Sinopse
O excêntrico milionário Durval Pontes de Albuquerque morre e deixa um testamento tão surpreendente quanto enigmático. Uma parte significativa da sua fortuna – 75 milhões de cruzeiros – deve ser dividida em partes iguais entre cinco mulheres: Teresa, Patrícia, Isadora, Ilka e Gilda. Porém, para terem direito à herança, elas deverão cumprir tarefas que vão contra os interesses da maioria delas.
Teresa, de origem humilde, luta para ascender na vida. Para receber a herança, tem que se formar em Jornalismo, curso que está concluindo. A intenção de Durval era não só premiá-la por seus méritos como por sua capacidade de influenciar as demais herdeiras. Aparentemente com a condição mais fácil, tem a posição mais difícil, pois tomará para si o encargo de ver cumpridas as exigências de Durval.
Patrícia, sobrinha de Durval, vive com a madrasta Walkíria e jamais gozou da simpatia do tio, o que a impediu de estabelecer uma maior aproximação com ele. A condição para que ela tenha direito à herança é o casamento com um homem que não ama: Rafael, funcionário de confiança de Durval, apaixonado por ela. O velho via nele suas próprias qualidades e estipulou a condição para que o rapaz ficasse com a fábrica e a mulher amada.
Isadora é modelo, atriz e cantora talentosa. Sua condição para herdar a fortuna de Durval é desligar-se da vida artística e das badalações da cidade grande para viver na fazenda do velho, a Santa Cruz, no pequeno e pacato município de Buriti, interior de São Paulo, parte reservada a ela no testamento. Entretanto, Isadora perderá a herança ao menor sinal de retorno a algo que se assemelhe a um palco.
Ilka nunca tinha ouvido falar de Durval quando soube do testamento. Sua condição para receber o dinheiro é morar com sua mãe, com quem não tem a menor afinidade e que não vê há anos: a tresloucada Kiki Vassourada, antiga paixão de Durval. Ilka foi abandonada pela mãe ainda criança, sendo criada pelo pai, já falecido. Casada com o ambicioso Otávio, ela atravessa uma fase difícil no casamento.
Gilda é uma mulher serena e segura, realizada no casamento e vivendo no exterior. Ela ignora as razões que teriam levado Durval a incluí-la no testamento. Mora na França com o marido André e a filha Wânia. Teve um relacionamento superficial com Durval no passado, quando ele era sócio de seu marido em um negócio. Para receber a herança, Gilda terá que se mudar definitivamente para o Brasil.
ARACY BALABANIAN – Teresa Rodrigues
WALMOR CHAGAS – Murilo Prado
SANDRA BRÉA – Isadora Ferreira da Cruz
JOSÉ WILKER – Fábio Rossi
RENATA SORRAH – Patrícia Braga de Albuquerque
JOSÉ AUGUSTO BRANCO – Rafael Lara Ribeiro
YONÁ MAGALHÃES – Walkíria Albuquerque
ALTAIR LIMA – João Paulo Colaço
ZILKA SALABERRY – Kiki Vassourada (Ilka Silveira)
MARIA LUIZA CASTELLI – Ilka Silveira da Cunha
OSWALDO LOUREIRO – Otávio Alves da Cunha
NÍVEA MARIA – Wânia Diniz Steiner
CÉLIA BIAR – Gilda Diniz Steiner
ANTÔNIO PATIÑO – André Steiner
FLÁVIO MIGLIACCIO – Sérgio
FAUSTO ROCHA JR. – Mário
CASTRO GONZAGA – Onofre Rodrigues
PAULO GONÇALVES – Camilo Diniz
HELOÍSA HELENA – Florinda
HEMÍLCIO FRÓES – Alfredo
RENATA FRONZI – Suzana
LEILA CRAVO – Carmem
JACYRA SILVA – Lola
JUAN DANIEL – Jofre
ILVA NIÑO – Jandira
AURICÉIA ARAÚJO – Madalena
MARGARETH BOURY – Márcia
PATRÍCIA BUENO – Mônica
a menina CLÁUDIA LOUREIRO – Marcela
e
ANTÔNIO VICTOR – amigo de Onofre
BETTY SAADY
CLEMENTINO KELÉ – Barcelos
DJAVAN como ele mesmo, cantando no conjunto de Osmar Milito, na boate 706
ESTELITA BELL – amiga de Kiki Vassourada
FERNANDO JOSÉ – advogado de Ilka
FERNANDO VILLAR – diretor do sanatório
GONZAGA VASCONCELLOS – fazendeiro
JOSÉ MARIA MONTEIRO – Olegário
LUIZ DELFINO – Silvio
OSMAR MILITO E SEU CONJUNTO como eles mesmos, cantando na boate 706
PAULO CASTELLI – Paulinho (secretário de Murilo)
SÉRGIO DE OLIVEIRA – advogado do testamento das herdeiras
TALITA DE MIRANDA
WALTER MATESKO – médico
O excêntrico milionário Durval Pontes de Albuquerque morre e deixa um testamento tão surpreendente quanto enigmático. Uma parte significativa da sua fortuna – 75 milhões de cruzeiros – deve ser dividida em partes iguais entre cinco mulheres: Teresa (Aracy Balabanian), Patrícia (Renata Sorrah), Isadora (Sandra Bréa), Ilka (Maria Luiza Castelli) e Gilda (Célia Biar). Porém, para terem direito à herança, elas deverão cumprir tarefas que vão contra os interesses da maioria delas.
– núcleo de TERESA RODRIGUES (Aracy Balabanian), moça inteligente e ambiciosa. Nascida pobre, luta com dificuldade para atingir um bom nível de vida. Para receber a herança, tem que se formar em Jornalismo, curso que está concluindo. A intenção de Durval era não só premiá-la por seus méritos como por sua capacidade de influenciar as demais possíveis herdeiras, já que elas somente receberão a herança quando todas as condições forem cumpridas. Aparentemente com a condição mais fácil, tem a posição mais difícil, pois tomará para si o encargo de ver cumpridas as exigências de Durval:
o pai ONOFRE (Castro Gonzaga), cresceu na fazenda de Durval, chegando a administrador da propriedade. Humilde e servil, orgulha-se da ascensão da filha na cidade
o patrão MURILO PRADO (Walmor Chagas), editor de uma importante revista carioca, famoso por suas aventuras amorosas. Inteligente e um pouco cínico, frequenta a alta sociedade e tem um bloqueio em relação a casamento. Como editor da revista, tem interesse profissional no caso das herdeiras. Acaba apaixonado por Teresa.
a empregada de Murilo, MADALENA (Auricéia Araújo)
– núcleo de PATRÍCIA BRAGA DE ALBUQUERQUE (Renata Sorrah), sobrinha de Durval, filha do falecido irmão dele. Vive com a madrasta e jamais gozou da simpatia do tio, o que a impediu de estabelecer uma maior aproximação com ele. A condição imposta para que ela tenha direito à herança é o casamento com um homem que não ama:
a madrasta WALKÍRIA (Yoná Magalhães), mulher ambiciosa, vidrada em dinheiro. A morte súbita do marido, pai de Patrícia, a leva a enfrentar dificuldades para manter o nível de vida do passado, e isso se torna uma obsessão. No início está envolvida amorosamente a Murilo
o amigo RAFAEL (José Augusto Branco), diretor da fábrica de Durval, apaixonado por ela. Forte, seguro e inteligente, Durval via nele suas próprias qualidades e uma grande potencialidade de trabalho. Durval estipulou a condição de que Patrícia se casasse com ele para que o rapaz, seu empregado fiel e o filho que ele gostaria de ter tido, ficasse com a fábrica e com a mulher amada. No fim da trama, descobre que é filho de Durval
JOÃO PAULO COLAÇO (Altair Lima), produtor musical, dono de uma gravadora. Homem por quem Walkíria se apaixona.
– núcleo de ISADORA FERREIRA DA CRUZ (Sandra Bréa), modelo, atriz e cantora. Sua condição para herdar a fortuna é desligar-se da vida artística e das badalações da cidade grande para mudar-se para a fazenda Santa Cruz, no pequeno e pacato município de Buriti, interior de São Paulo, que pertencera a Durval, parte reservada a ela no testamento. Contudo perderá a herança se insistir em sua carreira. É assediada por João Paulo para abandonar a herança para lançar-se na carreira musical. No fim da trama, descobre que é filha Durval:
o amado FÁBIO ROSSI (José Wilker), idealista, cheio de ambições, com vontade de vencer. Otimista mesmo nos momentos adversos, determinado a se tornar um diretor de cinema. Tem situação financeira precária, e é pouco sensível às vantagens do dinheiro. No início, namora Patrícia, que o deixa por causa de sua missão na herança
o amigo de Fábio, SÉRGIO (Flávio Migliaccio), sujeito desengonçado, alto astral, fala o que pensa e vive no no mundo da lua
a amiga CARMEM (Leila Cravo), com quem divide um apartamento.
– núcleo de ILKA SILVEIRA DA CUNHA (Maria Luiza Castelli), mulher insegura, conservadora e arraigada a convenções sociais. Casada, com uma filha pequena, enfrenta problemas em seu casamento. Nunca tinha ouvido falar de Durval quando soube do testamento. Sua condição para receber o dinheiro é levar para dentro de casa sua mãe, com quem nunca teve afinidade e que não vê há muitos anos. Ilka é filha de uma amiga de Durval e foi abandonada pela mãe ainda criança, sendo criada pelo pai, já falecido:
a mãe KIKI VASSOURADA (Zilka Sallaberry), a grande paixão da vida de Durval, que conheceu no início da década de 1930. A obsessão dele era enquadrar a amiga em uma vida familiar normal, mas Kiki sempre teve grande relutância em se fixar em qualquer lugar, mesmo por curto período de tempo. De temperamento livre e atitudes imprevisíveis, Kiki saiu pelo mundo entregando-se às alegrias da vida, disposta a curtir cada momento, sem se preocupar com as consequências
o marido OTÁVIO (Oswaldo Loureiro), homem ambicioso e mau-caráter, negligencia a mulher. Com a possibilidade de enriquecimento súbito, volta a ser, aparentemente, um homem carinhoso, mas ela não acredita na mudança do marido. Profissional em ascensão, é o típico nouveau riche
a filha MARCELA (Cláudia Loureiro), garota viva e engraçada, mas rebelde. Encontra afinidades inesperadas na avó que mal conhecia
a empregada LOLA (Jacyra Silva), encanta-se por Sérgio.
– núcleo de GILDA DINIZ STEINER (Célia Biar), mulher serena e segura, realizada no casamento e estabelecida no exterior. Ignora as razões que teriam levado Durval a incluí-la no testamento. Mora na França com o marido e a filha. Teve um relacionamento superficial com Durval na década de 1950, quando ele era sócio de seu marido em um negócio. Para receber a herança, tem de permanecer definitivamente no Brasil:
o marido ANDRÉ (Antônio Patiño), ambicioso, fica muito tentado ao saber da herança. Menos ligado à mulher do que ela a ele. Envolvente e esperto, experimenta várias formas de voltar ao Brasil sem ser identificado
a filha WÂNIA (Nívea Maria), vem da França com a mãe por causa da herança de Durval. Carente de segurança financeira, dada à atual má fase dos negócios do pai. A vida atribulada lhe deu grande instabilidade emocional, com necessidade de fincar o pé em algo sólido. Busca solução para o conflito de ficar no Brasil ou voltar para a França
o irmão CAMILO (Paulo Gonçalves) e sua mulher FLORINDA (Heloísa Helena), que formam um casal de trambiqueiros, loucos para por as mãos na herança de Durval.
– demais personagens:
ALFREDO (Hemílcio Fróes), amigo de Durval interessado em que as herdeiras não cumpram suas tarefas, para que a herança seja totalmente direcionada à Fundação de Incremento Agrícola, à qual ele preside
SUZANA (Renata Fronzi), ex-amante de Durval, tenta matar Isadora e Rafael quando descobre que eles são filhos legítimos do falecido milionário.
Inspiração
Corrida do Ouro reproduzia na TV o esquema das comédias sofisticadas do cinema americano dos anos 1930 e 1940. O enredo, sugerido por Daniel Filho aos autores Lauro César Muniz e Gilberto Braga, foi inspirado em um fato real ocorrido na Inglaterra, onde um milionário deixara uma fortuna para sua secretária, impondo insólitas condições para o recebimento da herança.
A novela pretendia discutir até que ponto o dinheiro seria capaz de modificar as convicções das pessoas, uma vez que as cláusulas do testamento contrariavam as personalidades das herdeiras. Os obstáculos que cada uma delas encontrava para cumprir o testamento forneciam os ganchos da trama. Na história, a quantia deixada às herdeiras era de 75 milhões de cruzeiros (15 milhões para cada uma das cinco), uma fortuna em 1974.
Parceria
Primeira novela assinada por Gilberto Braga, que a escreveu com a parceria de Lauro César Muniz. Gilberto só havia roteirizado Casos Especiais e a ideia da Globo era prepará-lo para escrever novelas.
A trama era uma encomenda da emissora e a proposta feita a Lauro é que ele iniciaria a novela dando todo o suporte a Gilberto e, em determinado momento, a abandonaria para dar início ao seu novo projeto, a próxima novela das oito, Escalada – que estreou quando Corrida do Ouro estava em suas últimas semanas, concluída por Gilberto.
Gilberto Braga também escreveu a quatro mãos a novela Bravo!, pouco tempo depois (1975-1976), com Janete Clair – e também a concluiu sozinho, já que a autora foi acionada às pressas para escrever a nova novela das oito, Pecado Capital.
Dificuldades
Ao livro “Autores, Histórias da Teledramaturgia”, do Projeto Memória Globo, Gilberto Braga comentou sobre suas primeiras dificuldades como escritor de novela:
“Daniel [Filho] teve a ideia de fazer uma parceria minha com o Lauro César Muniz, um autor consagrado, de muita técnica (…) Como eu não sabia nada sobre novela de televisão, o Daniel colocou o Lauro comigo nos primeiros 30 capítulos, para ele me passar o conhecimento e eu continuar sozinho. Enquanto eu estava com o Lauro, estava dando certo. Gostei, achei ótimo. Quando fiquei sozinho, entrei em pânico. Não conseguia escrever seis capítulos por semana (…) Isso me deixava apavorado, porque a novela ia parar.”
“Eu procurava o Daniel e falava ‘Não sei fazer isso, arranja outra pessoa para me substituir, porque eu vou embora.’ (…) Daniel me embromava e chamava o Lauro, que ficava escrevendo a novela durante dois, três dias. (…) Então eu voltava e escrevia com ele. Essa bagunça durou um bom tempo.”
Gilberto contou então com a colaboração informal de Janete Clair (que na época escrevia a novela das oito, Fogo Sobre Terra)
“Até que o Daniel comentou o assunto com a Janete, que eu não conhecia pessoalmente, e ela disse que via a novela e que gostava do que eu fazia, especialmente dos diálogos. E se ofereceu para me ajudar. (…) Tivemos um primeiro encontro e combinamos de nos reunir uma vez por semana, para ela me ajudar a fazer a história. Ela comentaria os meus capítulos. Da metade para o final, foi assim que Corrida do Ouro foi feita. Para mim, foi um aprendizado espetacular.
A certa altura da trama, Gilberto não estava satisfeito com as cenas que escrevia para Patrícia e Rafael, personagens de Renata Sorrah e José Augusto Branco. Ela interpretava a herdeira que tinha que se casar sem amor, e ele, o noivo desprezado. Cada vez que entravam no ar, a cena era sempre a mesma: o galã demonstrava o seu amor e a mocinha o rejeitava. O autor achava chato, o público achava chatíssimo.
Janete Clair então sugeriu: “Troca. Faz com que ele deixe de gostar dela, e ela se apaixone desesperadamente por ele.”
Gilberto achou a ideia tão absurda que nem retrucou. Porém, seguiu o conselho. E deu certo. (“Janete Clair, a Usineira de Sonhos”, Artur Xexéo)
Elenco
Destaque para Kiki Vassourada, personagem de Zilka Salaberry, uma coroa motoqueira, antimãe, que conseguiu suplantar todo o time de belas mulheres que compunham o elenco. Kiki abandonou a filha com alguns meses de vida porque não queria abrir mão de sua liberdade, e retornava trinta anos depois pilotando uma motocicleta.
Sandra Bréa, por sua atuação em Corrida do Ouro como a cantora e atriz Isadora, foi premiada com o Troféu Imprensa de “destaque feminino” na televisão em 1974 – apesar de já ter tido um grande destaque no ano anterior, como Telma Paraguaçu da novela O Bem-Amado.
José Wilker contou ao projeto Memória Globo que o papel de Fábio na novela influiu negativamente em uma peça que fazia na época, na qual se vestia de mulher. O público ia ao teatro esperando encontrar um galã e saía desapontado.
Corrida do Ouro não era uma boa lembrança para José Wilker. Em entrevista à revista Contigo (edição 167, de 1975), após o término da novela, o ator reclamou de seu personagem, Fábio.
“Desde o começo da novela, eu não escondia o meu descontentamento em interpretar o Fábio. Era um papel pequeno, que não contribuía em nada para a minha carreira.”
Wilker afirmou que os papeis masculinos de Corrida do Ouro só serviam de apoio às protagonistas femininas.
“No caso de Fábio, por exemplo, ele era um cara tão vazio que não dava a mínima chance de ser explorado. Por isso não ligo quando as pessoas me criticam dizendo que não dei o máximo de interpretação para o Fábio. Na verdade, fui até onde o personagem permitia.” (pesquisa: Sebastião Uellington Pereira)
Estreia na Globo do ator Walmor Chagas. Única novela na Globo do ator Altair Lima.
No elenco, a presença de Cláudia Loureiro (com 10 anos na época), filha do ator Oswaldo Loureiro, vivendo a filha dele também na trama. Corrida do Ouro foi a sua única novela.
Caracterizações e figurinos
Na época, Zilka Salaberry emendou duas novelas das sete: Supermanoela e Corrida do Ouro. Quando começou a gravar a nova trama, a atriz ainda ostentava o corte de cabelo curto remanescente do seu trabalho anterior. Zilka contou que a inspiração para o cabelo encaracolado de Kiki Vassourada, de Corrida do Ouro, foi o penteado que Tarcísio Meira havia usado em O Semideus, a novela das oito da época.
Daniel Filho pediu que fosse confeccionada para Zilka uma peruca curta, que se ajustava à cabeça como um gorro. O diretor também recomendou que a atriz usasse suas próprias roupas em cena, especialmente as túnicas com bordados que ela costumava vestir na época. (Site Memória Globo)
Abertura e trilha sonora
A abertura marcou época na televisão: uma animação mostrava bonequinhos correndo atrás de uma moeda. Um calhambeque era a marca registrada da novela. O desenho animado foi produzido em São Paulo pela Blimp Film, assinado por Joaquim 3 Rios, expoente da animação publicitária no Brasil.
A trilha nacional foi encomendada ao cantor e compositor Zé Rodrix, que assinou a composição de todas as faixas. A canção de abertura da novela foi interpretada pelo Coral da Som Livre.
Sandra Bréa, que na novela vivia a cantora e atriz Isadora, gravou para a trilha nacional de Corrida do Ouro a música “Nem Pensar”, tema de sua personagem. O então iniciante cantor Djavan apareceu no primeiro capítulo da novela, cantando com Isadora a música “Maracatu Atômico” (de Jorge Mautner e Nelson Jacobina) na boate 706, no Leblon, Rio de Janeiro, onde ele se apresentava na vida real como integrante do conjunto musical do pianista Osmar Milito.
No último capítulo, Sandra retornou à 706 para cantar o tema de abertura, encerrando a novela. Djavan voltou a aparecer, se apresentando na boate 706, na novela Anjo Mau, em 1976.
Exibição
Corrida do Ouro estreou em São Paulo no mesmo dia (01/07/1974) em que a TV Tupi estreava a novela concorrente no horário das sete, A Barba Azul, de Ivani Ribeiro.
Corrida do Ouro foi disponibilizada no Globoplay (plataforma streaming da Globo) em 22/07/2024, dentro do Projeto Fragmentos, com os 6 capítulos que restaram nos arquivos da Globo: o primeiro, o segundo, o 89, o 90, o penúltimo (177) e o último (178).
E mais
Texto narrado na apresentação das cenas do próximo capítulo da novela (prática comum na época):
“Estão todos correndo atrás de muito dinheiro. Afinal, onde está essa tal felicidade? As ambições se multiplicam na corrida do ouro!”
Trilha sonora nacional
01. GERAÇÕES – Zé Rodrix (tema de Kiki Vassourada e Marcela)
02. QUEM SABE – Montesuma (tema de Patrícia)
03. LARANJA DA TERRA – Eustáquio Sena (tema da Fazenda Santa Cruz)
04. GILDA – Orquestra Som Livre (tema de Gilda)
05. OLHO D’AGUA – Golden Boys e Trio Esperança (tema da Fazenda Santa Cruz)
06. CORRIDA DO OURO – Coral Som Livre (tema de abertura)
07. TERESA – Betinho (tema de Teresa)
08. NEM PENSAR – Sandra Bréa (tema de Isadora)
09. A BEM DA VERDADE – Edy Star
10. AGORA – Orquestra Som Livre (tema de Kiki Vassourada)
11. INDECISÃO – Betinho (tema de Fábio)
12. GRANIZO – Orquestra Som Livre (tema de Walkíria)
Sonoplastia: Roberto Rosemberg
Músicas e arranjos: Zé Rodrix
Coordenação geral: João Araújo
Produção musical: Guto Graça Mello e Eustáquio Sena
Trilha sonora internacional
01. JEUX INTERDITS – Paul Mauriat (tema de Isadora e Fábio)
02. FEELINGS – Morris Albert (tema de Wânia)
03. YOU’VE GOT MY SOUL ON FIRE – The Temptations
04. NOI DUE PER SEMPRE – Wess & Dori Ghezzi (tema de Walkíria)
05. WATERBIRD – The LTG Exchange
06. LET’S PUT IT ALL TOGETHER – The Stylistics (tema de Patrícia e Rafael)
07. THE NEED TO BE – Jim Weatherly
08. PINKY – Elton John
09. SHE – Charles Aznavour
10. SEXY, SEXY, SEXY – James Brown
11. YOU DON’T CARE – The Dells (tema de Isadora)
12. BETWEEN HER GOODBYE AND MY HELLO – Gladys Knight & The Pips (tema de Teresa e Murilo)
13. BROKEN HOME – The Whispers
14. THE REASON WE LIVE – Jim Grady (tema de Walkíria e João Paulo)
Ainda
JULIA – Ramsey Lewis
OKLAHOMA CRUDE – Henry Mancini (toca ao fundo no texto das cenas do próximo capítulo)
Tema de abertura: CORRIDA DO OURO – Coral Som Livre
Muito dinheiro fora de hora
Sempre modifica as pessoas
Muito dinheiro
Quando chega ninguém espera
Modifica todas as coisas
Muito dinheiro quando pinta na vida
Modifica tudo na vida
Mas as pessoas vivem todas
Correndo atrás de muito dinheiro
Muito dinheiro fora de hora
Dá um revertério na cuca
Muito dinheiro
Prá quem não sabe o que é dinheiro
Põe toda a moçada maluca
Muito dinheiro no bolso e no banco
É pior do que pouco dinheiro
Mas as pessoas vivem todas
Correndo atrás de muito dinheiro
Quem corre atrás do tesouro
Da mina de ouro
Tem conta secreta no banco suíço
Se esquece que a vida
Existe só prá ser vivida
Quem pensa que a grana
Que pinta de graça
Resolve os problemas
Do amor e da vida
Perdeu a sua chance
De ter a tal felicidade
De verdade!…
Minha mãe me mostrou um livro de registros quando bebê, como aqueles que relatam o que acontecia quando bebe, como meu primeir dente nascendo ou a minhas primeiras falas, entre outros, e eu vi que na abertura da Corrida do Ouro, eu balançava no berço me diveretindo com os bonequinhos correndo atrás da moeda, representando o dinheiro em que eles corriam atrás. Foi a minha primeira traquinagem que minha mae fez questão de relatas. Infelizmente nao tenho mais este livrinho, mas a história relatada ficou na minha memória. Bacana.
Nunca esqueço da abertura, desenho animado muito divertido e a música feita por Zé Rodrix especialmente pra novela, ficava mudando de canal a toda hora pra ver as duas , Barba Azul na Tupi e Corrida do Ouro na Globo, o ruim é que não tinha controle remoto. Barba Azul era bem melhor.
Durval é apenas citado, pq o personagem já havia morrido. Ele não aparece na novela. Tá tudo detalhado na aba Núcleos, que inclusive tem a descrição do personagem do Walmor Chagas.
Nilson, na sinopse está escrito que o milionário chama-se Durval, porém, não encontrei, junto ao elenco, o nome do personagem. Esse Durval seria o Walmor Chagas, que na lista está como Murilo?
Curioso como a janete supervisionou o texto e como o Gilberto teve muitos problemas antes da entrada dela. Espero que isso seja contado na minissérie janete
A BARBA AZUL , da TUPI, estreou no mesmo dia….era bem melhor, bem superior…..mas o ibope a favor da Globo sempre lá em cima….já dominava a audiência, já se tornara um vício , mesmo com produções menos atrativas as novelas nunca perdiam em audiência para a Tupi, mas a concorrente no horário foi quem entrou para a história…curioso, não????
Título bem escolhido, a trama parecia boa e a trilha sonora internacional só tem clássico. Uma pena não ter tido a oportunidade de assistir.