Sinopse

Há quase 200 anos, uma travessia grandiosa do Atlântico trouxe a arquiduquesa austríaca Leopoldina (Letícia Colin) ao Brasil para se tornar a esposa do príncipe Dom Pedro (Caio Castro) e personagem fundamental no processo de independência do país. Nessa viagem, em meio a oficiais, marujos, artistas, cientistas, criados e aventureiros, dois jovens se apaixonam. Esta é a história do romance ficcional entre a professora de português Anna Millman (Isabelle Drummond) e o ator Joaquim Martinho (Chay Suede), que se entrelaça à luta do Brasil pela construção de uma nação independente.

Ela, uma escritora inglesa, bela, inteligente e culta, que tem a missão de acompanhar Leopoldina e ensinar a língua da colônia para a futura princesa. Ele, um atrevido ator de comédia dell’arte que embarcou no navio por acaso para não ser preso injustamente. A impedir esse romance estão o oficial inglês Thomas Johnson (Gabriel Braga Nunes), que vê em Anna o melhor cartão de visita para suas ambições, e a pretensiosa atriz portuguesa Elvira Matamouros (Ingrid Guimarães), apaixonada por Joaquim. Já no Brasil, Elvira cai nas mãos do ardiloso casal Licurgo (Guilherme Piva) e Germana (Vivianne Pasmanter), donos da Taberna dos Portos, mais conhecida por Taberna dos Porcos, por tratar-se de uma pocilga.

Já no Brasil, à espera daquela que será imperatriz ao seu lado após se casar por procuração, Dom Pedro segue em meio a muitas mulheres, aventuras e casos proibidos. Frustradas foram as tentativas de sua mãe, Carlota Joaquina (Débora Olivieri), e do pai, Dom João VI (Léo Jaime), de colocarem-lhe um cabresto, enquanto lidavam com intrigas políticas. O príncipe se virá dividido entre a esposa e sua amante favorita, Domitila (Agatha Moreira), uma mulher ambiciosa capaz de tudo para tomar o lugar da imperatriz. O destino do casal imperial se entrelaçará intensamente ao de Anna e Joaquim nos acontecimentos que culminam na separação do Brasil de Portugal.

Globo – 18h
de 22 de março a 25 de setembro de 2017
160 capítulos

novela de Thereza Falcão e Alessandro Marson
colaboração de Dubia Elia, João Brandão e Renê Belmonte
direção de André Câmara, João Paulo Jabur, Pedro Brenelli, Bruno Safadi e Guto Arruda Botelho
direção artística de Vinícius Coimbra

Novela anterior no horário
Sol Nascente

Novela posterior
Tempo de Amar

CHAY SUEDE – Joaquim Martinho / Tinga
ISABELLE DRUMMOND – Anna Millman
CAIO CASTRO – Dom Pedro
LETÍCIA COLIN – Princesa Leopoldina
GABRIEL BRAGA NUNES – Thomas Johnson
FELIPE CAMARGO – José Bonifácio de Andrada e Silva
AGATHA MOREIRA – Domitila de Castro Canto e Melo
INGRID GUIMARÃES – Elvira Matamouros
GUILHERME PIVA – Licurgo
VIVIANNE PASMANTER – Germana
RÔMULO ESTRELA – Chalaça (Francisco Gomes)
RODRIGO SIMAS – Piatã
GIULLIA BUSCACIO – Jacira
SHERON MENEZES – Diara
JONAS BLOCH – Wolfgang Schwarz
ROBERTO CORDOVANI – Sebastião Quirino
VANESSA GERBELLI – Maria Amália
CACO CIOCLER – Dr. Peter Zettl
RICARDO PEREIRA – Ferdinando
JÚLIA LEMMERTZ – Greta
DANIEL DANTAS – Padre Olinto
CÉSAR CARDADEIRO – Hugo
FELIPE SILCLER – Libério
ISABELLA DRAGÃO – Cecília
LEOPOLDO PACHECO – Fred Sem-Alma (Frederick Madison)
LUANA TANAKA – Miss Liu
DHU MORAES – Idalina
RENAN MONTEIRO – Matias
RONEY VILELA – Pajé Tibiriçá
ALLAN SOUZA LIMA – Cacique Ubirajara
JUREMA REIS – Jurema
ANDRÉ DIAS – Patrício
BIA GUEDES – Lurdes
MARIANA CONSOLI – Dalva
VIÉTIA ZANGRANDI – Nívea
RUBEN GABIRA – Schultz
ALEX MORENO – Francisco
BRUCE GOMLESKY – Felício
LARISSA BRACHER – Maria Benedita
ALICE MORENA – Rosa
BABU SANTANA – Jacinto
THIAGO THOMÉ – Hassan

o menino THÉO DE ALMEIDA LOPES – Quinzinho

e
ADRIANO PETTERMAN – dono do bar onde Elvira é abandonada por Manoel da Conceição, no início
ALESSANDRO MARSON – com Thereza Falcão em meio ao povo que assiste à peça na rua, no último capítulo
ALEXANDRE DACOSTA – Pelópidas de Barros (líder da feira de curiosidades que chega à corte, marido de Astuta)
ALEXANDRE MOFFATI – líder do bando que aprisiona os índios para escravizá-los
ALEXANDRE SCHUMACHER – Gonçalves Lêdo (deputado eleito para formar a Carta Constituinte)
ALICE ASSEF – mulher casada que é amante de D. Pedro no primeiro capítulo
ALICE BORGES – mulher roubada por Elvira quando ela chega ao Rio de Janeiro, no início
ALOÍSIO DE ABREU – Barão de Marescal (amigo da Princesa Leopoldina que cobra dela uma posição contra a Constituinte)
ÂNGELA REBELLO – Madre Assunção (cuidou de Maria Amália no convento)
ARILSON LUCAS – Cauré (índio tucaré)
ARTHUR MONTEIRO – Guaracy (ajuda Guarayí a montar uma armadilha para Joaquim)
BIA STEELE – Hilda (empregada de Diara e Wolfgang)
BRENO DI FILLIPO – capataz que trabalha para Sebastião Quirino
CAROLINA PISMEL – Maria Tereza (irmã de D. Pedro)
CÁSSIO PALDOLPHI – amigo de Sebastião Quirino
CÁSSIO REIS – Cosme / Damião (mordomos gêmeos que vão trabalhar no palácio imperial, no final)
CHAO CHEN – Manoel da Conceição (chinês de Macau que ajuda Elvira a embarcar escondida para o Brasil, no início)
CIRILLO LUNA – marinheiro usado por Thomas para enganar Joaquim na Ilha da Madeira, no início
CLÁUDIO AMADO – cliente da taberna que reclama de baratas na comida
DANIEL RANGEL – Miguel (irmão de D. Pedro)
DANIEL SATTI – Viriato Prazeres (dono do teatro que expulsa Domitila diante de todos)
DÉBORA OLIVIERI – Carlota Joaquina (mulher de D. João, mãe de D. Pedro)
DIOGO OLIVEIRA – Guarayí (índio que se desentende com Joaquim, monta uma armadilha para ele)
ED OLIVEIRA – líder do grupo que agride Piatã
FLÁVIO ROCHA – líder da Província de Pernambuco em uma reunião à qual D. Pedro não compareceu
FREDERICO VOLKMAN – Arerê (curumim que se une à tribo)
GIGANTE LÉO – Hércules (anão, líder da trupe de teatro que ajudou Elvira a fugir dos piratas)
GUSTAVO NOVAES – um dos soldados que caçam Anna e Joaquim juntamente com Thomas e o intendente Egídio
HÉLIO RIBEIRO – tabelião amigo do pai de Anna, a quem ele deixou pertences para serem entregues aos seus filhos
HELOÍSA PÉRISSÉ – Cosette Villeneuve (famosa atriz francesa de teatro que vem ao Brasil e divide o palco com Elvira)
ISABELA PORTO – Maria da Glória (filhinha de D. Pedro e Leopoldina)
JACK BERRAQUERO – cliente que reclama do tamanho do frango na estalagem de Licurgo, sem saber que na verdade é pombo
JENNIFER DIAS – Luana (escrava que ajuda Libério quando ele é capturado por Sebastião Quirino, envolve-se com Matias)
JOANA SOLNADO – Dulcina (mulher do General Avilez, envolve-se com D. Pedro)
JOELSON MEDEIROS – oficial da nau na qual Leopoldina viajou para o Brasil, no início
JORGE FLORÊNCIO – Rufino (capanga de Thomas)
KAREN ACYOLI – Astuta (mulher de Pelópidas de Barros, o líder da feira de curiosidades que chega à corte)
LÉO JAIME – Dom João VI (rei de Portugal, pai de D. Pedro)
LEONARDO JOSÉ – juiz que ajuda Sebastião Quirino a capturar Libério como escravo
LUCIANO PULIG – recepcionista da estalagem onde Thomas hospeda Domitila
LUÍSA MICHELETTI – Noémie Thierry (atriz francesa que teve um caso com D. Pedro antes da chegada de Leopoldina)
MARCELO AQUINO – um dos atores que fazem parte da trupe de Cosette Villeneuve
MARCELO BATISTA – Jeremias (negro fugitivo ajudado por Diara e Wolfgang)
MÁRCIA CABRITA – Narcisa Emília (mulher de José Bonifácio)
MÁRCIO VITO – Intendente Egídio (delegado da corte)
MARCOS ACHER – padre que realiza o casamento de Amália e Peter, no final
MARCUS DIOLI – oficial da guarda de D. Pedro
MARIA JOÃO BASTOS – Letícia (mulher de Ferdinando, morre no início)
MÁRIO HERMETO – amigo de Manoel que Elvira engana como assombração mas ele a flagra roubando na cozinha, no início
MATHEUS SILVESTRE – um dos guardas do palácio em Portugal que percebem o roubo de Elvira e a perseguem, no início
MELISSA NÓBREGA – Francisca (filha de Domitila e Felício)
MURILO GROSSI – Xavier (oficial da nau na qual Leopoldina viajou para o Brasil, no início
NEY LATORRACA – Edward Millman (pai de Anna e Piatã)
PAULO CARVALHO – representante dos funcionários públicos que fala com D. Pedro
PAULO GIARDINI – Antônio (amigo que dá abrigo a Chalaça em seu retorno)
PAULO ROCHA – General Avilez (oficial português, conspira contra D. Pedro)
PIETRO MÁRIO – Orozimbo (velho rico arranjado por Sebastião Quirino para casar a filha Cecília, mas ele morre no altar)
PRISCILA STEINMANN – Isaura (integrante da feira de curiosidades que se envolve com D. Pedro e acaba deportada por Domitila)
RAPHAEL SANDER – um dos guardas do palácio em Portugal que percebem o roubo de Elvira e a perseguem, no início
RICARDO RIPA – Ministro Howard (representante do governo inglês que trata dos assuntos legais de Thomas no Brasil)
RODRIGO RANGEL – comandante da nau na qual Elvira viajou para o Brasil, no início
SAMUEL MELO – Cosme (negro fugitivo ajudado por Diara e Wolfgang)
SILVIO MATTOS – padre que celebraria o casamento de Cecília e Orozimbo, que não aconteceu
SIMON PETRACCHI – Genaro (líder da trupe de atores na qual trabalhava Elvira, no início)
STELLA MARIA RODRIGUES – Mercedes (mulher de Sebastião Quirino que cuidou de Amália grávida, em cenas de flashback)
SUYANNE MOREIRA – Teçá (líder das incamiabas, tribo de mulheres que protegem Mr. Millman, o pai desaparecido de Anna e Piatã)
THALES DE MIRANDA – Felício Filho (filho de Domitila e Felício)
THEREZA FALCÃO – com Alessandro Marson em meio ao povo que assiste à peça na rua, no último capítulo
TONY CORREIA – Marquês de Marialva (apresenta Thomas a Leopoldina, no início)
YASMIN GOMLESKY – Carmem (prima de Licurgo, verdadeira mãe de Quinzinho que morre logo após o parto)
ZECA CARVALHO – homem que espanca sua escrava na rua deixando Anna chocada, no início

– núcleo do casal JOAQUIM MARTINHO (Chay Suede) e ANNA MILLMAN (Isabelle Drummond). Ele é um jovem ator que, envolvido em uma confusão, embarca na frota que leva uma arquiduquesa austríaca e sua comitiva ao Brasil. No país, torna-se um herói e entusiasta da Independência brasileira. Ela é inglesa, professora de português e amiga da arquiduquesa, a acompanha na travessia. Apaixona-se por Joaquim durante a viagem e, mais tarde, acaba grávida dele. Mas o rapaz é vítima de uma armação e some por um tempo, dado como morto:
o oficial da marinha inglesa THOMAS JOHNSON (Gabriel Braga Nunes), na verdade um pirata que conspira contra os interesses dos brasileiros. Conhece e se apaixona por Anna durante a viagem e a envolve em um casamento, fazendo-a pensar que Joaquim, seu rival, morreu
o irmão de criação de Anna, PIATÃ (Rodrigo Simas), índio nascido no Brasil e criado na Europa, sempre se sentiu deslocado no mundo. Embrenha-se nas matas brasileiras para encontrar suas origens e é acolhido por uma tribo de índios tucaré
a criada de Thomas, NÍVEA (Viétia Zangrandi), durante um tempo, chantageada, foi cúmplice dos golpes dele.

– núcleo de DOM PEDRO (Caio Castro), príncipe português, aventureiro e carismático, cresceu no meio do povo, se fazendo muito querido, especialmente pelas mulheres, as quais conquista sem dificuldade. Fica amigo de Joaquim quando ele salva sua vida de uma emboscada. Torna-se o príncipe regente da colônia após a partida de seu pai para Portugal e enfrenta dificuldades para se manter no poder até se tornar imperador do Brasil, ao proclamar a Independência:
a esposa LEOPOLDINA (Letícia Colin), arquiduquesa austríaca, amiga de Anna, casa-se com Dom Pedro por procuração, sem conhecê-lo, e chega ao Brasil para reinar. Apesar de amar o marido, decepciona-se com ele, por sua infidelidade. Mas acaba se apaixonando pelo país, tornando-se uma grande articuladora da Independência
os pais: DOM JOÃO VI (Léo Jaime, participação especial), rei de Portugal. Após anos morando no Brasil, retorna com a família à terra natal para evitar consequências políticas,
e CARLOTA JOAQUINA (Débora Olivieri, participação especial), a rainha, de origem espanhola, de personalidade forte e gênio voluntarioso. Odeia a vida no Brasil. Tem um casamento turbulento com Dom João, atravessado por intrigas políticas
os irmãos mais novos DOM MIGUEL (Daniel Rangel, participação especial), invejoso e dissimulado, e MARIA TEREZA (Carolina Pismel, participação especial)
o amigo CHALAÇA (Rômulo Estrela), seu secretário, alcoviteiro e braço-direito
o ministro JOSÉ BONIFÁCIO (Felipe Camargo), diplomata entusiasta da Independência. Inteligente e leal, torna-se amigo e confidente de Leopoldina, por quem desenvolve uma paixão platônica
a esposa de Bonifácio, NARCISA EMÍLIA (Márcia Cabrita, participação especial), mulher desagradável, fofoqueira e tagarela
os criados do Palácio: PATRÍCIO (André Dias), mordomo, acha-se mais importante que os outros empregados por ter trabalhado para Carlota Joaquina, de quem é fã. Não gosta de Leopoldina e acaba virando informante de Thomas
LURDES (Bia Guedes), dama de companhia de Leopoldina, fiel e dedicada,
e DALVA (Mariana Consoli), arrumadeira e amiga de Lurdes.

– núcleo de DOMITILA (Agatha Moreira), presa a um casamento infeliz, coleciona amantes, entre eles, Chalaça. Quando conhece Thomas alia-se a ele para conquistar Dom Pedro. Só não imaginava que se apaixonaria verdadeiramente pelo príncipe, tornando-se sua “amante oficial” e principal rival de Leopoldina:
o marido FELÍCIO (Bruce Gomlevsky), oficial da guarda. Violento, será uma grande ameaça à sua vida
os irmãos: FRANCISCO (Alex Morenno), oficial da guarda, seu amigo,
e BENEDITA (Larissa Bracher), com quem vive às turras, revelando-se sua inimiga. Também se envolve com Dom Pedro e acaba grávida dele
a escrava ROSA (Alice Morena), sua dama de companhia.

– núcleo da Taberna dos Portos, mais conhecida por Taberna dos Porcos, por ser uma pocilga. Ponto de encontro de vários personagens:
os proprietários LICURGO (Guilherme Piva) e sua mulher GERMANA (Vivianne Pasmanter), figuras grotescas, preguiçosas, enxeridas, fofoqueiras, autoritárias e de caráter duvidoso. Procurando tirar vantagem de tudo e de todos, representam a personificação do “jeitinho brasileiro”
a atriz portuguesa ELVIRA MATAMOUROS (Ingrid Guimarães), chegou ao Brasil com a frota em que também vieram Joaquim, Anna, Leopoldina e Thomas. Atriz da companhia de teatro em que Joaquim trabalhava, era apaixonada por ele. Aproveitou-se de uma bebedeira do colega para obrigá-lo a casar-se com ela. Inventou uma gravidez e um filho e desde então não o deu mais sossego
o funcionário HUGO (César Cardadeiro), rapaz que chega na taberna em busca de trabalho. Descobre-se ser filho de Licurgo. Apaixona-se por Elvira
o menino QUINZINHO (Theo de Almeida), que todos pensavam que era mudo, já que nunca falava. Sobrinho renegado de Licurgo, chegou na taberna recém-nascido, trazido pela mãe, que faleceu em seguida. Foi adotado por Elvira, que o usou para ludibriar Joaquim, dizendo que tratava-se de seu filho.

– núcleo de DIARA (Sheron Menezzes), escrava que se casa com um rico austríaco e passa a ser a Baronesa de Paciência, levando uma vida de rainha. Espalhafatosa, mas de personalidade altiva e solidária:
o marido WOLFGANG (Jonas Bloch), rico negociante austríaco, homem generoso e altruísta, vem ao Brasil acompanhando Leopoldina. Tem a saúde frágil
a cunhada GRETA (Júlia Lemmertz), irmã de Wolfgang, mulher ambiciosa e perigosa. Viúva três vezes, chega ao Brasil assim que fica sabendo do estado de saúde do irmão, interessada na herança dele. Fingindo-se amiga de todos, passa a atentar contra a vida do irmão. Odeia Diara
o botânico português FERDINANDO (Ricardo Pereira), chega ao Brasil com sua esposa, LETÍCIA (Maria João Bastos, participação especial) para estudar a flora brasileira. A morte dela durante uma estadia na mata muda sua vida. Apaixonado por Diara, acaba envolvido por Greta
o mordomo austríaco SCHULTZ (Ruben Gabira), dedicado a Wolfgang, não se conforma de ele ter se casado com uma escrava. Torna-se aliado de Greta, o que lhe custa a própria vida.

– núcleo de SEBASTIÃO QUIRINO (Roberto Cordovani), homem mau e cruel, maior comerciante de escravos da corte. Representante do governo português, associa-se a Thomas e aos que tentam impedir que o Brasil se torne independente:
a filha CECÍLIA (Isabella Dragão), jovem idealista e culta. Foi criada em um convento depois da morte precoce da mãe. Bate de frente com o pai autoritário, por divergências de pensamentos. Apaixona-se por um jornalista negro
a escrava IDALINA (Dhu Moraes), criou Cecília e também Diara, nutre um amor de mãe pelas duas
o capataz MATIAS (Renan Monteiro), filho de Idalina, rapaz revoltado com sua condição de escravo. É a princípio apaixonado por Diara. Descobre ser filho de Sebastião.

– núcleo do DR. PETER (Caco Ciocler), médico que chega ao Brasil na missão austríaca. Cuida da saúde da Família Real e do povo. De ideais liberais, é contra a monarquia. Ajuda a fundar um jornal:
o amigo LIBÉRIO (Felipe Silcler), jovem negro alforriado. Jornalista que trabalha com ele no jornal. Apaixona-se por Cecília, mas Sebastião Quirino faz da vida do casal um inferno, pois não aceita o namoro da filha com um negro
a paciente AMÁLIA (Vanessa Gerbelli), portuguesa que vive enclausurada em um convento, desmemoriada e tida como louca. Com a ajuda dele, vai recuperar a memória. Os dois acabam apaixonados. Está ligada ao passado de Dom João e Carlota Joaquina. Ao longo da trama, descobre-se que o bebê que lhe foi tirado dos braços no nascimento é Joaquim, seu filho com Dom João
a MADRE ASSUNÇÃO (Ângela Rebello), tem conhecimento do passado de Amália, cuidou dela no convento.

– núcleo de FRED SEM ALMA (Leopoldo Pacheco), pirata inglês que conheceu o pai de Anna e sabe de segredos envolvendo o passado de Thomas. Deseja se vingar do oficial inglês e recuperar um tesouro perdido:
a mulher MISS LIU (Luana Tanaka), pirata chinesa mestre nas artes marciais. Infiltra-se na casa de Thomas disfarçada, como babá da pequena filha de Anna
os piratas HASSAN (Thiago Thomé), imediato de seu navio,
e JACINTO (Babu Santana), capanga que trabalhou para Thomas e Sebastião Quirino e acaba aliando-se ao bando de Fred Sem Alma.

– núcleo da aldeia indígena dos tucarés, que acolhe Piatã e, depois, Joaquim, quando ele é encontrado na mata quase sem vida:
o PAJÉ TIBIRIÇÁ (Roney Vilella), ajuda Piatã a descobrir a verdade sobre o seu passado e o prepara para ser o novo pajé
o CACIQUE UBIRAJARA (Allan Souza Lima), guerreiro corajoso e inflexível com as raízes indígenas
as índias irmãs JUREMA (Jurema Reis), esposa de Ubirajara,
e JACIRA (Giulia Buscaccio), destemida e guerreira. Contesta o papel feminino nas tradições de seu povo e se vê dividida entre o amor e a liberdade. Apaixona-se por Piatã, com quem se casa
o PADRE OLINTO (Daniel Dantas), religioso português que se rebela contra a visão da Igreja Católica sobre os índios e passa a viver junto a eles, de quem se torna grande defensor.

Aventura romântica

Estreia em novelas de Thereza Falcão e Alessandro Marson como autores titulares. A dupla tem anos de experiência na Globo como colaboradores, tendo trabalhado em O Profeta, Cama de Gato, Cordel Encantado e Joia Rara (de Thelma Guedes e Duca Rachid), e Avenida Brasil e A Regra do Jogo, de João Emanuel Carneiro. Marson ainda trabalhou com Walther Negrão em Desejo Proibido e Flor do Caribe.

Novo Mundo se propunha a retratar a construção do país que acabou formando o Brasil de hoje. Uma aventura romântica ambientada no início do século 19 (entre 1817 e 1822). Para os autores, uma época de personagens heroicos.
“Pensamos em falar sobre a formação do povo brasileiro. Como a gente vê esse país de hoje. De onde ele veio? Como foi? As pessoas que vieram de fora. O que elas queriam de bom ou de ruim?”, declarou Thereza Falcão em entrevista, na época do lançamento da novela.

Alessandro Marson comentou sobre as referências cinematográficas:
É uma novela de aventura, baseada em filmes de piratas dos anos 1950, filmes de aventura, Pirata Sangrento, Simbad, Scaramouche. Juntamos referências desses filmes com Piratas do Caribe. Resolvemos muita coisa com luta de espadas, com gente atravessando salão pendurada em lustre. Não é uma apropriação de uma obra, mas uma apropriação de um estilo. Não há referências diretas a um filme, mas a um estilo. Uma aventura romântica, é o que define a novela”.

Aplaudida pelo público e crítica, a novela foi um sucesso, medido tanto pelos números de audiência quanto pela repercussão: com média final de 24 pontos no Ibope da Grande São Paulo (a novela anterior, Sol Nascente, fechou em 21), Novo Mundo constantemente figurava entre os assuntos mais comentados do Twitter.

Novela redonda (crítica por Nilson Xavier)

Entre as várias qualidades, ressalta-se o talento de Thereza Falcão e Alessandro Marson em entregar uma trama redonda, bem escrita, recheada de personagens atraentes que conquistaram o público. A dupla revelou uma carpintaria competente no entrelaçamento de histórias e personagens, sem deixar perder fôlego, sem esgotar o interesse ou cansar o público, mesclando habilmente ficção e realidade – no caso, ficção com fatos da História do Brasil.

Entre as tramas que se cruzaram, uma crítica ao núcleo indígena, que foi perdendo função dentro da novela. Sem levantar bandeira ou suscitar discussões, os povos originários apareceram na novela apenas como uma alegoria. Nem os seus direitos ou a posição da mulher na sociedade indígena (como sugeria a personagem Jacira, vivida por Giullia Buscacio) tiveram uma representação à altura. Esvaziado, o núcleo da floresta destoou do resto. Contudo, nada que desabonasse a obra.

O texto esteve em harmonia com a direção (a cargo de Vinícius Coimbra e equipe) e produção caprichada – cenários, fotografia, trilha sonora, direção de arte, figurinos e caracterização do elenco inquestionáveis.

Os clichês folhetinescos estiveram presentes, sem sutileza alguma, mas trabalhando a favor da boa dramaturgia, de uma história bem amarrada que não subestimasse seu público. Acima de tudo, Novo Mundo explorou e executou bem todos os recursos que o formato telenovela demanda, sem nunca querer ser mais que isso. Ainda assim, encontrou espaço para discursos que reverberam no Brasil atual, de teor político ou sobre a condição do negro, do índígena e do meio ambiente.

Os puristas que clamaram por fatos históricos reproduzidos ipsis litteris esquecem que essa nunca foi a proposta da novela. Afinal, tratava-se de uma obra baseada em fatos, logo a liberdade de criação estava assegurada. Sem a pretensão de ser uma “aula de História”, Novo Mundo, além de entreter, despertou no público o interesse pela História do Brasil, o que, por si só, já foi um mérito e tanto.

Thereza Falcão comentou sobre a licença poética em cima de fatos históricos:
“Os fatos históricos estão ali, isso não tem como a gente mudar. As datas históricas serão respeitadas, porem a licença poética é muito grande. A maior dela diz respeito à entrada de Domitila na vida de D. Pedro. Nossa história é feita de várias versões. Uma delas é que Domitila conheceu Pedro no dia 29/08/1822, em São Paulo. Uma outra versão diz que Domitila já estava na vida dele não se sabe desde quando. Outra versão diz que Domitila foi amante de Chalaça. Juntamos essas referências todas.”

Elenco

A escolha dos atores foi outro acerto. Letícia Colin brilhou como Leopoldina, em uma interpretação marcante, à altura da proposta de destacar a figura da princesa em detrimento da imagem glamurizada de Domitila – retratada nas minisséries Marquesa de Santos (Maitê Proença em 1984) e O Quinto dos Infernos (Luana Piovani em 2002) e no filme Independência ou Morte (Glória Menezes em 1972) como uma figura mais importante que a imperatriz. Pela primeira vez, Leopoldina teve retratado na dramaturgia o seu devido valor no processo da Independência.

Vivianne Pasmanter surpreendeu a todos com a personificação da grotesca e engraçada Germana, um tipo inesquecível. O trio formado com Guilherme Piva (Licurgo) e Ingrid Guimarães (“Elvira Matamouros, grande atriz!”) foi responsável por vários momentos risíveis.

Também um excelente trabalho de Caio Castro (Dom Pedro), Felipe Camargo (José Bonifácio), Gabriel Braga Nunes (Thomas), Roberto Cordovani (Sebastião Quirino), Júlia Lemmertz (Greta) e Leopoldo Pacheco (Fred Sem Alma).

Originalmente, Márcia Cabrita interpretaria a personagem Germana, porém a atriz precisou de tempo para se recuperar dos problemas decorrentes do câncer que sofreu, passando a personagem para Vivianne Pasmanter. O autores destinaram então a Márcia o papel de Narcisa Emília, que entraria apenas por volta do capítulo 60, dando o tempo suficiente para que ela estivesse recuperada. Apesar disso, a atriz precisou deixar a trama novamente e não retornou.
Márcia Cabrita veio a falecer pouco mais de um mês após o término da novela, em 10/11/2017, aos 53 anos, vítima de um câncer no ovário com o qual lutava desde 2010.

O elenco recebeu uma preparação bastante diversa, com aulas de viola, violino, piano, balé, lundu (dança africana), luta com espada, equitação, prosódia, alemão, pintura, tiro, etiqueta, carruagem e canto. A equipe também participou de um workshop com o professor de história Francisco Vieira, que também foi consultor dos autores, falando sobre o contexto histórico em que se passava a novela. Para conhecer melhor o cotidiano indígena, alguns atores foram até aldeias da região do rio Xingu e do Pará.

A maior temeridade do diretor artístico Vinícius Coimbra foram os sotaques:
“Uma novela de muitos núcleos com sotaques diferentes: índios, negros, europeus (ingleses, austríacos, portugueses, espanhóis). As pessoas não falavam sem sotaque naquele tempo. Eu queria um mínimo de veracidade. A premissa era de que fosse bem feito. Letícia Colin fez o seu teste já com sotaque. Alguns tiveram dificuldade no começo. E depois ainda precisamos fazer alguns ajustes. Caio Castro e Ingrid Guimarães (por exemplo) estavam falando rápido demais.”

Navio

A equipe de cenografia construiu nos Estúdios Globo uma embarcação de 25 metros que serviu para muitas cenas de ação da trama. O navio passou por três etapas durante o processo. Teve as funções de cargueiro, pirata e por último, foi transformado na nau que transportava a arquiduquesa Leopoldina (Letícia Colin) para o Brasil, para depois voltar a ser o navio do pirata Fred Sem Alma (Leopoldo Pacheco). Para a construção, o cenógrafo da novela, Paulo Renato, contou com uma equipe de 100 profissionais.

“A gente buscou reproduzir uma nau do século 19, embarcação que vem desde as caravelas portuguesas e comporta 74 canhões com capacidade de 700 pessoas, entre tripulação fixa e as comitivas que transporta. O projeto é tão específico que demandou ser construído para essa situação. Trabalhamos as madeiras de uma forma mais natural, crua, surrada”, detalhou Paulo Renato. Ao final das gravações, a embarcação ficou fixa nos Estúdio Globo para uso de outras produções.

Trilha sonora e abertura

A trilha sonora de Novo Mundo foi composta por músicas instrumentais originais produzidas por Sacha Amback especialmente para a novela. A gravação foi realizada com a Orquestra Filarmônica de Praga, na República Tcheca. Além dos temas originais, a trilha continha regravações dos clássicos “Meu Amor Marinheiro“, um fado na versão da cantora Carminho — única faixa cantada da trilha —, “Sonata ao Luar“, de Beethoven, e “Tänze des Brasilianischen Ballfestes“, uma série de valsas compostas por Joseph Wilde.

A abertura da novela – produzida em animação tridimensional, com personagens, cenários e eventos estilisticamente realistas – exibia acontecimentos encadeados com movimentação contínua da câmera, passando por diferentes ambientes e destacando a narrativa de aventura e romance da trama.

Reprise e continuação

Em 2020, Thereza Falcão e Alessandro Marson escreveram o que pode ser considerado uma continuação de Novo Mundo, com um salto de tempo na trama: a novela Nos Tempos do Imperador, focada no Segundo Reinado, já que Novo Mundo termina com o nascimento do filho de Dom Pedro e Leopoldina, Dom Pedro II, vivido na nova novela por Selton Mello. Outro ponto em comum entre as duas obras foi a volta de alguns personagens, como Licurgo (Guilherme Piva) e Germana (Vivianne Pasmanter), entre outros.

Em março de 2020, em virtude da pandemia de Covid-19, as emissoras de TV suspenderam temporariamente suas produções de dramaturgia, interrompendo a exibição de novelas e substituindo-as por reprises ou outros programas. Assim, Novo Mundo foi reprisada de 30/03 a 29/08/2020, como tapa-buraco entre o fim de Éramos Seis e o início da novela inédita seguinte, Nos Tempos do Imperador, que teve suas gravações suspensas naquele momento. A reapresentação de Novo Mundo gerou um subtítulo à novela, “Edição Especial”, destacado no logotipo.

O motivo para a sua escolha é que ela serviria como um “esquenta” para a substituta, já que a história de Nos Tempos do Imperador era continuação de Novo Mundo. Porém, o prazo para o retorno à programação normal estendeu-se. Assim, com o fim da reapresentação de Novo Mundo, a Globo reexibiu mais duas novelas, Flor do Caribe (de 2013) e A Vida da Gente (de 2011-2012), antes da estreia de Nos Tempos do Imperador.

Música original de Sasha Amback

01. ABERTURA – Sacha Amback
02. ANNA – Sacha Amback
03. ANNA ILUMINADA (versão suspense) – Sacha Amback
04. ANNA ILUMINADA – Sacha Amback
05. JOAQUIM – Sacha Amback (tema das vinhetas de intervalo)
06. PAIXÃO DE ANNA E JOAQUIM – Sacha Amback
07. LEOPOLDINA – Sacha Amback
08. PEDRO – Rangoli
09. SIR THOMAS – Sacha Amback
10. ELVIRA – Rangoli
11. PIATÃ – Sacha Amback
12. CANTIGA DE AMÁLIA – Sacha Amback
13. TROVÃO – Sacha Amback
14. AMOR – Sacha Amback
15. PIRATAS – Sacha Amback
16. TABERNA – Sacha Amback
17. TABERNA – Sacha Amback
18. DOMITILA – Rangoli
19. SIR THOMAS (versão suspense) – Sacha Amback
20. ANNA (versão piano) – Sacha Amback
21. ÍNDIOS 1 – Sacha Amback
22. O OCEANO – Rangoli
23. A TERRA – Rangoli
24. ANNA ILUMINADA (versão piano) – Marcos Suzano e Carlos Malta
25. TÄNZE DES BRASSILIANISCHEN BALLFESTES – Rangoli
26. MEU AMOR MARINHEIRO (bonus track) – Carminho (tema de Elvira)

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