Sinopse
Durante uma ação, a policial Diana Maciek mata acidentalmente seu parceiro. Sentindo-se culpada, ela entrega seu distintivo. Cinco anos depois, Diana resolve abandonar o marido por ele ser toxicomaníaco. Em dívida com uma quadrilha de traficantes, seu marido entrega o filho do casal, Pedro, como pagamento.
Desesperada, Diana aceita trabalhar com um grupo secreto de combate ao crime, em troca deste localizar seu filho. O grupo é formado por Augusta, Beto, Paco, Diego e Marlene. O quartel-general fica secretamente localizado nos fundos de uma livraria. Coordenado pelo juiz Salomão e chefiado por Augusta, sua missão é fazer justiça, desde casos de roubo até espionagem.
MALU MADER – Diana Maciek
NÍVEA MARIA – Augusta
LEONARDO BRÍCIO – Beto
ANSELMO VASCONCELLOS – Paco
LUI MENDES – Diego
DANIELE WINITS – Marlene
e
DANIEL FILHO – Juiz Salomão
MARCELLO LINS – Pedrinho
preço da vida (09/04/1997), escrito por Aguinaldo Silva, Antônio Calmon e Doc Comparato, colaboração de Carlos Lombardi, direção de Daniel Filho, com Francisco Cuoco (Coronel Ivan Maciek), Edson Celulari (Jamil), Ângelo Antônio (Rafael), Antônio Pompeu (policial) e Sérgio Mastropasqua (Mário).
cinzas no planalto (16/04/1997), escrito por Aguinaldo Silva, direção de Daniel Filho, com Marcelo Picchi, Gilberto Hernandez, José Augusto Branco, Roberto Bomtempo, Kamilly, Fábio Mássimo, Hilton Cobra e Silvia Mendonça.
filho da madonna (23/04/1997), escrito por Antônio Calmon, direção de Daniel Filho, com Reginaldo Faria (Heitor), Antônio Calloni, Débora Duarte (Marta), Cassiano Carneiro (JC), Francely Freitas (Melecão), Cláudio Heinrich (Serginho) e Lúcio Andrei.
o navio luminoso (30/04/1997), escrito por Doc Comparato, direção de Daniel Filho, com Odilon Wagner, Rita Guedes, Breno Moroni, André Mattos, Flavio Santiago e Teresa Moulin.
viagem ao inferno (07/05/1997), escrito por Jorge Duran, direção de José Alvarenga Jr., com Felipe Camargo (Antônio), Oscar Magrini (Marcos), Nelson Dantas, Myrian Pérsia, Ricardo Conti, Ricardo Pavão.
eternos diamantes (14/05/1997), escrito por Doc Comparato, direção de José Alvarenga Jr., com Emiliano Queiróz, Maria Silvia, Paulo Reis, Roney Vilella, Ivone Hoffmann e Joana Medeiros.
mesmo que seja eu (21/05/1997), escrito por Antônio Calmon, direção de Dennis Carvalho, com José Wilker (Ronaldo Schneider), Elizabeth Savala (Ângela), Carlos Kroeber (Valdomiro Sampaio), Célia Biar (Jaqueline), Gisele Fraga, Cristiane Horta e Diego Larrea (Julinho).
filha única (28/05/1997), escrito por Sérgio Marques, direção de Denis Carvalho, com Paulo José, Murilo Benício, Mylla Christie, Caio Junqueira, Hugo Gross e Paschoal Villaboim.
criador e criatura (04/06/1997), escrito por Álvaro Ramos, direção de Vicente Amorim, com Humberto Martins, Luca de Castro, Cláudia Mauro, Maria Adélia, Maria Valentim, Marcos Miranda e Vanessa Cardoso.
balas perdidas (11/06/1997), escrito por Álvaro Ramos, direção de Dennis Carvalho, com Herval Rossano (Armando Sien Fuegos), Ricardo Blat (Levindo Alves da Silva), Raul Labanca, Paulo Carvalho, Samir Murad e Tina Correia.
trem de prata (18/06/1997), escrito por Doc Comparato, direção de José Alvarenga Jr., com Marcelo Serrado, Sebastião Vasconcelos (padre), Ítala Nandi (Marta), Chico Tenreiro, Moacyr Deriquém e Kiko Mascarenhas.
preço da vida (25/06/1997) – reapresentação do primeiro episódio.
viver por viver (02/07/1997), escrito por Antônio Calmon, direção de Daniel Filho, José Alvarenga Jr. e Vicente Amorim, com Carolina Ferraz (Silvinha), Déborah Evelyn, Felipe Armas, Joeal Barcellos, Ilya São Paulo (Miguelito), Márcio Ricciardi, Mira Palheta, Richard Riguetti e Bruno Giordano (Hector).
Produção de nível internacional
A Justiceira teve sua produção iniciada em 1996, mas só foi exibida em 1997. A série foi classificada pela imprensa brasileira como “muito violenta”.
Filmada em película de cinema, a série tentou seguir o padrão norte-americano de seriados usando os clichês mais comuns do gênero policial. A produção foi caprichada, sendo importadas armas especiais e até dublês norte-americanos, que integravam a equipe do mexicano Javier Lambert, que prestava serviços a Hollywood.
O cuidado com a pós-produção também foi uma marca de A Justiceira. Todos os episódios foram finalizados em Nova York, para se obter um som de alto nível. Foram recriados artificialmente ruídos, como socos e conversas de bar, usando-se um efeito chamado foley e uma técnica chamada ADR (Audio Design Register), para mixagem e sampleamento.
Papel carbono divertido
Daniel Filho citou em seu livro “O Circo Eletrônico”:
“A Justiceira era um seriado oportuno, mas nada mais do que uma imitação de similares americanos. Na verdade, eu queria ver se nós já sabíamos fazer um bom policial. Usando o processo de decupagem de ferro, storyboard, profissionais estrangeiros de efeitos especiais e dublês de ação, acredito que tenhamos conseguido executar cenas bastante parecidas com os policiais que as pessoas estavam acostumadas a ver na televisão, usando quase os mesmos truques. Foi um papel carbono, muito divertido.”
Por seu trabalho em A Justiceira, Daniel Filho foi eleito pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) o melhor diretor na televisão em 1997.
Gravidez de Malu Mader
A princípio, 32 episódios foram planejados. Contudo, devido à inesperada gravidez da atriz Malu Mader, que vivia a protagonista, a produção foi reduzida a 12 episódios, com duração de 40 minutos cada.
Nos últimos meses, Malu Mader utilizou uma cinta para disfarçar o volume da barriga. Em alguns episódios, ela quase não aparecia, dando lugar a aventuras com os demais integrantes do grupo.
A respeito dessa gravidez, Daniel Filho comentou em seu livro:
“Fiquei chateado com Malu Mader, no princípio, por conta de sua gravidez acidental, com a qual ninguém contava. Mas agora vejo que, na verdade, foi uma bendita gravidez, porque estávamos numa enrascada e seria muito difícil contar as 26 histórias programadas para A Justiceira.”
Na trama do último episódio apresentado, “Viver por Viver”, Diana (Malu Mader) descobre o paradeiro do filho e, junto com os companheiros de organização, tenta resgatá-lo das mãos de Pablo, um traficante de armamentos, interpretado pelo ator chileno Felipe Armas. Para que o telespectador se relembrasse do caso do sequestro do menino, a Globo reapresentou na semana anterior, o primeiro episódio, “Preço da Vida”.
Repetecos
Em 2009, a Som Livre lançou todos os episódios de A Justiceira em um box com 3 DVDs.
A série foi disponibilizada no Globoplay (plataforma streaming da Globo) em 29/04/2024.
Tema de abertura: IF IT MAKES YOU HAPPY – Sheryl Crow (versão instrumental da música)
I’ve been long, a long way from here
I put on a poncho and played for mosquitos
And drank till I was thirsty again
We went searching, through thrift store jungles
Found Geronimo’s rifle, Marilyn’s shampoo
And Benny Goodman’s corset and pen
Well, okay, I made this up
I promise you I’d never give up
If it makes you happy
It can’t be that bad
If it makes you happy
Then why the hell are you so sad?
Get down, real low down
You listen to Coltrane, derail your own train
Well, who hasn’t been there before?
I come ’round, around the hard way
Bring you comics in bed
Scrape the mold off the bread
And serve you french toast again
Okay, I still get stoned
I’m not the kind of girl you’d take home
We’ve been far, far away from here
I put on a poncho and played for mosquitos
And everywhere in between
Well, okay, we get along
So what if right now, everything’s wrong?
Muita gente confunde mesmo, mas If It Makes You Happy não é a música de abertura desse seriado. O tema é instrumental sim, mas não é uma trilha da própria produção musical da Globo. A música que promove a confusão é The One, da Tracy Bonham, que aparece no fim do primeiro episódio. Se não me engano até o memória globo comete essa confusão (esse ano de 97 ficou bem nebuloso no memória globo, também tem muito erro na temporada de Malhação desse ano). If If Makes You Happy foi trilha de Labirinto, também protagonizada pela Malu Mader.