Sinopse
O hipócrita e interesseiro Ambrósio ambiciona ser o único herdeiro da crédula Florência, viúva que pretende desposar. Para isso, planeja uma vida religiosa para os filhos dela, Juca e Emília, e para o sobrinho de criação, Carlos. Porém, o rebelde Carlos, transformado em noviço, arma diversas arapucas atrapalhando os intentos do vilão.
Primeiro, Carlos foge do convento para casar-se com sua prima, Emília. Em seguida, surge Rosa, primeira esposa de Ambrósio, que foi abandonada por ele após ter seus bens roubados. Rosa fornece meios para Carlos chantagear Ambrósio e permitir-lhe sair corretamente do convento e retirar Emília e Juca da vida religiosa.
Florência, por sua vez, descobre que o marido é bígamo e ele foge. Após muita confusão, Ambrósio é preso e Carlos liberto do convento e de ser preso (ele atacara um frade na fuga), ficando livre para casar com Emília, por quem é apaixonado.
PEDRO PAULO RANGEL – Carlos
JORGE DÓRIA – Ambrósio
ISABEL RIBEIRO – Florência
MARIA CRISTINA NUNES – Emília
FÁBIO MÁSSIMO – Juca
LUÍS LINHARES – Flávio
MARILU BUENO – Rosa
ANDRÉ VALLI – Mestre
GERMANO FILHO – abade
LAJAR MUZURIS – Zé Piaba
LUÍS MAGNELLI – Xenxem
JOTA BARROSO – Sebastião
HAROLDO DE OLIVEIRA – José
PEDRO VERAS – noviço
ELIANO MEDEIROS – noviço
JACY NASCENTES – noviço
MARCELO HELENO – noviço
LUIZ CARLOS BURUCA – noviço
– núcleo de CARLOS (Pedro Paulo Rangel), mandado para o convento como parte do plano do tio vigarista que quer se apoderar de sua herança. Esperto, de temperamento aventureiro e contra qualquer tipo de autoritarismo, não tem a menor vocação para a vida religiosa:
a tia de criação FLORÊNCIA (Isabel Ribeiro), viúva, envolve-se com um vigarista com quem acaba casando-se. Submissa e apaixonada, concorda com todas as imposições do marido, inclusive no que diz respeito à educação dos filhos
os primos, filhos de Florência: EMÍLIA (Maria Cristina Nunes), por quem é apaixonado. Não aceita a ideia de ser enviada para o convento como deseja seu padrasto. Sem força para se rebelar, acaba sempre cedendo às pressões da mãe
e JUCA (Fábio Mássimo), não suporta a ideia de entrar para o convento apesar de ter apenas nove anos.
– núcleo de AMBRÓSIO (Jorge Dória), vigarista, envolve-se com Florência interessado em sua herança. Após o casamento, assume a figura de pai incontestável, conduzindo com rigor e autoridade a educação de Carlos e dos filhos dela, Emília e Juca, enviando-os para um convento para ficar com a herança deles:
ROSA (Marilu Bueno), mulher humilde e muito assustada. Envolvera-se com ele, quando ele vivia no Ceará. Após ter todos os bens roubados pelo vigarista, decide procurá-lo no Rio de Janeiro
FLÁVIO (Luiz Linhares), homem inescrupuloso, conhece o seu passado e usa isso para chantageá-lo
JOSÉ (Haroldo de Oliveira), guarda-costas sempre disposto a defendê-lo
SEBASTIÃO (Jota Barroso), dono do bar, seu amigo.
– núcleo do convento:
o MESTRE (André Valli), frade, seguiu a vida religiosa por imposição dos pais. Ao contrário de Carlos, não tivera força para se rebelar contra a vontade alheia. Por conta disso, persegue o noviço de maneira quase histérica, como forma de punir a si mesmo pela submissão do passado
o ABADE (Germano Filho), superior do convento, onde é muito respeitado
os meirinhos ZÉ PIABA (Lajar Muzuris) e XENXEM (Luiz Magnelli), a pedido do Abade, estão sempre atrás de Carlos quando ele foge do convento
os noviços (Pedro Veras, Eliano Medeiros, Jacy Nascentes, Marcelo Heleno e Luiz Carlos Buruca), amigos de Carlos no convento.
Adaptação
Ligeira e graciosa adaptação de Mário Lago a partir da comédia teatral de Martins Pena (escrita em 1845), valorizada pela protagonização do ator Pedro Paulo Rangel e pelas nuances de Jorge Dória e Isabel Ribeiro. (“Memória da Telenovela Brasileira”, Ismael Fernandes)
O Noviço foi a única novela assinada por Mário Lago na TV Globo. Na adaptação da peça para a televisão, o autor criou um novo personagem, que não existia na história original: Flávio (Luís Linhares), velho conhecido do inescrupuloso Ambrósio (Jorge Dória). E atualizou a linguagem para torná-la mais acessível aos telespectadores. (Site Memória Globo)
Segunda produção da Globo para o horário das seis lançada como mininovela, assim denominada na época por ter apenas 20 capítulos. Fazia parte do projeto de tornar a faixa das 18 horas fixa para novelas na emissora, com produções de época adaptadas de obras da Literatura Brasileira e direção de núcleo de Herval Rossano. A anterior foi Helena. As produções seguintes, além de mais longas (mínimo de 80 capítulos), passaram a ser produzidas em cores.
Locações e cenografia
Gravou-se no Pontal da Barra da Tijuca, no Largo do Boticário e nos estúdios da emissora, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro.
Para as cenas em flashback, foram construídos cenários especiais, produzidos por Arlindo Rodrigues: o fundo era neutro e apenas emoldurado pelo cenário principal.
Trilha sonora
Algumas músicas da trilha sonora foram compostas especialmente para a novela pelo maestro Júlio Medaglia. As demais foram adaptadas para o estilo da época. No entanto, não foram lançadas comercialmente.
Reprises
O Noviço foi reprisada entre 26/07 e 20/08/1976, às 13h30 – época em que a faixa Vale a Pena Ver de Novo ainda não tinha esse nome.
Em setembro de 1982, a RBS TV, filial da Globo em SC e RS, reprisou O Noviço pelas manhãs, dentro do TV Mulher, como forma de ajustar a grade com o resto do Brasil, uma vez que neste ano (1982) o programa estava estreando nesses estados, enquanto já existia no resto do país desde 1980.
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