Sinopse
A união de dois séculos, o final do 19 e o início do 21, por meio da história da Amazônia. No século 21, a ação é protagonizada por Milla, uma jovem jornalista que troca o Rio de Janeiro por Manaus em busca de aventura, e seu envolvimento com Lúcio, chefe de uma gangue de trambiqueiros do porto de Manaus, um rapaz que tem visões.
Nessas visões, Lúcio se vê no ano de 1899, quando a exploração dos seringais amazônicos dominava a cena, como Caio, filho do todo-poderoso Comendador Mangabeira e noivo da doce Maria Luísa, filha do comerciante de borracha Peçanha, duas famílias enriquecidas pela borracha. Caio ainda se envolve com a sedutora Camille, ninguém menos que Milla no século 21.
MARCOS PALMEIRA – Caio (1899) / Lúcio (1991)
CRISTIANA OLIVEIRA – Camilla (1899) / Milla (1991)
JÚLIA LEMMERTZ – Maria Luísa
ANTÔNIO PETRIN – Comendador Mangabeira
LEONARDO VILLAR – Sr. Peçanha
RAUL GAZOLA – Daniel / Lírio Pessoa
HELENA RANALDI – Andréa
PATRÍCIA TRAVASSOS – Francisca
BETINA VIANNY – Françoise
JUSSARA FREIRE – Bárbara
JOSÉ DE ABREU – Marcelo Loureiro / Ryan Molina
TATIANA ISSA – Leninha
MARCÉLIA CARTAXO – Das Dores
LÚCIA ALVES – Maria Rabuda
ROBERTO BOMFIM – Quim
ANSELMO VASCONCELLOS – Ezequiel
RICARDO BLAT – Celestino
MARCELO GALDINO – Tonho
JOSÉ DUMONT – Raimundo
PASCHOAL VILLABOIM – Genival
VICENTE BARCELLOS – Noel Pereira
IVAN DE ALBUQUERQUE – Velho Índio (Pajé Moraicá)
RONEY VILELLA – Uira
ANTÔNIO GONZALEZ – Cacique Criá
JÚLIO BRAGA – Caixi
PAULO ROBERTO – Werner
HENRIQUE TAXMAN – Harry / Dr. Orlando Charcor
MARÍLIA BARBOSA – Olinda / Rosa
HENRIQUE CUCKIERMANN – Nando / Adiba / Regatão
GILSON MOURA – Ratão
TIÃO D’AVILA – Matias
TONICO PEREIRA – Gaspar
ANDERSON MÜLLER – Rudy / Adão
IRACEMA STARLING – Assunção
IZA DO EIRADO – Lolita
GLÁUCIA RODRIGUES – Marlene / Flor
RAFAELA AMADO – Mariana / Aritsé
MARIA SÍLVIA – Rosana
PAULO BARBOSA – Gandô
HAROLDO COSTA – Tinoco
WALDIR ONOFRE – Inocêncio
DAVID HERMAN – Mr. Yale
MARIA DULCE SALDANHA – Pérola
CATARINA ABDALLA – Severina
VERA SETTA – Josefina
MARTA RICHTER – Maria
NELSON PAULINO – Nepomuceno
PAULO VESPÚCIO – Alexandrino
EDMUNDO FÉLIX
e
JARDS MACALÉ – Dorotéo
EDUARDO CONDE – Gustavo Gusmão
RÚBENS CORRÊA – Muru
ANTÔNIO ABUJAMRA – Xerife / Dr. Homero Spinoza
SÉRGIO OLIVEIRA – Moura
ILEANA KWASINSKY
ARDUÍNO COLASSANTI
Grande decepção
A TV Manchete, que vinha bem com o sucesso de Pantanal e ainda não tinha se decepcionado completamente com os 16 pontos no Ibope de A História de Ana Raio e Zé Trovão, lançou-se nessa produção dispendiosa.
No final de 1991, Amazônia estreou com temática e história semelhantes à de Pantanal (1990). Embora fossem tamanhos os esforços para colocá-la no ar e para divulgar a sua estreia, a novela não passou de um grande decepção para a emissora, com audiência muito abaixo da esperada e repercussão praticamente nula.
A novela estrearia antes, mas houve vários imprevistos com a produção. Jayme Monjardim seria o diretor, mas desistiu na última hora. A Manchete exibiu O Fantasma da Ópera, uma minissérie feita às pressas, exibida como tapa-buraco, enquanto não se resolviam os problemas com a estreia da novela.
No início, Amazônia foi contada em dois tempos simultaneamente: uma parte da história se passava em 1899 e a outra no futuro, no ano de 2010 – a exemplo de O Casarão (Globo, 1976), em que a ação acontecia ao mesmo tempo em três épocas, 1900, 1926 e 1976.
Parte 2
Para recuperar a audiência perdida e compensar prejuízos, a partir do capítulo 43 a trama original teve um fim, e, com o mesmo elenco, entrou no ar Amazônia, Parte 2. Muito rapidamente saiu a história futurista e o passado da Amazônia dominou a cena.
Com a chegada da Parte 2, as equipes de roteiristas e diretores sofreram alterações. Jorge Duran, autor do argumento inicial, que desenvolvia com Denise Bandeira, Anamaria Nunes e Paulo Halm, criou a segunda parte com Regina Braga. Denise deixou a equipe e a novela passou a ser escrita também por Regina, Marilu Saldanha e Tânia Lamarca.
Os diretores iniciais se demitiram quase todos: Carlos Magalhães, Marcelo de Barreto e Roberto Naar saíram e apenas Marcos Schechtman ficou. E a nova fase passou a contar com a supervisão de Tizuka Yamasaki. (“Novela, a Obra Aberta e Seus Problemas”, Fábio Costa)
Contudo, não houve jeito: Amazônia firmou-se como um dos maiores fracassos da dramaturgia da TV Manchete e contribuiu bastante para o agravamento da crise da emissora (que veio a fechar as suas portas em 1999).
E mais
Não confundir a novela da Manchete com a minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, escrita por Glória Perez, produzida e exibida pela Globo em 2007.
Slogan de divulgação nas chamadas da novela: “Viver em dois tempos ao mesmo tempo… Romper 100 anos em 1 segundo.”
01. DOIS CURUMINS NA FLORESTA
02. O SENHOR DOS CAMINHOS
03. TRENZINHO AMAZÔNICO
04. FORRÓ NA BEIRA DA MATA
05. OS DEUSES DA SELVA
06. O BAILE DOS CARAÍBAS
07. O CORAÇÃO DAS TREVAS
08. DANÇA DAS AMAZONAS
09. TODOS OS FOGOS, O FOGO
10. CIRANDA NO CÉU
11. OS DEUSES DA SELVA II
12. SERTÃO (Folclore) / FORROBODÓ
13. AO REDOR DA FOGUEIRA
14. NO CORAÇÃO DOS HOMENS
Música original de Egberto Gismonti
Tema de abertura: ELDORADO – Sagrado Coração da Terra (participação de Milton Nascimento)
executado na primeira parte da novela
Uirapuru cantou pra mim
Sua última canção
Yara, me mostra
Em que igarapé
Mora o último boto-rosa
O incêndio vermelho queimou
A última orquídea azul
Curumim encantado
Guardião da floresta
Me leva ao Eldorado
Onde os sonhos verdes se guardam
E ninguém pode voltar…
Tema de abertura de Amazônia Parte 2: CASA DAS ANDORINHAS – música instrumental de Egberto Gismonti
Queria ser um novo “Pantanal”, mas acabou não dando certo. Nem mesmo com a readaptação da trama a audiência aumentou. Permaneceu com 2 pontos. O altíssimo custo da novela provocou uma crise na emissora. Marcos Palmeira, Cristina Oliveira e José de Abreu acabaram indo para a Globo. A Manchete perdeu sua vice-liderança para o SBT ficando em 3º lugar
Novela péssima,figurinos do futuro eram horríveis,trama bizarra,dava pena dos atores,texto de baixa qualidade,na verdade a emissora já vinha em baixa,contudo em Ana Raio Monjardim ainda mantinha uma certa dignidade a trama ao longo de quase um ano arrastado,Amazônia foi tombo financeiro da Manchete,tanto que em 92 começam abrir espaço para televendas,igrejas e outros famigerados que marcaram até o seu fim!