Bastidores
Série de programas com apresentações de histórias sobre mulheres, levada ao ar durante a Semana da Mulher, entre 5 e 9 de março de 2007, à 00h15.
Elas por Elas também foi o título de uma novela da TV Globo, das sete horas, escrita por Cassiano Gabus Mendes, em 1982 (que ganhou uma nova versão em 2023-2024).
06/03/2007: o sino de ouro, de Júlia Lopes de Almeida. Interpretado por Beatriz Segall. Nesta obra, Maria Matilde mora num rústico barraco em São Luís do Maranhão. Todo dinheiro que ganha é guardado. Ela, que anda como uma bruxa maltrapilha, tem o sonho de construir uma torre de ouro, com um sino cravejado de pedras preciosas. Uma noite uma pequena menina pára à sua porta. Ela pede ajuda à bruxa, pois a madrasta a expulsara (a ela e aos irmãozinhos) de casa. Repentinamente, Maria Matilde arranca, de sob o colchão, todas as suas economias e as entrega à pobre criança. Depois de uma noite passada sob forte febre, Maria Matilde vai ao raiar da manhã em direção à praia. E aí que tem a visão de sua tão sonhada torre.
07/03/2007: a caolha, de Júlia Lopes de Almeida. Interpretado por Marília Pêra. A obra retrata o drama na relação entre filho e sua mãe caolha. Estigmatizado desde a infância como “o filho da caolha”, o rapaz acaba por se afastar de casa e da mãe, até que ele descobre uma terrível verdade.
08/03/2007: a moralista, de Dinah Silveira de Queiroz. Interpretado por Maria Luiza Mendonça. Nesta obra, no ambiente acanhado de pequena cidade, a filha de uma senhora dominadora relata a personalidade da mãe. Uma visão cruel, cheia de finas e sutis observações. O domínio moral da velha e orgulhosa dama vai sendo posto a prova com a chegada, no povoado, de um tipo estranho e afeminado. O relacionamento entre os dois chega aos limites de uma perigosa intimidade, para depois romper-se. Desse rompimento, as duas personagens não saem incólumes. Principalmente o jovem rapaz.
09/03/2007: a menina, de Natércia Campos. Interpretado por Beatriz Segall. Nesta obra há uma casa à beira-mar, há muito abandonada. A narradora relembra os tempos gloriosos do local, quando habitado por pescadores. Mas agora vem habitá-la uma família humilde, formada por pai, mãe e filha. Esta última cativa a narradora por sua pureza infantil e delicadeza. Em vários acontecimentos, que então ocorrem, a narradora ajuda a garota. Até que numa noite de lua cheia, no andar de cima do sobrado, ela se deixa entrever pela criança. Esta fica absolutamente aterrorizada e, a partir daí, a única solução é a partida da família.
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