Sinopse
Moradoras de Paraisópolis, comunidade paulistana, Marizete (Bruna Marquezine) – a Mari – e Pandora (Tatá Werneck) – a Danda -, são “amigas-irmãs” e juntas vivem aventuras e problemas que parecem segui-las por onde passam. As garotas só desejam uma vida melhor e lutam para alcançar seus sonhos. Foram criadas por Eva (Soraya Ravenle) e Jurandir (Alexandre Borges), pais biológicos de Danda e de criação de Mari. Eva era a melhor amiga da mãe de Mari, que morreu no parto.
Mari buscou os estudos e o trabalho para poder dar à Eva algo que sempre sonhou: uma casa própria. Dedicou-se na escola e trabalha desde cedo para juntar o dinheiro que precisa para a realização de seu sonho. Danda é esperta, inteligente e tem um senso de justiça apurado, principalmente quando alguém tenta prejudicar sua melhor amiga. Não se empenhou tanto aos estudos, mas trabalha duro. Mas ela também gosta de uma vida fácil.
No luxuoso bairro do Morumbi, vizinho a Paraisópolis, mora Benjamim (Maurício Destri) – o Ben -, premiado arquiteto que volta de Nova York com a noiva, Margot (Maria Casadevall), para realizar seu grande projeto: a reurbanização de Paraisópolis. O maior empecilho é a mãe dele, Soraya (Letícia Spiller), e seu tio e padrasto, Gabo (Henri Castelli), sócios da empresa da família. Gabo era cunhado de Soraya e quando seu irmão morreu, eles se casaram e tiveram dois filhos.
Ben já não tinha uma boa relação com a mãe e o novo casamento foi o estopim para mais desentendimentos. Soraya, uma mulher chique e elegante, nunca apreciou a relação do filho com a comunidade. Nem parece que ela é filha de Izabelita (Nicette Bruno), uma mulher educada, doce e que gosta de dizer algumas boas verdades para a filha. Já Gabo, ambicioso e destemido, vê Paraisópolis como uma oportunidade de ganhar dinheiro por meio de especulação imobiliária.
Mas tudo muda quando os caminhos de Mari e Ben se cruzam. Apesar de ser comprometido com Margot, ele se apaixona por Mari. Só que ela é vigiada de perto por Gregório (Caio Castro) – o Grego -, que se acha o “dono de Paraisópolis”, um manda-chuva que tem o respeito da comunidade. Os dois foram namoradinhos de infância e Grego e não vai deixar barato essa história de Mari se enrabichar por um “playboyzinho do Morumbi“.
BRUNA MARQUEZINE – Mari (Marizete)
MAURÍCIO DESTRI – Ben (Benjamim)
CAIO CASTRO – Grego (Gregório)
MARIA CASADEVALL – Margot
LETÍCIA SPILLER – Soraya Brenner
HENRI CASTELLI – Gabo
TATÁ WERNECK – Danda (Pandora)
LIMA DUARTE – Dom Peppino (Giuseppe Sarti)
NICETTE BRUNO – Dona Izabelita
SORAYA RAVENLE – Eva
ALEXANDRE BORGES – Jurandir (Juju)
FABÍULA NASCIMENTO – Paulucha
DALTON VIGH – Tomás
CAROLINE ABRAS – Ximena
DANTON MELLO – Cícero
LUCY RAMOS – Patrícia
GIL COELHO – Lindomar
BABU SANTANA – Javai
FRANK MENEZES – Júnior (Juneca Purpurina)
OLÍVIA ARAÚJO – Melodia
ANDRÉ LODDI – Raul (Paletó)
PAULA BARBOSA – Olga
ÂNGELA VIEIRA – Clarice
EDUARDO DUSSEK – Armandinho Prado
FRANÇOISE FORTON – Isolda
JOSÉ DUMONT – Expedito
TUNA DWEK – Ramira
MARIANA XAVIER – Claudete
PAULA COHEN – Rosicler
ZEZEH BARBOSA – Dália
JOSÉ RÚBENS CHACHÁ – Fradique
ILANA KAPLAN – Silvéria
LUANA MARTAU – Mirela
DANI ORNELLAS – Deodora
DANIEL RIBEIRO – Itamar Timbó
ALICE BORGES – Tinoca
RICARDO BLAT – Sabão
PRISCILA MARINHO – Omara
MÁRCIO ROSÁRIO – Bazunga
LEANDRO DANIEL – Sereno
CLÁUDIO FONTANA – Dilson
CAROLINA PISMEL – Janice
CAROLINA OLIVEIRA – Natasha
JULIANA LOHMANN – Neidinha
DANILO MESQUITA – Máximo
GIULLIA BUSCACIO – Bruna
THAINÁ DUARTE – Lilica
GIOVANNI GALLO – Tadeu
EDUARDO MELO – Joaquim
MAUREEN MIRANDA – Ester
CRISTINA LADO – Gilda
MARIA PAULA LIMA – Urbana
PATRÍCIA ELIZARDO – Monserrá
IURI KRUSCHEWSKY – Claudinei
MARIA ASSUNÇÃO – Juvenília
HILTON CASTRO – Totonho
os meninos
GREGOIRE BLANZAT – Lourenço
RAFFAEL PIETRO – Pedroca
e
ANDERSON MELLO – leiloeiro, quando a casa que Marizete comprou e não pagou vai a leilão
ANDRÉ SALVADOR – policial que prende Grego
ANTÔNIO ISMAEL – alfaiate
BETINA VIANNY – Rafaela (terapeuta de Soraya, no início)
BRÁULIO MOTTA – funcionário do Cebola Brava
CARLOS CASAGRANDE – Thiago (falecido marido de Soraya, pai de Ben, irmão de Gabo)
CARLOS FONTE BOA – office boy que recebe uma cantada de Ester e se revela gay
DIETER FHRICH – maquiador da Avon
EDA NAGAYAMA – juíza no caso em que Soraya foi acusada de racismo
ESTER JABLONSKI – Drª Mirtes (terapeuta indicada por Patricia para substituí-la no tratamento de Soraya)
FÁBIO GOZZI – Orlando (funcionário do Cebola Brava)
FRANCISCO CUOCO – Evaristo Mateus (pai de Júnior)
FREDY COSTA – Robélio (marido de Tairine)
GABRIEL CHADAN – da turma de Máximo, tenta dar um boa noite cinderela em Urbana
GUSTAVO PIASKOSKI – Tatu (menino de rua)
IGOR PAIVA – um dos presos que divide a cela com Jurandir
JITMAN VIBRANOVSKI – Dr. Ivan (geriatra de Izabelita)
LARISSA BRACHER – Delegada Dirce
LÉO WAINER – Dr. Osíris (médico que atende Izabelita)
LESLIANA PEREIRA – Tairine (comerciante de rua em Nova York que pega a bolsa de Mari e Danda)
LUCAS GOUVÊA – Paulo Terada (delegado da Policia Federal, dá uma busca no escritório de Dom Peppino)
LUCIANO PULLIG – oficial de justiça
LÚCIO FERNANDES – Antunes (da Pilartex)
MANOEL GOMES – cliente do Cebola Brava
MARCELO MELO – segurança do shopping que prende Jurandir
MÁRCIO ERLISCH – advogado de Izabelita
PATHY DEJESUS – Alceste (amante de Gabo, aliada de Dom Peppino)
PAULO ASCENÇÃO – Vidal (barbeiro de Paraisópolis)
RAFA DE MARTINS – mafioso que tenta matar Danda
RAUL BARRETO – Elias Baverraj (crítico gastronômico que avalia o restaurante Cebola Brava)
ROGÉRIO FABIANO – um dos acionistas da Pilartex
TATYANE MEYER – Shirley (funcionária do Cebola Brava)
THEO FOX – Guarujá
VINÍCIUS CARONI – um dos capangas de Dom Peppino
Alice Ishi (repórter nissei que entrevista Expedito)
Boracéia (mulher forçada a doar leite para a bebê de Margot, sequestrada por Gabo)
Estefânia (caça-talentos da Embeleze)
Grego (criança)
Henrique Córsega (falso fiscal da vigilância sanitária que interdita o Cebola Brava)
Jarbas Amaral (repórter que recebe informações de Sabão)
Marizete (criança)
Maria / Maricota (bebê de Margot)
Dr. Mauro Rassini (advogado de Ben)
– núcleo de MARIZETE, a MARI (Bruna Marquezine), moça batalhadora, determinada e com grande senso de justiça. Sua mãe morreu no parto e ela nunca descobriu a identidade de seu pai biológico. Foi criada na comunidade de Paraisópolis pela mãe adotiva. Adora a irmã de criação, de quem é amiga inseparável:
os pais adotivos: JURANDIR , o JUJU (Alexandre Borges), o típico malandro, cheio de lábia que não quer saber de trabalho, mas não faz mal a ninguém. Muito querido na comunidade,
e EVA (Soraya Ravenle), com o emprego de costureira educou as meninas e luta para defendê-las das injustiças da vida. Mantém uma relação de idas e vindas com Jurandir, seu ex-marido
a irmã de criação PANDORA, a DANDA (Tatá Werneck), sua melhor amiga. Filha biológica de Eva e Jurandir. Cresceu em Paraisópolis ao lado de Mari. É determinada, possui muito bom humor e tenta ser otimista na hora de encarar os problemas
o italiano mafioso DOM PEPPINO (Lima Duarte), que Danda conheceu em Nova York. Por achá-la parecida com sua neta, a ajuda em uma enrascada, mas pede alguns favores em troca.
– núcleo de BENJAMIM, o BEN (Maurício Destri), tem uma relação difícil com a mãe. Ao contrário dela, é um jovem de bom caráter e disposto a fazer as coisas da forma correta. Rico, cresceu no luxuoso bairro do Morumbi, mas passou a infância explorando as ruelas de Paraisópolis. Arquiteto, morava Nova York e está de volta para realizar seu grande projeto: a reurbanização de Paraisópolis. Mas a mãe e o padastro são um empecilho. Apesar de comprometido, se apaixona por Mari quando a conhece. Eles viverão um romance que enfrentará, entre outras dificuldades, sua namorada e sua mãe:
a mãe SORAYA (Letícia Spiller), mulher vaidosa e maquiavélica, capaz de tudo para conseguir o que quer. Viúva, casa-se com o cunhado, o que levantou suspeitas de que eles mantinham um caso antes de seu marido morrer. Além de Ben, tem outros dois filhos, com o segundo marido. Porém, ser mãe nunca foi sua prioridade e a boa relação com os filhos sempre ficou em segundo plano
os irmãos pequenos LOURENÇO (Gregoire Blanzat) e PEDROCA (Raffael Pietro), filhos de Soraya e seu padrasto, carentes de afeto familiar
a avó IZABELITA (Nicette Bruno), mãe de Soraya, mulher sensível e bem-humorada. Praticamente criou Ben e mantém uma relação carinhosa com o neto. Vive batendo de frente com a filha
o vizinho ARMANDINHO PRADO (Eduardo Dussek), homem vaidoso, culto e inteligente, apegado às aparências. Mora no prédio de Soraya. É um típico bon vivant falido e vive tentando dar golpes em ricaças
o mordomo JÚNIOR (Frank Menezes), cuida da casa de Soraya, dos empregados e das crianças. Esperto, se aproveita da confiança da patroa para ganhar algumas vantagens. Mandão com os outros empregados, é motivo de chacota. Ganha o apelido de JUNECA PURPURINA quando vem à tona um segredo cabeludo seu
a empregada MELODIA (Olívia Araújo), engraçada e atrevida, é a vítima preferida de Júnior, mas sabe como colocá-lo em seu lugar
a babá dos meninos JANICE (Carolina Pismel), aparece em Paraisópolis vinda do Nordeste, onde se meteu em confusão
o zelador do prédio DILSON (Cláudio Fontana), irmão de Janice. Sem formação escolar, mas inteligente e esforçado.
– núcleo de GABO (Henri Castelli), charmoso, cínico, de caráter nebuloso, sem escrúpulos e cheio de ambição. Tio e padastro de Ben. Após a morte do irmão, casou-se com sua então cunhada, Soraya, com quem teve dois filhos: Lourenço e Pedroca. É o presidente da empresa da família, a Pilartex:
o assessor RAUL, conhecido como PALETÓ (André Loddi), engenheiro em sua empresa. Vaidoso, dissimulado e atrapalhado, venera o chefe, mas secretamente sonha em golpeá-lo
a secretária ESTER (Maureen Miranda), nutre sentimentos por Paletó, mas não demonstra.
– núcleo de MARGOT (Maria Casadevall), arquiteta, a princípio é namorada e sócia de Ben. Inteligente e sofisticada, veio de uma família de classe média e batalhou para conquistar uma carreira renomada. Aliada de Ben em seu projeto de reurbanização de Paraisópolis. Vai lutar para não perdê-lo para Mari:
a amiga PATRÍCIA (Lucy Ramos), terapeuta. Inteligente, crítica e determinada.
– núcleo de GREGÓRIO, o GREGO (Caio Castro), considerado pela comunidade o chefe de Paraisópolis e respeitado como tal. É o típico cara durão, mas solitário. Nutre um sentimento muito forte por Mari, que namorou na infância. Por ser apaixonado por ela, vai fazer o possível para impedir seu romance com Ben. Acaba envolvendo-se com Margot, quando Mari e Ben se unem:
seu braço direito XIMENA (Caroline Abras), durona, tem o respeito de todos, que a temem, mas nutre um amor não correspondido por Grego
os capangas SERENO (Leandro Daniel) e BAZUNGA (Márcio Rosário).
– núcleo de PAULUCHA (Fabíula Nascimento), tia de Grego, não aprova o comportamento do sobrinho e sua influência sobre a comunidade. Justa, trabalhadeira e bom-caráter. É uma confeiteira de mão cheia. Amiga de Eva:
os filhos: MÁXIMO (Danilo Mesquita), malandro, usa da força para conseguir o que quer,
e NATASHA (Carolina Oliveira), gosta de dançar, usar roupas curtas e conquistar os rapazes
a funcionária URBANA (Maria Paula Lima).
– núcleo de TOMÁS (Dalton Vigh), médico respeitado, nasceu e cresceu em Paraisópolis, onde faz trabalho voluntário. Ao longo da trama, vai envolver-se com Paulucha, o que causa o fim de seu casamento. E descobre que é o pai biológico de Mari:
a mulher CLARICE (Ângela Vieira), advogada criminalista. Mulher contemporânea, luta pelo casamento
os filhos JOAQUIM (Eduardo Melo) e BRUNA (Giullia Buscaccio).
– núcleo de FRADIQUE (José Rubens Chachá), filho de portugueses, se orgulha de seu negócio, a popular padaria Lindorela, localizada em Paraisópolis:
a mulher SILVÉRIA (Ilana Kaplan), perua deslumbrada, sonha com a ascensão social
os filhos: LINDOMAR (Gil Coelho), apaixonado por carros e por Danda,
e MIRELA (Luana Martau), aprendiz de perua, vaidosa e metida. Apaixona-se por Paletó
a empregada JUVENÍLIA (Maria Assunção)
o empregado da padaria CLAUDINEI (Iuri Kruschewsky).
– núcleo de EXPEDITO (José Dumont), morador de Paraisópolis. Leva a família com mãos de ferro. Nordestino, é um tipo rude, machista e autoritário:
a mulher RAMIRA (Tuna Dwek), aparentemente simples e tolerante mas que, na verdade, manda na família toda
os filhos: CLAUDETE (Mariana Xavier), sensual, engraçada e questionadora. Apaixonada por Paletó, fará de tudo para conquistá-lo, batendo de frente com Mirela, sua rival
e TADEU (Giovanni Gallo), vive um conflito com o pai por não concordar com ele sobre o rumo que quer dar à sua própria vida.
– núcleo de ROSICLER (Paula Cohen), trambiqueira, dona de um salão de cabeleireiro e de um negócio em Paraisópolis que leva turistas para fazer visitas à comunidade:
o irmão CÍCERO (Danton Mello), com quem mora. Trabalha como fiscal da alfândega, é um funcionário metódico. Apaixonado, desde sempre, por Danda
o sócio ITAMAR TIMBÓ (Daniel Ribeiro), um malandro. A princípio, é líder comunitário de Paraisópolis, mas acaba destituído do cargo
a funcionária NEIDINHA (Juliana Lohmann), manicure em seu salão. Garota interesseira, tenta seduzir Joaquim, porque ele é rico.
– núcleo de JAVAI (Babu Santana), temido contraventor, morador do Jardim Colombo, onde é poderoso. Procura manter boas relações com Grego:
a namorada DÁLIA (Zezeh Barbosa), dona da Dalíssima Modas, loja de roupas com bastante movimento. Ciumenta, vive às turras com o namorado
seu braço direito OMARA (Priscila Marinho), impõe respeito por onde passa. Vai disputar Paletó com Mirela e Claudete.
– núcleo de DEODORA (Dani Ornellas), criou a filha sozinha, por quem faz de tudo para ver feliz. Faxineira em Paraisópolis e Morumbi. Dom Peppino cai apaixonado por ela:
a filha LILICA (Thainá Duarte), namorada de Tadeu. É estudiosa, dedicada e sonha em ser bailarina
a professora de Lilica, ISOLDA (Françoise Forton), dá aulas de balé em Paraisópolis. Delicada, mas durona.
– núcleo de TINOCA (Alice Borges), taxista despachada e sem papas na língua, nascida e criada em Paraisópolis. Amiga de todos:
a sobrinha MONSERRÁ (Patricia Elizardo), com quem mora. Funcionária de Dália, é vendedora na Dalíssima Modas.
– demais personagens:
OLGA (Paula Barbosa), chef de cozinha, trabalhou na casa de Soraya, de onde foi injustamente demitida. Com Mari, abriu um restaurante, o Cebola Brava, que ficou famoso
SABÃO (Ricardo Blat), conhecido na comunidade por consertar qualquer coisa. Tem negócios escusos com Grego, Gabo e Dom Peppino
GILDA (Cristina Lado), designer de sobrancelhas e cabeleireira. Teve um salão de beleza em Paraisópolis, mas se recusou a dividir os lucros com Grego e teve o estabelecimento demolido por ele
TOTONHO (Hilton Castro), dono de um bar simples, mas muito frequentado pela moçada de Paraisópolis.
Boa audiência
I Love Paraisópolis teve estreia promissora: o primeiro capítulo cravou 29 pontos no Ibope da Grande São Paulo e teve grande repercussão nas redes sociais. Apesar dos números considerados bons, com o passar do tempo, a trama foi perdendo fôlego à medida que perdia público – quase 1 ponto por mês. A novela fechou com uma média geral de 24 pontos no Ibope da Grande São Paulo, a mais alta dos últimos três anos (Sangue Bom, de 2013, fechou em 25).
A boa audiência e repercussão da novela se deveram, principalmente, à popularidade de Bruna Marquezine e Caio Castro (com uma legião de fãs nas redes sociais, que sempre alavancam o buzz sobre os atores) e à escalação do elenco de coadjuvantes, em tipos carismáticos e divertidos.
Não seria exagero afirmar que os personagens paralelos “carregaram a novela nas costas” – ainda que, muitas vezes, suas histórias não passassem de esquetes de humor.
Paraisópolis
Um ponto positivo foi a forma como foi abordada a comunidade de Paraisópolis. Ainda que fantasiosa (seria impossível mostrar a realidade nua e crua no horário), a novela nunca deixou de reivindicar questões sociais pertinentes. Não escancarou violência ou problemas públicos como saúde ou transporte – mas foram citados. Também abordou o racismo e o preconceito social de forma informativa.
Localizada na Zona Sul da capital paulistana, Paraisópolis é uma das maiores comunidades da cidade, na época com cerca de 100 mil habitantes e um milhão de metros quadrados, quatro linhas de transporte público e um comércio ativo, que inclui bancos, lojas de departamento, agências de viagem, dentre outros. Uma série de atividades culturais e esportivas é oferecida para as crianças matriculadas nas escolas, sendo o balé e a Orquestra Filarmônica de Paraisópolis as grandes referências, reconhecidos mundialmente por sua excelência, assim como artistas plásticos locais. Nas ruas, as festas – chamadas de “pancadões” – reúnem milhares de jovens com carros de som potentes e que embalam os grupos que dançam noite adentro.
Trama central pouco empolgante
I Love Paraisópolis foi originalmente concebida para o horário das seis e tinha o título provisório de Lady Marizete. Com a mudança de horário, investiu-se pesado nas tramas paralelas com comédia (mais condizentes com a faixa) e o título foi alterado sob a alegação de que eram duas protagonistas: além de Marizete (Bruna Marquezine), a sua irmã Danda (Tatá Werneck).
Todavia, com o desenrolar da novela, percebeu-se que:
1. Danda não era protagonista, mas apenas mais uma personagem coadjuvante de humor;
2. A trama central por si só (a história de amor de Mari e Ben) não rendia uma novela – nem das sete nem das seis! Mari e Ben começaram quentes, mas os conflitos entre o casal esgotaram-se na segunda metade da trama, com o casamento. Foi quando Grego e Margot (Caio Castro e Maria Casadevall, com química já testada anteriormente, na novela Amor à Vida) dominaram o interesse romântico.
Marizete, sempre de cara fechada, fez Marquezine parecer pouco à vontade na pele de sua personagem. Com Maurício Destri, formou um casal apático, com pouca química na tela.
Caio Castro, inicialmente vendido como o bandidão de Paraisópolis, acabou se tornando um personagem fofo com cara e fama de durão, mas que não metia medo nem em formiga.
Conclusão: a trama central foi se esvaindo com o passar do tempo. Ao final, já não se sabia mais do que a novela se tratava.
Na ausência de uma trama central cativante e forte, sobrou para os coadjuvantes. E aí I Love Paraisópolis mostrou o seu diferencial. Com elenco bem escalado, a novela foi recheada de momentos divertidos, com personagens carismáticos em situações engraçadas. Destaque para a direção (equipe de Wolf Maya), que abusou de clipagem com efeitos sonoros que remetiam a desenhos animados. E o roteiro criativo de Alcides Nogueira e Mário Teixeira.
Elenco
Mérito também do elenco, principalmente Letícia Spiller (Soraya), Nicette Bruno (Izabelita), Fabíula Nascimento (Paulucha), Babu Santana (Javai), Tatá Werneck (Danda), André Loddi (Paletó), Paula Barbosa (Olga), Frank Menezes (Júnior), Olívia Araújo (Melodia), Eduardo Dusek (Armandinho), Paula Cohen (Rosicler), Zezeh Barbosa (Dália), José Dumont (Expedito), Mariana Xavier (Claudete), José Rubens Chachá (Fradique), Ilana Kaplan (Silvéria), Luana Martau (Mirela) e Alice Borges (Tinoca).
Elogios para a performance de Letícia Spiller, em uma personagem cheia de nuances, ora vilã, ora engraçada, ora humanizada. O sotaque paulistano exagerado do início incomodou, mas foi amenizado.
Nicette Bruno cativou com sua Izabelita, em uma abordagem pertinente sobre o Alzheimer.
Caio Castro fez uma composição interessante de Grego, ainda que caricato.
Tatá Werneck, criticada pela dicção ruim, usou o problema a seu favor, quando Danda começou a enrolar no inglês (embromation).
Primeira novela dos atores Danilo Mesquita, Gil Coelho e Giovanni Gallo. Primeira novela na Globo das atrizes Ilana Kaplan e Giullia Buscaccio.
Locações e cenografia
Além da comunidade de Paraisópolis, locais tradicionais de São Paulo, como o bairro do Morumbi, a Rua 25 de Março, a Avenida Paulista e a Rua Oscar Freire, também serviram de cenário para as cenas gravadas na cidade.
A equipe de produção também foi gravar em Nova York. Nos onze dias em que esteve em Manhattan, a equipe passou por locações como Grand Central, Washington Square, Central Park, Times Square, Gantry Plaza, Queens e Highline.
Uma cidade cenográfica de cerca de dez mil metros quadrados, inspirada em Paraisópolis, foi criada no Projac (RJ) para abrigar cenários como a padaria de Fradique (José Rubens Chachá), a escola de balé de Isolda (Françoise Forton), a casa de Eva (Soraya Ravenle), a loja de Dália (Zezeh Barbosa), entre outros cenários.
Estevão Conceição, considerado o Gaudí brasileiro, e Berbela, artista plástico que trabalha com a sucata de carros, dois dos maiores ícones de Paraisópolis, também deram uma consultoria e emprestaram seus olhares especiais, a fim de inspirarem na construção final da cidade cenográfica.
Para a kombi de Rosicler (Paula Cohen) e para as motos da trupe de Grego (Caio Castro), a arte do grafite deu um olhar único para cada um dos veículos. Com trabalhos feitos por Gustavo e Otávio Pandolfo, mais conhecidos como Os Gêmeos, os veículos ganharam um colorido único que se assemelha à arte de Paraisópolis.
Caracterizações
Para transformar Caio Castro em Grego, cortes de cabelo desenhados, acessórios pesados, camisetas e calças jeans, com tênis de marca, evidenciaram o poder do chefe da comunidade. Só uma das tatuagens do personagem foi aplicada pela equipe: todas as outras são do próprio ator e aproveitadas para compor o visual.
A atriz Caroline Abras – a Ximena, braço direito de Grego – raspou a lateral do cabelo, escureceu os fios e alongou para ter um look mais forte, além de ganhar uma tatuagem aplicada no braço. Sua maquiagem era feita com técnicas de visagismo, aprofundando e afinando os traços do rosto da atriz para mudar as expressões e reforçar a linha andrógina.
Abertura e trilha sonora
A abertura da novela, produzida em stop motion, com cenas fotografadas quadro a quadro, foi ilustrada com esculturas do mecânico Berbela, artista e morador de Paraisópolis. A Globo encomendou a ele peças que remetessem ao universo da trama, que foram produzidas com sucata e materiais reciclados. As peças de arte foram fotografadas ao longo de cinco dias de trabalho, originando uma sequência de cenas animadas e ilustradas com cores vibrantes.
Já o tema da abertura (“A Cor do Brasil”) foi composto e interpretado por Victor Kreutz, morador de Paraisópolis. Kreutz foi descoberto pela própria produção da novela, quando se candidatou a um teste para o elenco de apoio. Nessa apresentação, ele mostrou a canção composta, que acabou agradando a direção e foi parar na abertura da novela.
A trilha sonora não se limitou ao funk ou rap de periferia, como se poderia imaginar.
Além de dois meninos cantores (Gregoire Blanzat e Raffael Pietro), a novela deu espaço ainda para o lado artístico da comunidade, como o núcleo com uma escola de balé.
Trilha sonora volume 1
01. A COR DO BRASIL – Victor Kreutz (tema de abertura)
02. COISAS – Ana Carolina (tema de Margot)
03. THINKING OUT LOUD – Ed Sheeran (tema de Ben e Mari)
04. SIGNS – Claudia Leitte (tema de Grego e Margot)
05. EU QUERO, EU GOSTO – Jamz (tema de Gabo e Soraya)
06. A NOITE (LA NOTTE) – Tiê (tema de Mari)
07. FOR YOUR BABIES – Simply Red (tema de Soraya)
08. ALL ABOUT THE BASS – Meghan Trainor
09. ELAS GOSTAM ASSIM – Projota participação Marcelo D2 (tema de Grego)
10. CATRACA – Banda Uó featuring Mr. Catra
11. NINGUÉM SEGURA ESSA MULHER – Tchê Garotos (tema de Danda)
12. I GET A KICK OUT OF YOU – Ronaldo do Canto e Mello (tema de Soraya)
13. BON VIVANT MANEIRO – Pretinho da Serrinha (tema de Jurandir)
14. NÃO ENCHE – Mosquito
15. A LOBA – Alcione (tema de Eva)
16. O AR QUE EU RESPIRO – Dienis
Trilha sonora volume 2
01. ESCREVE AÍ – Luan Santana (tema de Danda e Cícero)
02. SOLTA NA NOITE – Pollo (participação de Sorriso Maroto) (tema de Natasha)
03. UPTOWN FUNK – Mark Ronson featuring Bruno Mars
04. TE ENSINEI CERTIN – MC Ludmila
05. PATRICINHA DA FAVELA – MC Leozinho
06. BOOM CLAP – Charli XCX
07. AQUELES OLHOS – Dom M (tema de Grego)
08. NÃO TÔ VALENDO NADA – Henrique & Juliano (tema de Claudete)
09. PORQUE HOMEM NÃO CHORA – Pablo (tema de Lindomar)
10. SERIA TÃO FÁCIL (SO EASY) Tânia Mara (participação de Brian McKnight) (tema de Tomás e Paulucha)
11. PRAZER, PARAISÓPOLIS – Atozero4 (tema de locação: Paraisopolis)
12. MINA FEIA – Seu Jorge
13. WOMAN TING – Ce’Cile
14. VOCÊ É TUDO – Jammil
15. CIRANDA DA BAILARINA – Sandy e Orquestra Filarmônica De Paraisópolis (tema de Lilica)
Ainda
LOVE ME LIKE YOU DO – Ellie Goulding
Trilha sonora instrumental: música original de Victor Pozas
The Big Apple
Saudade de Casa
Rapa em Times Square
Do Bem
Esperançosa
Confusão Mari Danda
Poderoso Nonno
Hashtag Triste
Gabo
Soraya
Na Cama Com Soraya
Triste Hype
Grego
Recomeçando
Funky Queens
Margot Triste
Junior Juneca
Tramóia
Izabelita
Quinquilharias
Obstinado
Grego Subversivo
Mente Confusa
Vizinhos Izabelita
Fast Jazz
25 de Março
Mari Alegre
Lourenço e Pedroca
Emotive Rock
Paraisópolis Alegre
Parto dos Gêmeos
Tema de abertura: A COR DO BRASIL – Victor Kreutz
Negro branco
Pardo, colorido
Caucasiano
Todos em um grito de não
Ao preconceito
Viva a miscigenação!
Mistura de raças
Somos a cor do Brasil
Brasil, Brasil, Brasil!
Somos mistura, comunidade
Aceitamos todos
Então corre e chega aí
E somos gratos
Sorrisos fartos
A felicidade mora aqui
Lá lá lá lá…
Eu vi mais pela Tatá, só!
Novela caricata, ruim demais!
Novela muito aquém do que a comunidade merecia!
Revendo no Globoplay. Melhor novela de 2015!
Eu vi mais pela Bruna Marquezine, só.
Gostei médio. Do meio pro fim, ficou sem graça. O início foi muito bom, com as personagens de Bruna e Tatá, em Nova York. Bruna Marquezine e Mauricio Destri fizeram um casal bem bonitinho também. Tanto que até namoraram na vida real, na época da novela.