Filho de um encadernador, Edmundo Donato – nome de batismo do escritor – nasceu em São Paulo, em 17 de fevereiro de 1925. Viveu cercado de livros, desde pequeno. Sua obra foi composta principalmente de romances urbanos e livros juvenis.
Na infância, Marcos Rey conheceu e passou a admirar alguns escritores famosos que eram amigos e clientes de seu pai, como Monteiro Lobato, Menotti Del Picchia e Orígenes Lessa. Seu primeiro conto foi publicado aos 16 anos, na Folha da Manhã, já assinado com o pseudônimo Marcos Rey. Em 1953, foi lançado seu livro “Um Gato no Triângulo”. Em 1960, o romance “Café na Cama” representou seu primeiro sucesso de público.
Em 1980, Marcos Rey passou a se dedicar também à literatura juvenil, com “O Mistério do Cinco Estrelas”, da coleção Vaga-lume da Editoria Ática. Conseguiu agradar seus leitores jovens de imediato. Outros títulos dessa série, também de sua autoria, obtiveram boa repercussão, como “O Rapto do Garoto de Ouro” e “Um Cadáver Ouve Rádio”.
Para a televisão, teve relevantes trabalhos, como as novelas O Grande Segredo (Excelsior,1967) e A Moreninha (Globo,1975), e a minissérie Memórias de um Gigolô – adaptação do seu próprio romance (Globo,1986). Foi ainda colaborador de Bráulio Pedroso na novela Super Plá (Tupi, 1969) e fez parte da equipe de roteiristas do Sítio do Picapau Amarelo (Globo, 1978-1979).
Marcos Rey foi também homem de rádio, editor e tradutor. Colaborou por sete anos redigindo crônicas quinzenais para a revista Veja São Paulo. Era casado com a escritora Palma Bevilácqua que, inclusive, assinou uma novela com ele: Mais Forte Que o Ódio (Excelsior,1970). E irmão do também escritor Mário Donato, cujo livro Partidas Dobradas Rey adaptou para a TV Cultura, em 1982, como Telerromance.
Eleito para a Academia Paulista de Letras em 1986, ganhou prêmios importantes: o Jabuti de 1967, com “O Enterro da Cafetina”; o Jabuti de 1994, com “O Último Mamífero do Martinelli”; e o Juca Pato – intelectual do ano – em 1996. Faleceu aos 74 anos, em 1º de abril de 1999.
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