ele a vê como sucessora de seus negócios.
Na mansão Abdallah também vivem empregados e homens de confiança do sheik, como o afilhado Jamil Zariff (Renato Góes), regatado em um orfanato ainda criança com seu primo Houssein (Bruno Cabrerizo), para ter abrigo e estudos em troca de lealdade e dedicação. Por ser leal, Houssein esconde a paixão que sente por Soraya. Jamil é escolhido para se casar com Dalila, que sempre o desejou em segredo. O rapaz, no entanto, sonha se casar por amor, rechaçando Dalila, cujo rosto jamais viu.
No campo de refugiados, Aziz se encanta por Laila e resolve tomá-la como sua quarta esposa. Ele propõe um acordo financeiro ao pai da moça em troca de sua mão. Mesmo em uma situação difícil, Elias recusa a proposta. Jamil também se encanta por Laila, em outro momento, e é correspondido. Apesar do interesse por Jamil e da negativa do pai à proposta de Aziz, Laila é forçada a casar-se com o sheik para salvar seu irmão Khaled, mortalmente ferido, e parte para a sua mansão.
Soraya se compadece de Laila, já que viveu a mesma situação no passado. Ela anuncia a morte de Khaled, ocorrida logo depois de uma cirurgia de emergência. Sem motivos para seguir adiante no sacrifício de se casar com Aziz, Laila foge da mansão do sheik com a ajuda de Soraya. Inicia-se então a jornada da moça para escapar da perseguição de Aziz. De volta ao campo de refugiados, ela se junta à sua família, que segue para a Grécia para embarcar em um navio rumo ao Brasil.
Ciente da fuga, Aziz encarrega Jamil de trazer Laila de volta. Ao descobrir que a esposa do patrão é a mesma por quem se apaixonou, Jamil aceita a missão a fim de protegê-la e parte para o Brasil para ficar com a amada. Quando descobre que foi traído, Aziz vem pessoalmente a São Paulo resgatar Laila. O sheik, que na Síria havia matado a mulher Soraya ao descobrir que ela o traía com Houssein, acaba morto no Brasil, levando Dalila a jurar vingança contra os Faiek, por julgá-los responsáveis pela morte do pai.
JÚLIA DALAVIA – Laila Faiek
RENATO GÓES – Jamil Zariff
ALICE WEGMANN – Dalila Abdallah / Basma Bakri
MARCO RICCA – Elias Faiek
ANA CECÍLIA COSTA – Missade Faiek
ELIANE GIARDINI – Ranya Anssarah Nasser
PAULO BETTI – Miguel Nasser
CARMO DALLA VECCHIA – Paul Abbás
DANTON MELLO – Almeidinha (Antonio Carlos Almeida)
EMANUELLE ARAÚJO – Zuleika Nasser
ANAJU DORIGON – Camila Nasser
BIA ABRANTES – Valéria Augustin
VERÔNICA DEBOM – Sara Roth Fischer
MOUHAMED HARFOUCH – Ali Al Aud
MARCELO MÉDICI – Abner Blum
LUANA MARTAU – Latifa / Rebeca
NICETTE BRUNO – Ester Blum
FLÁVIO MIGLIACCIO – Mamede Al Aud
OSMAR PRADO – Bóris Fischer
BETTY GOFMAN – Eva Roth Fischer
BRUNO CABRERIZO – Houssein Zarif
RODRIGO SIMAS – Bruno Monte Castelli
LEONA CAVALLI – Teresa Monte Castelli
GUILHERME FONTES – Norberto Monte Castelli
CAROL CASTRO – Helena Torquato
ÂNGELO COIMBRA – Padre Zoran
KAYSAR DADOUR – Fauze
CRISTIANE AMORIM – Santinha
PAULA BURLAMAQUI – Drª Letícia Monteiro
EDUARDO MOSSRI – Faruq Murad
VITOR THIRÉ – Davi Roth Fischer
GUILHERMINA LIBÂNIO – Cibele Nasser
FILIPE BRAGANÇA – Benjamim Nasser Batista
SIMONE GUTIERREZ – Aline Nasser Batista
GLICÉRIO DO ROSÁRIO – Caetano Batista
ELI FERREIRA – Marie Patchou
MAX LIMA – Martin Patchou
BLAISE MUSIPÈRE – Jean-Baptiste Enfant
LOLA FANUCCI – Muna Al Aud
LEANDRO FIRMINO – Tomás
LUCIANO SALLES – Dr. Rogério Pessoa
ALEX MORENO – Robson
ANDERSON MELO – Gabriel Yasbeck
os meninos
BRENO DELLATORRE – Raduan (filho de Laila e Jamil)
RAFAEL SUN – Arturzinho (Artur Nasser Batista, filho de Aline e Caetano)
e
ACAUÃ SOL – Salim (funcionário de Aziz prejudicado por Dalila, acaba morto, no início)
ALDO PERROTA – médico que cuida de Laila após ela ser atropelada por Bruno
ALÉSIO ABDOM – médico que opera Camila quando ela é baleada por Dalila
ALESSANDRO ANES – homem com quem Jamil conversa em um bar quando investiga a vizinhança de Almeidinha
ALEXANDRE DACOSTA – Simão (dono da funerária onde Abner vai trabalhar, no final)
ALEXANDRE LINO – Delegado Souza (da corregedoria, investiga a armação contra Almeidinha arquitetada por Dalila)
ALEXANDRE MOFATTI – policial da delegacia de Almeidinha, com Tomás prende Cibele e Benjamim na passeata
ALEXANDRE MORENNO – Delegado Evandro (da delegacia de Laranjeiras, região onde Aziz é assassinado)
ALEX REIS – médico que faz o parto de Soraia, filha de Dalila
ALEX TEIX – promotor no julgamento de Faruq
ALLAN SOUZA LIMA – Youssef Abdallah (sobrinho que Aziz, apaixonado por Dalila)
ÁLVARO BRANDÃO – Ahmed (filho pequeno de Samira, no campo de refugiados no Líbano)
AMIR HADDAD – Tito (avô de Laila, na Síria, no início)
ANA ABBOTT – Lourdes (camareira do hotel, amante e cúmplice de Robson)
ANA PAULA BOTELHO – professora no curso que Missade faz para poder abrir sua barraca de comida
ANDRÉA BACELAR – Bárbara (diretora da escola onde Aline tenta matricular Salminha, mas a menina é recusada)
ANDRÉA MATTAR – recepcionista de hotel que reconhece Dalila e a denuncia para a polícia
ANDRÉ JUNQUEIRA – PM Gimenez (ajuda Ali a procurar Mamede quando ele foge de casa)
ANDRÉ PIMENTEL – Delegado Moraes (dá voz de prisão ao Dr. Fernando Antunes, quando ele tenta fugir)
ANDRÉ SALVADOR – Delegado Maciel (substitui Almeidinha enquanto ele está preso)
ANTÔNIO ALVES – patrão de Abner na loja de sucos
ANTÔNIO CARLOS FEIO – atropela Dalila, que depois rouba sua caminhonete
AVELLAR LOVE – funcionário da prefeitura com quem Miguel transfere a casa e a loja para o nome de Jamil
BEATRICE SAYD – Samira (moradora do campo de refugiados no Líbano, ajuda Laila a fugir dos capangas de Aziz, no início)
BERNARDO FELINTO – pago por Paul para colocar uma bomba na mochila de Cibele
BETH BERARDO – Nádia (tia de Laila, na Síria, no início)
BETH ZALCMAN – Hamida Yunes (ex-funcionária na casa de Aziz, Dalila a usou para sequestrar a menina Salma)
BRUNO AHMED – funcionário no escritório de Gabriel que confirma o álibi de Dalila na suspeita da morte de Paul
CARLOS FONTE BOA – pago por Paul para insuflar o povo contra a barraca de comida de Missade
CECÍLIA HOMEM DE MELLO – Calpúrnia (vizinha de Almeidinha, tem fotos de homens plantando drogas em sua casa)
CLAIRE DIGONN – Zaira (avó de Laila, na Síria, no início)
CLÁUDIA ASSUNÇÃO – Ivaneide Gouveia (suposta paciente de Faruq, paga por Dalila para incriminá-lo)
CLÁUDIA VENTURA – enfermeira que entrega a Ranya o bebê de Dalila e uma carta deixada por ela
CLÁUDIO AMADO – Vladimir (homem que compra seu próprio caixão com Abner na funerária)
CLÁUDIO CINTI – médico que diagnostica o Alzheimer de Mamede
CLÁUDIO EGÍDIO HUDOLPH – Samir (dono da pizzaria onde Fauze e, depois, Abner vão trabalhar)
CLÁUDIO GARCIA – advogado pago por Paul para libertar o homem que colocou a bomba na mochila de Cibele
DANIEL BARCELOS – Rabino Goldman (realiza a cerimônia em que Latifa se torna a judia Rebeca)
DANIEL DIAS DA SILVA – fotógrafo pago por Gabriel para registrar momentos de Laila e sua família
DANI ORNELLAS – juíza no julgamento de Dalila
DARÍLIA OLIVEIRA – Áida (uma das três esposas de Aziz)
FABIANA MOTTA – Yasmin (moça comprada por Aziz após a fuga de Laila, no início)
FARNETO FARAH – cliente na ótica onde Abner trabalha e faz confusão com seus óculos
FLÁVIO BAIOCCHI – promotor no julgamento de Dalila
GABI COSTA – Nazira Murad (mulher de Faruq)
GABRIELA MUNHOZ – Mágida (mãe da menina Salma, acusa Jamil de ter matado seu marido, Salim)
GUILHERME GONZALEZ – policial que dá voz de prisão a Robson no aeroporto
HÉLIO RIBEIRO – juiz na audiência de custódia de Dalila
HERSON CAPRI – Sheik Aziz Abdallah (pai de Dalila, morto no início)
HUGO REZENDE – Amin (segurança de Dalila)
IGOR PAIVA – contratado por Gabriel, arranja um preso para matar Robson na cadeia, a mando de Dalila
ÍTALO VILLANI – um dos rebeldes que invadem a casa de Elias
JOÃO CUNHA – presidiário contratado por Gabriel para matar Robson
JOSÉ GUILHERME GUIMARÃES – Abílio (dono da ótica onde Abner vai trabalhar, no final)
JOSÉ KARINI – Manoel Gonçalves (dono de uma confecção clandestina que usava trabalho escravo)
LEONARDO JOSÉ – juiz na julgamento de Aziz
LETÍCIA CARNAVAL – Salma (menina turca recebida no centro de refugiados, Aline tenta adotá-la)
LETÍCIA SABATELLA – Soraya Abdallah (mãe de Dalila, uma das três esposas de Aziz, morta por ele)
LIONEL FISCHER – juiz no julgamento de Faruq
LUCAS CAPRI – Péricles (filho de Almeidinha)
LUCIANO PULLIG – auxiliar do juiz no julgamento de Faruq
MÁRCIA FIALHO – enfermeira obstetra que faz o parto de Dalila
MARCO MARCONDES – funcionário da imigração no Brasil que recebe os Faiek e os encaminha para um abrigo
MARCOS HOLLANDA – Tião (mecânico que deixa a oficina de Caetano, abrindo uma vaga para Elias)
MARCUS ACHER – médico que cuida de Houssein após ele ser baleado por Aziz
MARCUS DIOLI – Dr. Mário (diretor do hospital, demite Letícia após o escândalo de Aline sobre sua relação com Benjamim)
MÁRIO HERMETO – juiz no julgamento de Camila
MELISE MAIA – médica com quem Dalila grávida faz um ultrassom
MIGUEL NADER – Omar (irmão de Latifa, golpista, seduz e rouba Eva)
PADRE PAOLO PARISE como ele mesmo, dá um depoimento em apoio aos refugiados
PAULO BELLEI – homem que, sob o falso nome de Adilson, vende um food truck para Elias e depois o rouba
PAULO CARVALHO – Dr. Maurício (advogado de Dalila no final, quando ela é finalmente presa)
RAFAEL SIEG – Rodrigo Torquato (marido de Helena, amigo brasileiro de Elias, morre no início)
RAFAEL VACHAUD – oficial de Justiça
RAQUEL FABBRI – Estela (garçonete amiga de Laila, quando elas trabalham no navio rumo ao Brasil, no início)
REGINA GUTMAN – moradora de rua que ajuda Mamede quando ele foge de casa
RÉGIS DE SORI – faxineiro que apresenta Calpúrnia a Jamil e Hussein
RICARDO CONTI – Daniel (substitui Robson na gerência do hotel)
ROBERTO LOBO – médico que atende Sara, quando ela perde a memória após uma queda
RODRIGO GEMINO – Amin (capanga de Aziz)
RODRIGO VIDAL – Khaled Faiek (irmãozinho de Laila, filho de Missade e Elias, morre no início)
RONALDO TORTELLI – Dr. Fernando Antunes (médico que manipula o teste de gravidez de Laila e depois frauda o teste de DNA do bebê de Dalila)
SAMIR MURAD – médico que atende Dalila após ela ser baleada por Robson
SÉRGIO FONTA – Seu Geraldo (compra de Omar a floricultura de Eva)
SÉRGIO STERN – representante da embaixada de Israel que comunica a morte de David para a família dele
SÔNIA ZAGURY – Dona Zefinha (primeira paciente de Zuleika na fisioterapia)
THALES MIRANDA – Arturzinho (primeira fase)
VANDERSON PETÃO – policial da delegacia de Almeidinha
VIVIANE REIS como ela mesma, dá um depoimento pela ONG I Know My Rights
YASMIN GARCEZ – Fairouz (uma das três esposas de Aziz)
Consuelo (boliviana que denuncia a confecção clandestina de Manoel Gonçalves)
Dr. Cristiano Zácaro (recolhe material para o exame de DNA do bebê de Dalila)
Drª Miranda (advogada de Camila)
Márcia (assistente social que ajuda Aline e Caetano no processo de adoção)
– núcleo de LAILA (Júlia Dalavia), jovem síria que tem a vida transformada quando sua casa é destruída em um bombardeio em seu país. No campo de refugiados, no Líbano, se apaixona por um rapaz libanês, mas eles precisam enfrentar um poderoso sheik que quer desposá-la a todo custo. Ela foge para o Brasil com sua família e seu amado vai em seguida. Mesmo assim, não conseguem escapar do cerco do sheik e da filha dele, apaixonada pelo libanês:
o amado JAMIL (Renato Góes), libanês que foi adotado na infância pelo sheik, tornando-se de sua confiança. Prometido em casamento à filha do sheik, os trai para unir-se a Laila
o filho pequeno do casal RADUAN (Breno Dellatorre)
os pais: ELIAS (Marco Ricca), engenheiro sírio, perde a casa no bombardeio. Saído dos escombros com a família, foge para o Líbano. No campo de refugiados, a família inicia uma jornada até o Brasil, onde tenta uma nova vida,
e MISSADE (Ana Cecília Costa), mulher devotada à família. Cozinheira de mão cheia, vê seu pequeno restaurante na Síria ser destruído pela guerra. Entre os parentes, é quem mais sofre com saudade da terra natal
o irmão pequeno KHALED (Rodrigo Vidal), acaba mortalmente ferido no bombardeio e morre depois
o primo de Jamil, HOUSSEIN (Bruno Cabrerizo), foi adotado com ele pelo sheik e tornou-se um de seus capangas, mas não concorda com os seus métodos. Trai o sheik, que volta sua ira contra ele e Jamil
HELENA (Carol Castro), brasileira, viúva de um amigo de Elias morto na guerra da Síria. Envolve-se amorosamente com Elias, o que acaba por minar o casamento dele e Missade.
– núcleo do SHEIK AZIZ ABDALLAH (Herson Capri, participação), homem rico, poderoso e arrogante, não aceita ser contrariado. É casado com três mulheres, mas só tem amor pela filha mais velha. Volta toda sua ira para Laila, após a fuga dela na noite de núpcias, e, em seguida, para Jamil e Houssein, seus afilhados, por não perdoar a traição deles. No Brasil, acaba misteriosamente assassinado:
a filha mais velha DALILA (Alice Wegmann), voluntariosa e mimada. Apaixonada por Jamil, ao descobrir o romance entre ele e Laila, fará de tudo para se vingar do casal, a quem responsabiliza pela desgraça de sua família
as esposas: SORAIA (Letícia Sabatella, participação), a primeira, mãe de Dalila. Submissa e conformada. Por sonhar com um destino diferente do seu para Laila, a ajuda a fugir do sheik antes do casamento deles ser consumado. Apaixona-se por Houssein, com quem inicia um romance secreto. Descobertos, Aziz mata Soraia e fere Houssein em flagrante de adultério,
FAIROUZ (Yasmin Garcez), a segunda, tem uma relação fraternal com Soraia e Dalila,
e ÁIDA (Darília Oliveira), a terceira e mais jovem, falsa e ambiciosa
o capanga FAUZE (Kaysar Dadour), leal ao patrão. Ao longo da trama, descobre-se que é filho bastardo de Aziz, logo, meio-irmão de Dalila
o comparsa de Dalila, PAUL ABBÁS (Carmo Dalla Vecchia), atende seu chamado para ajudá-la na vingança contra Jamil e Laila. É apaixonado por ela
o cúmplice de Paul, ROBSON (Alex Moreno), recepcionista de hotel, aceita fazer o trabalho sujo em troca de muito dinheiro
o advogado de Dalila, GABRIEL (Anderson Melo).
– núcleo de RANYA (Eliane Giardini), prima de Missade que mora no Brasil, acolhe a família dela. Mulher amorosa, religiosa e justa. Ao longo da trama, descobre-se que é mãe de Soraia, logo, avó de Dalila:
o marido MIGUEL (Paulo Betti), dono de uma importadora, que herdou do avô. Tem um bom coração, mas seu vício por jogo vai trazer sérios problemas para sua família
as filhas: ALINE (Simone Gutierrez), ZULEIKA (Emanuelle Araújo) e CAMILA (Anaju Dorigon), a caçula, fútil e interesseira. Logo na chegada dos parentes refugiados, é hostil com Laila e não tem dilema ético algum em trair a confiança e pôr em risco a própria família
a empregada SANTINHA (Cristiane Amorim), atrapalhada e fofoqueira, sempre mete os pés pelas mãos e leva bronca da patroa. Apaixona-se por Fauze.
– núcleo de ALINE (Simone Gutierrez), a mais velha das filhas de Ranya e Miguel. Mãe de dois rapazes, está obcecada pela ideia de ser mãe de uma menina:
o marido CAETANO (Glicério do Rosário), nordestino, tem uma oficina mecânica e emprega Elias, recém-chegado da Síria. Por amor à mulher, encampa o projeto dela de tentar ter uma filha
os filhos: BENJAMIM (Filipe Bragança), fera na informática, dá aulas para os refugiados. Rapaz tímido e solitário
e ARTURZINHO (Thales Miranda / Rafael Sun), o caçula, menino travesso.
– núcleo de ZULEIKA (Emanuelle Araújo), a filha do meio de Ranya e Miguel. Quando o casamento termina, volta a morar com os pais, levando a filha. Bela e alegre, inicia um novo relacionamento por meio de um aplicativo:
a filha CIBELE (Guilhermina Libânio), garota empoderada, feminista e ativista. Por sua visão de mundo, entra em choque constante com a “tia” Camila, que vive pegando em seu pé por ser gorda
o namorado ALMEIDINHA (Danton Mello), que conheceu em um aplicativo de namoro. Delegado sério e justo, vai ajudar Laila e Jamil a combater Aziz e Dalila
o amigo de Almeidinha, TOMÁS (Leandro Firmino), policial com quem trabalha.
– núcleo de BRUNO (Rodrigo Simas), rapaz idealista e solidário, escolhe ser fotojornalista para retratar injustiças sociais. Encanta-se por Laila, recém-chegada ao Brasil. Nascido em uma família rica, abandona uma vida confortável para realizar seu sonho profissional:
os pais: NORBERTO (Guilherme Fontes), empresário do ramo imobiliário, ambicioso e autoritário, que não mantém uma boa relação nem com o filho e nem com a mulher,
e TERESA (Leona Cavalli), ex-cantora, abandonou a carreira artística para se casar e sofre por isso, pois hoje o casamento está em crise. Submissa, tenta driblar os desentendimentos entre o marido e o filho
a ex-namorada VALÉRIA (Bia Arantes), moça interesseira e arrivista. Quando os dois se separam, aproveita a crise no casamento de Norberto para seduzi-lo. Acaba unindo-se a ele, por interesse.
– núcleo de ALI (Mouhamed Harfouch), de origem árabe, dono de um restaurante. Apaixona-se por uma judia, o que vai gerar uma série de conflitos com seu avô, resistente a essa união:
o avô MAMEDE (Flávio Migliaccio), imigrante árabe, não simpatiza com seu vizinho judeu e ambos travam uma cômica rivalidade, a princípio por causa de seus cães. Fica contrariado quando descobre que o neto está apaixonado pela neta do vizinho judeu
a irmã MUNA (Lola Fanucci), professora de dança do ventre, ajuda a família no restaurante
a jovem árabe LATIFA (Luana Martau), trazida por Mamede para se casar com Ali e afastá-lo da judia, o que vai causar uma série de confusões. Ao longo da trama, descobre-se que ela é uma farsante.
– núcleo de SARA (Verônica Debom), de origem judaica, se interessa pela cultura árabe, especialmente pela dança do ventre, para se aproximar de Ali, por quem é apaixonada. Por causa da rixa entre seu avô e o vizinho Mamede, adota uma nova identidade para namorar Ali:
o avô BÓRIS (Osmar Prado), judeu, faz questão que sua neta se relacione apenas com outros judeus, por isso não aceita o namoro dela com Ali. Não suporta sequer a ideia de ver sua cadela SALOMÉ se aproximar de SULTÃO, o cão de Mamede, seu vizinho árabe, com quem vive se desentendendo
a mãe EVA (Betty Gofman), dona de uma floricultura. Apoia o namoro da filha com Ali
o irmão DAVI (Vitor Thiré), soldado na guerra no Oriente Médio. Quando vem ao Brasil, apaixona-se por Cibele.
– núcleo de ABNER (Marcelo Médici), amigo de Bruno, sujeito falastrão, preguiçoso, displicente e atrapalhado. Ainda não se encontrou na vida, para desespero de sua mãe, uma típica mãe judia que sonha vê-lo casado com Sara. A implicância inicial de Abner com Sara dá lugar a uma paixão. Acabará finalmente esquecendo Sara para enrabichar-se por Latifa:
a mãe ESTER (Nicette Bruno), amiga da família de Bóris. Extremamente controladora e passional, se une a Bóris para casar o filho com Sara. Quando Abner começa a se envolver com Latifa, é contra o namoro.
– núcleo do Instituto Boas-Vindas, que acolhe em São Paulo pessoas em situação de refúgio:
PADRE ZORAN (Ângelo Coimbra), o diretor, filho de imigrantes croatas
MARIE (Eli Ferreira), imigrante congolesa, fica amiga de Laila e a contrata para trabalhar em seu salão de beleza
MARTIN (Max Lima), filho de Marie que estava desaparecido na guerra civil em seu país. Rapaz traumatizado pelos horrores da guerra
JEAN-BAPTISTE (Blaise Musipère), imigrante haitiano, músico, trabalha como mecânico na oficina de Caetano e, nas horas vagas, dá expediente como cantor na noite paulistana. A princípio, namora Marie, mas a música o aproxima de Teresa
FARUQ (Eduardo Mossri), refugiado sírio. Médico em sua terra natal, luta para ter seu diploma reconhecido no Brasil
LETÍCIA (Paula Burlamaqui), médica, apaixona-se por Faruq e tenta ajudá-lo na equiparação de seu diploma
ROGÉRIO (Luciano Salles), advogado, braço direito do Padre Zoran.
Bom momento
As qualidades de Órfãos da Terra garantiram a audiência: média final de quase 22 pontos no Ibope da Grande SP. A novela de Thelma Guedes e Duca Rachid levantou o moral do horário das seis aproveitando o bom momento do final de tarde da Globo e entregando bem para as atrações seguintes (também em ótima fase).
Órfãos da Terra conquistou o prêmio Emmy Internacional de melhor novela de 2019.
Antecedentes
A dupla Thelma Guedes e Duca Rachid iria estrear no horário das nove em 2017, após A Força do Querer, com uma novela que tinha O Homem Errado como título de trabalho. Ainda em 2016, depois dos primeiros blocos de capítulos entregues para a avaliação da Globo, a produção foi cancelada.
As autoras então prepararam uma nova trama para as 18 horas, Órfãos da Terra – Sal da Terra era o título provisório -, que, a princípio, sucederia Orgulho e Paixão em 2018, mas foi protelada para depois de Espelho da Vida e estreou em abril de 2019.
“Apresentamos a novela para as 18 horas originalmente. Ao ler, Silvio de Abreu [diretor de dramaturgia da emissora] pediu uma versão para as 23. Fizemos uma, mais forte, indo mais fundo no tema. Mas ele disse que tinha ficado encantado com a anterior. E ficou decidido que seria para as 18 horas mesmo”, afirmou Thelma Guedes em entrevista ao blog de Nilson Xavier no UOL.
Inspiração e proposta
Perguntada como surgiu a inspiração para escrever Órfãos da Terra, contou Duca Rachid:
“Ao pesquisar sobre esse assunto, tivemos contato com histórias de pessoas de vários lugares, ouvimos relatos impactantes, e isso foi nos comovendo muito. A gente foi pensando em como contar essa história do ponto de vista do folhetim, da influência cultural e da história de superação dessas pessoas, que é muito bonita.”
O diretor artístico Gustavo Fernández comentou sobre a proposta realista da novela:
“Temos a preocupação de não reforçar estereótipos. A maneira como o tema vem sendo tratado é muito consistente. Para nos aproximarmos dessa realidade, teremos, por exemplo, refugiados reais em cena, tanto na figuração quanto no elenco, como é o caso de Kaysar Dadour e também o Blaise Musipère, ator congolês que faz um haitiano.”
Kaysar Dadour, refugiado sírio, ficou conhecido no Brasil quando participou do BBB 18, em 2018.
Vingança cansativa (crítica por Nilson Xavier)
A primeira fase de Órfãos da Terra, estrelada pelo vilão Sheik Aziz (Herson Capri), recebeu merecidamente todos os aplausos. Com um roteiro de tirar o fôlego e grandes interpretações — principalmente de Herson Capri, Letícia Sabatella e Ana Cecília Costa —, a direção (artística de Gustavo Fernández) exibiu um espetáculo que o público estava habituado a ver apenas no cinema, em séries documentais ou no horário das 23h da Globo.
A morte (prematura) do sheik, no entanto, mudou tudo. A novela perdeu a força e o brilho iniciais. O roteiro se esvaiu em tramas batidas que subestimam o público para justificar a vingança sem sentido e cansativa da vilã Dalila (Alice Wegmann), em entrechos dignos de “plano infalível do Cebolinha”. A ótima Alice Wegmann bem que se esforçou, mas não conseguiu escapar das caras e bocas de sua personagem, diante de um roteiro banal e repetitivo.
O melhor de Órfãos da Terra — e o que valeu a pena a audiência — estava fora da trama principal de vingança. Primeiro, a abordagem cuidadosa aos refugiados, suas dificuldades de socialização e inclusão tratadas por meio de personagens fictícios e em depoimentos de refugiados reais. Já na fase final, surgiu outro tema social, o Alzheimer, sensivelmente conduzido pelas autoras e pelos atores Flávio Migliaccio e Osmar Prado, cujos personagens estavam, até então, em um contexto cômico.
Se os dramas calcados na realidade (refugiados e Alzheimer) sobressaíram em detrimento do folhetim desvairado da trama central, o alívio cômico permitiu o contrabalanço ideal. As confusões de um quarteto romântico disfuncional, que, a princípio, antagonizava árabes e judeus, fizeram brilhar, além de Migliaccio e Prado, Nicette Bruno, Marcelo Médici, Verônica Debom, Luana Martau e Mohamed Harfouch. Os conflitos entre judeus e árabes foram tratados com leveza e respeito, sem subestimar o público ou reforçar estereótipos que depreciam questões políticas e culturais desses povos.
Elenco
Por sua interpretação como o imigrante árabe Mamede, Flávio Migliaccio foi premiado pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) o melhor ator da televisão em 2019. Este foi o seu último trabalho. Em 04/05/2020, sete meses após o término da novela, Migliaccio foi encontrado morto em seu sítio, em Rio Bonito (RJ). O ator tinha 85 anos e cometeu suicídio.
A atriz Gabi Costa, que fazia uma participação em Órfãos da Terra, como Nazira, mulher do sírio Faruq (Eduardo Mossri), faleceu no dia 02/06/2019, enquanto a novela estava no ar, aos 33 anos, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória.
Beijo censurado
O beijo entre as personagens Valéria e Camila (Bia Abrantes e Anaju Dorigon), escrito, gravado e anunciado (no site da novela) para ser exibido no capítulo do dia 06/09/2019, acabou não acontecendo, frustrando os telespectadores das redes sociais, que se manifestaram contrários à decisão da emissora. Procurada, a área de Comunicação da Globo limitou-se a afirmar que esta foi uma “decisão artística”.
Após cortar a cena, a Globo retirou da internet a publicação que a descrevia, mas diversos fãs já haviam replicado o conteúdo. O beijo entre as moças finalmente aconteceu no penúltimo capítulo (em 26/09), na cena do casamento delas.
Cenografia e locações
Sobre a estética da novela, assim definiu o diretor Gustavo Fernández:
“Nós definimos uma linguagem muito própria para os primeiros momentos marcantes da trama. No campo de refugiados, optamos por uma imagem mais sépia e dramática. Já no núcleo de Aziz, o tom predominante é o branco e verde oliva, deixando o ar mais sóbrio, com muita influência mediterrânea. Já quando o núcleo protagonista desembarca no Brasil, a novela ganha mais cor com uma paleta plural e diversificada, retratando esse país que acolhe as diferentes culturas.
Além da pesquisa em livros especializados, as áreas de produção de arte e de cenografia contaram com o auxílio de consultores das etnias retratadas na história, que trouxeram uma rica referência sobre objetos típicos dessas culturas. Na casa dos Fischer e da família Blum, o núcleo judaico da trama, a produtora de arte Nininha de Médicis investiu nos principais itens desse povo.
“Em geral, no lar dessas famílias temos a Hamsá, uma espécie de escudo contra o mau-olhado, e também a Menorá, um castiçal que representa a luz de Torá. Outros símbolos, como a Estrela de Davi, também compõem os ambientes”, contou ela.
Segundo a cenógrafa Danielly Ramos, a principal referência para o núcleo sírio-libanês foi Dubai, a maior cidade dos Emirados Árabes, com sua riqueza e modernidade. Em São Paulo, o destaque era a Vila Mariana, bairro conhecido por abrigar diferentes culturas e atrair públicos de diferentes estilos. Construída nos Estúdios da Globo, a cidade cenográfica de seis mil metros quadrados era formada por um centro comercial, com acesso ao metrô e ao trem; a Importadora Nasser, comandada por Miguel (Paulo Betti), que comercializa itens do Oriente Médio; a casa de chá Aletria, de propriedade de Ali (Mohammed Harfouch); além das residências das famílias que ali viviam. O estilo arquitetônico do bairro era eclético, já que cada casa se molda ao estilo de sua cultura.
Outro lar de destaque foi a residência do sheik Aziz (Herson Capri), que, na história, ficava em Beirute, no Líbano. Para representá-lo, foi escolhido o Palácio Quitandinha, um marco arquitetônico de Petrópolis, no Rio de Janeiro. O antigo hotel-cassino, construído nos anos 1940, em estilo normando, tem salões grandiosos espalhados por seus 50 mil metros quadrados.
“A novela vai apresentar esse universo do sheik de uma forma moderna e minimalista. Muitos tons de dourado, bege e ouro velho compõem a decoração da mansão de Aziz, além de flores em tons discretos como branco e verde”, afirmou Nininha de Médicis.
Após Petrópolis, a equipe da novela aterrissou com cerca de 100 figurantes em São Paulo, cidade que ambienta a história. No topo do edifício Martinelli, construção dos anos 1920, foram feitas as cenas do reencontro do casal protagonista, Jamil (Renato Góes) e Laila (Julia Dalavia), no Brasil. Outras sequências foram produzidas em regiões como o Centro, Vila Mariana, Avenida Paulista, Parque do Ibirapuera e no bairro da Liberdade, onde uma mesquita foi usada como locação. A equipe da novela ainda gravou as cenas que marcaram a travessia feita pela família Faiek, em Arraial do Cabo, na região litorânea do Rio de Janeiro, e a bordo de um transatlântico, no percurso entre o Rio e São Paulo.
Para as cenas do campo de refugiados, para onde a família Faiek fugiu depois do bombardeio, a equipe de cenografia e produção de arte construiu um campo cenográfico em uma área de 15 mil metros quadrados, no bairro de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro. As gravações duraram uma semana e envolveram mais de 300 figurantes, sendo 30 de origem árabe. A novela selou um acordo de parceria técnica com o ACNUR – Agência da ONU para Refugiados, que contou com a colaboração de uma arquiteta da agência para a montagem do campo cenográfico, com a disponibilização de uniformes e tendas reais de operações humanitárias e com o compartilhamento de informações sobre o contexto de deslocamento forçado e integração sociocultural das pessoas refugiadas.
Caracterizações
A caracterizadora Gilvete Santos compôs o conceito visual de personagens de diferentes culturas retratadas na novela. Ela destacou o visual da libanesa Dalila (Alice Wegmann) como um dos mais elaborados, clean, porém marcante.
“Dalila vem com uma pele linda, muito rímel e um traço roxo no delineador, além de muito blush em tons terrosos ou rosa, e uma boca natural”, definiu.
A tatuagem de Dalila é sua marca registrada e também foi idealizada por Gilvete: “A inscrição em árabe no seu pulso esquerdo significa “vida e fogo”, o que traduz a personalidade da herdeira do sheik”.
Todas as tatuagens foram produzidas pelo departamento de efeitos especiais dos Estúdios da Globo e aplicadas com o método de estêncil, de fácil remoção.
Em relação à ala masculina da novela, Gilvete apostou em barba e cabelos mais curtos. A ideia veio do visual dos jogadores de futebol árabes, adotado pelos capangas do sheik, como Fauze (Kaysar Dadour) e Houssein (Bruno Cabrerizo). O hijab, lenço marcante da cultura árabe, tinha protagonismo no conceito definido pela equipe de figurino liderada por Mariana Sued. A figurinista apostou também em batas bordadas e com aplicações de pedras.
Abertura
Embalada pela canção “Diáspora”, do grupo Tribalistas, a abertura exibia imigrantes ou refugiados reais com histórias parecidas com as contadas na novela, oriundos de diversos países em uma mescla de nacionalidades e representatividade – como Ruth Mariana, do Congo, Abdulbaset Jarour, Samy Mansour e Ramy Al Zoher, da Síria, Yves Makangwa e Maria Constancia Domingues, de Angola, e Nelson Jesus Sivira, da Venezuela, selecionados pela ONG I Know My Rights, parceira técnica da produção.
Além deles, participaram da abertura também alguns atores do elenco: Júlia Dalavia, Renato Góes, Alice Wegmann, Osmar Prado, Eliane Giardini, Paulo Betti e Marco Ricca. O cenógrafo Keller Veiga usou elementos das diversas culturas (como a árabe, a africana, a latino-americana e a jamaicana), como vestimentas, comidas, peças de arte e decoração, em um estética em cores terrosas, com uma aparência pesada, mas solene e tradicional. (Gshow)
Até 2019, os autores de novelas da Globo eram creditados na abertura das obras simplesmente com “Novela de”. Isso mudou durante a exibição de Órfãos da Terra (às 18h), Verão 90 (às 19h) e A Dona do Pedaço (às 21h), quando passaram a ser creditados após a expressão “Novela criada e escrita por”. (“Como a Ficção Televisiva Moldou um País”, Lucas Martins Néia)
01. DIÁSPORA – Tribalistas (tema de abertura)
02. LA BEL HAKI – Adonis (tema de Laila e Jamil)
03. ALGO PARECIDO – Skank (tema de Bruno)
04. AS MINA DE SAMPA – Rita Lee (tema de Camila)
05. QUÉ VENDRÁ – Zaz (tema dos árabes)
06. SISTER – Tracey Thorn featuring Corinne Bailey Rae (tema de Dalila)
07. TODO DIA – Roberta Campos (tema de Almeidinha e Zuleika)
08. ONDE DEUS POSSA ME OUVIR – Ana Vilela (tema de Cibele)
09. WHERE LIGHT POURS IN – Gustavo Bertoni (tema de locação: São Paulo)
10. APENAS MAIS UMA DE AMOR – Vanessa da Mata (tema de Benjamim e Letícia)
11. DEPRESSA A VIDA PASSA – Renato Braz (tema de Elias e Missade)
12. YA TAIER SALLAMLI KTIR – Sami Bordokan (tema de Aziz)
13. RAKSIT LEILA – Mashrou’ Leila (tema dos árabes)
14. LONGE DE MIM (LA BEL HAKI) – Tiê (tema romântico geral)
Ainda
AINDA AQUI SONHANDO – Léo Cavalcanti (tema de Elias e Missade)
SÃO PAULO – Mallu Magalhães (tema de locação)
TÔ – Tom Zé
LA DEMOISELLE – Blaise Musipère
LIFNEY SHE´YIGAMER – Idan Raichel (tema de Ali e Sara)
MAY I HAVE THIS DANCE – Meadowlark (tema de Camila e Valéria)
SATURDAY SUN – Vance Joy (tema geral)
YOUNGR – Bruno Martini & Shaun Jacobs (tema de locação: São Paulo)
Trilha sonora instrumental: música original de Victor Pozas, Rodrigo de Marsillac e Eduardo Queiroz
01. Hayat Jadida – Felipe Alexandre
02. Amour Hubun – Victor Pozas
03. Aziz – Eduardo Queiroz
04. Valsinha Árabe – Guilherme Rios
05. Um Ao Outro – Rodrigo de Marsillac
06. Luz Do Mundo – Filipe Mendonça
07. Jame Shami – Bianca Cavalcante
08. Balkanico – Felipe Alexandre
09. Yalla Habibi – Victor Pozas
10. Gens Cool – Guilherme Rios
11. Glissant – Eduardo Queiroz
12. Dabk Corneta – Eduardo Queiroz
13. A Brisa – Rodrigo de Marsillac
14. Chá E Fofoca – Victor Pozas
15. Qawiun – Eduardo Queiroz
16. Travessia – Victor Pozas
17. Maghraq – Felipe Alexandre
18. O Bombardeio – Victor Pozas
19. Apreensão – Rodrigo de Marsillac
20. Êxodo – Victor Pozas
21. Nada Sobrou – Guilherme Rios
22. Hnak – Bianca Cavalcante
23. Walou – Filipe Mendonça
24. Layl (OP1) – Eduardo Queiroz
25. Farih – Victor Pozas
26. Village Marie – Felipe Alexandre
27. Les Immigres (Fast) – Guilherme Rios
28. Kind Of Dabq – Rodrigo de Marsillac
29. Jamil E Laila – Victor Pozas
30. Laila – Victor Pozas
31. Memórias Delicadas – Rodrigo de Marsillac
32. Love At Sea – Filipe Mendonça
33. Zubaida – Victor Pozas
34. Vinho E Arak – Rodrigo de Marsillac
35. Salim E Rania – Victor Pozas
36. Tawazum – Victor Pozas
37. Alnashua – Victor Pozas
38. O Sheik – Victor Pozas
39. Madina – Eduardo Queiroz
40. Tristesse – Felipe Alexandre
41. Echapper – Felipe Alexandre
42. Sharun – Felipe Alexandre
43. Resignation – Guilherme Rios
44. Candeia – Filipe Mendonça
45. Fardeaux – Filipe Mendonça
46. Em Fuga – Victor Pozas
47. Maa Salama – Victor Pozas
48. Mushkila – Victor Pozas
49. Tendu – Victor Pozas
50. Thueban – Victor Pozas
51. Dabq Cinq – Felipe Alexandre
52. Layl (OP2) – Eduardo Queiroz
Tema de abertura: DIÁSPORA – Tribalistas
Acalmou a tormenta, pereceram
O que a estes mares ontem se arriscaram
E vivem os que por um amor tremeram
E dos céus os destinos esperaram
Atravessamos o mar Egeu
Um barco cheio de fariseus
Com os cubanos, sírios, ciganos
Como romanos sem coliseu
Atravessamos pro outro lado
No rio vermelho do mar sagrado
Os center shoppings superlotados
De retirantes refugiados
Where are you?
Onde está
Meu irmão sem irmã
O meu filho sem pai
Minha mãe sem avó
Dando a mão pra ninguém
Sem lugar pra ficar
Os meninos sem paz
Onde estás meu Senhor
Onde estás? Onde estás?
Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito
Que embalde desde então corre o infinito
Onde estás, Senhor Deus?
Where are you?
Victor, das que você comentou, eu particularmente só gostei de “Espelho da Vida”; mas os jurados do Emmy não assistem as novelas inteiras. Eles leem a sinopse, veem o trailer e assistem três capítulos aleatórios da produção. Então, ganha a novela que se vender melhor nesses critérios. Em questão de sinopse, de trailer e e poucos capítulos; essa novela se vende melhor do que as outras. Outro ponto é que “Amor de Mãe” terminou em 2021 e “Bom Sucesso” em 2020, elas só podiam concorrer em 2021, que foi o que aconteceu com “Amor de Mãe”. Das que você citou, única que poderia concorrer no lugar de “Órfãos da Terra” é “Espelho da Vida”, mas não se se ela teria chance de ganhar porque o trailer dela não entrega muito da novela
Uma das piores novelas de todos os tempos. Péssima sob todos os aspectos menos elenco produção mas a novela é horrível
E em um ano que teve tantas novelas boas na Globo (Verão 90, Bom Sucesso, Espelho da Vida, Amor de Mãe), o pessoal do Emmy indica mais um dramalhão “Made Duca e Thelma”, da mesma forma como fizeram com a horrível “Joia Rara” (2013). Uma novela com uma barriga digna de um hipopótamo… Vai entender…
Essa novela foi maravilhosa no início, mas chegou ao fim cansativa, desgastada, mediana.
Se tivesse sido uma novela das 23h, como inicialmente previsto… Teria marcado época. Imagino como essa novela teria sido muito melhor se tivesse sua trama concentrada em três meses, sem toda a “gordura” que a permeou durante toda sua exibição.
Confesso que depois da virada da novela, após o impecável primeiro mês, eu ainda confiava que apesar da manobra arriscada de matar personagens tão fortes como os da Letícia Sabatella e, principalmente, do Herson Capri ainda haveria uma carta na manga com a vilã inicialmente invisível e vingativa, Dalila, e a investigação criminal sobre o assassinato do sheik, mas isso foi se perdendo a medida que o plano da vilã foi ficando mais e mais ridículo, e a trama policial inexistente. A mensagem que manteve, ao longo, sobre aceitação e fraternidade vale nota, assim com as tramas cômicas que, apesar dos pesares, se sustentavam e o elenco, bem harmonioso, com alguns bons destaques. Não acho, nem de longe, uma péssima novela, mas diante do que poderia ter sido, foi sim decepcionante.
A verdadeira ideia de retratar os refugiados foi ganhando escanteio e se transformou no velho clichê da vilã obsessiva e passional louca pela mocinho, numa vingança enfadonha e desinteressante. O casal protagonista se ofuscou e não se via mais química no casal (se é se houve). As autoras têm fixação em criar tipos de vilões cegos de paixão. O Profeta (Clóvis), Cordel Encantado (Timóteo), Joia Rara (Manfred)… Elas começam bem e, do nada, tudo esvazia e são enxertadas histórias secundárias para passar o tempo. Assim como aconteceu em Joia Rara, a novela Órfãos da Terra veio num estojo de luxo e se mostrou mais um dramalhão. A proposta inicial se perdeu e dava a sensação de cansaço. O pior erro das autoras para tudo desandar: foi logo matar o principal vilão, sheik Aziz Abdallah. Era um
personagem magnético e um grande trunfo. Mas, preferiram apostar numa vingança envolvendo um triângulo amoroso… e a audiência despencou! LEMBRANDO que muitas vezes a Globo vende e exporta suas novelas com campanhas de divulgação de grande impacto, lançando e editando somente aquilo que chamará a atenção comercial. Mas ao longo dos capítulos, tudo se dissolve no mais do mesmo. Tudo é questão de marketing…
Venceu o prêmio Rose d’Or na categoria telenovela em Londres- 01/12/2019; desbancando produções de Portugal, Reino Unido e Bélgica.
DucaRachid e ThelmaGuedes, autoras da obra, se disseram muito felizes com a vitória. Para as autoras, uma das principais razões da felicidade foi a oportunidade de tratar do temas dos refugiados. ‘É um tema muito sensível e atual’, disseram à Globonews.
Eu gostei da novela. Poderia ter sido muito melhor, se deixassem o Sheik, até o último capítulo, mas cumpriu seu papel de entreter.
Uma das melhores novelas dos últimos tempos. Não perco um capítulo. Acho que cairia bem em horário nobre. Órfãos da Terra tem uma linda história. Parabéns as autoras e que venha mais novelas tipo essa.
Novela excelente.não perco um capítulo!
Soube que termina em setembro …gostaria que fosse um pouco além para que conheçamos mais outras culturas como está sendo mostrado nesse folhetim incrível !!!abraços á equipe e elenco ! Parabéns