Sinopse

Despertar as mais diversas sensações nos que a cercam, dentro da sua completa inocência, parece ser o destino da pequena Heleninha, desde o seu nascimento, que acontece no carro de Tonico Ladeira, quando a quase mamãe Ana pega uma estratégica carona para fugir da polícia. Estava selada a união de Ana e Tonico. Ela, uma moça corajosa e determinada, ele, um sujeito inseguro e desajeitado, mas irritadiço e mandão. De motorista a parteiro, Tonico fica irremediavelmente ligado a Heleninha, ainda mais quando Ana desaparece.

Ana acaba por repetir a história de sua mãe Laura, que também a abandonou no nascimento. Porém, Laura está disposta a conseguir para si a guarda da pequena Helena, sua neta. Novamente o destino dá uma ajudinha, pois mais tarde Ana decide deixar o neném na porta da casa de Laura, sem saber quem é ela. Enquanto isso, vários personagens disputam a paternidade da criança, pois Ana não faz a mínima idéia de quem seja o pai de Heleninha. Entre eles, Tonico Ladeira, Zezinho, Antônio Antonucci e os irmãos Rei e Rico.

A solteirona Ângela sonha com um homem que não conhece e se assusta quando descobre que ele existe. Tímida e reprimida sexualmente, ela dedicou sua vida a cuidar dos irmãos mais novos, Zetó e Caco. Eficiente secretária, trabalha com Tonico e apaixona-se por um locutor de rádio, Tonhão, com quem tem sonhos sensuais. Ele é o irmão mais velho de Rei e Rico, cujo pai Tico está saindo da prisão. Tico é um homem ríspido, que não está acostumado a gestos de carinho, nem da solidária vizinha Branca, mãe de Tonico.

Globo – 19h
de 13 de junho de 1988
a 11 de fevereiro de 1989
209 capítulos

novela de Carlos Lombardi
colaboração de Luís Carlos Fusco
direção de Roberto Talma, Antônio Rangel, Marcelo de Barreto e Paulo Trevisan
direção geral de Roberto Talma

Novela anterior no horário
Sassaricando

Novela posterior
Que Rei Sou Eu?

ISABELA GARCIA – Ana Bezerra
TONY RAMOS – Tonico Ladeira
DINA SFAT – Laura Bezerra Petraglia
MARIA ZILDA – Ângela
ARY FONTOURA – Nero Petraglia
ARMANDO BÓGUS – Liminha
JOSÉ DE ABREU – Tonhão
GUILHERME FONTES – Rei
GUILHERME LEME – Rico
SILVIA BUARQUE – Raio de Luar
RODOLFO BOTTINO – Antônio Antonucci
INÊS GALVÃO – Soninha
LÉO JAIME – Zezinho
MÁRCIA REAL – Walkíria
SEBASTIÃO VASCONCELOS – Tico
NICETTE BRUNO – Branca
FRANÇOISE FORTON – Glória
PATRÍCIA TRAVASSOS – Ester
DÉBORA DUARTE – Joana Mendonça
CARLA MARINS – Sininho (Maria Luísa)
PAULO FIGUEIREDO – Dinho (Eduardinho)
SILVIA BANDEIRA – Dinha (Lurdinha)
PAULO GUARNIERI – Nicolau
FELIPE PINHEIRO – Ladislau
JORGE FERNANDO – Zetó (José Antônio)
TARCÍSIO FILHO – Caco (Carlos Antônio)
DEBORAH EVELYN – Fânia
CLÁUDIA MAGNO – Gilda
ILVA NIÑO – Mainha
JOÃO SIGNORELLI – Celso
IRVING SÃO PAULO – Bad Cat
ANDERSON MÜLLER – Bad Boy (Ítalo)
CRISTINA SANO – Grega
FÁBIO PILLAR – Amado
CHIQUINHO BRANDÃO – Joca
LEINA KRESPI – Vespúcia
EDSON SILVA – Severo
CARLA TAUSZ – Elza

as crianças
BEATRIZ BERTÚ – Heleninha
JOÃO REBELLO – Juninho
CATARINA DAHL – Flavinha

e
ADRIANA CANABRAVA – da turma e Rico e Rei
ADRIANA TAUSZ – Heleninha (menor)
ALEXANDRE ZACCHIA – delegado na prisão de Ana, Tonico e do bando de Zezinho, após o assalto do primeiro capítulo
ALFREDO MURPHY – contratado por Laura para descobrir o paradeiro de Ana, no início
ANDRÉA MURUCCI – Marilda (noiva de Zetó – atriz posteriormente substituída por Iza do Eirado)
ÂNGELA FIGUEIREDO – Tânia (garota que sai com Rico)
ÂNGELA RABELO – briga na delegacia por causa de um galo, quando Antônio alerta o delegado para o falso sequestro de Ana
ANTÔNIO PEDRO – Dr. Valcourt (médico de Nero, é substituído pelo seu pai, também chamado de Dr. Valcourt)
ARACY CARDOSO – médica do posto de saúde que informa Ana do problema de saúde de Heleninha
ARTHUR COSTA FILHO – candidato a substituir Tonico como assessor de Nero em sua campanha para prefeito
BEATRIZ JUNQUEIRA – tia com quem Laura (jovem) mora
BEATRIZ LYRA – médica
BEBEL GILBERTO – Marisol (cantora que Tonico agencia)
BEL KUTNER – Laura (jovem)
BRUNO ANDRADE – Luís Carlos (filho de Glória e Joca)
CARLA DANIEL – aparece cantando a música-tema de Rei e Raio de Luar enquanto eles pensam um no outro
CARLOS EDUARDO DOLABELLA – Augusto (diplomata, amigo de Laura que lhe dá notícias do paradeiro de Liminha)
CARLOS FERNANDO, vocalista da banda Novelle Cuisine, na festa em que Ladislau tenta humilhar Laura
CARLOS TAKESHI – amigo de Ana, trabalha no restaurante chinês onde ela e Tonico tentam comer
CATALINA BONAKY – Dona Ana (senhora que ajuda Laura em seu parto, em homenagem, ela dá à filha o seu nome)
CHAGUINHA – mestre de cerimônia do circo onde Nero se apresenta depois da decepção com a televisão
CHRISTIANA GUINLE – funcionária do orfanato para onde levam Heleninha, que é resgatada por Tonico, no início
CININHA DE PAULA – acompanhante de Favali (mulher ou secretária)
CIRO BARCELOS – da gangue de Bad Cat
CLÁUDIA MAURO – Dona Brígida (secretária na agência de Walkíria)
CLÁUDIO MACDOWELL – Cristiano Colombo (político cliente da agência de Walkíria que precisa emagrecer para as eleições)
CRISTIANE LOPES – Ana (criança)
DIRCEU RABELLO – repórter de TV que cobre a rebelião no presídio onde Tico está preso, no início
DUDA MAMBERTI – da turma de Rico e Rei
EDYR DE CASTRO – uma das companheiras de cela de Ana, quando ela vai presa pela primeira vez
EDUARDO GUERRA – médico
EMILIANO QUEIROZ – Brito (motorista de Laura)
ESTER JABLONSKI – enfermeira quando Heleninha fica internada com pneumonia
EVANDRO MESQUITA – cicerone na ilha de Santo Antônio, vive vários personagens para dizer que todos tem a mesma cara
FÁBIO SABAG – Dr. Valcourt (pai do Dr. Valcourt, médico de Nero, substitui o filho)
FELIPE ROCHA – da turma de Rico e Rei
FERNANDO AMARAL – delegado, quando Laura atira em Celso, que tentava levar Heleninha)
FLÁVIO COLATRELLO – office-boy que assedia Ângela no escritório, mas ela é defendida por Mendonça
FLÁVIO SANTHIAGO – seleciona motoristas de ambulância, Ana ganha a vaga mas não leva por ser ex-presidiária
FRANCISCO NAGEN – colega de trabalho de Tico no porto
GERMANO FILHO – cozinheiro
GLÁUCIA RODRIGUES – Vênus (namorada de Liminha numa ilha fora do Brasil)
GUILHERME MARTINS – supervisor do hospital
HUGO GROSS – recepcionista do hotel onde Laura e Dinho vão passar a lua de mel
ISAAC BARDAVID – Nascimento (político cliente da agência de Walkíria, tem aulas com Nero de como portar-se diante da plateia)
IVAN SENNA – maître do restaurante em que Tonico leva Ana para comer depois de se reencontrarem na casa de Laura
IZA DO EIRADO – Marilda (noiva de Zetó – atriz substituta de Andréa Murucci)
JAIME LEIBOVITCH – vai à casa de Tonico cobrar pela Mercedes que ele não pagou
JITMAN VIBRANOVSKY – delegado que prende Severo e Liminha
JOYCE DE OLIVEIRA – Perácia Prado Almeida (mãe de Lupércio, candidato em campanha sob os cuidados da agência de Walkíria)
KARINE FÉLIX DA SILVA – Heleninha (menor)
LENINE – novo porteiro no prédio de Branca que não permite Tonico subir por não conhecê-lo
LÍLIAN LEAL – Luciana (filha de Glória e Joca)
LINA FRÓES – Maria Pequena (presa na mesma cela com Ana, a persegue juntamente com Maria Grande)
LUCA DE CASTRO – amigo de Raio de Luar no carro quando ela atropela Rei
LUCIANO STRAZZER – da turma de Rico e Rei
LUCY MAFRA – passageira no ônibus em que Ângela tem delírios com o cobrador / atendente na pizzaria de Ester e Amado
LUG DE PAULA – cobrador de ônibus no delírio de Ângela em que ela se imagina atacada por ele
LUÍS SÉRGIO LIMA E SILVA – cliente quando Ana tenta se prostituir / padre que vende sua batina para Tonico se disfarçar
LUIZ HENRIQUE – farmacêutico
LUIZ MAGNELLI – maître/gerente do restaurante onde ocorreu a festa na qual Heleninha foi concebida
MARCOS WAIMBERG – Leonel
MARIA ALICE VERGUEIRO – carcereira do presídio onde Ana vai presa pela primeira vez
MARIA HELENA VELASCO – delegada procurada por Tonico para ajudar a tirar Ana das mãos de Celso
MARINA MIRANDA – candidata a babá de Heleninha entrevistada por Tonico
MAURO MENDONÇA – Favali Nascimento (político cliente da agência de Walkíria, leva tomatadas durante um comício)
MILTON DOBBIN – médico
MIRA PALHETA – Maria Grande (presa na mesma cela com Ana, a persegue juntamente com Maria Pequena)
MOACYR DERIQUÉM – Lúcio (empresário que resolve investir na campanha de Nero para prefeito)
MOZART RÉGIS – gerente de rádio
NEDIRA CAMPOS – mulher que ampara Laura na rua quando ela tem as dores do parto e aparecem Dona Ana e o marido
NICA BONFIM – mulher de Sandoval, cliente da agência de Walkíria, destratada por Tonico motivando a demissão dele, no início
ODENIR FRAGA – caminhoneiro que dá uma carona para Ana, quando ela decide ir embora de São Paulo
ORION XIMENES – enfermeiro quando Rei é internado
PASCHOAL VILLABOIM – vai à casa de Tonico cobrar os móveis que ele não pagou
PAOLETTE – Osvaldão (empresário de Marisol, cantora agenciada por Tonico)
PAULO CARVALHO – garçom / fiscal da prefeitura que embarga a obra na lambateria de Ana e Antônio
PAULO CÉSAR GRANDE – aborda Ângela em um bar
PEDRO CARDOSO – Flávio (produtor de TV, procura Nero para alugar seu carro, ele acha que será convidado para fazer uma novela)
ROBERTINHO DO RECIFE, como ele mesmo, no voo para a ilha de Santo Antônio, onde também está Ângela
ROBERTO – dublê de Heleninha
ROBERTO TALMA – taxista que Ana e Tonico tentam dar um calote
ROSITA TOMAZ LOPES – Dona Maria Clara (professora aposentada, vizinha de Branca, Tico e Ângela)
RUBEM DE BEM – recupera o carro que Tonico não pagou
SEBASTIÃO LEMOS – Sandoval (político cliente da agência de Walkíria cuja mulher é destratada por Tonico, no início)
SÉRGIO MOX – policial que comanda o cerco à casa de Rico e Rei quando Celso faz Ana de refém
TEREZA RACHEL – Eva (mãe de Joana Mendonça)
THELMA RESTON – cafetina de quem Laura (jovem), no final da gravidez, cobra uma dívida
TONICO PEREIRA – Válter (colega de trabalho de Zetó que ele arranja como pretendente para Ângela)
VERA HOLTZ – Madalena (prostituta, vizinha de Ana)
VICENTE GONÇALVES – Liminha (jovem)
WALMIR SANTOS – zelador do Juizado de Menores
YOLANDA CARDOSO – atacada por Nicolau na rua no falso assalto para que Nero inicie um discurso contra a violência
ZÉ HENRIQUE (vocalista da banda Yahoo), como ele mesmo, no voo para a ilha de Santo Antônio, onde também está Ângela
ZÉ PREÁ – marido de Dona Ana, senhora que ajuda Laura (jovem) a dar à luz

– núcleo de ANA (Isabela Garcia), moça corajosa, que enfrenta tudo. Motorista, perdeu o emprego quando engravidou. Envolve-se em um assalto e passa a ser perseguida pela polícia. Dá a luz durante a fuga. Deseja uma vida tranquila à filha recém-nascida, o que acredita não ser possível a seu lado. Por uma ironia do destino, deixa a bebê na porta da casa de sua mãe biológica, que não conhecia:
a filha pequena HELENINHA (Adriana Valbon / Beatriz Bertu)
a mãe de criação MAINHA (Ilva Niño), mulher humilde e sofrida que criou os filhos com grande dificuldade
o irmão adotivo CELSO (João Signorelli), filho de Mainha, um marginal com quem entra em conflito por não concordar com a sua maneira de levar a vida
o marido ZEZINHO (Léo Jaime), um fora-da-lei atrapalhado, mas de bom coração, amigo de Celso apesar de serem bem diferentes. Tudo em que se mete dá errado. Não se conforma por tê-la metido em confusões com a polícia
os comparsas de Zezinho, BAD CAT (Irving São Paulo) e BAD BOY (Anderson Müller), tão atrapalhados quanto ele
a advogada GILDA (Cláudia Magno), a defende dos crimes que é acusada.

– núcleo de TONICO LADEIRA (Tony Ramos), marqueteiro político, é um sujeito inseguro, mas mandão e autoritário no trabalho. Consumista e hipocondríaco. Fala rapidamente e se atropela com as palavras. Tinha acabado de perder o emprego quando foi feito refém por Ana na fuga da polícia. Presos em um engarrafamento, ajuda a moça a ter o filho dentro do carro. Fica irremediavelmente ligado a ela. Eles acabam se reencontrando nas situações mais inusitadas:
a mulher SONINHA (Inês Galvão), ex-miss Osasco, fútil, perua, deslumbrada e pouco inteligente. O casal vive uma relação conturbada e desgastada
o filho JUNINHO (João Rebello), sofre com o descaso dos pais, fazendo tudo para chamar a atenção deles.

– núcleo de LAURA (Dina Sfat), mulher dura e fria, ficou rica dando o golpe do baú, assumido por ela abertamente. O marido desapareceu há muitos anos. Possui um passado nebuloso e não se conforma de ter abandonado a filha, Ana, quando ainda neném. Seu maior desejo é encontrá-la. Começa a amolecer o seu temperamento quando a neta vai morar com ela, deixada pela própria filha na porta de sua casa sem que ela soubesse. Cria Heleninha como uma forma de amenizar sua culpa. Quando Ana voltar para reaver a filha, vai travar uma batalha judicial contra ela pela guarda da bebê:
o ex-marido LIMINHA (Armando Bógus), desligado das coisas práticas do mundo, já foi comunista e, depois, hippie. Desapareceu há vinte anos, sem deixar vestígios, até que reaparece inadvertidamente
o ex-sogro NERO PETRAGLIA (Ary Fontoura), figura tragicômica, com quem mora, com quem implica, mas por quem tem carinho. Ex-ator, um grande canastrão, não aguentou o fim do teatro antigo. Está afastado há vinte anos da profissão, teima em voltar, mas não consegue reconquistar seu espaço. Na verdade, não assume a velhice. Passou a beber além da conta e recitar trechos inteiros de Shakespeare
a filha RAIO DE LUAR (Silvia Buarque), com quem vive em atrito, pelo gênio intempestivo dela. Fruto da geração hippie, daí seu nome. Radical, critica a família a todo instante, mas não abre mão dos confortos e das mordomias
os enteados NICOLAU (Paulo Guarnieri), puxa-saco, sempre quer agradar para tirar vantagens próprias,
e LADISLAU (Felipe Pinheiro), tem ataques de sonambulismo, quando é capaz de fazer coisas das quais depois se envergonha
a empregada VESPÚCIA (Leina Krespi), sua cúmplice
o mordomo SEVERO (Edson Silva), cuida de Nero em suas bebedeiras
a babá de Heleninha, ELZA (Carla Tausz).

– núcleo de ÂNGELA (Maria Zilda), moça tímida, romântica e reprimida sexualmente. Solteirona, dedicou a vida a criar os irmãos mais novos, desde a morte dos pais, e acabou voltando-se totalmente para a casa e o trabalho. Não se acha capaz de despertar o interesse de qualquer homem. É uma secretária eficiente, a princípio de Tonico. Apaixona-se pela voz de um locutor de rádio, com quem tem sonhos e delírios sensuais:
os irmãos: ZETÓ (Jorge Fernando), divide com ela a responsabilidade da casa, só que, ao contrário dela, não abriu mão de sua vida própria,
e CACO (Tarcísio Filho), o caçula. Mimado, aproveita-se da bondade da irmã para levar uma vida folgada
o ex-noivo ANTÔNIO ANTONUCCI (Rodolfo Bottino), ainda apaixonado por ela, a persegue. Envolve-se também com Ana.

– núcleo de TONHÃO (José de Abreu), longe da família há muito tempo, sem dar notícias. É o locutor da rádio por quem Ângela se apaixona, o personagem dos sonhos dela. Ao conhecê-la, acaba se encantando por ela – para a total surpresa dela:
o pai TICO (Sebastião Vasconcelos), com quem sempre teve uma relação difícil. No início, cumpria pena na prisão. É um homem ríspido, que não está acostumado a gestos de carinho
os irmãos mais novos: RICO (Guilherme Leme), desde que o pai foi preso e o irmão mais velho sumiu, cuida do caçula como um verdadeiro pai. Trabalhador, só demonstra irresponsabilidade quando se envolve com garotas: deixa tudo de lado para “levar uns coelhos”,
e REI (Guilherme Fontes), não conta com a presença do pai, preso, nem do irmão mais velho, desaparecido. Conta apenas com o irmão Rico. Apesar de mais novo, tem mais responsabilidade do que ele. No fundo, inveja a facilidade que ele tem para se relacionar com garotas. Apaixona-se por Raio de Luar, mas os dois têm temperamentos difíceis
a amiga de Rico e Rei, GREGA (Cristina Sano)
a sexóloga FÂNIA (Deborah Evelyn), que estuda o comportamento sexual dos homens, por isso se aproxima de Rico e Rei, depois de Tonhão, quando ele reaparece na vida dos rapazes.

– núcleo de BRANCA (Nicette Bruno), mãe de Tonico e mais duas filhas. Preocupa-se em exagero com a prole, considerando que os filhos são dependentes dela. Ficou viúva há muitos anos e só agora se dá conta de que não se permitiu se relacionar com o vizinho Tico, com quem tivera um caso no passado:
as filhas GLÓRIA (Françoise Forton), separada do marido. Dependente, precisa de alguém em volta, cuidando dela,
e ESTER (Patrícia Travassos), trabalha no escritório com Ângela. Domina o marido, em quem manda e desmanda
o genro AMADO (Fábio Pillar), marido submisso de Ester, parece não se incomodar com essa situação
a neta FLÁVIA (Catarina Dahl), filha de Ester e Amado, muito ligada ao primo Juninho
o ex-marido de Glória, JOCA (Chiquinho Brandão)
os filhos pequenos de Glória e Joca: LUÍS CARLOS (Bruno Andrade) e LUCIANA.

– núcleo de WALKÍRIA (Márcial Real), dona da empresa de marketing político onde Ângela é secretária e Tonico trabalhava no início. Matriarca da família, toca os negócios da empresa. É uma figura forte, dominadora, inteligente e espirituosa. Foi apaixonada por Nero no passado, mas reluta em aceitar uma nova relação com ele depois de tantos anos:
o filho DINHO (Paulo Figueiredo), dominado pela mãe, só se solta quando ela não está por perto. Deveria cuidar dos negócios, mas, na prática, isso não acontece porque é um incompetente. Apesar de casado, é apaixonado por Laura
a nora DINHA (Silvia Bandeira), fútil e alienada, forma com o marido Dinho um par divertido
a neta SININHO (Carla Marins), puxou aos pais: desligada das coisas à sua volta. É muito amiga de Raio de Luar, apesar de terem temperamentos completamente diferentes. Envolve-se com Rei
a funcionária JOANA MENDONÇA (Débora Duarte), que substitui Tonico em seu cargo quando ele é demitido. Competente, firme e dura, mas de bom coração. Adora futebol e foi treinadora de um time no Rio de Janeiro, de onde veio para assumir a posição no escritório em São Paulo. Procura ajudar Ângela, sua secretária, a ficar mais à vontade. Na verdade, tem uma quedinha por ela.

Estilo peculiar

Uma novela anárquica, de trama muitas vezes nonsense, repleta de ação e diálogos irônicos, traçada com muita criatividade pelo autor, Carlos Lombardi, que definia aqui seu estilo peculiar, iniciado modestamente em Vereda Tropical (1984-1985) e perpetuado em seus trabalhos posteriores: Perigosas Peruas (1992), Quatro por Quatro (1994-1995), Vira-lata (1996), Uga Uga (2000-2001), Kubanacan (2003-2004) e outros.

Na história, a bebê Heleninha servia para unir os diversos núcleos, apresentados em um texto inquietante, ágil e sarcástico, com pitadas sentimentais e melodramáticas.

Inspiração e missão

Carlos Lombardi declarou para a revista Veja (de junho de 1988) que inspirou-se na trama do filme Arizona Nunca Mais (dos irmãos Cohen, lançado no ano anterior, 1987), em que os personagens de Nicolas Cage e Holly Hunter, um casal que não conseguia ter filhos, sequestram o bebê de um magnata e descobrem que cuidar de uma criança não é tão simples quanto imaginavam. (pesquisa: Sebastião Uellington Pereira, portal Mofista)

Para o livro “Autores, Histórias da Teledramaturgia”, do Projeto Memória Globo, o autor declarou que recebeu do diretor Roberto Talma a missão de trazer o público jovem de volta ao horário das sete da noite da Globo.
Talma teria lhe dito:
“Quero o público jovem de volta a esse horário. Você é o autor mais moderninho da emissora. Então solta esse lado porque preciso de personagens que fascinem os jovens”
“E assim eu fiz!”, disse Lombardi.

Novela protelada

A novela de Carlos Lombardi, a princípio, substituiria Brega e Chique, no segundo semestre de 1987.

Porém, a sinopse não foi aprovada na ocasião. Silvio de Abreu, então convocado, escreveu Sassaricando, para que depois Bebê a Bordo, com a sinopse devidamente aprovada, pudesse estrear.

Inovação

Em depoimento ao jornal Folha de São Paulo (edição publicada em fevereiro de 1989, após o término da novela), Lombardi negou qualquer alusão a uma suposta inovação no gênero:
Bebê a Bordo não foi planejada em função de uma inovação formal específica. Com a novela no ar, muito se falou de uma nova linguagem, etc e tal, mas não considero isso exato. Preocupávamos eu e o Talma, o diretor geral, a apenas fazer uma novela que, sem sair do rótulo de comédia, tivesse uma dose maior de realismo.”

Sobre a construção dos personagens (na mesma coluna da Folha):
“As novidades vieram da incorporação do universo pós-moderno dos anos 80, como os hábitos ‘acid’, já que não há nada mais parecido com um jovem inglês de cidade grande do que um jovem brasileiro de cidade grande. (…) misturamos universos comuns às grandes cidades: o último dos yuppies se apaixona pela fugitiva pós-hippie, é irmão bastardo do último beatnik, que, por sua vez, era irmão de dois acid boys, que namoram duas riquinhas.”

E sobre a narrativa da novela:
“Não houve Romeu e Julieta. Os empecilhos para os romances não estavam em terceiros, mas dentro dos personagens. (…) Formalmente reduzimos a redundância através de cortes diretos, que acompanhavam a ação do mesmo personagem sem simular tempo real. Também usei o recurso literário de seguir o tema, e não a cronologia – apresentando cenas inéditas como flashbacks, sem offs introdutórios, durante uma narrativa de um personagem. Tomamos como eixo não a cronologia oficial da novela, mas o fluxo de emoção dos personagens.”

Censura

O título da novela – Bebê a Bordo – foi uma ideia de Boni, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, então chefão da Globo. (*) O nome primeiramente pensado, Filha da Mãe, foi proibido pela Censura Federal, que justificou o seu veto: “O título, no contexto, sugere ‘… expressão eufemística para filho da puta’ (Novo Dicionário Aurélio), sendo, portanto, apelativo’“. (“Beijo Amordaçado – A Censura às Telenovelas Durante a Ditadura Militar”, Cláudio Ferreira)
Este título, por sua vez, acabou sendo usado em 2001 para uma novela de Silvio de Abreu: As Filhas da Mãe.

Em junho de 1988, antes da estreia, o diretor Roberto Talma precisou ir a Brasília para assegurar a exibição da novela. A Censura Federal queria liberar a trama para as 21 horas, mas a emissora havia se programado para exibi-la às 19. Talma precisou cortar cenas, como a de uma briga que envolvia a protagonista Ana (Isabela Garcia), mas conseguiu liberar a novela. (*)

Fim da Censura Federal

No entanto, no meio do caminho, tudo mudou com o fim formal da censura do Governo Federal. Vale Tudo, Bebê a Bordo e Fera Radical, as novelas das oito, sete e seis da Globo na época, e Olho por Olho, da TV Manchete, foram as últimas censuradas pela DCDP, a Divisão de Censura de Diversões Públicas, órgão ligado ao Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, extinto com a aprovação da Constituição de 1988 (em setembro deste ano, quando essas novelas estavam no ar). (*)

Neste momento, a TV brasileira passou a viver um período de grande liberdade criativa, com muitas abordagens sobre temas até então considerados tabus.

O sexo em Bebê a Bordo foi tratado de forma nunca antes vista no horário das sete da Globo, a começar pelo bordão “levar uns coelhos”, proferido pelos irmãos Rico e Rei (Guilherme Leme e Guilherme Fontes) sempre que insinuavam que iam transar. Maria Zilda vivia Ângela, uma mulher reprimida sexualmente que dava vazão às suas fantasias por meio de sonhos eróticos, representados por clipes. Também havia a sexóloga Fânia (Déborah Evelyn), que estudava o comportamento sexual dos personagens, e uma das primeiras representações de uma lésbica no horário das sete até então: a executiva Joana Mendonça (Débora Duarte), que descaradamente dava em cima de várias mulheres na trama.

À Folha de São Paulo (em fevereiro de 1989), o autor declarou: “Uma grande tolerância quanto aos valores sexuais, a partir de uma mãe típica dona de casa e não trabalhadora [personagem de Nicette Bruno] que recusava o rótulo de santa e confessava o adultério feliz que teve por quase quarenta anos com o vizinho [Sebastião Vasconcelos].”

A bebê

Três crianças se revezaram no papel da menina Heleninha, em diferentes fases de seu crescimento. Karine Félix da Silva, de quatro meses na época, era a Heleninha recém-nascida.

Sua substituta foi escolhida por acaso: a atriz Carla Tausz apareceu na emissora para pedir emprego com a filha Adriana de quatro meses no colo. Loirinha e sorridente, a menina chamou a atenção da direção da novela e foi contratada imediatamente para o papel, gravando treze capítulos em apenas três semanas. Carla Tausz, a mãe, por sua vez, também ganhou um papel na novela, como Elza, babá da própria filha. Em 1992, Adriana, com 4 anos, atuou em outra novela de Carlos Lombardi dirigida por Roberto Talma: Perigosas Peruas.

Beatriz Bertú, com dez meses na época, foi a que ficou mais tempo no ar e encantou a todos: o elenco, a produção da novela e, principalmente, o público. O sucesso da garotinha foi tanto que ela estampou a contracapa da trilha internacional da novela e estrelou o comercial do LP na TV. Beatriz Bertú, adulta, seguiu a carreira de atriz.

Houve ainda duas outras crianças, que foram dublês de Adriana e Beatriz quando elas ficavam cansadas. Uma delas era um menino, Roberto, que vivia na Fundação Romão Duarte, uma creche para crianças abandonadas que cedia crianças para figuração em novelas. (pesquisa: Sebastião Uellington Pereira, portal Mofista)

Elenco

O ator Tony Ramos, até então mais conhecido por papeis de heróis de bom caráter, surpreendeu o público com um tipo cômico, compondo um Tonico Ladeira de forma inusitada. Carlos Lombardi escreveu o personagem pensando em dar ao ator um papel que ele nunca tinha vivido até então, o de um rapaz muito ansioso e cheio de manias. Segundo Lombardi, ele seria uma mistura da personalidade do próprio autor com a do diretor Roberto Talma. (*)
Por sua atuação na novela, Tony Ramos foi premiado com o Troféu Imprensa de melhor ator de 1988.
Em 2006, Lombardi praticamente reeditou Tonico Ladeira em sua novela Pé na Jaca, com um personagem muito semelhante: Arthur Fortuna, vivido por Murilo Benício.

Os sonhos da reprimida Ângela (Maria Zilda), nos quais ela libera sua sensualidade e dá vazão às fantasias – verdadeiros filmes -, eram dirigidos por Paulo Trevisan, diretor de clipes musicais, que deu um tratamento ágil às histórias criadas pelo inconsciente da personagem. (*) A maioria desses clipes era embalada por “Mordida de Amor”, o tema da personagem, que tornou-se um grande hit da banda Yahoo na época.
Em 2000/2001, novamente o autor reeditou uma personagem: Maria João, vivida por Vivianne Pasmanter na novela Uga Uga, lembrava muito a Ângela de Bebê a Bordo.

Bebê a Bordo foi o último trabalho de Dina Sfat, que faleceu em 20/03/1989, pouco mais de um mês após o término da novela. A atriz tinha 50 anos e foi vítima de um câncer de mama. Carlos Lombardi falou ao livro “Autores, Histórias da Teledramaturgia”:
“Foi muito penoso para todos nós vê-la piorar durante a novela. Eu tinha que poupá-la muito fisicamente, já não podia escrever cenas externas para ela. Chegamos a falar com um dos médicos se seria o caso de afastá-la do trabalho, mas ele falou ‘Pelo contrário! Vocês devem mantê-la, porque, quando acabar a novela, ela vai morrer.’ Realmente, a novela acabou em fevereiro de 1989 e a Dina Sfat morreu em março do mesmo ano.”

Bel Kutner (filha de Dina Sfat e do ator Paulo José), em uma de suas primeiras aparições em TV, fez participações especiais como Laura (Dina) jovem, em cenas de flashback.

Primeira novela do ator Felipe Pinheiro e do cantor Léo Jaime (como ator).
Primeira novela na Globo do ator Chiquinho Brandão, da veterana atriz Márcia Real, e de Silvia Buarque (filha de Chico Buarque e Marieta Severo).

Bebê a Bordo marcou a volta da atriz Françoise Forton às novelas da Globo, após um hiato de onze anos (a última foi Estúpido Cupido, em 1976-1977). Neste ínterim, a atriz participou de alguns trabalhos na TV Bandeirantes.

O ator-diretor Jorge Fernando, que trabalhou em Bebê a Bordo como ator, deixou a novela antes de seu término para dirigir a trama substituta no horário: Que Rei Sou Eu?

Durante a exibição de Bebê a Bordo, estreou a minissérie O Primo Basílio, na qual Tony Ramos viveu Jorge, um personagem dramático, completamente diferente do cômico Tonico Ladeira da novela das sete. A minissérie já estava totalmente gravada antes da estreia da novela. Os atores José de Abreu, Guilherme Leme e Paulo Guarnieri, do elenco de Bebê a Bordo, também estavam em O Primo Basílio.

Lu Grimaldi, antes de estrear como atriz na televisão, apareceu na abertura de Bebê a Bordo. À época, ela já era vista na abertura do humorístico TV Pirata.

Final melancólico

Bebê a Bordo teve um final melancólico do tipo “a novela não acaba por aqui”: Laura (Dina Sfat) conseguiu a guarda de Heleninha e, com isso, ela e Ana (Isabela Garcia) não se entenderam. Ana, Rico e Rei planejaram uma fuga com a bebê, mas capotaram o carro, que caiu de uma ponte. Rico e Rei, que haviam casado um dia antes, foram dados como mortos e suas mulheres, Sininho (Carla Marins) e Raio de Luar (Silvia Buarque), acreditaram terem ficado viúvas.

Ana levou um tiro na fuga e depois renunciou ao amor de Tonico, que continuou apaixonado por ela. Rico e Rei fugiram para o Paraguai com Heleninha, guardando-a para Ana. A novela terminou com a menina dando um beijo em um quadro pintado com o rosto de sua mãe.

Falso gancho

Inspirado por Glória Perez, e referenciando-a, Carlos Lombardi repetiu em Bebê a Bordo a cena dos tiros à queima-roupa que não atingem a pessoa alvo, que a autora criou para sua novela Carmem (1987-1988).

No final de um determinado capítulo de Carmem, uma personagem disparou seis tiros contra o marido. A cena terminou no auge da ação, como gancho. No capítulo seguinte, porém, o telespectador percebeu que nenhum tiro havia atingido seu alvo, recurso conhecido no jargão novelístico como “falso gancho”, já que os tiros não tiveram consequência alguma na trama. “Os seis tiros de Carmem” tornou-se o mais notável falso gancho de nossas novelas.

Carlos Lombardi homenageou o falso gancho de Glória Perez em tom de comédia, repetindo a cena dos tiros que não acertaram o alvo em Bebê a Bordo (1988-1989), Perigosas Peruas (1992), Kubanacan (2003-2004) e Bang Bang (2005-2006).

Em Bebê a Bordo, Soninha (Inês Galvão) dispara quatro vezes contra Tonico (Tony Ramos) e erra todos os tiros. A sequência foi exibida no gancho final do décimo capítulo.

Locações

As gravações do parto de Heleninha (exibido no primeiro capítulo) pararam a Zona Oeste de São Paulo: foi gravado na esquina da Avenida Brigadeiro Faria Lima com a Avenida Nove de Julho, e na Rua Augusta. (*)

Modismos

Os lenços usados na cabeça por Rei (Guilherme Fontes) fizeram sucesso na época. Ele e seu irmão, Rico (Guilherme Leme), andavam meio largados, sem muita preocupação com a estética. Carlos Lombardi os descrevia como neo-hippies. A figurinista Sônia Soares sugeriu o lenço para o personagem por conta de sua profissão: o rapaz era entregador de pizza e, como tinha cabelo longo, não podia correr o risco de deixar cair nenhum fio no alimento. (*)

No rastro do sucesso da novela, chegou à bancas o álbum de figurinhas de Bebê a Bordo, hoje peça disputada por fãs saudosistas.

Trilha sonora recordista

O disco Bebê a Bordo Internacional (com as fotos de Guilherme Leme na capa e da bebê Beatriz Bertú na contracapa) é a quinta trilha mais vendida entre as novelas do horário das sete, com 691.570 cópias, perdendo apenas para Estúpido Cupido Nacional (4º lugar), Cambalacho Internacional (3º lugar), Top Model Nacional (2º lugar) e Hipertensão Internacional (1º lugar). (fontes: Vincent Villari, Som Livre e ABPD)

Aproveitando a onda da lambada, que começava a tomar conta do país, a Som Livre lançou, além dos discos nacional e internacional, a trilha complementar Lambateria Tropical, inspirada na lambateria que havia na trama da novela, frequentada pelos personagens.

Repetecos

Bebê a Bordo foi reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo entre 09/11/1992 e 12/03/1993.

Também reprisada pelo Viva (canal de TV por assinatura pertencente ao Grupo Globo), entre 15/01 e 16/06/2018, às 15h30 (reprise 0h30). Foi a única vez que o Viva editou a exibição de uma novela, por conta própria, contrariando sua política de apresentações na íntegra. Bebê a Bordo foi retalhada pela edição, precipitando assim o seu término. Entretanto os capítulos permaneceram intactos na plataforma streaming do canal. O Viva alegou que abreviou Bebê a Bordo a fim de estrear Vale Tudo, a próxima atração, perto do mês de maio de 2018, em que ela completava trinta anos de sua estreia original.

A novela foi disponibilizada no Globoplay (plataforma streaming do Grupo Globo) em 08/11/2021.

(*) Site Memória Globo.

Trilha sonora nacional

01. MORDIDA DE AMOR – Yahoo (tema de Ângela)
02. ADORO – Léo Jaime (tema de Ana e Zezinho)
03. QUASE NÃO DÁ PARA SER FELIZ – Dalto (tema de Ana)
04. PRECISO DIZER QUE TE AMO – Marina (tema de Ana e Tonico)
05. O BECO – Os Paralamas do Sucesso (tema de Rico e Rei)
06. RENDEZ VOUS – Carla Daniel (tema de Rei e Raio de Luar)
07. AS BRUXAS – Beto Saroldi (tema das cenas de ação)
08. AMOR BANDIDO – Joanna (tema de Ester)
09. DE IGUAL PRA IGUAL – José Augusto (tema de Soninha)
10. ME AME OU ME DEIXE – Wanderléia (tema de Branca)
11. VIVER E REVIVER – Gal Costa (tema de Liminha)
12. RONDA – Emílio Santiago (tema de Laura)
13. ME DÁ UM ALÔ – Solange (tema de Glória)
14. AMOR E BOMBAS – Eduardo Dussek (tema de abertura)

Sonoplastia: Jenny Tausz
Direção musical: Márcio Antonucci
Supervisão musical: Walter D’Avilla Filho
Produção musical: João Augusto
Apoio: Sérgio de Carvalho e Aramis Barros

Trilha sonora internacional

01. I DON’T WANT TO GO ON WITH YOU LIKE THAT – Elton John (tema de Rico)
02. BUILD – Housemartins (tema de Ana)
03. 1, 2, 3 – Gloria Estefan & Miami Sound Machine
04. I WONDER WHO SHE’S SEEING NOW – Temptations
05. LE BAL MASQUÉ – La Compagnie Créole
06. SO LONG – Eddy Benedict (Edinho Santa Cruz) (tema de Sininho)
07. DOWNTOWN LIFE – Daryl Hall & John Oates (tema de Rei)
08. I DON’T WANT TO LIVE WITHOUT YOU – Foreigner (tema de Tonico e Ângela)
09. I’M NO REBEL – View From the Hill
10. NO PAIN (NO GAIN) – Betty Wright
11. STRANGELOVE – Depeche Mode (tema geral)
12. QU’EST-CE QUE TU FAIS? – Formule II (tema da lambateria)
13. NEVER TEARS US APART – INXS (tema de Rei e Raio de Luar)
14. ELECTRICA SALSA – Off (Sven Väth) (tema de Ângela e Tonhão)

Gerente de produto: Toninho Paladino
Seleção de repertório: Sérgio Motta

Trilha sonora complementar: Lambateria Tropical

01. ODÉ E ADÃO – Luiz Caldas
02. KIRICA NA BUSSANHA – Gerônimo
03. UMA HISTÓRIA DE IFÁ (EJIGBÔ) – Margareth Menezes
04. LÁ VAI O TRIO – Banda Tomalira
05. TE AMO (THE RETURN OF LEROY PT.1) – Ademar e Furta Cor
06. BAGDÁ – Banda Mel
07. VAI LÁ MANÉ – Chiclete com Banana
08. JEITO DE CORPO – Banda Cheiro de Amor
09. CARAMBA – Missinho
10. ISSO É BOM (CUISSE LÁ) – Avatar
11. VEM VER (YO VOUAI OU) – Fogo Baiano
12. RALA-COXA – Djalma Oliveira
13. SHAULIN-NAGÔ – Sarajane
14. LIBERTEM MANDELA – Banda Reflexu’s
15. BUNDA LÊ-LÊ – Os Paralamas do Sucesso

Produção musical: João Augusto
Apoio de repertório: Raimundo Carvalho

Ainda
O FORTUNA (CARMINA BURANA) – Carl Orff
THIS CITY NEVER SLEEPS – Eurythmics (para Ângela, no início)

Tema de abertura: AMOR E BOMBAS – Eduardo Dussek

O nosso amor
É um bebê tentando respirar
Enquanto isso eu passo longe a berrar
Bombas explodem
E granadas nos fazem beijar
Com mais ardor
Sem violência contra o nosso amor
Sua ausência é o meu terror
E a ciência não achou melhor remédio
Do que “I love you”
Para curar o mal que o mundo contraiu
Poder fazer da má notícia
Um pensamento, que delícia!
Seus olhos são dois milhõezinhos de dólares
Que assaltei com beijos metralhadores
À mão armada
De carinho que não bate
Bomba de chocolate
Meu amor!…

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