Sinopse

Pedro Lemos deixou a cidadezinha de Laranjais há quase trinta anos e partiu para a capital, Rio de Janeiro, para estudar Direito. Tornou-se um criminalista bem-sucedido. Quem sempre acompanhou a sua carreira foi a romântica Madalena Caldas, a noiva que ele prometera casar e que nunca mais viu. Ela ainda o espera alheia às diferenças políticas entre suas famílias.

Os Lemos representam a situação, na figura do prefeito Perácio, irmão de Pedro. Os Caldas, a oposição, liderados por Marta, irmã de Madalena, mulher severa, inconformada com o irmão, Tomé, que não quis seguir a carreira política do falecido pai. Tomé é um sonhador, um artista apaixonado pelo universo circense, magoado pelas decepções amorosas que sofreu na vida.

Longe de Laranjais, Pedro casou-se, teve um filho, Cláudio, e enviuvou, mas continuou prometendo casamento às mulheres com as quais se envolveu. De volta à sua terra, encontra a família em campanha política e uma noiva apaixonada. Enquanto isso, o Gran Circo Internacional visita a cidade. Com ele, Das Graças, antiga paixão de Tomé que o abandonou no passado, com quem ele se apresentava às crianças como o palhaço Estopim.

Globo – 18h
de 7 de fevereiro a 23 de maio de 1977
91 capítulos

novela escrita por Sylvan Paezzo e Benedito Ruy Barbosa
baseada na peça de Viriato Corrêa
direção de Herval Rossano e Milton Gonçalves
direção geral de Herval Rossano

Novela anterior no horário
Escrava Isaura

Novela posterior
Dona Xepa

HERVAL ROSSANO – Pedro Lemos
ARACY CARDOSO – Madalena Caldas
ARY FONTOURA – Tomé Caldas / Estopim
MONAH DELACY – Das Graças
BEATRIZ LYRA – Marta Caldas
CASTRO GONZAGA – Perácio Lemos
ÍSIS KOSCHDOSKI – Zulmira Caldas
LAURO GÓES – Cláudio Lemos
MARCELO PICCHI – Júnior (Perácio Lemos Jr.)
LÍDIA BRONDI – Lúcia / Lúcio
PAULO GONÇALVES – Alvarez
TAMARA TAXMAN – Dalva
ÉLCIO ROMAR – Juan Carlos
MARÍLIA BARBOSA – Ritoca
ARTHUR COSTA FILHO – Dr. José Medeiros
WELLINGTON BOTELHO – Bruno
FERNANDO JOSÉ – Manoel Tavares
MARCUS TOLEDO – Nelson
PATRÍCIA BUENO – Lurdinha
WALTER MORENO – Sebastião
GILDA SARMENTO – Generosa

e
CRISTINA MULLINS – Débora (uma das sete ex-noivas de Pedro no Rio)
MARIA POMPEU – Fátima (uma das sete ex-noivas de Pedro no Rio)
RECO-RECO como ele mesmo, palhaço do circo
SILVIA SALGADO – Berenice (uma das sete ex-noivas de Pedro no Rio)
TOQUINHO como ele mesmo, palhaço do circo
TREME-TREM como ele mesmo, palhaço do circo
Clóvis (delegado de Laranjais)

– núcleo de PEDRO LEMOS (Herval Rossano), viúvo, advogado criminalista bem-sucedido, amplamente realizado na vida profissional, mas que não consegue a mesma estabilidade na vida afetiva. Nascido e criado na cidadezinha de Laranjais, no interior do Rio de Janeiro, foi embora há 28 anos para estudar Direito na capital e nunca mais retornou, deixando para trás uma noiva, a quem prometeu casamento à sombra dos laranjais. Muitos anos depois, após a viuvez, envolveu-se e prometeu casamento a sete mulheres – uma delas uma condessa. Cada noiva acabou descobrindo seu compromisso com as demais, passando a exigir-lhe uma definição. Perseguido e acuado, sua única saída é voltar para sua cidade-natal. Porém, Pedro não contava que a noiva da juventude ainda o estivesse esperando para cumprir a sua antiga promessa:
o filho CLÁUDIO (Lauro Góes), segue a profissão do pai. Na vida sentimental, tem um comportamento oposto ao dele. Namorando a mesma moça há alguns anos, resolve noivar, mas, à véspera do compromisso, ela desiste do noivado. Desiludido e decidido a não mais amar, acompanha o pai a Laranjais, procurando manter-se afastado das mulheres. Mas não conseguirá resistir por muito tempo
o irmão mais velho, PERÁCIO (Castro Gonzaga), viúvo, atual prefeito de Laranjais, da coligação PSD-PTB, partidos da direita. Típico político demagogo, teme qualquer situação que possa lhe roubar um voto. Por isso se diz torcedor do Flamengo, quando na verdade torce pelo América. Ainda vangloria-se de uma fictícia amizade com Getúlio Vargas, inventando passagens envolvendo os dois
o sobrinho JÚNIOR (Marcelo Picchi), único filho de Perácio. Seu pai quer vê-lo formado em Medicina para iniciá-lo na vida política, mas Júnior não tem a menor vontade
a noiva de Cláudio no Rio, LURDINHA (Patrícia Bueno), moça dissimulada, é obrigada a romper seu compromisso após ser surpreendida por um amigo dele quando se encontrava com outro rapaz
o melhor amigo de Cláudio, NELSON (Marcus Toledo), descobre as mentiras de Lurdinha e a pressiona a desfazer o noivado
as noivas abandonadas por Pedro no Rio: FÁTIMA (Maria Pompeo), BERENICE (Silvia Salgado), DÉBORA (Cristina Mullins), a CONDESSA (apenas citada) e mais três (sem nomes)
o misterioso MANOEL TAVARES (Fernando José), segue Pedro. Está sempre presente nos lugares frequentados por ele. Ao final da trama, é revelado que trata-se de um detetive particular contratado pela condessa para seguir os seus passos.

– núcleo de MADALENA CALDAS (Aracy Cardoso), moradora de Laranjais, mulher romântica, sonhadora, crédula e ingênua. Há 28 anos espera que o noivo Pedro retorne do Rio de Janeiro para cumprir a promessa de casamento. Um dia, sua avó lhe disse que todas as juras de amor feitas à sombra dos laranjais eram cumpridas. A de Pedro aconteceu assim, por isso o espera. Passou os anos colecionando recortes de jornais e revistas com publicações sobre seu amado. Vibra de felicidade quando fica sabendo que ele regressará. Entendendo como lhe convém, Madalena acredita que Pedro volta para se casarem, o que a leva a movimentar Laranjais para a sua tão adiada festa de casamento:
os irmãos: MARTA (Beatriz Lyra), solteirona, mãe de uma filha de criação. Mulher prática, severa e intransigente que lidera a família com mãos de ferro. Inconformada com a atitude do irmão, que não quis seguir a carreira política do falecido pai, tornou-se ela mesma a principal adversária de Perácio Lemos na disputa pelo poder em Laranjais, candidata pela UDN, partido da esquerda, que faz oposição ao atual governo. É menos demagoga que o prefeito. Costuma pedir conselhos e desabafar seus problemas diante do retrato do falecido pai,
e TOMÉ (Ary Fontoura), homem sensível e melancólico, marcado pelas decepções amorosas que sofreu ao longo da vida. Preocupa-se com Madalena por causa do retorno de Pedro à cidade. Sabendo que ele não tem a menor pretensão de casar-se, vai ao seu encontro na estação ferroviária da cidade anterior para colocá-lo a par dos acontecimentos. Neste momento, reencontra uma artista de circo que fora sua paixão do passado, o que reacende nele sentimentos adormecidos. Tomé vai acabar se realizando na arte por meio do circo, como o palhaço ESTOPIM
a sobrinha ZULMIRA (Ísis Koschdoski), filha de criação de Marta. Romântica como a tia, porém prática como a mãe, já que tem o seu mesmo temperamento decidido. Com a chegada de Pedro e Cláudio, vai interessar-se pelo pai, enquanto desperta o interesse do filho.

– núcleo do Gran Circo Internacional, um circo mambembe que luta duramente para sobreviver. Percorre cidades do interior anunciando seus números de variedades e teatro na esperança de arquibancadas cheias e de reviver os tempos de glória do passado:
o proprietário ALVAREZ (Paulo Gonçalves), homem sonhador e apaixonado pelo universo circense, apesar de cansado e quase falido. Acredita sempre que a próxima cidade será melhor, apesar da oposição da mulher. Além de administrar o circo e apresentar os espetáculos, também atua como domador de feras e um mágico chinês
a mulher de Alvarez, DALVA (Tamara Taxman), seu segundo casamento, bem mais jovem que ele. Não tem qualquer ligação com o circo e, sempre que possível, tenta convencer o marido a abandonar o picadeiro. Realista e prática, é o contraponto aos sonhos de Alvarez
a filha de Alvarez, LÚCIA (Lídia Brondi), do primeiro casamento. Adolescente ingênua pelo excesso de zelo do pai, que a veste de menino, como LÚCIO, para evitar o assédio dos homens. Como a vida circense é nômade, não teve tempo para aprender a ler e a escrever, o que a envergonha. Júnior descobre a farsa de Lúcio/Lúcia e acaba apaixonado por ela, enfrentando a oposição de seu pai Perácio, que vê no relacionamento o fim de sua carreira na política
a estrela da companhia DAS GRAÇAS (Monah Delacy), mulher que finge ser bem-sucedida na vida profissional, inventando que empresários a disputam para trabalhar no teatro. Na verdade, carrega um passado que a desgosta e a faz sofrer, mas não quer que sintam pena dela. Foi o amor do passado de Tomé, com quem teve uma filha, mas o abandonou e abandonou sua bebê, o que deixou Tomé traumatizado. Ao reencontrá-lo, a antiga paixão reacende. Também reencontra sua filha, já crescida: é Zulmira, criada por Marta e Tomé – que, por sua vez, desconhece sua origem e nem imagina que o tio Tomé é na realidade seu pai
o cantor de tangos e boleros JUAN CARLOS (Élcio Romar), cearense de nascimento e conquistador inveterado. Fala com sotaque espanhol, fingindo-se uruguaio. Quando é obrigado a cantar música brasileira, o faz com sotaque. Não passa um minuto sem fazer pose, disfarçando a roupa barata em gestos exagerados. Também atua como o homem-gorila do circo, fantasiando-se como tal para não ser reconhecido
os palhaços TREME-TREME, TOQUINHO e RECO-RECO.

– núcleo de RITOCA (Marília Barbosa), amiga e confidente de Zulmira. Sua principal aspiração é casar, independentemente do noivo. Acaba apaixonada por Cláudio quando o conhece, ao mesmo tempo em que torna-se alvo do amor de Juan Carlos:
os pais, donos de uma pensão: SEBASTIÃO (Walter Moreno), maquinista de trem, muitas vezes fora fazendo viagens,
e GENEROSA (Gilda Sarmento), que cuida da pensão, cozinhando e limpando.

– demais moradores de Laranjais:
DR. JOSÉ MEDEIROS (Arthur Costa Filho), médico da cidade, homem simples, paciente, caridoso e fatalista. Sob determinados aspectos, é uma versão masculina de Madalena, por quem é apaixonado, mas ela o enxerga apenas como um amigo. Enquanto Madalena espera por Pedro, José espera por ela
BRUNO (Wellington Botelho), amigo do Dr. José, dono da farmácia de Laranjais, ponto de encontro da cidade, onde se discute política. Assume uma posição volúvel quanto à política local. Ora parece estar inclinado a ouvir os apelos de Marta Caldas, ora concorda com os discursos de Perácio Lemos. Na verdade, faz jogo duplo
o delegado CLÓVIS, investiga as poucas ocorrências na cidade, como o incêndio criminoso no Gran Circo Internacional.

Adaptação

Agradável transposição para a TV da peça teatral de Viriato Corrêa, escrita em 1944.

O adaptador, Sylvan Paezzo, escreveu até o capítulo 30, mas acabou substituído por Benedito Ruy Barbosa por causa de atraso na entrega dos capítulos. (revista Sétimo Céu nº251, fevereiro de 1977, pesquisa: Sebastião Uellington Pereira)

“Eu peguei os trabalhos de À Sombra dos Laranjais já iniciados. Não participei do processo de criação e tive apenas de dar continuidade à tarefa de Sylvan Paezzo. Prendi-me mais à sinopse do Sylvan do que, propriamente, ao original [a peça], que li há vários anos”, disse Benedito. (revista Amiga, fevereiro de 1977)

Elenco

O destaque foi Ary Fontoura, personificando o homem triste, Tomé, que ao mesmo tempo era o fanfarrão palhaço Estopim.

O protagonista Pedro Lemos foi vivido na última hora pelo diretor da novela, Herval Rossano. O personagem seria interpretado pelo ator Rogério Fróes, que apareceu nas chamadas de estreia praticamente até a novela ir ao ar. Porém, Rogério caiu doente, com problemas renais, e precisou ser operado. O jeito foi Herval Rossano assumir o papel, regravando às pressas as cenas dos vinte primeiros capítulos em que o personagem aparecia. (Jornal dos Sports, 26/01/1977, pesquisa: Sebastião Uellington Pereira)

Antes de optar por Herval Rossano para substituir Rogério Fróes, os nomes de Leonardo Villar e Mauro Mendonça foram cogitados, porém ambos os atores ainda estavam atrelados à novela das sete, Estúpido Cupido, prestes a ser concluída. (O Globo, 29/01/1977, pesquisa: Sebastião Uellington Pereira)

Os atores Paulo Gonçalves, Tamara Taxman, Monah Delacy, Lídia Brondi e Élcio Romar fizeram um estágio de quase um mês no Circo Cacique, para atuarem na novela como a trupe do fictício Gran Circo Internacional. (O Globo, 18/12/1976, pesquisa: Sebastião Uellington Pereira)

À Sombra dos Laranjais aproveitou em seu elenco atrizes iniciantes que se destacaram no concurso de novos talentos promovido em 1976 pelo programa Moacyr TV, apresentado por Moacyr Franco na Globo. Foi portanto a primeira novela de Cristina Mullins, Silvia Salgado e Ísis Koschdoski. Outro ator do concurso foi escalado, Paulo Garcia, mas acabou substituído por Lauro Góes, com mais experiência.

Locações

A novela teve externas gravadas em Barra de Guaratiba, onde a produção montou a cidade cenográfica e levantou um circo. Também nos bairros de São Conrado e Santa Teresa, na estação ferroviária de Itacuruçá e na sede da Primeira Vara Tribunal do Júri, o mais antigo cartório carioca. (revista Sétimo Céu nº251, fevereiro de 1977, pesquisa: Sebastião Uellington Pereira)

Para dar maior autenticidade, um circo de verdade foi usado para as gravações, o Circo Cacique, com a participação de artistas de sua trupe. O palhaço Treme-Treme foi o responsável pela coordenação, maquiagem dos palhaços, figurinos e contrarregra. O ator Átila Iório, que vinha de uma família de circo e teve uma companhia durante muitos anos, respondeu pela construção das barracas ao fundo, em cujo interior estava todo o material característico de um circo pobre, para representar na trama o Gran Circo Internacional, um circo mambembe que carecia de recursos e sobrevivia com muito custo. Para a novela, também foram contratados palhaços de verdade, que atuaram junto ao elenco – além de Treme-Treme: Toquinho e Reco-Reco. (revista Sétimo Céu nº252, março de 1977, pesquisa: Sebastião Uellington Pereira)

Outra fonte, a revista Contigo, informa que o circo que prestou consultoria à novela foi o Circo Magnus. Seus integrantes também teriam trabalhado na trama, ora fazendo figuração, ora como dublês dos atores nas cenas mais perigosas, contratados por quatro meses, o tempo de gravação da novela.

Trilha sonora

A atriz-cantora Marília Barbosa, a Ritoca da história, gravou a canção da abertura, que marcou a novela: “O Circo”, composta por Sidney Miller e já gravada por Nara Leão, dez anos antes: “Vai, vai, vai começar a brincadeira / Tem charanga tocando a noite inteira / Vem, vem, vem ver o circo de verdade / Tem, tem, tem picadeiro e qualidade…”

Em 2006, a Som Livre relançou a trilha sonora de À Sombra dos Laranjais, em CD, na coleção “Master Trilhas”, 26 trilhas nacionais de novelas e séries da década de 1970 nunca lançadas em CD.

Repetecos

Concluída a exibição de À Sombra dos Laranjais, chegou às livrarias a versão romanceada, escrita por Roberto Mara para a coleção “Grandes Novelas da TV”, da Editora Bels, que trazia outras cinco adaptações de novelas ou reedições de romances que viraram novelas.

Reapresentada entre 07/01 e 02/05/1980, no início da tarde, esta foi a última novela ainda sem a denominação Vale a Pena Ver de Novo. A faixa de reprises vespertinas ganhou este nome em seguida, com a estreia de Dona Xepa.

À Sombra dos Laranjais foi disponibilizada no Globoplay (plataforma streaming da Globo) em 14/04/2025, dentro do Projeto Fragmentos, com os seis capítulos que restaram nos arquivos da Globo: o primeiro, o segundo, os capítulos 45 e 46, o penúltimo (90) e o último (91) .

E mais

Anúncio de lançamento da novela: “Para escapar de uma jura de amor feita à sombra dos laranjais, a gente precisa ser de circo.”

01. O POETA E A LUA – Hélio Matheus (tema de Tomé)
02. MATA-BORRÃO – Márcio Lott (tema de Pedro)
03. O CIRCO – Marília Barbosa (tema de abertura)
04. À SOMBRA DOS LARANJAIS – Marília Barbosa (tema de Pedro e Madalena)
05. MULHER DE MALANDRO – Renata Lu (tema de locação: circo)
06. NÃO INTERESSA – Marília Barbosa (tema de Madalena)

Coordenação geral: João Araújo
Direção de produção: Guto Graça Mello
Produção executiva: João Mello
Produção, repertório e arranjos: Waltel Branco

Tema de abertura: O CIRCO – Marília Barbosa

Vai, vai, vai começar a brincadeira
Tem charanga tocando a noite inteira
Vem, vem, vem ver o circo de verdade
Tem, tem, tem picadeiro e qualidade

Faço versos pro palhaço
Que na vida já foi tudo
Foi soldado, carpinteiro
Seresteiro, vagabundo
Sem juiz e sem juízo
Fez feliz a todo mundo
Mas no fundo não sabia
Que em seu rosto coloria
Todo o encanto do sorriso
Que o seu corpo não sorria

Vai, vai, vai começar a brincadeira
Tem charanga tocando a noite inteira
Vem, vem, vem ver o circo de verdade
Tem, tem, tem picadeiro e qualidade

Fala o fole da sanfona
Fala a flauta pequenina
Que o melhor vai vir agora
Que desponta a bailarina
Que o seu corpo é de senhora
E o seu rosto é de menina
Quem chorava já não chora
Quem cantava desafina
Porque a dança só termina
Quando a noite for embora

Vai, vai, vai terminar a brincadeira
Que a charanga tocou a noite inteira
Dorme o circo, renasce na lembrança
Foi-se embora e eu ainda era criança…

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