Sinopse
Fernanda é uma mulher corajosa e determinada a vencer na vida profissional, na qual atua no campo da moda – é dona de uma butique em Brasília –, mas vulnerável nos assuntos amorosos. Os problemas se acentuam quando dois homens passam a disputar seu coração: Bruno e Marco Antônio. O galante comissário Bruno é um sujeito acomodado, que deixou de lutar por melhores posições no trabalho. Ele e Fernanda se encontram em um restaurante. Bêbado, Bruno dá um tremendo vexame. O episódio, porém, serve para aproximá-los.
Fernanda dá um passo adiante na relação quando decide morar com Bruno após uma briga com o namorado de sua mãe, que tem obsessão por ela. Bruno a acolhe em sua casa para a surpresa da ex-mulher Isabel, ainda dependente afetiva e financeiramente dele. Consultora de moda da revista Brilho, Fernanda é designada por Bitty, editora da publicação, para uma matéria com a chique Lígia, mulher do senador da República Marco Antônio. As duas se entendem bem, a ponto de Lígia convidá-la para a festa promovida pelo filho Fernão.
Fernanda vai com Bruno à comemoração, realizada na mansão de Lígia e Marco Antônio em Brasília, e é debochada pelo problemático Fernão porque está usando um vestido que ganhou de Lígia durante o ensaio para a revista Brilho. O íntegro senador Marco Antônio é um político de ideias progressistas, casado há 25 anos com Lígia, emocionalmente instável e bastante afeita à vodca. Na volta para o Rio de Janeiro, o então casal divide o voo com Bruno, no exercício de sua função, e Fernanda. A atração entre ela e o senador só faz crescer.
O ciúme e a insegurança de Bruno, além das divergências quanto aos objetivos de vida, aproximam Fernanda e Marco Antônio. Aplacado pelos escândalos do filho, o senador deixa o seu cargo e a direção da empresa de Lígia, passando a dividir o lar e as pretensões profissionais com seu novo amor, Fernanda. Enquanto isso, Fernão envolve-se com Tereza, irmã mais moça de Fernanda. Ao mesmo tempo em que inveja a irmã, Tereza também a ama muito. Entretanto, quando Lígia e Marco Antônio se divorciam, Tereza coloca-se ao lado do namorado e da sogra.
A irmã de Bruno, Verônica, forma com Mário um típico casal de classe média em dificuldades financeiras. Ela se vira com a venda de roupas para bebê, doces e congelados, enquanto Mário acaba enredado nos crimes de Léo. Este é namorado de Virgínia, mãe de Fernanda e Tereza, uma viúva solitária, presa fácil para o malandro, mais jovem e pouco afeito ao trabalho. Virgínia chega a hipotecar o apartamento que divide com as filhas para salvá-lo das dívidas. No final, após descobrir que Léo assaltou o escritório de Fernão e violentou Tereza, Virgínia o mata com três tiros, após servir, calmamente, o jantar.
Pesquisa: Duh Secco.
RENÉE DE VIELMOND – Fernanda
NUNO LEAL MAIA – Bruno
CARLOS ALBERTO – Senador Marco Antônio
NATHALIA TIMBERG – Lígia
DIOGO VILELA – Fernão
CRISTINA ACHÉ – Tereza
ÂNGELA LEAL – Isabel
ÊNIO GONÇALVES – Léo
BEATRIZ LYRA – Virgínia
JONAS BLOCH – Mário
ESTER GÓES – Verônica
SÔNIA CLARA – Betty
ILKA SOARES – Marisa
ROGÉRIO FRÓES – Tito
FÁTIMA FREIRE – Dora
JOÃO PAULO ADOUR – Miguel
XUXA LOPES – Lia
TESSY CALLADO – Silvia
DJENANE MACHADO – Laureta
MARCOS ALVISI – Edu
SILVIA SALGADO – Marcília
ÍRIS NASCIMENTO – Maria
CLEMENTINO KELÉ – Tião
ISIO GHELMAN – Fred
JOSÉ PARISI – Antônio
GUILHERME PEREIRA
ALBERTO JÚNIOR
o menino DANTON MELLO – Adriano
– núcleo de FERNANDA (Renée de Vielmond), mulher corajosa e determinada a vencer na vida profissional, na qual atua no campo da moda – é dona de uma butique em Brasília –, mas vulnerável nos assuntos amorosos. Deixa Brasília para trabalhar no Rio de Janeiro. Não é inescrupulosa, mas sabe usar as oportunidades a seu favor, conquistando melhores condições na profissão. Os problemas se acentuam quando dois homens passam a disputar seu coração:
a mãe VIRGÍNIA (Beatriz Lyra), mulher de meia-idade que vive de relacionamentos furtivos, especialmente com homens mais jovens
o atual namorado de Virgínia, LÉO (Ênio Gonçalves), obcecado por Fernanda, um malandro pouco afeito ao trabalho e metido com negócios escusos
a irmã TEREZA (Cristina Aché), que a admira, mas também a inveja por conta de seu comportamento expansivo.
– núcleo de MARCO ANTÔNIO (Carlos Alberto), íntegro senador da República, de ideias progressistas. Apaixona-se por Fernanda, o que culmina com a separação de um casamento de 25 anos, então estável:
a esposa LÍGIA (Nathalia Timberg), mulher instável e chegada à bebida. Herdeira de uma família abastada que deu a Marco Antônio a base para a sua ascensão política
o filho FERNÃO (Diogo Vilela), rapaz problemático que faz de tudo para chamar a atenção dos pais. Flerta com Fernanda em um primeiro momento, mas acaba se relacionando com Tereza, que sempre o desejou
o amigo TITO (Rogério Froes), também médico da família. Quando Marco Antônio se separa, continua seu amigo
a esposa de Tito, MARISA (Ilka Soares), que fica ao lado de Lígia no processo de divórcio. Acaba também dispensada pelo marido, após anos em uma relação desgastada. Passa a buscar um “novo amor”, assim como a amiga
o namorado de Lígia após o divórcio, MIGUEL (João Paulo Adour), mais jovem que ela
a secretária SILVIA (Tessy Calado).
– núcleo de BRUNO (Nuno Leal Maia), comissário de bordo, sujeito acomodado na profissão que deixou de lutar por melhores posições no trabalho. Também envolve-se com Fernanda. Um tanto ciumento e inseguro.
a ex-mulher ISABEL (Ângela Leal), ainda dependente afetiva e financeiramente dele. Em dado momento, surge grávida, afirmando que nunca se relacionou com nenhum outro homem fora Bruno
a irmã VERÔNICA (Ester Góes), extremamente ciumenta com relação ao marido MÁRIO (Jonas Bloch), também comissário de bordo – este tão ciumento quanto ela. Os dois vivem às voltas com problemas financeiros, agravados pela instabilidade econômica do país. Verônica se vira com a venda de roupas para bebê, doces e congelados, enquanto Mário acaba envolvendo-se nos crimes de Léo
o sobrinho ADRIANO (Danton Mello), filho de Verônica e Mário
a amiga de Verônica, LAURETA (Djenane Machado), com quem divide a produção e a venda dos congelados.
– núcleo da revista Brilho, onde Fernanda atua como consultora de moda:
a editora BITTY (Sônia Clara), mulher moderna, de pensamento contemporâneo
a secretária LIA (Xuxa Lopes), vive em busca de um namorado, mirando dois colegas de redação: o fotógrafo FRED (Ísio Ghelman) e o modelo EDU (Marcus Alvisi).
Pesquisa: Duh Secco.
Volta de Maneco
O pesquisador Ismael Fernandes, em seu livro “Memória da Telenovela Brasileira”, assim descreveu a novela: “Deliciosa atração da TV Manchete, sem lances folhetinescos e nenhum maniqueísmo. Ênio Gonçalves, como o malandro Léo, e Beatriz Lyra, como sua mulher Virgínia, estiveram ótimos.”
Manoel Carlos estava há três anos afastado das novelas brasileiras, após o encerramento de Sol de Verão (em 1983), que culminou com a morte do ator Jardel Filho. Em 1984, o autor apresentou na Manchete uma minissérie: Viver a Vida (nada a ver com a novela de 2009, da Globo).
Sobre sua volta às novelas após o trauma em Sol de Verão, Maneco comentou em entrevista ao jornal O Globo, em 24/11/2002 (TV Pesquisa PUC-Rio):
“Estava triste com a morte do Jardel e com o desfecho da novela. Então, quando o contrato acabou, não renovei. Na verdade, não houve empenho de nenhuma das partes na renovação, em vista do desgaste do episódio. Fiquei algum tempo superando o estresse. Foi quando recebi o convite da Manchete, através do Maurício Sherman. […] Foi uma experiência muito boa e sempre recebi apoio de todos lá dentro, principalmente do Zevi Ghivelder, então diretor-artístico da emissora.”
Título
Na mesma entrevista, Maneco comentou que a novela se chamaria Brilho, mas o título foi alterado:
“Escrevi Novo Amor, nome horroroso apesar da palavra amor, que usei depois em duas outras novelas [História de Amor e Por Amor]. O título original da história era Brilho, nome da revista de moda que abrigava um dos núcleos mais importantes da trama. Mas a ideia foi vetada por Adolpho Bloch, dono da emissora, alegando que poderia haver uma associação com a cocaína, que era chamada, pelo menos na época, de ‘brilho’.”
Um Nome de Mulher e Caminhos Cruzados também foram títulos provisórios. (*)
Elenco
Ângela Leal declinou de um convite para a minissérie Anos Dourados, da Globo, atendendo ao chamado da TV Manchete. (*)
À revista Contigo! (edição 567, de 04/08/1986), Sônia Clara revelou descontentamento com os cortes nas cenas de sua personagem, Bitty. “Estou numa fase da minha vida em que não faço mais concessões, por isso pedi para sair. […] Aceitei o convite para fazer a novela porque me ofereceram um papel bem escrito. A Bitty era uma mulher interessante, moderna, com pensamento extremamente contemporâneo, muito mais do que uma simples produtora de revista de moda. E de repente virou qualquer coisa”, afirmou.
Sônia, então esposa de um dos diretores da TV Manchete, Zevi Ghivelder, concordou apenas em gravar a cena de despedida da personagem. O então diretor de dramaturgia da emissora, Herval Rossano, limitou-se a dizer que “ela não estava satisfeita e saiu”. Suas funções na trama passaram para Lia (Xuxa Lopes). (*)
Locações
A novela teve cenas gravadas na Bahia. Em apenas dois dias, Renée de Vielmond e Carlos Alberto gravaram sequências da lua-de-mel de Fernanda e Marco Antônio. Denise Saraceni respondeu pela direção. (*)
Exibição
Novo Amor foi lançada no mesmo dia em que a concorrente Globo estreava a minissérie Memórias de um Gigolô (14/07/1986).
Reprisada no Romance da Tarde (faixa de programação vespertina da TV Manchete) de 11/05 a 31/07/1987, em 70 capítulos, de 2ª a 6ª feira, às 14h15.
(*) Pesquisa: Duh Secco.
GATO ENCANTADO – Cláudia Olivetti
HE DOESN’T CARE, BUT I DO – Barry Manilow
SAJE – David Foster
THE BEST OF ME – David Foster and Olivia Newton-John
THE GLORY OF LOVE – Peter Cetera
É verdade, tinha essa novela!
Lembro pouco, era interessante, dentro da proposta da Manchete na época
Tá ai uma novela que merecia uma reprise. Sabe-se lá se está intacta no acervo da massa falida da Manchete. Aliás, uma boa pergunta: qual a intenção do novo proprietário dessas obras adquiridas recentemente num leilão? Será que um dia pretende disponibilizar ao público?
Tinha 13 anos quando passou essa novela. Lembro muito pouco, mas tinha uma boa história. Achei estranho na época que terminou tão rápido, sendo uma novela curta. A Manchete tinha novelas excelentes.
Lembro da época que passou, só.
Adoraria ter visto, parece muito interessante. Obrigado pela atualização.