Sinopse
O aspirante a cantor Antônio Alves sai de Florianópolis rumo a São Paulo para tentar a vida. Porém, antes de estruturar-se financeiramente, se vê obrigado a sustentar a família, que vem ao seu encontro. Assim, arranja um emprego como taxista.
Diante das dificuldades na nova cidade, Antonio leva como herança um caso amoroso mal resolvido, conflitando-se com outras conquistas realizadas com a chegada na capital paulista. Dentre elas, a paixão por Mônica, filha de um milionário, uma garota de 18 anos que faz tudo para ajudá-lo na carreira de cantor.
FÁBIO JR. – Antônio Alves
GUILHERMINA GUINLE – Mônica
BRANCA DE CAMARGO – Claudine
PAULO FIGUEIREDO – Humberto Dantas Silveira
ELAINE CRISTINA – Amélia
EDNEY GIOVENAZZI – Ariovaldo
DANIELA CAMARGO – Matilde
ANTÔNIO ABUJAMRA – Décio
ELIETE CIGARINI – Tereza
SERAFIM GONZALEZ – Devanildo
RÚBENS CARIBÉ – Marcelo
CLÁUDIA SANTOS – Natália
PAULO CELESTINO FILHO – Mauro
VANESSA ALVES – Isabelle
CARLOS MENA
ROSALY PAPADOPOL – Marina
RUDY CARRIE
MARCELA ALTBERG – Laura
EDSON MONTENEGRO
ANDRÉA RICHA – Luciana
MURILO ROSA – Henrique
DÉBORA OLIVIERI – Carla
RODRIGO FARO – Eliseu
GABRIELA FOGANHOLI – Zezé
ANDRÉ CHIARELLI – Eric
VINÍCIUS VENTURA – Júnior
ADRIANE GALISTEU
Superlançamento
O SBT programou para o mesmo dia – 6 de maio de 1996 – um superlançamento de novelas: Colégio Brasil às 18h30, Antônio Alves, Taxista às 20h, e Razão de Viver às 21h. Enquanto isso, a concorrente Globo estreava O Fim do Mundo, às 20h30.
Baixa qualidade
Antônio Alves, Taxista foi produzida pela argentina Ronda Studios e gravada em Buenos Aires. Do pacote de estreias do SBT, foi a novela que teve a menor repercussão, tendo inclusive seu fim precipitado.
A novela já causou polêmica antes de estrear: Sônia Braga (escalada para viver a personagem Odile) desentendeu-se com a produção argentina, acusando-a de falta de profissionalismo e de problemas no texto. O papel que seria dela mudou de nome (passou a ser Claudine) e acabou nas mãos da atriz Branca de Camargo.
A baixa qualidade do texto e da produção (inclusive erros de continuidade) ajudaram a piorar a audiência.
A Folha de São Paulo publicou em dezembro de 1996:
“A novela mais parecia um dramalhão mexicano produzido por Ed Wood ou Zé do Caixão, com cenários escuros e diálogos constrangedores.”
Pior novela
Antônio Alves, Taxista foi vencedora, em 1997, do troféu Santa Clara de Ouro, prêmio máximo da primeira edição do Troféu Santa Clara, concedido pelos críticos e jornalistas da Folha de São Paulo aos piores programas da TV brasileira. (“Almanaque da TV”, Bia Braune e Rixa)
A parceria com a Ronda Studios deixou claro para o SBT que gravar uma novela em Buenos Aires, ainda que custasse menos que produzir no Brasil, não gerava identificação necessária com o telespectador. Apesar dos truques para disfarçar um táxi circulando por ruas da Argentina, tudo era muito perceptível no vídeo. (“Biografia da Televisão Brasileira”, Flávio Ricco e José Armando Vannucci)
Exibição
Quando estreou, a novela era exibida em dois horários no mesmo dia: às 20h e por volta das 21h45, após o capítulo da novela das oito da Globo. Porém, diante da baixa repercussão, pouco tempo depois a emissora desistiu da segunda apresentação.
Mesmo assim, a partir de novembro do mesmo ano, a novela foi reprisada no horário das 12h30, como tapa-buraco. Por causa da pouca audiência, essa reprise ficou no ar por apenas 10 dias, entre 18 e 29/11/1996.
E mais
Na época de Antônio Alves, Taxista, Fábio Jr. estava casado com Guilhermina Guinle, seu par na trama.
01. DEFESA – Fábio Jr.
02. ARMADILHAS – Joanna
03. TÃO SÓ – Só Pra Contrariar
04. LINDEZA – Gal Costa
05. FICA COMIGO – Afonso Nigro
06. CHÃO DE GIZ – Orquestra Virtual
07. SE QUISER – Fábio Jr. (tema de abertura)
08. O AMOR RIU DE MIM – Fagner
09. VOLTA AO MUNDO – Orquestra Virtual
10. JOANA FRANCESA – Chico Buarque
11. IMENSO AMOR – Ezequias
12. SUCEDEU ASSIM – Tom Jobim
13. NAVEGAR – Fábio Jr.
Tema de abertura: SE QUISER – Fábio Jr.
Se quiser fazer amor, eu faço
Se quiser trocar de roupa, trocamos
Se quiser, preencho teus espaços
Se quiser fazer, eu faço planos
Se disser que sou teu homem, aceito
Se quiser fugir do mapa, dou um jeito
Vão dizer que o nosso amor é um arraso
Se quiser casar comigo, eu caso
Se quiser, grito pro mundo inteiro
Estou apaixonado por você
Que se dane o mundo, eu quero o cheiro
Do teu corpo pra sobreviver…
Novela obscura. Iluminação precária que mais parecia uma novela antiga. Na época Sonia Braga chegou a aceitar o convite para viver a vilã Odile, mas a baixa qualidade do texto irritou a atriz que jurou nunca mais trabalhar com Sílvio Santos em entrevista a revista Contigo. Foi substituída por Branca de Camargo que teve o nome mudado para Claudine.