Sinopse
Ao redor da escrava Iná Inerã e do negro alforriado Lucas Tavares, tendo como cenário principal a fazenda do Coronel Macedo Tavares, desenrolam-se os fatos que culminam com a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel, em 13 de maio de 1888.
O sonho de liberdade de Iná, uma escrava rebelde de comportamento guerreiro, tendo como contraponto o ideal pacifista de Lucas Tavares, que pretende o fim da escravatura por meio das leis.
os escravos
ÂNGELA CORRÊA – Iná Inerã
LUÍS ANTÔNIO PILAR – Lucas Tavares
LÉA GARCIA – Aparecida
JOSÉ DE ARAÚJO – Nzenga
THIAGO JUSTINO – Olokini
KADU KARNEIRO – Mamadu (Elias)
LUIZA GOMES – Adeta
ERIVALDO CASAN – Idaji
CÍNTIA RACHEL – Ododô
FÁTIMA SERAFIM – Chica
família Macedo Tavares
MILTON MORAES – Coronel Hipólito Macedo Tavares
MARTHA OVERBECK – Dona Emília
EDNEY GIOVENAZZI – Padre Ramos
EMILIANO QUEIRÓZ – Osvaldo
MIRA HAAR – Florinda
DOMINIQUE AFONSO – Estela
CELINE IMBERT – Elvira
família Imperial
TEREZA RACHEL – Princesa Isabel
ODILON WAGNER – Conde D’Eu
CARLOS KROEBER – Dom Pedro II
deputados e senadores
JOSÉ LEWGOY – Barão de Cotegipe
MÁRIO LAGO – Paulino de Souza
LUIZ ARMANDO QUEIRÓZ – Joaquim Nabuco
RÚBENS CORRÊA – Andrade Figueira
IVAN DE ALBUQUERQUE – Quintino Bocaiúva
ANGELITO MELLO – Rodolfo Dantas
JOSÉ AUGUSTO BRANCO – Conselheiro João Alfredo
abolicionistas
EDWIN LUISI – Ângelo Agostini
CRISTINA PROCHASKA – Abigail
BUZA FERRAZ – Silva Jardim
JORGE COUTINHO – André Rebouças
SEBASTIÃO LEMOS – Luís de Andrade
ALBY RAMOS – Seixas Magalhães
RENATO COUTINHO – João Clapp
BRENO MORONI – Gustavo de Lacerda
WÁLTER SANTOS – José do Patrocínio
SERAFIM GONZALEZ – Desembargador Coelho Bastos
VALDIR FERNANDES – Capitão Moreira César
e
JOSMAR MARTINS – Manoel
ALFREDO MURPHY – Raimundo
SILVIO POZATTO – Navarro
PIETRO MÁRIO
IVAN DE ALMEIDA
ROBERTO LOPES
CLÁUDIO RAMOS
HÉLIO DA GAMA
ALOYSIO PIMENTEL
WALDIR FIORI
MARCOS AMERICANO
JOSÉ DE FREITAS – juiz
Centenário da Abolição
Primeira parceria da Globo com produtores independentes, a Avan e a Cininvest Produção Vídeo Cinematográfica, com produção geral de Paulo César Ferreira.
Minissérie em quatro capítulos lançada em comemoração ao Centenário da Abolição da Escravatura. Não foi exibida durante o mês de maio, quando se celebra a data, mas durante a semana do aniversário da morte de Zumbi (20 de novembro de 1695), o líder negro da Revolta dos Palmares.
O projeto estendia-se com outra minissérie, República, exibida exatamente um ano depois e que comemorava o Centenário da Proclamação da República.
Tropeço
O desencanto do público atingiu os dois trabalhos. A preocupação do diretor Walter Avancini em não ser didático significou o principal tropeço. Impossível tratar o tema, em data comemorativa, sem o elo do compasso histórico.
De positivo ficou o trabalho de Ângela Corrêa, que chamou a atenção com sua segurança e beleza. Uma estreia promissora. Lamentável que, nesta época, a dramaturgia nacional reservasse tão limitadas oportunidades a atores negros.
Tratamento linguístico
A minissérie teve mais de 100 atores e três mil figurantes. A utilização de pequenos trechos falados em iorubá – língua dos negros africanos – e em português com sotaque francês ou italiano, mostrou o cuidado da produção na reconstituição dos tipos que circulavam na corte e na zona rural da época.
O tratamento linguístico ficou a cargo da professora Íris Gomes da Costa, que já havia trabalhado com Walter Avancini na minissérie Grande Sertão, Veredas, em 1985.
Abolição contou ainda com a colaboração do historiador Francisco Alencar, que durante dois meses coordenou o trabalho de reconstituição histórica.
E mais
A trilha sonora, produzida por Murilo Alvarenga – em especial o hino da juventude sul-africana, que marcava as cenas mais fortes da minissérie, e o “Canto de Ossanha” -, reforçava o drama dos negros brasileiros na época.
O personagem Lucas Tavares (Luís Antônio Pilar) retornou na minissérie República, bem como a família imperial, com os mesmos intérpretes.
Abolição foi reprisada pelo Viva (canal de TV por assinatura pertencente à Rede Globo), na íntegra, de 3 a 24/11/2019, em capítulos semanais, apenas aos domingos, às 22h45.
Terminei de assistir agora a minissérie e achei impressionante o talento da atriz principal.
A minissérie é boa.