Sinopse

Dona Xepa (Ângela Leal) é uma humilde feirante que deseja que os seus filhos sejam doutores e tudo faz para isso. Madruga todos os dias para que Edson (Arthur Aguiar) e Rosália (Thaís Fersoza) tenham as oportunidades de vida que ela não teve. É a mãe que se realiza com a ascensão social dos filhos, mas quando eles crescem e é rejeitada por eles, quer alcançá-los sem saber como, metendo os pés pelas mãos.

Edson aproveitou o sacrifício da mãe: estuda e frequenta ambientes intelectualizados. Enquanto não consegue entrar no difícil mercado de trabalho, não aceita ser sustentado pela mãe, apesar do grande amor que nutre por ela. Inicia sua escalada profissional, o que vai aumentar seus conflitos com Xepa a afastá-lo mais dela. Sonha em morar sozinho e gostaria que ela encarasse com naturalidade essa aspiração.

Rosália é bem diferente do irmão. Aparentemente sensível e revoltada, é ambiciosa e interesseira e só tem um objetivo: a ascensão social para sair da vida pobre que leva. Para atingir essa meta, quer casar com um homem rico. É amada pelo vizinho, mas não aceita a ideia de unir-se a um rapaz pobre. Só pensa na riqueza e rejeita a mãe, embora no fundo queira melhorar a vida dela pelo jeito mais fácil.

Record – 22h30
de 21 de maio a 24 de setembro de 2013
91 capítulos

novela de Gustavo Reiz
baseada na peça homônima de Pedro Bloch
colaboração de Joaquim Assis, Valéria Motta, Mário Viana, Mariana Vielmond e Aline Garbati
direção de Régis Faria, Rudi Lagemann e Nádia Bambirra
direção geral de Ivan Zettel

Novela anterior no horário
Balacobaco

Novela posterior
Pecado Mortal

ÂNGELA LEAL – Dona Xepa (Carlota Losano)
THAÍS FERSOZA – Rosália
ARTHUR AGUIAR – Edson
JOSÉ DUMONT – Esmeraldino
MÁRCIO KIELING – Victor Hugo
GABRIELA DURLO – Isabela
LUIZA TOMÉ – Meg Pantaleão
MAURÍCIO MATTAR – Júlio César Pantaleão
ANGELINA MUNIZ – Pérola
GIUSEPPE ORISTÂNIO – Deputado Feliciano Castro
GABRIEL GRACINDO – François
BIANCA CASTANHO – Beatriz
RAYANA CARVALHO – Lis
ÍTALA NANDI – Madame Catherine
PÉROLA FARIA – Yasmin
EMÍLIO DANTAS – Benito
BEMVINDO SEQUEIRA – Dorivaldo
MARCELA MUNIZ – Geni
BIA MONTEZ – Matilda
ROBERTHA PORTELLA – Dafne
ALEXANDRE BARILARI – Robério Escovão
AUGUSTO GARCIA – Graxinha
ALESSANDRA LOYOLA – Camila
MANOELITA LUSTOSA – Teresinha Cho
CASTRINHO – Ângelo
JENNIFER SETTI – Inocência
ANA ZETTEL – Lady (Leidiane Maria)
ARACY CARDOSO – Dona Alda
GUGA COELHO – Professor Miro
DIEGO MONTEZ – Rick
MANUELA DUARTE – Cíntia
JUAN ALBA – Marcos
ANA CAROLINA RAINHA – Jezebel
JEFFERSON BRASIL – Tairone
DANIELA PESSOA – Chiara
ANTONIO ROCHA FILHO – Amadeu

a menina ANA CLARA PINTOR – Gisele

e
ALEXANDRE LIUZZI – Lancelote (fiscal da prefeitura com quem Xepa discute, no início)
ALEXANDRA MARTINS – Carla Amorim (mulher que sabe do paradeiro do bebê de Pérola)
ALDO PERROTA – entrevista Dafne em seu programa de TV
ANINHA MELO – Fernanda (estudante da faculdade)
BRUNO PADILHA – psiquiatra de Rosália, por quem ela se interessa, no final
CLÁUDIO CINTI – deputado em uma reunião na casa de Feliciano
FERNANDA OLIVEIRA – Bruna (estudante da faculdade)
ISRAEL LUCERO como ele mesmo, canta no palco do programa O Melhor do Brasil, no final
JACK BERRAQUERO – bandido a procura das joias roubadas por Esmeraldino
JOÃO GARREL – Fuinha (agiota da Vila do Antigo Bonde)
JUAN ALBA – Marcos (amante de Rosália, no início)
JULIANA DAVID – Sophia (estudante da faculdade)
JÚNIOR VIEIRA – Vinícius (estudante da faculdade)
LETÍCIA BRAGA – Rosália (criança)
MARÍLIA MARTINS – Carla Amorim (ex-enfermeira do hospital onde Pérola deu à luz)
SARA SARRES – mulher de Marcos
RAPHAEL MONTAGNER – Leandro (estudante da faculdade)
RICARDO FERREIRA – Galeto (feirante da Vila do Antigo Bonde)
RITA CADILAC – Dagmar (Dona Escovona, mãe de Robério Escovão)
RODRIGO FARO como ele mesmo, recebe Dafne, Robério e Graxinha em seu programa O Melhor do Brasil, no final
YAGO LOPES – Alê (Alexandre, estudante da faculdade)

Adaptação

A peça de Pedro Bloch – na qual a novela foi inspirada – foi encenada pela primeira vez em 1952, estrelada por Alda Garrido – que, por sua vez, voltou a representar a protagonista na versão cinematográfica, em 1959, dirigida por Darcy Evangelista.

Dona Xepa já havia sido adaptada duas vezes na televisão: por Gilberto Braga, em 1977, com Yara Côrtes, e a novela Lua Cheia de Amor, escrita por Ricardo Linhares, Ana Maria Moretzsohn e Maria Carmem Barbosa, em 1991, com Marília Pêra.

Na Record TV, o adaptador Gustavo Reiz imprimiu modernidades à velha história de Dona Xepa. No início da trama, um vídeo de Xepa caiu no Youtube e viralizou. Teve mulher-fruta (nada mais condizente com a feira da novela), busca desmedida pela fama e especulação imobiliária. Coincidentemente, a novela das sete da Globo contemporânea, Sangue Bom, também trazia em seu entrecho mulher-fruta e busca pela fama.

O tema da abertura foi o mesmo da versão da Globo de 1977 – a música “A Xepa”, de Ruy Maurity e José Jorge, desta vez em uma gravação de Eliana de Lima.

Alguém assiste?

Dona Xepa foi uma novela simples, curta (apenas quatro meses no ar) e despretensiosa, mal repercutiu e só não passou batida porque era uma produção bem acabada e não teve maiores tropeços.

O maior buzz foi negativo: em junho de 2013, Maurício Mattar (do elenco da novela) pagou um mico ao vivo no Programa da Tarde, da Record, ao perguntar para a plateia se alguém assistia à Dona Xepa: o ator ficou no vácuo e a situação virou meme na internet.

Nem o “mistério da mulher da fronha rosa” e o reality show A Fazenda (que era exibido na sequência) conseguiram atrair público para Dona Xepa, que manteve a média final de sua antecessora no horário (Balacobaco): 7 pontos no Ibope da Grande São Paulo.

Elenco

Ângela Leal viveu a protagonista – a atriz já participara da versão da Globo, de 1977. Maurício Mattar e Guga Coelho, também do elenco desta Dona Xepa, haviam atuado em Lua Cheia de Amor.

Interpretar uma personagem como Dona Xepa sem cair na caricatura não é tarefa fácil. A própria Yara Côrtes (a mais icônica das Xepas da TV) foi criticada por isso. E Ângela Leal, a intérprete da vez, resvalou no exagero com sua Xepa – ainda que tenha tido ótimas e algumas emocionantes cenas.

O destaque da novela foi Thaís Fersoza, que viveu a vilã Rosália, a filha carreirista de Xepa. Um trabalho maduro e levado com muita segurança. Experiente, Thais fez bonito.

Por outro lado, os trejeitos afetados da perua Meg Pantaleão de Luiza Tomé e o seu bordão requentado “Adoooooro!” cansaram – o resultado final ficou tão over quanto o aplique de franja que a personagem usava, um adereço equivocado e desnecessário.

Como homenagem à atriz Yara Côrtes, intérprete da Xepa da década de 1970, na reta final, Gustavo Reiz batizou a filha de Rosália (Thaís Fersoza) de Yara.

Primeira novela da atriz Roberta Porthella.

Imagens

Dona Xepa foi a primeira novela da emissora gravada em 24 quadros por minuto, o que lhe conferiu uma aparência mais próxima do cinema.

A Record terceirizou a captação de imagens da cidade de São Paulo.

Reprises

A novela foi reapresentada entre 27/07 e 06/11/2015, às 15:45.

Também reprisada na Rede Família, canal pertencente à Record TV, de 08/11/2021 a 04/03/2022, em 85 capítulos, na faixa das 22 horas, com maratona aos domingos.

xepa13t
01. A XEPA – Eliana de Lima (tema de abertura)
02. NINGUÉM SEGURA ESSA MULHER – Katinguelê (tema de Meg)
03. TREM DAS ONZE – Demônios da Garoa (tema de Dorivaldo)
04. ELLE – Claudia Corona (tema de Isabela e Vitor Hugo)
05. MULHER BRASILEIRA – Rodrigo Vellozo (participação de Benito Di Paula) (tema de Dafne)
06. NOSSA CANÇÃO – Luiz Airão (tema romântico de Xepa)
07. INVEJOSO – Arnaldo Antunes (tema do Fraçois)
08. PERIGO – Nico Rezende (tema de Pérola)
09. MAGNETISMO – Ricardo e João Fernando (tema geral)
10. COISA BOA – Ataíde e Alexandre (participação de Maurício Mattar) (tema de Benito)
11. SÓ PRA PROVOCAR – Laire Moraes (tema de Robério)
12. TIRO AO ÁLVARO – Pitty (tema geral)

Ainda
TOP TOP – Zélia Duncan (tema da Rosália)
DIA ESPECIAL – Chimarruts (tema de Lis)
FAIRY TALE – College 11 (tema de Edson e Yasmin)

Tema de abertura: A XEPA – Eliana de Lima

Final de feira, legumes baratos
Meninos mulatos enrolam nos trapos
Os restos do prato
Que o dia-a-dia deixou pelo chão

Epa, mais vale uma xepa na boca da gente
Que o corpo doído, faminto, doente
E o amor esquecido de um coração

Que alegria!
Panela no fogo, barriga vazia
Que coisa boa!
Batata baroa, chuchú, agrião
Subiu ladeira moleque sabido, menino feliz
E quem é que diz
No bolso furado não leva um trocado
Nem vale um tostão…

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