Cassiano Gabus Mendes

Paulistano, Cassiano Gabus Mendes nasceu em 29 de julho de 1929. Acima de tudo, um homem de televisão, veículo onde praticamente fez de tudo. Filho do radialista Otávio Gabus Mendes, Cassiano esteve presente na TV Tupi por ocasião de sua inauguração, em 1950.

Neste mesmo ano – seguindo o exemplo do pai, que adaptava filmes para o rádio -, escreveu A Vida por um Fio para a TV. Foi um dos idealizadores do memorável TV de Vanguarda, marco da televisão brasileira nos anos 1950. Outra importante contribuição: a criação da série Alô, Doçura!, que colocava o casal Eva Wilma e John Herbert em cena, duas vezes por semana, às voltas com problemas conjugais e amorosos. Um sucesso que percorreu anos.

Em 1968, como superintendente da TV Tupi, reformulou a telenovela brasileira ao desenvolver sua ideia maior: Beto Rockfeller, escrita por Bráulio Pedroso, que soube aproveitar com talento as modernidades idealizadas. Em 1976, Cassiano estreou como novelista na TV Globo com Anjo Mau, um sucesso. Não se desligou mais da emissora, consagrando-se com frequentes e charmosos sucessos no horário das sete: Locomotivas, Elas por Elas, Ti-ti-ti, Brega e Chique, Que Rei Sou Eu? e outros.

Era pai dos atores Tato e Cássio Gabus Mendes e cunhado do ator Luis Gustavo, para quem criou tipos memoráveis em novelas: Beto Rockfeller, o cego Léo de Te Contei?, o detetive Mário Fofoca de Elas por Elas, o costureiro Victor Valentim de Ti-ti-ti, e outros. Em 1992, Cassiano participou como ator da novela Perigosas Peruas, escrita por seu ex-pupilo Carlos Lombardi.

Seu último trabalho foi a novela O Mapa da Mina, em 1993. Cassiano faleceu de infarto do miocárdio em 18 de agosto de 1993, faltando menos de três semanas para o término de sua novela.

Para ler: “Gabus Mendes, Grandes Mestres do Rádio e Televisão”, Elmo Francfort.