Sinopse

Candinho (Sergio Guizé) vive sozinho já que sua mãe faleceu por conta da notícia do desaparecimento do seu neto, sequestrado por Ernesto (Eriberto Leão), que foi dado como morto em um acidente de carro. Candinho decide sair em busca do filho perdido, contando com o apoio de seu fiel escudeiro, o burro Policarpo, e de seu novo conselheiro, o professor Asdrúbal (Luís Miranda).

O que Candinho não sabe é que Júnior (David Malizia), seu filho, que agora atende pelo nome Samir, foi internado no orfanato comandado por Zulma (Heloísa Périssé), prima de Ernesto, uma mulher vigarista e exploradora que vive de golpes. Ela tentará tudo para arrancar dinheiro de Candinho. Ao chegar na cidade, Candinho faz amizade com Samir sem saber que ele é o seu filho perdido.

A mãe de Candinho deixou todos os seus bens para ele, decepcionando os primos Celso (Rainer Cadete) e Sandra (Flávia Alessandra). Celso acompanhou a morte da amada Maria (Bianca Bin), atropelada após reconhecer o filho de Candinho com Zulma e tentar recuperar a criança. Celso decide então libertar Sandra da prisão para juntos se apossarem da fortuna do primo.

Ele se aproxima de Estela (Larissa Manoela), a enfermeira que cuidou de Maria no hospital. Ela se apaixona por Celso, assim como ele também por ela. Enquanto isso, tomado pela ambição, Celso tenta influenciar Candinho a vender a fábrica de sabonetes herdada da mãe e a comprar uma fábrica de biscoitos, para ganhar dinheiro por fora com a transação.

Enquanto isso, na Fazenda Dom Pedro II, Dita (Jeniffer Nascimento), após ter sido traída por Quincas (Miguel Rômulo) e não aguentando mais as humilhações da sogra Cunegundes (Elizabeth Savala), parte com o filho pequeno e a tia Manoela (Dhu Moraes) para São Paulo. Para sobreviver, ela se torna cantora de rádio, mas vai precisar lutar para provar diariamente o seu talento.

Candinho ouve Dita cantando em um show no taxi dancing e acaba se apaixonando pela moça. Dita se comove com a história dele e se prontifica a ajudá-lo a procurar o seu filho. Enquanto isso, prestes a ser solta da prisão, Sandra foge do país com a ajuda de Celso.

Globo – 18h
estreia: 30 de junho de 2025

novela criada por Walcyr Carrasco
escrita por Walcyr Carrasco e Mauro Wilson
colaboração de Letícia Mey, Cleissa Regina Martins, Bruno Segadilha, Rodrigo Salomão e Nilton Braga
direção de Mayara Aguiar, Nathalia Ribas e Alexandre Macedo
direção geral de João Paulo Jabur
direção artística de Amora Mautner

Novela anterior no horário
Garota do Momento

SÉRGIO GUIZÉ – Candinho
JENIFFER NASCIMENTO – Dita
LARISSA MANOELA – Estela
HELOÍSA PÉRISSÉ – Zulma
RAINER CADETE – Celso
LUÍS MIRANDA – Professor Asdrúbal Santelmo
ELIZABETH SAVALA – Cunegundes
ARY FONTOURA – Quinzinho
NÍVEA MARIA – Margarida
TONY TORNADO – Lúcio
LU GRIMALDI – Aurora
MIGUEL RÔMULO – Quincas
BETTY GOFMAN – Medéia
ANDERSON DI RIZZI – Zé dos Porcos
DHU MORAES – Manoela
MONIQUE ALFRADIQUE – Tamires
PAULA BURLAMAQUI – Sônia
EVELYN CASTRO – Zenaide
FLÁVIO TOLEZANI – Dr. Afonso Araújo
MARIA CAROL – Olga
ROSANE GOFMAN – Olímpia Castelar
CRISTIANE AMORIM – Carmem
FÁBIO DE LUCA – Detetive Sabiá
MARCELO ARGENTA – Lauro
CLEITON MORAIS – Tobias
CASTORINE – Maria Divina
KENYA COSTTA – Quitéria
GABRIEL CANELLA – Vermelho
DUIO BOTTA – Tales
KÊNIA BÁRBARA – Haydée
LU FERNANDES – Francine
MARIANA BRIDI – Mirtes
BRUNO DE MELO – Paulo
CECÍLIA BERARBA – Beth Lúcia
JOÃO CAMARGO – Padre Lucas

as crianças
DAVID MALIZIA – Júnior / Samir
ISAAC AMENDOIM – Picolé
TOM ZÉ – Joaquim
ISABELLY CARVALHO – Anabela
ARTHUR YERA – Simbá
DANDARA ARCEBISPO – Jasmim
KAEL STURNE – Cacau
MAITÊ PAGE – Maroca
MARINA CYPRIANO – Felícia
MAYA DIAS – Denguinho
MIGUEL LEONARDO – Pepeu
VALENTINA MILITÃO – Rosinha
VALENTINA REIS – Lili
VICENTE AVITE – Aladim
YGOR MARÇAL – Tico

e
BIANCA BIN – Maria
ERIBERTO LEÃO – Ernesto
FLÁVIA ALESSANDRA – Sandra
GRACE GIANOUKAS
ISABELA GARCIA – Nádia (filha do falecido Comendador Fragoso)

– núcleo de CANDINHO (Sergio Guizé), caipira ingênuo, cheio de positividade e amor pela vida. Não mudou com o dinheiro herdado da mãe. Enviuvou e sofre com o desaparecimento do filho pequeno, após a morte de sua mulher. Apesar dos desencontros, perdas e angústia, continua acreditando que “tudo de ruim que acontece na vida é pra meiorá!”:
o filho perdido JÚNIOR (Davi Malizia), sequestrado ainda bebê no início da trama. Tem uma marca de nascença na perna que lembra asas de anjo. É esperto, inteligente e divertido como o pai. Tem o mesmo coração bom de Candinho, assim como o jeito de ver a vida sempre de uma maneira positiva. Bebê, vai parar em um orfanato, onde recebe outro nome: SAMIR
os amigos: ASDRÚBAL SANTELMO (Luís Miranda), professor, amigo de Pancrácio, que foi mentor de Candinho e partiu para a Grécia. Designado por Pancrácio para tomar conta de sua escola, Asdrúbal vai morar na mansão de Candinho. Tem a ideia de usar diferentes disfarces para conseguir informações sobre o filho desaparecido do amigo, o que o coloca em várias confusões. É um paquerador, o que lhe rende muita dor de cabeça. Vira aliado de Candinho, protegendo-o de golpes,
PICOLÉ (Isaac Amendoim), menino divertido, fofoqueiro e comilão que vai morar em sua casa,
e POLICARPO, seu burro de estimação e grande companheiro, a quem faz as confissões mais íntimas. Sempre reage como quem entende a situação, ajudando-o a agir na hora. Mostra grande sabedoria: é o único que realmente reconhece o filho de Candinho e tenta mostrar quem são os vilões, cuja maldade sinaliza com zurros e coices. Torna-se a estrela dos biscoitos da fábrica de Candinho: “os biscoitos Policarpo, que são bons pra burro!
o detetive SABIÁ (Fábio de Luca), contratado para encontrar seu filho. É esperto, mas também confuso. Adora quindins
a empregada QUITÉRIA (Kênia Costta).

– núcleo de DITA (Jeniffer Nascimento), cansada da falta de iniciativa e das safadezas do marido, parte com o filho pequeno para São Paulo. Vê em seu talento para cantar a chance de se manter na cidade grande, onde vai trilhar um caminho rumo ao sucesso na era de ouro das rainhas do rádio. É acolhida pela dona da pensão onde se hospeda e por Candinho, com quem vai redescobrir o amor:
o filho JOAQUIM (Tom Zé), menino que vai estudar com as crianças de um orfanato, quando se muda com a mãe para São Paulo
a tia MANOELA (Dhu Moraes), cansada da exploração e das constantes humilhações no sítio onde trabalhava como cozinheira, acompanha a sobrinha em São Paulo. Tentando proteger Dita, muitas vezes acaba atrapalhando o romance dela com Candinho. Vai descobrir uma nova vida ao aprender a ler

– núcleo de CELSO (Rainer Cadete), primo de Candinho. Frustrado porque a herança de sua tia ficou toda para o primo, vai armar golpes com a intenção de usurpar-lhe seu dinheiro. Encontra o filho perdido de Candinho, mas só divide a informação com sua irmã, com quem confabula para tirarem proveito da situação. Em paralelo, influencia Candinho a vender a fábrica de sabonetes e a comprar uma fábrica de biscoitos, também para ganhar dinheiro com a transação:
a mulher MARIA (Bianca Bin, participação), moça suave, romântica e justa. Ao reconhecer o filho de Candinho com outra pessoa, acaba morrendo atropelada
a irmã SANDRA (Flávia Alessandra, participação), vilã presa pelos crimes que cometeu no passado, aguarda ansiosa por sua liberdade condicional. Não se conforma pelo fato de Candinho estar com toda a fortuna e arma contra o primo e contra o filho dele assim que sai da cadeia
o comparsa de Sandra, ERNESTO (Eriberto Leão, participação), há seis anos, fugiu da polícia em função dos crimes que cometeu, mas foi dado como morto. Ao retornar, sequestra o filho de Candinho, mas deixa o menino com um casal de roceiros. A criança vai parar em um orfanato. Ernesto tenta, de todas as maneiras, se dar bem às custas da criança
o advogado ARAÚJO (Flávio Tolezani), é contra os golpes de Celso, mas acaba entrando no esquema de venda da fábrica com ele
a mulher de Araújo, OLGA (Maria Carol), incentiva o marido a desviar dinheiro da fábrica por pura ambição.

– núcleo de ESTELA (Larissa Manoela), estudante de enfermagem com um passado misterioso. Depois que o pai morreu de desgosto quando a mãe saiu de casa e nunca mais apareceu, vive com a avó e com a irmã, a quem dedica sua vida. Ao cuidar de Maria, que logo falece, sente uma conexão instantânea com Celso. Também vai ser professora em um orfanato e virar a melhor amiga de Dita:
a irmã ANABELA (Isabelly Carvalho), menina inteligente e carinhosa. Sofre de uma doença nos ouvidos
a avó AURORA (Lu Grimaldi).

– núcleo de CUNEGUNDES (Elizabeth Savala), dona da fazenda D. Pedro II, onde Candinho foi criado. Mulher brava, destemida, desaforada e autoritária, não à toa tem o apelido BOCA DE FOGO. Foi sogra de Candinho. Ao saber da morte da filha e do desaparecimento do neto, decide ir com a família para São Paulo com a desculpa de ajudar Candinho na busca pelo menino. Na verdade, deseja tirar vantagem da boa situação financeira do genro:
o marido QUINZINHO (Ary Fontoura), em quem manda e desmanda. Orgulha-se do fato de seu bisavô ter sido conselheiro do imperador Dom Pedro II, que dormiu uma noite na fazenda. Herdou a propriedade, que foi sendo vendida aos poucos. Atualmente, só resta a casa decadente em um pequeno pedaço de terra, que não foi perdida graças à ajuda de Candinho
o filho QUINCAS (Miguel Rômulo), casado com Dita, pai de Joaquim. É um boa vida que não quer saber de trabalhar. Por isso a mulher o abandonou. Separa-se dela e sua mãe tem esperanças de que ele fisgue uma noiva rica
a cunhada MEDÉIA (Betty Gofman), irmã de Quinzinho que surge para morar no sítio depois de ser misteriosamente abandonada pelo marido. Esperta e sem papas na língua, inferniza a vida de Cunegundes e não se cala diante dos desaforos da cunhada. Quando todos estão em São Paulo, conhece o professor Asdrúbal, por quem se interessa
os funcionários: ZÉ DOS PORCOS (Anderson Di Rizzi), faz-tudo na fazenda, cuida de todos os bichos, mas se entende melhor com os porcos. Foi abandonado pela antiga namorada. Desiludido resolve nunca mais se apaixonar,
e MARIA DIVINA (Castorine), cozinheira que assume o lugar de Manoela quando ela vai embora para São Paulo. Assim como a antecessora, é explorada por Cunegundes e Quinzinho. Ainda assim permanece no sítio, porque se apaixona por Zé dos Porcos.

– núcleo do orfanato Casa dos Anjos, onde o filho de Candinho vai parar e recebe o nome de Samir:
ZULMA (Heloísa Périssé), a proprietária, uma vilã com toques de humor. Obriga as crianças a costurarem, bordarem e encadernarem os livros que vende. Briga e atormenta as crianças, mas sempre de maneira engraçada, e acaba enganada por elas o tempo todo. Quer conquistar Candinho de olho na herança dele
a funcionária ZENAIDE (Evelyn Castro), aliada de Zulma, vive uma relação de amor e ódio com a “patroinha”. Debochada e dona de um grande senso de humor, está sempre alfinetando a vilã
a comparsa de Zulma, CARMEM (Cristiane Amorim), cigana, sua parceira de golpes
as crianças: JASMIM (Dandara Arcebispo), melhor amiga de Samir, ajuda-o em tudo. É cheia de alegria e esperteza,
ALADIM (Vicente Alvite), um dos meninos mais espertos do abrigo, é um dos poucos que confrontam Zulma. Vai gostar de Anabela. Também é o único que sabe ler,
SIMBÁ (Arthur Yera), um pouco maldoso, quer ser rico e inferniza a vida das outras crianças. Sempre apronta e exige o dinheiro de suas vendas,
DENGUINHO (Maya Dias), FELÍCIA (Marina Cypriano), CACAU (Kael Sturne), MAROCA (Maitê Page), PEPEU (Miguel Leonardo), ROSINHA (Valentina Militão), LILI (Valentina Reis) e TICO (Ygor Marçal).

– núcleo da pensão de MARGARIDA (Nívea Maria), antiga estrela do teatro de revista. Leva uma vida recatada e dedica-se integralmente aos seus hóspedes. Com seu charme e beleza, vai despertar o interesse de Asdrúbal:
as hóspedes: SÔNIA (Paula Burlamaqui), mulher bonita e independente, sofre preconceito por ser desquitada. Vai se envolver com Quincas, que não resiste aos seus encantos, mas reluta em assumir o relacionamento,
e HAYDÉE (Kênia Bárbara), dona de uma boutique. Mulher bonita e moderna. Tem um mistério em sua vida
o médico LAURO (Marcelo Argenta), homossexual que tem um trato com Sônia, para que todos pensem que eles são namorados. Trabalha no mesmo hospital onde Estela trabalha
o namorado de Lauro, TOBIAS (Cleiton Morais), alfaiate.

– núcleo da Rádio Paraízo, de propriedade de LÚCIO (Tony Tornado), que já foi apaixonado por Margarida, com quem teve uma história no passado. Os dois se reencontram e ele sonha reatar o romance:
o funcionário TALES (Duio Botta), seu aliado. É um homem simples e bem-intencionado que vai ajudar Dita a arranjar seu primeiro emprego
os radioatores: OLÍMPIA CASTELAR (Rosane Gofman), estrela das radionovelas. Sente-se ameaçada com a chegada de Dita e a trata mal na pensão onde moram. Dona de uma autoestima elevadíssima, acredita que todos os homens devem cair aos seus pés,
PAULO (Bruno de Melo) e BETH LÚCIA (Cecília Berarba).

– núcleo do taxi dancing administrado por TAMIRES (Monique Alfradique), que não tem o menor talento para os negócios. Bonita e sedutora, é apaixonada por Ernesto, mas não compactua com suas vilanias. No entanto, apronta das suas:
as dançarinas: FRANCINE (Luciana Fernandes), espécie de aliada de Tamires, vive reclamando da maneira como ela gerencia o negócio. Quer arranjar um marido rico,
e MIRTES (Mariana Bridi), jovem de boa família, foi parar no dancing depois da ruína financeira dos pais. Apaixona-se por Ernesto e vira sua aliada
o funcionário VERMELHO (Gabriel Canella), bartender e porteiro.

Continuação

Walcyr Carrasco retomou sua novela Eta Mundo Bom! (2016) para dar continuidade à saga do protagonista Candinho, vivido por Sérgio Guizé. Eta Mundo Melhor! é o primeiro caso assumido de uma continuação de novela na Globo. No entanto, Carrasco, convocado para outros projetos, ficou somente até o capítulo 30, passando o comando na roteirização a Mauro Wilson.

Walcyr Carrasco, por sua vez, insiste que não se trata de uma continuação:
“A novela não é exatamente uma continuação de Eta Mundo Bom! É uma nova história, que se espelha na anterior”, afirmou o autor para o material de divulgação de Eta Mundo Melhor!

Dezenove personagens de Eta Mundo Bom!, com seus intérpretes originais, estão de volta em Eta Mundo Melhor!: Candinho (Sérgio Guizé), Dita (Jeniffer Nascimento), Celso (Rainer Cadete), Cunegundes (Elizabeth Savala), Quinzinho (Ary Fontoura), Quincas (Miguel Rômulo), Zé dos Porcos (Anderson Di Rizzi), Manoela (Dhu Moraes), Olímpia Castelar (Rosane Gofman), Araújo (Flavio Tolezani), Olga (Maria Carol Rebello), Tobias (Cleiton Morais), Lauro (Marcelo Argenta), Vermelho (Gabriel Canella), Quitéria (Kenya Costta) e as participações especiais de Maria (Bianca Bin), Sandra (Flávia Alessandra), Ernesto (Eriberto Leão) e Nádia (Isabela Garcia).

Além das referências no conto “Cândido ou o Otimismo” (1759), de Voltaire, e no filme Candinho (1954), estrelado por Mazzaropi – para criação da trama de Eta Mundo Bom! -, Walcyr Carrasco teve mais uma inspiração para Eta Mundo Melhor!: o universo do escritor inglês Charles Dickens, famoso pelo romance “Oliver Twist” (1838).

Inteligência artificial

O burro Policarpo, companheiro do protagonista Quinzinho (Sérgio Guizé), apareceu em algumas cenas por Inteligência Artificial. A tecnologia permite que o animal transmita emoções e ações realistas, enriquecendo a narrativa.

Além disso, a IA foi usada para recriar a São Paulo das décadas de 1940 e 1950, transformando imagens estáticas da época em cenas de vídeo dinâmicas, com movimentos de câmera e elementos como pessoas e veículos em deslocamento.

A IA também foi utilizada para animar outros animais ao longo da trama, trazendo ganhos de tempo e eficiência em relação a métodos tradicionais de produção e pós-produção, além de potencializar a criatividade e o talento da equipe para criar resultados ainda mais impactantes.

Cenografia e produção de arte

Uma das referências da cenógrafa Cris Bisaglia foi o fotógrafo holandês Erwin Olaf.
“O destaque dos seus trabalhos é a composição de cores e a gente quis partir de uma novela que tivesse um colorido que não fosse saturado, onde o destaque ficasse com o elenco e o figurino. O cenário ajuda a compor, mas o importante são as pessoas. Temos um conceito mais naturalista e as imagens dele traduzem isso.”

Candinho agora tem sua própria casa e Policarpo ganhou um estábulo chique, mas a essência deles continua a mesma.
“A casa onde Candinho vive foi um presente da mãe, uma pessoa rica. Quem decorou o local foi ela, por isso algumas estranhezas estarão presentes na decoração. Vai ter um sofá luxuoso e uma cadeira de balanço mais simples, uma cadeira de palha no meio da mesa que você não entende como foi parar ali. Algumas coisas fora do contexto vão ajudar a justificar ele estar numa casa tão rica.”

O orfanato da trama é um casarão que teve Cuba como a principal referência, com seu charme e suas casas coloridas.
“Transformamos o abrigo em algo decadente sem ser triste, com um papel de parede diferente, um colorido, profundidade, camadas diferentes para trazer alegria e graça. (…) É um casarão antigo sem muito recurso, mas tem uma vida e crianças brincando ali.”

O sítio de Cunegundes (Elizabeth Savala) tem a pintura gasta e decadente por causa da passagem de tempo de seis anos desde o fim de Eta Mundo Bom! e das novas dívidas acumuladas pelos proprietários. Já o dancing club tem cores mais escuras, com uma nova direção, que tornou o espaço mais glamurizado. A Rádio Paraízo vai ser muito maior do que a da novela anterior, pois, com a chegada da Dita (Jeniffer Nascimento), o público vai ver show de calouros, com auditório, além da apresentação e da gravação da radionovela da trama.

O cenário da casa de Estela (Larissa Manoela), por sua vez, traz um pouco de arquitetura vitoriana e itens ainda mais antigos do que a época que a história retrata.
“Estela mora na casa da avó, então vai ter muito crochê, acúmulo de objetos, coisas um pouco mais velhas do que a época por serem herança de família, como móveis antigos que garimpamos em antiquários ou produzimos nos Estúdios Globo.”

Para o orfanato da trama, o produtor de arte Luiz Pereira usou a criatividade nas pesquisas feitas para compor o cenário.
“Veremos as crianças cortando, pintando. Também teremos no grupo uma criança inventora, como se fosse Hugo Cabret. Então ele faz alguns brinquedos, cria objetos que fazem as sombras nas paredes. Estou criando situações para as crianças, a construção desse universo, trazendo todas as referências importantes do que era da época. Minha pesquisa vai de artistas daquele tempo a revistas que compramos em feiras de antiguidade, no Rio e em São Paulo, além de itens na internet e outros que produzimos exclusivamente para a novela, como a bicicleta de madeira feita por um artesão e um teatrinho”.

Para a fábrica de biscoitos da trama, foi encomendada à equipe de design dos Estúdios Globo a arte dos produtos do estabelecimento, como as embalagens, assim como as formas do biscoito.
“Fizemos várias caixas com todo um estudo, pois na época não tinha foto nas embalagens, era uma pintura, uma ilustração.”

Figurinos e caracterizações

Feiras de pontos do Rio de Janeiro, como a Praça XV e a Glória, além de brechós foram alguns dos locais em que a equipe de figurino, liderada por Flávia Costa, encontrou roupas e acessórios para os personagens.
“É muita produção de rua, de brechó e de acervo que a gente vai montando para dar uma essência à obra. Algumas roupas a gente pediu para uma especialista fazer, outras coisas a gente tenta reutilizar, pois a quantidade de brechó que temos é significativa. Além de sustentável, é uma moda circular maravilhosa que enriquece o nosso figurino.”

Candinho (Sergio Guizé) agora é herdeiro, mas tem uma mudança muito sutil na forma de se vestir. Mesmo com dinheiro, ele continua com a estética “meio desajeitada”, característica do personagem. Toda a cor dele é crua, com um pouco de amarelo, que destaca a pureza e a referência em Mazzaropi.
“Quem ganha mais acessórios é o amigo Policarpo. Candinho fez um investimento no burro, que vai ter chapéu, gravata, touquinha de dormir e mantinhas.”

O Professor Asdrúbal (Luís Miranda) também se destaca no figurino.
“Diferente dos personagens que circulam na casa, ele é bem alinhado, mistura cores, estampas, e colete de listra com gravata de cashmere. É um personagem divertido, que vai usar disfarces de mágico, de noiva, dançarina e até grávida como truques para ajudar Candinho a obter informações do filho.”

Enquanto Asdrúbal se transforma para apoiar Candinho em sua busca, Zulma (Heloisa Périssé) também terá disfarces para aplicar seus golpes. A vilã vai usar preto, mas também muita cor uva, com acessórios que serão sua marca, como um chapéu que é uma referência a Mary Poppins. Já o apito e um cordão são inspirados em feiticeiras.

Dita (Jeniffer Nascimento) passa por uma transformação e suas roupas ajudam a contar essa trajetória.
“No início da história, quando está no sítio, ela se apresenta com peças estampadas, sem salto. Em São Paulo, vem a necessidade de um salto alto, por exemplo. Depois, começa a se vestir com mais glamur, ao se firmar como uma diva da rádio.”

Ao longo da trama, a personagem também tem mudanças no cabelo e passa a usar mais maquiagem, conforme ascende na carreira de cantora.

Já Estela (Larissa Manoela) carrega um mistério, e, ao longo da novela, também apresenta uma mudança na forma de se vestir.
“Com o avançar da história, o figurino dela ganha cor. O tempo passa, ela acaba vivendo um momento de luto. (…) Aparecem misturas, como saia xadrez com um casaco vermelho, e detalhes, como renda nas blusas.”

Tema de abertura: O SANFONEIRO SÓ TOCAVA ISSO – Lauana Prado

O baile lá na roça foi até o sol raiar
A casa estava cheia, mal se podia andar
Estava tão gostoso aquele reboliço
Mas é que o sanfoneiro, só tocava isso…

De vez em quando alguém vinha pedindo pra mudar
O sanfoneiro ria querendo agradar
Diabo que a sanfona tinha qualquer enguiço
Mais é que o sanfoneiro…. ele só tocava isso…

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