Sinopse
Dona Xepa (Ângela Leal) é uma humilde feirante que deseja que os seus filhos sejam doutores e tudo faz para isso. Madruga todos os dias para que Edson (Arthur Aguiar) e Rosália (Thaís Fersoza) tenham as oportunidades de vida que ela não teve. É a mãe que se realiza com a ascensão social dos filhos, mas quando eles crescem e é rejeitada por eles, quer alcançá-los sem saber como, metendo os pés pelas mãos.
Edson aproveitou o sacrifício da mãe: estuda e frequenta ambientes intelectualizados. Enquanto não consegue entrar no difícil mercado de trabalho, não aceita ser sustentado pela mãe, apesar do grande amor que nutre por ela. Inicia sua escalada profissional, o que vai aumentar seus conflitos com Xepa a afastá-lo mais dela. Sonha em morar sozinho e gostaria que ela encarasse com naturalidade essa aspiração.
Rosália é bem diferente do irmão. Aparentemente sensível e revoltada, é ambiciosa e interesseira e só tem um objetivo: a ascensão social para sair da vida pobre que leva. Para atingir essa meta, quer casar com um homem rico. É amada pelo vizinho, mas não aceita a ideia de unir-se a um rapaz pobre. Só pensa na riqueza e rejeita a mãe, embora no fundo queira melhorar a vida dela pelo jeito mais fácil.
ÂNGELA LEAL – Dona Xepa (Carlota Losano)
THAÍS FERSOZA – Rosália
ARTHUR AGUIAR – Edson
JOSÉ DUMONT – Esmeraldino
MÁRCIO KIELING – Victor Hugo
GABRIELA DURLO – Isabela
LUIZA TOMÉ – Meg Pantaleão
MAURÍCIO MATTAR – Júlio César Pantaleão
ANGELINA MUNIZ – Pérola
GIUSEPPE ORISTÂNIO – Deputado Feliciano Castro
GABRIEL GRACINDO – François
BIANCA CASTANHO – Beatriz
RAYANA CARVALHO – Lis
ÍTALA NANDI – Madame Catherine
PÉROLA FARIA – Yasmin
EMÍLIO DANTAS – Benito
BEMVINDO SEQUEIRA – Dorivaldo
MARCELA MUNIZ – Geni
BIA MONTEZ – Matilda
ROBERTHA PORTELLA – Dafne
ALEXANDRE BARILARI – Robério Escovão
AUGUSTO GARCIA – Graxinha
ALESSANDRA LOYOLA – Camila
MANOELITA LUSTOSA – Teresinha Cho
CASTRINHO – Ângelo
JENNIFER SETTI – Inocência
ANA ZETTEL – Lady (Leidiane Maria)
ARACY CARDOSO – Dona Alda
GUGA COELHO – Professor Miro
DIEGO MONTEZ – Rick
MANUELA DUARTE – Cíntia
JUAN ALBA – Marcos
ANA CAROLINA RAINHA – Jezebel
JEFFERSON BRASIL – Tairone
DANIELA PESSOA – Chiara
ANTONIO ROCHA FILHO – Amadeu
a menina ANA CLARA PINTOR – Gisele
e
ALEXANDRE LIUZZI – Lancelote (fiscal da prefeitura com quem Xepa discute, no início)
ALEXANDRA MARTINS – Carla Amorim (mulher que sabe do paradeiro do bebê de Pérola)
ALDO PERROTA – entrevista Dafne em seu programa de TV
ANINHA MELO – Fernanda (estudante da faculdade)
BRUNO PADILHA – psiquiatra de Rosália, por quem ela se interessa, no final
CLÁUDIO CINTI – deputado em uma reunião na casa de Feliciano
FERNANDA OLIVEIRA – Bruna (estudante da faculdade)
ISRAEL LUCERO como ele mesmo, canta no palco do programa O Melhor do Brasil, no final
JACK BERRAQUERO – bandido a procura das joias roubadas por Esmeraldino
JOÃO GARREL – Fuinha (agiota da Vila do Antigo Bonde)
JUAN ALBA – Marcos (amante de Rosália, no início)
JULIANA DAVID – Sophia (estudante da faculdade)
JÚNIOR VIEIRA – Vinícius (estudante da faculdade)
LETÍCIA BRAGA – Rosália (criança)
MARÍLIA MARTINS – Carla Amorim (ex-enfermeira do hospital onde Pérola deu à luz)
SARA SARRES – mulher de Marcos
RAPHAEL MONTAGNER – Leandro (estudante da faculdade)
RICARDO FERREIRA – Galeto (feirante da Vila do Antigo Bonde)
RITA CADILAC – Dagmar (Dona Escovona, mãe de Robério Escovão)
RODRIGO FARO como ele mesmo, recebe Dafne, Robério e Graxinha em seu programa O Melhor do Brasil, no final
YAGO LOPES – Alê (Alexandre, estudante da faculdade)
Adaptação
A peça de Pedro Bloch – na qual a novela foi inspirada – foi encenada pela primeira vez em 1952, estrelada por Alda Garrido – que, por sua vez, voltou a representar a protagonista na versão cinematográfica, em 1959, dirigida por Darcy Evangelista.
Dona Xepa já havia sido adaptada duas vezes na televisão: por Gilberto Braga, em 1977, com Yara Côrtes, e a novela Lua Cheia de Amor, escrita por Ricardo Linhares, Ana Maria Moretzsohn e Maria Carmem Barbosa, em 1991, com Marília Pêra.
Na Record TV, o adaptador Gustavo Reiz imprimiu modernidades à velha história de Dona Xepa. No início da trama, um vídeo de Xepa caiu no Youtube e viralizou. Teve mulher-fruta (nada mais condizente com a feira da novela), busca desmedida pela fama e especulação imobiliária. Coincidentemente, a novela das sete da Globo contemporânea, Sangue Bom, também trazia em seu entrecho mulher-fruta e busca pela fama.
O tema da abertura foi o mesmo da versão da Globo de 1977 – a música “A Xepa”, de Ruy Maurity e José Jorge, desta vez em uma gravação de Eliana de Lima.
Alguém assiste?
Dona Xepa foi uma novela simples, curta (apenas quatro meses no ar) e despretensiosa, mal repercutiu e só não passou batida porque era uma produção bem acabada e não teve maiores tropeços.
O maior buzz foi negativo: em junho de 2013, Maurício Mattar (do elenco da novela) pagou um mico ao vivo no Programa da Tarde, da Record, ao perguntar para a plateia se alguém assistia à Dona Xepa: o ator ficou no vácuo e a situação virou meme na internet.
Nem o “mistério da mulher da fronha rosa” e o reality show A Fazenda (que era exibido na sequência) conseguiram atrair público para Dona Xepa, que manteve a média final de sua antecessora no horário (Balacobaco): 7 pontos no Ibope da Grande São Paulo.
Elenco
Ângela Leal viveu a protagonista – a atriz já participara da versão da Globo, de 1977. Maurício Mattar e Guga Coelho, também do elenco desta Dona Xepa, haviam atuado em Lua Cheia de Amor.
Interpretar uma personagem como Dona Xepa sem cair na caricatura não é tarefa fácil. A própria Yara Côrtes (a mais icônica das Xepas da TV) foi criticada por isso. E Ângela Leal, a intérprete da vez, resvalou no exagero com sua Xepa – ainda que tenha tido ótimas e algumas emocionantes cenas.
O destaque da novela foi Thaís Fersoza, que viveu a vilã Rosália, a filha carreirista de Xepa. Um trabalho maduro e levado com muita segurança. Experiente, Thais fez bonito.
Por outro lado, os trejeitos afetados da perua Meg Pantaleão de Luiza Tomé e o seu bordão requentado “Adoooooro!” cansaram – o resultado final ficou tão over quanto o aplique de franja que a personagem usava, um adereço equivocado e desnecessário.
Como homenagem à atriz Yara Côrtes, intérprete da Xepa da década de 1970, na reta final, Gustavo Reiz batizou a filha de Rosália (Thaís Fersoza) de Yara.
Primeira novela da atriz Roberta Porthella.
Imagens
Dona Xepa foi a primeira novela da emissora gravada em 24 quadros por minuto, o que lhe conferiu uma aparência mais próxima do cinema.
A Record terceirizou a captação de imagens da cidade de São Paulo.
Reprises
A novela foi reapresentada entre 27/07 e 06/11/2015, às 15:45.
Também reprisada na Rede Família, canal pertencente à Record TV, de 08/11/2021 a 04/03/2022, em 85 capítulos, na faixa das 22 horas, com maratona aos domingos.
01. A XEPA – Eliana de Lima (tema de abertura)
02. NINGUÉM SEGURA ESSA MULHER – Katinguelê (tema de Meg)
03. TREM DAS ONZE – Demônios da Garoa (tema de Dorivaldo)
04. ELLE – Claudia Corona (tema de Isabela e Vitor Hugo)
05. MULHER BRASILEIRA – Rodrigo Vellozo (participação de Benito Di Paula) (tema de Dafne)
06. NOSSA CANÇÃO – Luiz Airão (tema romântico de Xepa)
07. INVEJOSO – Arnaldo Antunes (tema do Fraçois)
08. PERIGO – Nico Rezende (tema de Pérola)
09. MAGNETISMO – Ricardo e João Fernando (tema geral)
10. COISA BOA – Ataíde e Alexandre (participação de Maurício Mattar) (tema de Benito)
11. SÓ PRA PROVOCAR – Laire Moraes (tema de Robério)
12. TIRO AO ÁLVARO – Pitty (tema geral)
Ainda
TOP TOP – Zélia Duncan (tema da Rosália)
DIA ESPECIAL – Chimarruts (tema de Lis)
FAIRY TALE – College 11 (tema de Edson e Yasmin)
Tema de abertura: A XEPA – Eliana de Lima
Final de feira, legumes baratos
Meninos mulatos enrolam nos trapos
Os restos do prato
Que o dia-a-dia deixou pelo chão
Epa, mais vale uma xepa na boca da gente
Que o corpo doído, faminto, doente
E o amor esquecido de um coração
Que alegria!
Panela no fogo, barriga vazia
Que coisa boa!
Batata baroa, chuchú, agrião
Subiu ladeira moleque sabido, menino feliz
E quem é que diz
No bolso furado não leva um trocado
Nem vale um tostão…
Só foi fracasso pela autoria do Gustavo Reis. Quase nenhuma novela dele fez um grande sucesso. Apenas Escrava Mãe conseguiu um relativo sucesso. Atualmente está vivendo um naufrágio na sua estreia na Globo com Fuzuê. Além do remake ter sido um fracasso também foi mal no ibope. A Record vivia uma crise sem fim
Quem aí assiste Dona Xepa?
Eu achei uma novela boa, mas infelizmente não teve personagens negros
Gostaria de rever, porém a record não reprisaria…
Maurício Mattar: “Alguém aí está assistindo Dona Xepa?” plateia: SILÊNCIO TOTAL
Taís Fersoza brilhou!!
Ela honrou a personagem Rosália! Belíssimo trabalho de dramaturgia da Taís, que arrasa sempre!!