Sinopse

Década de 1920. Quando Rafael, um botânico que cria rosas, e Luna, uma jovem bailarina, se conhecem, é amor à primeira vista. Em poucos dias, eles se casam e logo têm um filho. No meio de tanta felicidade, há um espinho: Cristina, a governanta da casa, prima de Luna. Invejosa, Cristina sente-se injustiçada, já que Luna é rica, casada com Rafael, a quem ela sempre desejou, e herdou da avó as joias da família, cobiçadas por ela e sua ambiciosa mãe, Débora.

Rafael presenteia a mulher com uma rosa branca preparada exclusivamente para ela – a rosa Luna – no dia em que ela faz sua primeira apresentação como bailarina principal no Teatro Municipal de São Paulo. A alegria do casal é interrompida quando, ao sair do espetáculo, Luna e Rafael são surpreendidos por bandidos – um deles, Guto, admirador de Cristina -, que roubam as joias de Luna. Rafael reage ao assalto e Guto atira em sua direção. Luna coloca o corpo na frente para defender o marido e leva o tiro em seu lugar.

Enquanto Rafael se desespera com a morte da mulher, em um casebre distante nasce Serena, filha de uma índia com um garimpeiro. A menina cresce em uma aldeia indígena com estranhos comportamentos. Às vezes, olha para um lago e vê uma flor que ela não conhece – uma rosa branca – refletida nas águas. Em outros momentos, desenha casas grandes que não existem na região, o que chama a atenção de sua professora na aldeia. O pajé explica que Serena tem um sonho dentro de si e que terá, um dia, que buscá-lo.

É a Luna que voltou!

Vinte anos após a tragédia com Luna, Rafael tornou-se um homem sério e fechado em si mesmo e nunca mais foi capaz de criar uma nova espécie de rosa. Enquanto isso, Serena decide partir em busca de seu sonho e vai parar na cidadezinha de Roseiral, interior de São Paulo, indo trabalhar como empregada na mansão de Rafael. Quando os dois se vêem, Serena o reconhece sem saber de onde. Há um momento mágico entre eles. Por um instante, Rafael fica estranhamente perturbado.

Serena sente algo por aquele casarão que não sabe explicar. Ao se encontrar com Felipe, filho de Luna, imediatamente tem um impulso materno pelo menino. Inicia-se assim uma trama envolta em mistério, marcada por acontecimentos inexplicáveis. Cristina e sua mãe, Débora, sentem que Serena representa uma ameaça aos seus planos: obter a fortuna de Rafael por meio de seu casamento com Cristina.

Globo – 18h
de 20 de junho de 2005
a 11 de março de 2006
227 capítulos

novela de Walcyr Carrasco
colaboração de Thelma Guedes
direção de Fred Mayrink e Pedro Vasconcelos
direção geral de Jorge Fernando
núcleo Jorge Fernando

Novela anterior no horário
Como uma Onda

Novela posterior
Sinhá Moça

PRISCILA FANTIN – Serena
EDUARDO MOSCOVIS – Rafael
FLÁVIA ALESSANDRA – Cristina
ANA LÚCIA TORRE – Débora
ELIZABETH SAVALA – Agnes
WALDEREZ DE BARROS – Adelaide
DRICA MORAES – Olívia
MALVINO SALVADOR – Vitório
LUIGI BARICELLI – Raul
ÂNGELO ANTÔNIO – Eduardo
NÍVEA STELMAN – Alexandra
FELIPE CAMARGO – Julian
BIA SEIDL – Vera
ALEXANDRE BARILARI – Guto
ERIK MARMO – Hélio
FÚLVIO STEFANINI – Osvaldo
NEUSA MARIA FARO – Divina
NICETTE BRUNO – Ofélia
FERNANDA MACHADO – Dalila
RODRIGO PHAVANELLO – Roberval
EMÍLIO ORCIOLLO NETTO – Crispim
FERNANDA SOUZA – Mirna
EMILIANO QUEIROZ – Tio Nardo (Bernardo)
ANDRÉ GONÇALVES – José Aristides
RITA GUEDES – Kátia
UMBERTO MAGNANI – Elias
SIDNEY SAMPAIO – Felipe
CECÍLIA DASSI – Mirela
MICHEL BERCOVITCH – Ciro
CARLA DANIEL – Zulmira
ERNESTO PICCOLO – Eurico
THIAGO LUCIANO – Ivan
KAYKY BRITO – Gumercindo
MARCELO FARIA – Jorge
AISHA JAMBO – Sabina
MARCELO BARROS – Alaor
LADY FRANCISCO – Generosa
ANDRÉA AVANCINI – Terezinha
ANKITO (ANCHIZES PINTO) – Falecido
ROSANE GOFMAN – Nair
RONNIE MARRUDA – Abílio
MARIAH DA PENHA – Clarice
BRUNA DI TÚLIO – Madalena
KERUSE BONGIOLO – Judite
CARLOS GREGÓRIO – Rodriguez
HILDA REBELLO – Filó
TAMMY DI CALAFIORI – Nina
JÚLIA RUIZ – Irene
LUCIANO VIANNA – Xavier
ROSINDA LOBOSCO – Iolanda
FRANCISCO FORTES – Pedro Charreteiro
LUCAS DOMSO – Amarildo
MICHEL MAX – Tadeu

as crianças
DAVID LUCAS – Terê
RENAN RIBEIRO – Carlito
CAROLINE SMITH – Ritinha
PAMELLA RODRIGUES – Paulina

e
ADILSON GIRARDI – policial
ADRIANA TOLENTINO – mulher que Olívia flagra na modista falando dela
AFRÂNIO GAMA – cliente da barbearia
ALEXANDRE DACOSTA – Heráclito (oficial de justiça que tenta entregar a intimação a Olívia)
ALEXANDRE ZACCHIA – capataz da fazenda que tenta seduzir Serena, no início
ANA BEATRIZ BRAGA – Serena (criança)
ANA JANSEN – enfermeira da clínica onde Débora leva Dalila
ANDREA DANTAS – mulher de Josias, quando Serena procura o pai após a morte da mãe
ANDRÉ MARTINS – preso na cela com Jorge
ÂNGELO PAES LEME – Terêncio Sousa Dias (Terê adulto)
ANTONIO FRAGOSO – cobra de Olívia o pagamento dos talheres do restaurante
ANTONIO MENDEL – cliente do restaurante
AUGUSTO MADEIRA – advogado de Raul que vai com o oficial de justiça para expulsar Olívia de casa
BABÚ SANTANA – um dos peões da fazenda que perseguem Serena
BETO BELLINI – freguês de um dos restaurantes de onde Jorge é demitido
BETTY FARIA – Marielza (esposa de Alaor no último capítulo)
CAIO VIDAL – menino que leva um bilhete a Serena a mando de Xavier
CARLOS SEIDL – escultor com quem Crispim encomenda uma imagem de Santo Expedito
CAROLYNA AGUIAR – Mafalda (pretendente de Vitório)
CARVALHINHO – padre que celebra o casamento de Mirna no último capítulo
CASTRO GONZAGA – Marcelino (contratado por Rafael para dar aulas de piano a Serena)
CHAGUINHA – coveiro que mostra a Serena onde é o túmulo de Luna
CHARLES MYARA – técnico que diz a Raul que as terras possuem uma reserva de minério de ferro
CHICO TERRAH – cobra de Olívia o pagamento das panelas do restaurante
CLARISSE DERZIÊ LUZ – irmã do padre que ajuda Serena a chegar em São Paulo
CLAUDIO CINTI – cliente que chega ao restaurante na hora em que Raul toma posse
DANIEL BARCELLOS – Dr. Ermelino (advogado de Raul)
DAYSE POZATO – entre os mendigos que disputam com Terê um espaço na praça
DIDA CAMERO – uma das três mulheres que se apresentam como esposas de Jorge
DIG DUTRA – freguesa de Jorge que vende mate na praia / nova encarnação de Serena, como mulher em um casal de ciganos
DJA MARTHINS – lavadeira que informa Ciro sobre a “bruxa” que vende venenos
DUSE NACARATTI – feiticeira que vende veneno à Débora e Cristina
FLÁVIO ANTÔNIO – diretor do hospital para onde Rafael é levado, após Cristina atear fogo no ateliê
FLÁVIO OZÓRIO – funcionário do mercadinho onde Mirna compra velas para Santo Antônio
FRANCISCO CARVALHO – pajé da aldeia
FRED MAYRINK – cantor no no club de Roseiral
GABRIEL CANELA – Carlito (rapaz, no último capítulo)
GILBERTO MIRANDA – entre os mendigos que disputam com Terê um espaço na praça
GLÁUCIO GOMES – cozinheiro contratado para o restaurante depois que Baltazar é demitido
GUILHERME MARTINS – patrão de Roberval na barbearia
HAYLTON FARIA – delegado
HEBE CABRAL – senhora a quem Terê pede esmolas na praça
HÉLIO RIBEIRO – representante da empresa interessada em comprar as terras do roseiral
ILVA NIÑO – Almerinda (cozinheira da fazenda onde Serena vai trabalhar no início)
JAIME LEIBOVITCH – juiz no caso de separação de Olívia e Raul
JOÃO JÚNIOR – meirinho na audiência entre Olívia e Raul sobre a posse do restaurante
JORGE CHERQUES – ginecologista de Alexandra
JORGE FERNANDO – Papai Noel
JOSÉ AUGUSTO BRANCO – Argemiro (amigo da família de Sabina)
JOSÉ CARLOS SANCHES – cliente da barbearia
JOSÉ STEINBERG – médico amigo de Dr. Julian, diagnostica Vera com um tumor inoperável
JÚNIOR LISBOA – policial
JÚLIA LEMMERTZ – Cleyde (professora de Serena na aldeia indígena)
JÚLIO BRAGA – contador do Dr. Santos
JUSSARA SILVEIRA – crooner na boate quando Rodriguez flagra Kátia com Raul
LANA GUELERO – empregada na casa de Agnes
LEILA PINHEIRO – crooner do restaurante chique onde Raul e Dalila dançam
LÉO ALBERTY – nova encarnação de Rafael, como velhinho em um casal idoso e pobre
LÉO WAINER – corretor mostra a casa de Olívia aos novos proprietários
LILIANA CASTRO – Luna (mulher de Rafael, morre na primeira fase)
LOUISE CARDOSO – Doralice (madrinha de Mirna)
LUCA DE CASTRO – médico de um dos hospitais nos quais Olívia procura Raul, que desapareceu
LUCIANA RIGUEIRA – Jacira (mãe de Serena)
LUCIANO LUPPI – camponês que leva Serena no seu carro de boi até a estrada
LUIS CARLOS BURUCA – arruma Cristina para o seu casamento
LUIS GUSTAVO – Romeu (milionário avô de Roberval)
LUÍS MAGNELLI – prefeito de Roseiral, na primeira fase
LUÍS SÉRGIO LIMA E SILVA – joalheiro com quem Olívia penhora suas joias
MÁRCIA FIALHO – cliente no restaurante, no primeiro dia de Baltazar, o novo cozinheiro
MARCO MIRANDA – juiz de paz que casa Rafael e Cristina
MARCOS SUCHARA – Josias (garimpeiro, pai de Serena)
MARCUS JARDYM – nova encarnação de Rafael, como um lorde em um casal europeu
MARIÂNGELA CANTÚ – dona da pensão de onde Jorge é expulso por falta da pagamento
MARIA SILVIA – índia velha
MÁRIO CARDOSO – Dr. Santos (advogado de Rafael)
MAURÍCIO MACHADO – Baltazar (sobrinho de Ermelino, cozinheiro que substitui Vitório no restaurante)
NILVAN SANTOS – preso na cela com Jorge
NINA DE PÁDUA – Eliete (sobrinha de Generosa, faz o vestido de noiva de Dalila)
ODENIR FRAGA – cliente da barbearia
OTHON BASTOS – padre que acolhe Serena em sua viagem a São Paulo
PAULO CARVALHO – um dos médicos que tentam salvar Luna após ela ser baleada
PEDRO FARAH – oficial de justiça que comunica Olívia que sua casa foi vendida por Raul
PIETRO MÁRIO – médico a quem Eduardo mostra os exames de Vera
RAFAEL MOLINA – gerente de um dos restaurantes de onde Jorge é demitido
RICARDO MONTOYA – garçom contratado quando Olívia recupera o restaurante de Raul
RICARDO PAVÃO – proprietário da casa onde fica a pensão da Divina, comprada por Roberval
ROBERTO BATAGLIN – médico que examina Serena e lhe dá o diagnóstico de sopro no coração
ROBERTO LOBO – médico que cuida de Cristina após sua queda na escada
RODRIGO FARO – Zacarias Príncipe (marido de Mirna, no final)
RÔMULO MEDEIROS – padre
SARAH MACIEL – menina na vila que acerta uma bolada em Olívia
THAÍSSA RIBEIRO (THAÍSSA CARVALHO) – índia jovem
VICTOR HUGO CUGULA – José Aristides (criança)
ZÉ MÁRIO FARIAS – um dos peões da fazenda que perseguem Serena

– núcleo de RAFAEL (Eduardo Moscovis), botânico bem-sucedido especializado em cultivar e criar novas espécies de rosas. Se fecha em si mesmo e se isola do mundo após perder a mulher de sua vida, vítima de um latrocídio:
a mulher LUNA (Liliana Castro), jovem doce, bailarina e pianista, que morre atingida por uma bala ao tentar defender o marido num assalto
a irmã VERA (Bia Seidl), mulher solteira e independente, amiga de Luna, professora de balé
o filho FELIPE (Sidney Sampaio), jovem rapaz educado e sensato
a empregada ZULMIRA (Carla Daniel), mulher submissa e trabalhadeira, que luta para manter o emprego
o copeiro EURICO (Ernesto Piccolo), meio atrapalhado, esconde uma paixão por Zulmira
o motorista IVAN (Thiago Luciano), irmão de Zulmira, mas o oposto dela – atrás de uma cara séria esconde seu mau-caratismo.

– núcleo de SERENA (Priscila Fantin), bela mestiça nascida em uma aldeia indígena. É frágil e delicada, porém, extremamente corajosa. Desde pequena tem um sonho misterioso que ela não consegue ao certo interpretar. Ao escutar a voz do seu coração ela será impulsionada a seguir para a cidadezinha de Roseiral, na direção de Rafael. Os dois se conhecem e nasce uma paixão. Descobre-se que Serena é a reencarnação de Luna:
o amiguinho TERÊ (David Lucas), garoto de rua que a auxilia a chegar em Roseiral
a professora CLEYDE (Júlia Lemmertz), que a auxilia em sua ida para São Paulo, indicando uma parente que poderia recebê-la
a mãe JACIRA (Luciana Rigueira), tem a filha a partir da união com um garimpeiro branco, que entretanto, não assume a relação com ela, nem a menina. Morre atacada por uma onça
o pai JOSIAS (Marcos Suchara), garimpeiro que renega a filha quando ela lhe pede ajuda. É ele também quem lidera a invasão dos garimpeiros à aldeia. No último instante, acaba poupando a filha do massacre
o melhor amigo JOSÉ ARISTIDES (André Gonçalves), índio guerreiro que desde cedo freqüenta a mesma escola que ela. Quando fica mais velho descobre que está apaixonado e a pede em casamento
o PAJÉ (Francisco Carvalho), índio sábio que guarda os mistérios das tradições indígenas e que tenta orientá-la com seus conselhos
a ÍNDIA VELHA (Maria Sílvia) que ajuda em seu nascimento e acompanha o seu crescimento.

– núcleo de CRISTINA (Flávia Alessandra), prima de Luna. Moça sonsa, dissimulada, ambiciosa e invejosa, que sempre amou Rafael e não se conformou com o casamento dele e Luna. O ódio pela prima aumentou ainda mais quando sentiu-se preterida ao ver sua avó presentear Luna com as jóias da família. Trama o roubo das jóias que culmina com a morte de Luna. Sem a prima no caminho, Cristina sente-se livre para conquistar Rafael. Até a chegada de Serena. Vai fazer de tudo para impedir que Serena se aproxime de Rafael, pois ele acredita que Serena é a reencarnação de Luna. Usa Ivan em suas armações, aproveitando o fato dele ser apaixonado por ela:
a mãe DÉBORA (Ana Lúcia Torre), de quem herdou a ambição. Mulher materialista, calculista e dissimulada, ajudará a filha a se envolver com Rafael e a afastá-lo de Serena
o bandido GUTO (Alexandre Barilari), apaixonado por ela. Cristina o instigou a roubar as jóias em troca da promessa de fugirem juntos. Mas ele acaba matando Luna e foge sozinho. Anos depois, retorna para buscar as jóias que estão em poder de Cristina. É preso e promete contar toda a verdade caso ela não fuja com ele. É morto e seu espírito passa a atormentar Cristina
o comparsa de Guto, XAVIER (Luciano Vianna).

– núcleo de ADELAIDE (Walderez de Barros), avó de Luna e Cristina, mãe de Débora. Senhora espiritualizada, justa e bondosa, é a primeira a reconhecer a alma de Luna no corpo de Serena:
a outra filha, AGNES (Elizabeth Savala), mãe de Luna. Mulher de bom coração, porém amarga, torna-se rígida e incrédula depois do assassinato da filha. A princípio, resiste à idéia de que Serena é Luna que voltou, mas, diante das provas, acaba reconhecendo a filha na indígena
o motorista CIRO (Michel Bercovicth), rapaz misterioso que emprega-se em sua casa para investigar a morte de Luna e o sumiço das jóias. Desperta uma paixão em Agnes, que a faz mudar seu modo de encarar a vida.

– núcleo de EDUARDO (Ângelo Antônio), médico da cidade, bom sujeito e melhor amigo de Rafael. Apaixonado por Vera, esconde de todos que é casado, pois sua mulher é doente e vive num sanatório:
a esposa ALEXANDRA (Nívea Stelmann), não era de conhecimento de ninguém sua relação com o médico, pois é tida como doente mental. Na verdade, ela ouve vozes de espíritos que a atormentam. Ao chegar em Roseiral, começa um tratamento que vai curá-la
o médico espírita JULIAN (Felipe Camargo), que vem a Roseiral para tratar do mal de Alexandra. Usa terapias de regressão em seus tratamentos. É ele quem confirma que Serena é a reencarnação de Luna
a assistente de Julian, SABINA (Aisha Jambo), moça sensitiva. Negra, filha de nobres da Martinica, vai sentir preconceito por conta de sua raça
a secretária do consultório de Eduardo, JUDITE (Keruse Bongiolo)
a enfermeira de Alexandra, NAIR (Rosane Gofman).

– núcleo de OLÍVIA (Drica Moraes), amiga de Luna e Vera. De família rica e tradicional, é uma mulher fútil que só pensa em vestidos e perfumes. Enganada pelo marido, vê seu mundo de dondoca ruir quando ele se apossa de seus bens. Abandonada e sem dinheiro, consegue alugar uma casinha na vila. Com o tempo abre um restaurante na cidade, que desperta a cobiça do marido:
o ex-marido RAUL (Luigi Baricelli), cafajeste, inescrupuloso e mulherengo. Falso amigo de Rafael, nutre um desejo de vingança por ele ter se casado com Luna, a quem amava na juventude. Quando o restaurante de Olívia começa a fazer sucesso, ambiciona apoderarar-se dele também
os filhos MIRELA (Cecília Dassi), jovem bonita e delicada, apaixonada por Felipe, mas o pai é contra o namoro. Ajudará a mãe em seus momentos difíceis
e CARLITO (Renan Ribeiro), menino mimado, que não aceita a separação dos pais. Idolatra a pai, que desconhece ser um mau-caráter.

– núcleo de CRISPIM (Emílio Orciollo Netto), caipira simplório e inocente que vive num sítio. Trabalha na plantação de rosas de Rafael. Não quer que a irmã de aproxime de homem algum, e, a cada pretendente que aparece, o joga no chiqueiro:
a irmã MIRNA (Fernanda Souza), romântica, seu maior sonho é casar, e seu maior medo é ficar “encalhada”. Sofre por seu irmão não permitir que ela se aproxime dos rapazes. Sua melhor amiga e confidente é a pata DORALICE. Vai trabalhar na loja de rosas
o tio NARDO (Emiliano Queiroz), ingênuo e de bom coração, gosta da natureza e por isso trabalha há muitos anos com Rafael no cultivo e na venda de rosas
JORGE (Marcello Faria), por quem Mirna se apaixona. Vem a Roseiral para trabalhar como maître no restaurante de Olívia. Finge-se de amigo de Crispim para namorar Mirna. Na verdade, não passa de um “don juan”.

– núcleo da pensão Divina, onde moram os personagens cômicos da novela:
os proprietários da pensão, OSVALDO (Fúlvio Stefanini), sapateiro bonachão, e a mulher, DIVINA (Neusa Maria Faro), que dá nome à pensão. Os dois vivem um casamento feliz, apesar do sufoco do dia-a-dia. Ele é apaixonado por ela, a quem trata de “meu repolho”. Ela se acha linda, mas na verdade é uma mulher muito feia! Divina é prima de Cleyde e, com uma indicação dela, dá guarida a Serena quando ela chega a Roseiral
a mãe de Divina, OFÉLIA (Nicette Bruno), velha rabugenta que vive reclamando de tudo. Implica com o genro, que chama de traste. Preconceituosa, e fofoqueira
o pai de Divina, o FALECIDO (Ankito), que abandonou Ofélia há muito tempo e sumiu na vida, fugindo com uma dançarina de cabaré. Ofélia sempre escondeu de todos que havia sido abandonada pelo marido, dizendo que ele morrera. Ela reluta em aceitá-lo quando ele a reencontra
os filhos VITÓRIO (Malvino Salvador), mandão e briguento, é um chef de cozinha de mão cheia que vai trabalhar no restaurante de Olívia, por quem se apaixona. A paixão dos dois começa com uma implicância que um sente pelo outro. A família dele não aceita seu envlvimento com Olívia, a quem tratam por “separada”
DALILA (Fernanda Machado), apesar da boa formação, é uma alpinista social, no que difere de todos da sua família. Trabalha como vendedora na loja de rosas. Vive um romance secreto com Raul, de quem engravida, para o desespero da família
HÉLIO (Erik Marmo), rapaz bom caráter que trabalha na sapataria com o pai. Apaixona-se por Serena quando a conhece, mas ela sente por ele apenas uma grande amizade. Ele é o primeiro a defendê-la, sempre. Vai apaixonar-se por Sabina, a quem a família renega por ela ser “tostadinha”
NINA (Tammy di Calafiori), garota bonita e meiga, aproveita uma briga entre Felipe e Mirela para se aproximar dele
os moradores da pensão:
ROBERVAL (Rodrigo Phavanello), sujeito de boa índole, morre de amores por Dalila, mas é um “pé-rapado”, que não tem onde cair morto, por isso é rejeitado por ela. Quando Raul abandona Dalila grávida, ele assume a paternidade da criança e os dois se casam. Mais tarde ele descobre ser herdeiro de uma grande fortuna, quando é encontrado por seu avô, ROMEU (Luis Gustavo), um homem rico que estava em seu encalço
TEREZINHA (Andréa Avancini), moça ambiciosa que gaba-se de ter sido miss em sua cidade, mas que não passa de uma balzaquiana encalhada e futriqueira. Apaixonada por Raul, alia-se a ele em suas armações.
ALAÔR (Marcelo Barros), nordestino boa gente e engraçado, vendedor de algodão-doce, vai trabalhar como garçon no restaurante de Olívia
GUMERCINDO (Kayky Brito), rapazola atrapalhado que trabalha como garçon no clube de Roseiral. Demitido vai trabalhar no restaurante de Olívia, e começa a namorar Mirela quando ela quer fazer ciúmes para Felipe
DONA GENEROSA (Lady Francisco), não mora na pensão, mas faz suas refeições lá. Dona da sorveteria de Roseiral, vive atrás de um mexerico. É ela que descobre a relação de Dalila e Raul, e, mais tarde, o marido de Ofélia. No passado, havia sido dançarina de cabaré.

– núcleo de KÁTIA (Rita Guedes), moça sensual e ambiciosa, usa a beleza para conseguir o que quer. É o objeto de desejo de Gumercindo, e também de Crispim, que a chama de “Anja”, por achar que ela é pura e inocente. Invejada pelas mulheres da cidade, que acham que ela não passa de uma sirigaita. Envolve-se com Raul, Jorge, e outros:
o pai ELIAS (Humberto Magnani), espiritualizado e sábio, conhece bem a filha que tem e sofre por isso. Também faz suas refeições na pensão Divina. É um grande amigo de Adelaide
a filha RITINHA (Caroline Smith), educada pelo avô Elias, é mantida em segredo pela mãe, pois a teve solteira
RODRIGUEZ (Carlos Gregório), dono do clube da cidade, com quem se envolve por interesse.

– núcleo de ABÍLIO (Ronnie Marruda), advogado conhecido por ser bom caráter e honesto. Trabalha com Rafael, mas, através de uma armação de Raul, perde o emprego e fica na pobreza:
a esposa CLARISSE (Mariah da Penha), fofoqueira, lê cartas, e não sai da pensão Divina
a filha PAULINA (Pamella Rodrigues), simpática e sorridente.

– demais personagens:
MADALENA (Bruna di Túlio), a modista da cidade. Interesseira, envolve-se com Eduardo, e depois com Raul, mas o engana com um novo namorado, TADEU (Michel Max)
FILÓ (Hilda Rebello), atendente na loja de rosas, todos acham que ela é desligada, mas sabe de tudo o que acontece ao seu redor, inclusive do romance secreto de Dalila
IRENE (Júlia Ruiz), amiga de Ritinha e Paulina, mora na vila onde está a pensão Divina
os pretendentes de Mirna, PEDRO CHARRETEIRO (Francisco Fortes) e AMARILDO (Lucas Domso)
IOLANDA (Rosinda Lobosco), funcionária da sorveteria de Dona Generosa
DR. SANTOS (Mário Cardoso), advogado de Rafael
DR. ERMELINO (Daniel Barcellos), advogado de Raul
o DELEGADO (Haylton Faria) de Roseiral e o GUARDA (Adilson Girardi)
o JUIZ (Jaime Leibovitch) que julga a separação e reconciliação de Raul e Olívia
o PADRE (Rômulo Medeiros) de Roseiral.

Sucesso

Alma Gêmea tornou-se um dos maiores sucessos da década de 2000. Fenômeno de audiência, os números do Ibope na Grande São Paulo foram considerados altos para o horário, já que, na maioria das vezes, a trama ultrapassou a audiência da novela das sete contemporânea, Bang Bang e, vez ou outra, da novela das nove, Belíssima.

Em setembro de 2005, Alma Gêmea já era o segundo programa mais assistido do Brasil. Por causa disso, a novela ganhou mais 25 capítulos e teve mais um intervalo comercial, além dos três tradicionais. (*)

O sucesso pode ser explicado pela trama de grande apelo popular, fantasiosa, assumidamente melodramática, explorando ao máximo os recursos do folhetim, com personagens maniqueístas, uma casal romântico central forte, vilãs extremamente más e um núcleo cômico popular.

Antecedentes

Em 2004, pouco tempo após o fim de sua novela Chocolate com Pimenta, Walcyr Carrasco foi questionado pela direção artística da Globo: “Qual a sua próxima novela?”. O autor lembrou de uma ideia concebida há muito tempo e que, a princípio, seria para um romance. Sequer tinha uma sinopse. Mesmo assim, resolveu submetê-la à direção da emissora. Escreveu seis linhas relatando a ideia principal e a enviou. “E foi a primeira novela aprovada por e-mail na TV Globo”, disse o autor durante o workshop da trama.

Para realizar a novela, Walcyr Carrasco pesquisou sobre aldeias indígenas, reencarnação e como são produzidas as rosas – sem se aprofundar nos temas e tomando bastante liberdade criativa.

A cultura indígena já foi tema de outras novelas, como Aritana (1978-1979), Uga Uga (2000-2001) e a minissérie A Muralha (2000). Também a reencarnação serviu de inspiração para autores criarem tramas como A Viagem (1994), Anjo de Mim (1996-1997), Além do Tempo (2015), Espelho da Vida (2018-2019) e outras.

Porém, Carrasco foi acusado de plágio. Primeiro o escritor Carlos de Andrade entrou com um processo alegando que a história de Alma Gêmea era uma cópia literal de seu livro “Chuva de Novembro”, lançado em 1997. Depois foi Shirley Costa que processou o autor pelas semelhanças que viu entre a novela e seu romance “Rosácea”. Shirley alegou que tinha como provar que Carrasco esteve em contato com o seu livro. No fim, o autor foi absolvido dos dois processos.

Elenco

Destaque para as vilãs vividas por Ana Lúcia Torre e Flávia Alessandra: Débora e Cristina, mãe e filha na trama, que anos depois viraram memes na internet, com imagens e gifs animados das personagens – como a frase “Enfim os refrescos!”, com um gif de Débora fazendo um brinde, e “Que hinooo!”, usado para músicas pop, com uma imagem de Cristina enlouquecida no incêndio.

Também frases relacionadas à protagonista Serena, vivida por Priscila Fantim, hoje usadas com deboche na internet, como “Serena, você também é branca!” e a pronúncia da personagem para São Paulo: “Sapaolo”.

Outro destaque no elenco foi Fernanda Souza, como a doce e ingênua caipirinha Mirna, formando uma divertida dupla com Crispim (Emílio Orciollo Netto), seu irmão controlador.

Também divertiram os telespectadores o casal Osvaldo e Divina (Fúlvio Stefanini e Neusa Maria Faro) e todo o núcleo da pensão de que eram proprietários.
Por sua atuação na novela, Fúlvio Stefanini foi eleito pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) o melhor ator da televisão em 2005.

Fred Mayrink, um dos diretores da novela, apareceu em algumas cenas cantando clássicos de Frank Sinatra, como crooner no clube de Roseiral, cenário da trama.
E Jorge Fernando (o diretor geral), como de praxe nas novelas que dirigia, fez uma ponta, como o Papai Noel.

Primeira novela na Globo do ator Sidney Sampaio. Primeira novela inteira na Globo da veterana atriz Neusa Maria Faro (antes ela havia feito participações pontuais).
Primeira novela das atrizes Tammy Di Calafiori e Júlia Ruiz e dos atores Rodrigo Phavanello, Thiago Luciano, Michel Bercovitch e David Lucas (este, com 10 anos na época).

O elenco recebeu aulas de prosódia, para falar como índios, caipiras e nordestinos, e sobre cultura indígena. Liliana Castro fez aulas de piano e aprendeu passos de balé. Eduardo Moscovis conheceu técnicas de enxertos e plantações de rosas.

A pele morena e os cabelos lisos costumam credenciar o ator André Gonçalves a interpretar tipos indígenas na TV, tanto que pela terceira vez ele viveu um personagem assim. O ator já havia encarnado índios em A Muralha (2000) e no infantil Sítio do Picapau Amarelo (2001).

Efeitos especiais

Efeitos em 3D foram usados nas cenas da passagem de Luna (Liliana Castro) para outra dimensão, quando ela entra em um túnel de luz, cai em um labirinto e voa sobre uma cidade. O mesmo recurso foi utilizado na criação das rosas que saem do livro, já no primeiro capítulo da novela. (*)

Locações e cenografia

As gravações das primeiras cenas foram realizadas em Niterói (RJ), Carrancas (MG) e Bonito (MS), onde foi construída a aldeia em que a mestiça Serena (Priscila Fantin) viveu, na primeira fase da história.
Em São Paulo, locais históricos como a Estação Júlio Prestes, a Pinacoteca do Estado, o Museu do Ipiranga e a Catedral da Sé.

A cidade cenográfica de Roseiral, construída na Central Globo de Produção (Projac), foi inspirada em várias localidades, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro da época em que se passa a trama (década de 1940). Também foram usadas como referências cidades do interior de São Paulo, como Bernardino de Campos (onde nasceu o autor Walcyr Carrasco), e a estância hidromineral Águas de Santa Bárbara; além de municípios do Paraná, como Castro, Morretes, Antonina e Lapa. Erguida em uma área de 9 mil m², Roseiral comportava as casas de Rafael (Eduardo Moscovis) e Agnes (Elizabeth Savala), o prédio residencial de Vera (Bia Seidl), a vila da pensão de Divina (Neusa Maria Faro), além de igreja, loja de flores, farmácia, estação de trem, barbearia, mercearia, prefeitura, cinema, sorveteria, consultório médico e sapateiro, alguns com interior. (*)

A estufa, um dos cenários relevantes da trama, ganhou uma parte externa na cidade cenográfica e interior em estúdio. Este foi um dos ambientes mais trabalhosos por causa da manutenção das rosas. As flores tinham de ser guardadas em geladeira, a uma temperatura entre 8ºC e 12ºC, e não podiam ficar em locais abafados. Rosas artificiais foram misturadas às naturais para compor o cenário. (*)

Figurinos e caracterizações

Entre os destaques de figurinos e caracterizações, estava a vilã Cristina (Flávia Alessandra), em vestidos justos que abusavam das cores vermelho, roxo e vinho, com cabelos blonde fatale – como uma típica vilã de desenho animado.

A personagem Kátia (Rita Guedes), que misturava o visual das atrizes Veronica Lake, Lana Turner e Rita Hayworth ao de Jessica Rabbit, personagem animada do filme Uma Cilada para Roger Rabbit (1988).

Repetecos

Alma Gêmea foi reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo em duas ocasiões: de 24/08/2009 a 12/03/2010, e a partir de 29/04/2024.

Também reprisada no Viva (canal de TV por assinatura pertencente ao Grupo Globo) entre 31/01 e 22/10/2022, às 15 horas, com reprise às 23h45.

A novela foi disponibilizada no Globoplay (plataforma streaming do Grupo Globo) em 21/11/2022.

(*) Site Memória Globo

Trilha sonora nacional

01. ÍNDIA – Roberto Carlos (tema de Serena)
02. QUEM SABE ISSO QUER DIZER AMOR – Milton Nascimento (tema de Hélio)
03. UM SEGREDO E UM AMOR (SECRET LOVE) – Sandy (tema de Mirela)
04. MARGARIDA – Roupa Nova (tema de Mirna)
05. ALMA GÊMEA – Fábio Júnior (tema de abertura)
06. ETERNO AMOR (TRUE LOVE) – Cídia & Dan (tema de Mirela e Filipe)
07. UMA VEZ MAIS – Ivo Pessoa (tema de Rafael e Serena)
08. DIZ NOS MEUS OLHOS (INCLEMÊNCIA) – Zélia Duncan (tema de Cristina)
09. EU NÃO EXISTO SEM VOCÊ – Maria Bethânia (tema de Agnes e Ciro)
10. LINDA FLOR (YAYÁ, AI YOYO) – Gal Costa (tema de Olívia)
11. A VIDA QUE A GENTE LEVA – Leila Pinheiro (tema de Dalila)
12. ESTRADA DO SERTÃO – Elba Ramalho (tema de Mirna e Crispim)
13. TODO SEU QUERER – Fagner (tema de Vitório)
14. UM SONHO DE VERÃO (MOONLIGHT SERENADE) – Jussara Silveira (tema de Kátia)
15. ACIDENTE DE AMOR – Gino & Geno (tema de Crispim)
16. SUÍTE DOS ÍNDIOS – Mú Carvalho (tema da tribo de Serena)

Sonoplastia: Thanus Chalita e Francisco Sales
Produção musical: Mú Carvalho
Direção musical: Mariozinho Rocha

Trilha sonora internacional

01. MY FUNNY VALENTINE – Rod Stewart (tema de Rafael e Serena)
02. MOONLIGHT SERENADE – Carly Simon (tema romântico geral)
03. MR. LONELY – Fabianno (tema de locação: Roseiral)
04. LA VIE EN ROSE – Stringe Orchestra (tema de locação: Roseiral)
05. AMAPOLA – The Royal Phillarmonic Orchestra (tema de locação: Roseiral)
06. AL DI LÁ – Paolo (tema de Vitório e Olívia)
07. FLY ME TO THE MOON (IN OTHER WORDS) – Peter Jones (tema para festas)
08. BLUE MOON – SNZ (tema de locação: restaurante de Olívia e tema das vinhetas de intervalo)
09. MISTY – Ivo Pessoa (tema de locação: Roseiral)
10. THE LOVER (PRELUDE) – John K. Steffen (tema de locação: Roseiral)
11. AT LAST – Kenny G featuring Artur Sandoval
12. SWAY (QIEN SERÁ) – Dean Martin (tema geral)
13. FRENESÍ – Montserrat (tema geral)
14. MAMBO Nº 8 – Mambo Project (tema da pensão Divina)

Seleção de repertório: André Werneck e Jorge Fernando

Tema de abertura: ALMA GÊMEA – Fábio Júnior

Por você eu tenho feito e faço tudo que eu puder
Pra que a vida seja mais alegre do que era antes
Tem algumas coisas que acontecem
Que é você quem tem que resolver
Acho graça quando às vezes, louca
Você perde a pose e diz foi sem querer
Quantas vezes no seu canto em silêncio
Você busca o meu olhar
E me fala sem palavras que me ama
Tudo bem, tá tudo certo
De repente você põe a mão por dentro
E arranca o mal pela raiz
Você sabe como me fazer feliz
Carne e unha, alma gêmea, bate coração
As metades da laranja, dois amantes, dois irmãos
Duas forças que se atraem sonho lindo de viver
Estou morrendo de vontade de você…

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