
Sinopse
Jô Penteado já ficou noiva sete vezes sem ter entregue seu coração a nenhum dos noivos, famosa por fazer deles gato e sapato, o que lhe confere o apelido de Lucrécia Bórgia. Geniosa, mimada e sonâmbula, ela não se dá bem com a madrasta, a fútil Ester, e com a filha mais velha dela, a interesseira Gláucia, com quem vive às turras. Porém, é amiga e confidente da filha caçula de Ester, a doce e romântica Lenita. O pai, o rico empresário Horácio Penteado, tenta por ordem na casa.
Jô convida um grupo de amigos para um passeio no barco de seu pai: Lenita, o casal Gustavo e Tereza, amigos da família Penteado, o ator Tony Duarte, ex-namorado de Gláucia, e seu amigo, Vitório, que Tony apresenta a todos como conde. Ao embarcar, eles descobrem que terão de dividir o passeio com desconhecidos. Horácio emprestou a embarcação para uma excursão escolar promovida pelo pacato professor Fábio Coutinho, que leva com ele a noiva, a temperamental Paula, mais seis alunos, todos crianças. O barco é conduzido por Edson, funcionário de Horácio e amigo de Fábio.
Uma pane nos motores faz com que a embarcação desvie sua rota e acabe parando em uma ilha desconhecida e distante. Dados como mortos, os viajantes passam alguns meses perdidos. Porém, a convivência é difícil, já que Jô e Fábio antipatizam à primeira vista. Descobertos por dois pescadores, os náufragos são resgatados. A vida de todos esses personagens acaba transformada depois desse tempo juntos. Jô descobre-se loucamente apaixonada por Fábio, apesar de ele detestá-la – ainda mais quando ela tenta sabotar seu casamento com Paula.
Paula, por sua vez, passa a sentir-se atraída por Tony, que apaixonou-se por ela na ilha. Tereza descobriu-se grávida, enfurecendo a filha única, Babi, adolescente problemática que não aceita a ideia de ter um irmãozinho. Vitório, garçom de pizzaria, mente para a família Penteado, se passando pelo Conde de Parma, um nobre italiano, o que desperta o interesse de Gláucia. Tudo era uma farsa arquitetada por Tony para vingar-se de Horácio, que não aceitou seu namoro com Gláucia por ele ser pobre.
Enquanto isso, Lenita e Edson se apaixonam, mas ele esconde a chave do mistério do naufrágio: forçou a pane no barco e o desviou da rota para fugir com uma quantia em dinheiro que havia tomado de um agiota. A história também destaca as aventuras de seis crianças – Cuca, Adriana, Xande, Sueli, Nanato, Cecéu e Verinha -, que sonham construir uma sede para o seu Clube dos Curumins. Contudo, o foco é o casal Jô e Fábio, que passam a viver, feito cão e gato, um tumultuado romance que percorre toda a trama.
CHRISTIANE TORLONI – Jô Penteado (Joana Penteado)
NUNO LEAL MAIA – Professor Fábio Coutinho
MAURO MENDONÇA – Horácio Penteado
ANILZA LEONI – Ester Brandão Penteado
BIA SEIDL – Gláucia Brandão
LAERTE MORRONE – Vitório Galhardi / Conde de Parma
ROBERTO PIRILO – Tony Duarte / falso Braguinha
FÁTIMA FREIRE – Paula
CLÁUDIO CORRÊA E CASTRO – Gustavo Penaforte (Gugu)
MARILU BUENO – Tereza Penaforte (Tetê)
MAYARA MAGRI – Babi (Beatriz Penaforte)
ÉLCIO ROMAR – Zé Mário / Braguinha (José Mário Braga)
NINA DE PÁDUA – Ivete
JOSÉ MAYER – Edson
DEBORAH EVELYN – Lenita
LUÍS CARLOS ARUTIN – Oscar da Silva
DIRCE MIGLIACCIO – Ceição (Maria da Conceição da Silva)
ROGÉRIO FRÓES – Martim
DIANA MOREL – Ofélia
EDUARDO TORNAGHI – Rafael Benavente
NORMA GERALDY – Dona Biloca
JAYME PERIARD – Tito
MONAH DELACY – Graziela Rosenthal
ARACY CARDOSO – Zazá
GERMANO FILHO – Vicente
SÔNIA REGINA – Alice
KLEBER MACEDO – Televina
MARINA MIRANDA – Nair
JUAN DANIEL – Padre Aurélio
MÁRIO POLIMENO – Giovanni
as crianças
DANTON MELLO – Cuca
KÁTIA MOURA – Adriana
OBERDAN JÚNIOR – Xande
JULIANA MARTINS – Sueli
SILVIO PERRONI – Nanato
RAFAEL ALVAREZ – Cecéu
JULIANA LUCAS MARTIN – Verinha
e
AGUINALDO ROCHA – Vasco (chefe de Oscar quando ele se emprega como tocador de bumbo fantasiado de palhaço)
ALBERTO PEREZ – Professor Valadão (diretor do outro colégio onde Fábio leciona, para quem Gláucia fez uma denúncia contra ele se passando por Jô)
ALFREDO MURPHY – Benjamim (um dos dois pescadores que roubam o dinheiro de Edson da ilha)
ANA LUIZA FOLLY – Cecília (amiga de Paula na agência de viagens de Horácio, no início)
ANKITO (ANCHIZES PINTO) – policial que procura por um bandido na casa onde Jô mantinha Fábio preso
ARLETE SALLES como ela mesma, convidada de Jô numa festa em sua casa
CARLOS DUVAL – fiscal dos garis que demite Oscar no meio da rua
CARLOS FREITAS – um dos ex-namorados de Jô, em uma festa em sua casa
CLÁUDIA WAGNER – Irene (empregada no apartamento dos Penteado)
COSME DOS SANTOS – Toco (um dos bandidos que dão carona a Oscar, quando ele foge de casa, e o envolvem em um assalto)
DANTON JARDIM – amigo de Jô
DAVID PINHEIRO – Zé Bento (um dos dois pescadores que roubam o dinheiro de Edson da ilha)
DOC COMPARATO como ele mesmo, a quem Tony pede um papel em novela, quando retorna da ilha
EDUARDO MARTINI – diretor da peça que Jô quer montar tendo Rafael como ator principal
EDUARDO RIBAS – um dos ex-namorados de Jô, em uma festa em sua casa
ELIANE NARDUCHI – Iara (secretária de Horácio em seu escritório)
ÊNIO SANTOS – Dr. Timóteo (delegado que investiga o desaparecimento de Oscar)
EVA TODOR como ela mesma, convidada de Jô em uma festa em sua casa
FERNANDO BASTOS – um dos ex-namorados de Jô, em uma festa em sua casa
FERNANDO LAJES
FERNANDO LOPES – um dos ex-namorados de Jô, em uma festa em sua casa
GERMANO VEZANI – Dr. Campos Madureira (médico que cuida de Jô quando ela é internada após bater o carro)
GONZAGA BLOTA como ele mesmo, com quem Tony conversa ao retornar da ilha e ter perdido um papel em uma novela
GRANDE OTELO como ele mesmo, convidado de Jô em uma festa em sua casa
HÉLIO RIBEIRO – funcionário da marina da Glória com quem Edson conversa, no início
HERVAL ROSSANO como ele mesmo, diretor da novela estrelada por Alice e Rafael
JAIRO GALLETA
JOANA ROCHA – Joana (empregada na casa de Ofélia e Martim)
JOÃO SIGNORELLI – Varetão (um dos bandidos que dão carona a Oscar, quando ele foge de casa, e o envolvem em um assalto)
JOEL GRIJÓ – contínuo no escritório de Horácio
JOMBA – guarda
JORGE LUÍS DA SILVA – porteiro no prédio onde moram os Penteado
JOSÉ CARLOS SANCHES – recepcionista do hotel de luxo onde Vitório fingia estar hospedado
JÚNIOR PRATA – Mauro (amigo de Tito que vendia o que ele roubava)
LEONARDO JOSÉ – da polícia marítima, avisou Horácio que a lancha dele foi encontrada em destroços, no início
LEVI SALGADO
LÚCIA ALVES como ela mesma, com quem Tony conversa na emissora de TV, quando retorna da ilha
MÁRCIO ROUBACH – um dos ex-namorados de Jô, em uma festa em sua casa
MIGUEL ROSEMBERG – Professor Monteiro (diretor da Escola Augusto dos Anjos, onde Fábio leciona)
MILTON MORAES como ele mesmo, convidado de Jô em uma festa em sua casa
NEIDE APARECIDA – enfermeira que cuida de Jô quando ela é internada após bater o carro
NEUZA AMARAL como ela mesma, convidada de Jô numa festa em sua casa
NEUZA BORGES – Neuza (empregada na casa de Tony e Paula)
PAULO CELESTINO – escrivão que dá voz de prisão a Ceição na delegacia, quando ela vai reclamar da prisão de Oscar
PAULO CELESTINO FILHO – ator que contracena com Alice e Rafael na gravação da novela dirigida por Herval Rossano
PAULO FIGUEIREDO como ele mesmo, com quem Tony conversa na emissora de TV, quando retorna da ilha, e, depois, convidado de Jô em uma festa em sua casa
PAULO PINHEIRO – secretário da Escola Augusto dos Anjos, onde Fábio leciona
PEDRO ROCHA – Seu Pedro (motorista de Horácio)
REGINA RESTELLI – Kátia (amiga de Zé Mário que trabalha no Instituto Benjamim Constant)
REYNALDO GONZAGA – Dr. Antônio (psiquiatra de Jô, quando ela sofre de amnésia)
RICARDO PEREIRA DE VOOGHT – repórter
ROGÉRIO CARDOSO – Brandão (agiota que cobra a dívida de Edson, no início)
RÔMULO ARANTES – um dos ex-namorados de Jô, em uma festa em sua casa
RONNIE VON – um dos ex-namorados de Jô, em uma festa em sua casa
SIDNEY MARQUES – escravo que avisa Tobias onde Isaura está presa, no sonho de Jô em que ela é a escrava Isaura e Fábio é Tobias
Ruivo (um dos bandidos que dão carona a Oscar, quando ele foge de casa, e o envolvem em um assalto)
– núcleo de JÔ PENTEADO (Christiane Torloni), jovem bonita, rica, mimada e sonâmbula. Não consegue encontrar seu grande amor, apesar de já ter ficado noiva sete vezes, o que lhe confere o apelido de Lucrécia Bórgia:
o pai HORÁCIO PENTEADO (Mauro Mendonça), rico empresário
a madrasta ESTER (Anilza Leoni), fútil, com quem entrava em constante atrito. No final, ficam amigas
as filhas de Ester: GLÁUCIA (Bia Seidl), invejosa, com quem vive brigando,
e LENITA (Deborah Evelyn), sua amiga e confidente
a empregada IRENE (Cláudia Wagner).
– núcleo do professor FÁBIO COUTINHO (Nuno Leal Maia), viúvo, responsável e regrado. Ele e Jô antipatizam no início, por causa dos temperamentos opostos. Porém, acabam apaixonados, vivendo um romance tumultuado:
os filhos pequenos CUCA (Danton Mello) e ADRIANA (Kátia Moura)
a empregada e babá ZAZÁ (Aracy Cardoso), dedicada ao patrão e às crianças.
– núcleo de PAULA (Fátima Freire), noiva de Fábio no início. Temperamental, vive em conflito com Jô, principalmente quando ela disputa seu noivo. Os filhos de Fábio antipatizam com ela e preferem Jô:
os pais: MARTIM (Rogério Fróes), homem calmo e paciente, e OFÉLIA (Diana Morel), megera e interesseira, sempre exige demais dos filhos e do marido
os irmãos menores SUELI (Juliana Martins) e XANDE (Oberdan Jr.), alunos do professor Fábio
a empregada JOANA (Joana Rocha).
– núcleo de VITÓRIO GALHARDI (Laerte Morrone), que se fazia passar pelo CONDE DE PARMA para impressionar Gláucia, com quem namorava. Na verdade, era garçom em uma cantina italiana:
o primo ZÉ MÁRIO, conhecido também como BRAGUINHA (Élcio Romar), com quem foi morar, funcionário no escritório de Horácio
o amigo TONY DUARTE (Roberto Pirilo), ator de televisão, o ajuda a montar a farsa do conde para a família Penteado, como uma vingança pessoal contra Horário que não permitiu seu namoro com Gláucia. Apaixona-se por Paula, fica rico ao ganhar na loteria e acaba conquistando-a, quando a relação dela com Fábio vai por água abaixo por causa de Jô
seu patrão na cantina GIOVANNI (Mário Polimeno).
– núcleo de RAFAEL BENAVENTE (Eduardo Tornaghi), ator de teatro que tem preconceito com a televisão. Um dos sete ex-noivos de Jô. Tony dividia o apartamento consigo no início. Gláucia, com quem chegou a namorar, o trocou por Vitório por acreditar que ele era um conde. Desconfia do suposto conde, por isso o investiga:
a empregada TELEVINA (Kleber Macedo), despachada e falante, aficionada por televisão
a sobrinha de Televina, ALICE (Sônia Regina), atriz de televisão, apaixona-se por ele, que a ignora. Vai morar em seu apartamento quando Tony deixa vago um quarto.
– núcleo de BABI (Mayara Magri), garota romântica, de personalidade forte. Não se entende com os pais porque eles vivem discutindo e porque eles não aceitam seu namorado. Conhece Zé Mário confundindo-o com um cego e ele mantem a farsa, enganando-a ao apresentar-se como Braguinha. Compadecida com a sua suposta cegueira, ela começa a ler para ele, sem desconfiar de nada. Por fim, os dois acabam apaixonados, até que ele é desmascarado, o que abala essa relação:
os pais GUSTAVO, o GUGU (Cláudio Corrêa e Castro), e TEREZA, a TETÊ (Marilu Bueno), um casal divertido que vive brigando feito crianças. Ela fica grávida e obriga o marido a saciar seus desejos gastronômicos mais esdrúxulos. Tetê dá à luz um casal de gêmeos, que eles batizam de DÉBORA e RODRIGO
a avó DONA BILOCA (Norma Geraldy), mãe de Tetê, paciente com Babi e os pais dela
a empregada NAIR (Marina Miranda), engraçada, ajuda Dona Biloca a unir Babi e Zé Mário
o namorado TITO (Jayme Periard), rapaz de caráter duvidoso. Descobre-se que furtava pequenos objetos de valor para revender
a mãe de Tito, GRAZIELA ROSENTHAL (Monah Delacy), tenta defender o filho.
– núcleo EDSON (José Mayer), rapaz pobre e endividado. Funcionário de Horácio, toma conta de seus barcos na marina. Sabota o barco do patrão durante uma excursão, o que acaba por deixar vários personagens perdidos em uma ilha. Ele pretendia fugir com uma quantia em dinheiro para pagar uma dívida. Apaixona-se por Lenita, apesar de Horácio ser contra o namoro por ele ser pobre. Os dois se casam, mas o casamento entra em crise por causa de seu machismo: ele não aceita que a mulher trabalhe fora:
os tios com quem morava, CEIÇÃO (Dirce Migliaccio), mulher trabalhadora e honesta, e OSCAR (Luís Carlos Arutin), um vagabundo que não queria trabalhar e enganava a mulher e os filhos se fingindo de doente para vadiar na praia. Após ser descoberto, a mulher lhe dá uma surra e o obriga a trabalhar, arrumando os mais variados serviços, dos quais ele sempre acaba demitido
os primos IVETE (Nina de Pádua), professora, amiga de Jô, apaixonada por ele, revoltada e amarga no início, por ele não se interessar por ela. Com o tempo, esquece Edson, tona-se mais dócil e acaba sendo alvo da paixão de Vitório,
e o garoto NANATO (Silvio Perroni), aluno do professor Fábio.
– núcleo do viúvo VICENTE (Germano Filho), vizinho de Fábio, Paula e Ivete, dono de uma banca de jornais e revistas. Homem sovina e solitário. Troca cartas apaixonadas com Zazá, sem que um desconfie do outro, já que usam pseudônimos. Acabam juntos no final:
os filhos pequenos CECÉU (Rafael Alvarez) e VERINHA (Juliana Lucas Martim), alunos do professor Fábio.
– O Clube dos Curumins:
XANDE (Oberdan Jr.) e sua irmã SUELI (Juliana Martins),
CUCA (Danton Mello) e sua irmã ADRIANA (Kátia Moura),
CECÉU (Rafael Alvarez) e sua irmã VERINHA (Juliana Lucas Martim),
e NANATO (Silvio Perroni).
Apelo infantojuvenil
Sucesso da década de 1980, novela cultuada por uma legião de fãs que foram crianças na época. Divertida história em que Ivani Ribeiro explorou o tumultuado romance entre a mimada Jô Penteado e o certinho Professor Fábio (Christiane Torloni e Nuno Leal Maia), criando ganchos folhetinescos irresistíveis, com forte apelo infantojuvenil e um toque lúdico, sem muito compromisso com a verossimilhança.
Remake da novela A Barba Azul, que Ivani apresentou na TV Tupi entre 1974 e 1975, com o casal Eva Wilma e Carlos Zara nos papeis de Jô e Fábio.
Antológicas as cenas das primeiras semanas em que um grupo de personagens, em uma excursão marítima, vai parar em uma ilha deserta quando o barco sofre uma pane e sai de sua rota. É quando a protagonista Jô (Christiane Torloni) conhece o Professor Fábio (Nuno Leal Maia), que estava levando um grupo de alunos, e começam os conflitos.
Título
Em A Gata Comeu, o apelido de Jô era Lucrécia Borgia, por ser uma megera que fez sofrer seus pretendentes, uma referência à controversa figura da Renascença italiana. Apelido diferente do que a personagem recebeu na versão da Tupi, a Barba Azul, que dava nome à novela, referência ao personagem do conto francês que casara-se seis vezes, mas ninguém sabia o que tinha acontecido com as esposas, que desapareceram.
O primeiro nome pensado para o remake foi Pancada de Amor Não Dói – um título péssimo, diga-se -, trocado por O Gato Comeu, aproveitando o refrão da música “Onde Está o Dinheiro”, gravada por Gal Costa em 1984, escolhida para a abertura da novela: “Onde está o dinheiro? / O gato comeu, o gato comeu!”. Na sequência, o título foi colocado no feminino – A Gata Comeu – e a música da abertura foi outra. (jornal Cidade de Santos, 02/04/1985, pesquisa: Maurício Gyboski)
O jornal O Fluminense de 02/04/1985 noticiou que o título O Gato Comeu nascera de uma piada nos bastidores da produção.
O nome da novela estava demorando a ser decidido. Como não havia um título para indicar na claquete durante as gravações, escreviam O Gato Comeu, em referência à frase de efeito com apelo infantil – porque o elenco perguntava diariamente à técnica “Cadê o título, já saiu?” e a resposta era, em tom de chiste, “O gato comeu!”
Um dia, um dos executivos da emissora passou nos estúdios e, ao ver o nome escrito na claquete, gritou: “Eureka! Aí está o título que procurávamos por todo esse tempo!”
Com o título alterado para A Gata Comeu, quando começaram as primeiras chamadas, o nome causou estranhamento no público, que, sem entender a referência, ficava curioso em saber o que a gata comeu, afinal.
A música escolhida para a abertura, “Comeu”, de Caetano Veloso, gravada pelo grupo Magazine (de Kid Vinil), explicava: “Ela comeu meu coração, trincou, mordeu, mastigou, engoliu, comeu…”. Jô era a gata que comia o coração de seus pretendentes.
Romance impensável hoje
Politicamente incorreto aos olhos de hoje, o romance entre tapas e beijos – literalmente – do casal Jô e Fábio ganhou notoriedade com o bordão de Fábio “Bateu, levou!”, ao revidar os tapas de Jô. Algo absolutamente impensável na atualidade, por gerar gatilhos e por fazer apologia ao machismo, misoginia e à violência contra a mulher – leia abaixo meu texto “A romantização do machismo e da violência impossibilitariam remake de A Gata Comeu”.
Elenco
Fizeram sucesso os divertidos casais vividos por Marilu Bueno e Cláudio Corrêa e Castro (Tetê e Gugu), e Dirce Migliaccio e Luís Carlos Arutin (Ceição e Oscar).
Toda criança da época queria fazer parte do Clube dos Curumins, formado pelo inesquecível elenco infantil. Entre outros, Danton Mello (com 10 anos na época), Juliana Martins (11 anos) e Oberdan Júnior (14 anos), que seguiram carreira na TV.
Era o primeiro trabalho de Danton Mello e Juliana Martins na televisão. Também a primeira novela da atriz Deborah Evelyn (anteriormente ela havia atuado em minisséries) e do ator Jayme Periard (que já havia feito figuração em novelas).
A atriz que foi escalada e começou a gravar como Dona Biloca era Ema D´Avila. Porém, algumas semanas antes da estreia, ela faleceu. A produção recorreu a Norma Geraldy, que havia acabado de atuar na novela da sete, Vereda Tropical.
Ema D´Avila morreu em 25/03/1985 (21 dias antes da estreia da novela), depois de uma semana internada por causa de um derrame cerebral.
Na trama da novela, Tony Duarte (Roberto Pirilo) era ator de TV e rivalizava com Rafael Benavente (Eduardo Tornaghi), ator de teatro que desdenhava a televisão. A Gata Comeu fez referências ao universo novelístico, com citações a novelas famosas, personagens e outros atores. O próprio diretor Herval Rossano apareceu dirigindo uma novela fictícia (novela dentro da novela).
Os atores Grande Otelo, Eva Todor, Arlete Salles, Paulo Figueiredo, Neuza Amaral e Milton Moraes participaram como eles mesmos, em uma festa que Jô Penteado deu em sua casa.
Também fizeram participações especiais, como eles mesmos, a atriz Lúcia Alves, o roteirista Doc Comparato e o diretor Gonzaga Blota.
João Signorelli – que viveu em A Barba Azul Tito, o namorado malandro de Babi – foi o único ator da versão original da novela no elenco de A Gata Comeu: ele fez uma participação como um dos bandidos que sequestraram Oscar (Luís Carlos Arutin).
Citações a outras novelas
Espirituosa a fala de Gugu (Cláudio Corrêa e Castro) a Neuza Amaral, elogiando a novela Cabocla (de 1979) em que ela e o ator Cláudio Corrêa e Castro atuaram como marido e mulher: “Eu não vejo novelas, mas eu gostei muito de Cabocla. Aquele seu marido hein!”. No que Tetê (Marilu Bueno) comenta: “É igual ao Gugu!”
Tetê, por sua vez, passou boa parte da trama grávida. Ao final, quando deu à luz um casal de gêmeos, batizou os bebês de Rodrigo e Débora, uma alusão ao casal romântico central da novela Final Feliz (1983), da própria Ivani Ribeiro, interpretado por José Wilker e Natália do Valle.
Várias outras novelas e produções da Globo foram citadas nas falas da personagem Televina (Kleber Macedo), uma novelomaníaca assumida. Eventualmente, ela aparecia vestindo uma camiseta que estampava o logotipo da novela Um Sonho a Mais, a atração das sete horas quando A Gata Comeu estreou (além de outras produções da Globo).
Locações na Urca
A Gata Comeu teve o bairro da Urca, no Rio de Janeiro, como cenário para gravações externas. Várias locações são até hoje reconhecidas e visitadas pelos fãs da novela:
– o prédio que serviu de fachada para a residência da família Penteado (Praça Tenente Gil Guilherme nº1, esquina com a Rua Otávio Corrêa);
– o predinho do apartamento do Professor Fábio (Nuno Leal Maia) (Av. Almirante Gomes Pereira 67);
– as casas geminadas onde moravam a família de Paula (Fátima Freire), de um lado, e a família de Ivete (Nina de Pádua), do outro (Av. Almirante Gomes de Pereira 84);
– a casa onde morava Zé Mário (Élcio Romar) (Av. São Sebastião 280);
– a casa onde moravam Lenita (Deborah Evelyn) e Edson (José Mayer) (Rua Otávio Corrêa 427);
– a casa onde moravam Seu Vicente (Germano Filho) e seus filhos (Av. Roquete Pinto 63);
– a Praça Raul Guedes, onde as crianças brincavam e onde ficava a banca de Seu Vicente;
– a fachada para a fictícia Escola Augusto dos Anjos, onde Fábio lecionava (Av. Almirante Gomes Pereira 80);
– a mureta de onde Fábio atirou Jô (Christiane Torloni) ao mar (Av. Portugal 248);
– e a Igreja Nossa Senhora do Brasil (Av. Portugal 772), que apareceu em algumas cenas, como a que Jô tentou impedir o casamento de Fábio e Paula. (colaboração: Daniel Jorge)
Cortes de cabelo
Christiane Torloni chamou atenção com seu corte de cabelo poodle (encrespado) assimétrico.
“Nos anos 1980, eu fiz três ensaios fotográficos com o Luiz Tripolli, em São Paulo. Ele tinha uma equipe maravilhosa e o cabeleireiro Marco Beauty que fez esse corte triangular, dificílimo de se fazer. Lançou moda. Era um cabelo muito bem cortado. Todo mundo queria igual”, lembrou Torloni ao portal Terra em junho de 2021.
O corte de Mayara Magri – curto, repicado, com rabicho – fez sucesso entre as jovens. Ficou conhecido como “rabicho da Babi”, sua personagem. Porém, Mayara manteve o rabicho por pouco tempo.
Abertura
Uma das aberturas de novela mais icônicas dos anos 1980, justamente por representar tão bem a década, graficamente falando.
Ao som de “Comeu” – um rock irreverente de Caetano Veloso gravado pelo grupo Magazine, de Kid Vinil – a abertura era vibrante, com formas geometrizadas em cores fluorescentes, letterings onomatopeicos com estilização das HQs e referências artísticas da Pop Art. (colaboração André Luiz Sens, blog Televisual)
Trilha recolhida
Assim que chegou às lojas de discos, a trilha internacional da novela teve de ser recolhida pois não houve a autorização da gravadora da cantora Madonna para que a sua música “Crazy For You” estivesse no LP/cassete. Uma segunda versão da trilha foi lançada comercialmente, com a música “Smooth Operator”, interpretada por Sade, em substituição.
Sobre este fato, comentam Guilherme Bryan e Vincent Villari no livro “Teletema, a História da Música Popular através da Teledramaturgia Brasileira”:
Os representantes nacionais da Warner Music liberaram a faixa para inclusão no álbum e ela começou a tocar na novela. Porém, os representantes internacionais da mesma gravadora, tardiamente consultados, proibiram a inclusão da música no disco e na novela. Com isso, Alice ficou sem tema e os LPs distribuídos foram retirados das prateleiras (o que leva os colecionadores, até hoje, a disputarem a tapas as poucas cópias com ‘Crazy For You’). Em substituição, optou-se por um fonograma do catálogo da Sony Music, à qual pertencia o selo Opus Columbia, para evitar eventuais problemas na liberação e, assim, devolver rapidamente o disco às lojas. O tapa-buraco foi ‘Smooth Operator’, sucesso da cantora nigeriana de soul e jazz Sade Adu.
“Crazy For You” tocou em apenas dois capítulos, o 68 e o 77, como tema romântico para a personagem Alice (Sônia Regina), apaixonada por Rafael (Eduardo Tornaghi).
Apesar do tropeço (ou por causa dele), o disco A Gata Comeu Internacional – repleto de sucessos das FMs da época – é a trilha mais vendida entre as novelas do horário das seis da Globo, com 579.862 cópias. (fontes: Vincent Villari, Som Livre e ABPD)
Exibições
A Gata Comeu foi a primeira novela reprisada mais de uma vez no Vale a Pena Ver de Novo: entre 27/02 e 28/07/1989, e entre 23/07 e 07/12/2001. A primeira reprise (de 1989) foi um sucesso notável, tendo registrado uma das mais altas audiências para a faixa vespertina na época.
A Gata Comeu ganhou novo repeteco no Viva (canal de TV por assinatura pertencente ao Grupo Globo), entre 24/10/2016 e 28/04/2017 (às 15h30 com reprise à 0h30).
A novela foi disponibilizada no Globoplay (plataforma streaming do Grupo Globo) em 07/06/2021.
Crítica (por Nilson Xavier)
Extrato do texto “A romantização do machismo e da violência impossibilitariam remake de A Gata Comeu”, publicado originalmente no UOL, em 27/04/2017 (por ocasião do término da exibição no canal Viva):
“Um remake é impossível na atualidade. Seriam necessárias tantas alterações no roteiro que os puristas reclamariam de descaracterização da obra. E manter o roteiro original esbarra em uma série de questionamentos de nossa sociedade moderna, tantos que praticamente inviabilizariam a produção.
Toda obra audiovisual deve ser analisada dentro do contexto histórico em que foi criada. É um equívoco criticar uma produção do passado com os olhos de hoje, tendo como base os padrões atuais da sociedade, do que é julgado como certo e errado pelo senso comum. Para a sua época (1985), A Gata Comeu coube perfeitamente no pensamento de seu tempo. Não fosse assim, não teria sido considerada uma novela despretensiosa, de apelo infantojuvenil, exibida às seis da tarde.
Todavia, como justificar hoje os tapas que o Professor Fábio revidava em Jô, pelo simples ‘bateu, levou’? Com o agravante de que o perfil de Fábio é o de um homem correto, íntegro, pai e professor de crianças. Em uma dessas situações, o tapa foi na frente de seus alunos. Em outra, ele se justificou: ‘Porque ela me tira do sério!’ A trama ainda dá a entender que Jô se apaixona por Fábio porque foi esbofeteada.
Só ao final, a autora explica a paixão de Jô por seu algoz: Fábio, ao rejeitar Jô tão veementemente, lhe despertou um sentimento que ela tinha por seu pai: a ausência paterna após o segundo casamento dele. Ela não conseguia se apaixonar por homens bonzinhos, como o pai, permissivo traduzido como ausente. O primeiro homem que lhe impôs limites (por meio de violência), fez com que ela se apaixonasse, ao lhe remeter ao pai menos permissivo, porém mais presente, de sua infância.
Se essa situação tem realmente algum fundamento defendido pela Psicologia, teria de ser hoje discutida em uma novela das nove, não em uma trama infantojuvenil. Os problematizadores de plantão exigiriam explicações bem mais plausíveis logo no primeiro tapa, no início da história.
Engraçado que a autora até aborda o machismo, por meio de outro personagem: Edson (José Mayer). Só que, neste caso, a discussão limita-se à figura anacrônica do machão. Edson não aceita que a mulher trabalhe fora porque acha que o homem deve ser o provedor do lar.
Outra incongruência com nosso tempo que poderia gerar muita controvérsia: a maneira como Tony (Roberto Pirilo) conquista Paula (Fátima Freire), que casou-se com ele sem estar apaixonada. Ele a envolve de tal forma e com tal domínio que acaba levando-a para o altar – contra a vontade dela. Essa insistência se repete na noite de núpcias. Romantização do assédio e do estupro? Afinal, houve vontade apenas de uma parte, do homem. Com o tempo, por meio de muita enganação, Tony consegue finalmente conquistar Paula.
Esta é uma discussão levantada com os olhos de hoje. Uma regravação ipsis litteris de A Gata Comeu seria inviável em tempos de conscientização da posição e dos direitos da mulher e de luta contra o machismo e a violência. Eu prefiro A Gata Comeu como obra original, que se mantem como um clássico de nossa televisão, fruto de seu tempo.”
Trilha sonora nacional
01. SÓ PRA O VENTO – Ritchie (tema de Jô)
02. CHORO – Fábio Jr. (tema de Edson)
03. AMIGO DO SOL, AMIGO DA LUA – Benito Di Paula (tema de Fábio e das crianças)
04. SEU NOME – Biafra (tema de Paula)
05. CANÇÃO DE BÚZIOS – Sandra Sá (tema de Ivete)
06. DOCE PECADO – Santa Cruz (tema de Jô)
07. COMEU – Magazine (tema de abertura)
08. EU QUERIA TER UMA BOMBA – Barão Vermelho (tema de Rafael)
09. SONHO BLUE – Liliane (tema de Jô)
10. TIPO ONE WAY – Ciclone (tema de Babi e Tito)
11. SOLIDÃO VAI – Hyldon (tema de Martim)
12. FORA DE PRUMO – Sérgio Sá (tema de Zé Mário)
13. MANIA – Lápis de Cor (tema de Babi)
14. DAMA E VAGABUNDO – Danilo (tema de Lenita e Edson)
Sonoplastia: Sérgio Seixas
Apoio musical: Márcio Antonucci
Direção de produção: Guto Graça Mello
Supervisão de repertório: Francisco Santos Jr.
Apoio: Sidnei Oliveira
Trilha sonora internacional
01. I SHOULD HAVE KNOWN BETTER – Jim Diamond (tema de Lenita e Edson)
02. THE HEAT IS ON – Glenn Frey (tema de Tito e Babi e tema geral)
03. CRAZY FOR YOU – Madonna (tema de Alice) *
03. SMOOTH OPERATOR – Sade * (tema geral)
04. EVERYTHING I NEED – Men at Work (tema de Fábio)
05. HEAVEN – Bryan Adams (tema de Babi e Zé Mário)
06. DILLO TU – Fred Bongusto (tema de Vitório e Ivete)
07. BRASILEIRO TRAIN – Naima & Papagayo (tema de Oscar)
08. I WAS BORN TO LOVE YOU – Freddie Mercury (tema de Tony e tema geral)
09. EVERYTIME YOU GO AWAY – Paul Young (tema de Paula)
10. JUST ANOTHER NIGHT – Mick Jagger (tema de Jô)
11. FOREVER BY YOUR SIDE – Manhattans (tema de Jô e Fábio)
12. WE CAN CHANGE THE WORLD – Tremendo (tema das crianças)
13. LOVELY LOVE – Terry Winter e Silvia Massari (tema de Vicente e Zazá)
14. CARIBE – W. White (tema de Gláucia)
Supervisão musical: Sidnei Oliveira
Apoio: Francisco Santos Jr.
* A trilha sonora internacional foi lançada com duas versões: a primeira trazia a música “Crazy For You” com Madonna, que tocou apenas duas vezes na novela, para a personagem Alice, e a segunda, em substituição, trazia “Smooth Operator” com a cantora Sade.
Ainda:
WAKE ME UP BEFORE YOU GO GO – Wham! (tocada em uma cena na danceteria com Gláucia e Rafael)
YOU GOTTA GET IT WHILE YOU CAN – Larry Carlton (*)
I NEED A MAN – Francis Lai (*)
BRASILIANA – Ennio Morricone (*)
IL GATTO – Ennio Morricone (**)
RAG DEL COMMISSARIATO – Ennio Morricone (**)
INDAGINE DI AMEDEO – Ennio Morricone (**)
(*) Daniel Couri no blog “Porcos, Elefantes e Doninhas”
(**) Músicas extraídas da trilha sonora do filme italiano Il Gatto (1977), de Luigi Comencini (Daniel Couri no blog “Porcos, Elefantes e Doninhas”)
Tema de abertura: COMEU – Magazine
Ela comeu meu coração
Trincou, mordeu, mastigou, engoliu, comeu
Comeu!
Ela comeu meu coração
Mascou, moeu, triturou, deglutiu, comeu
Comeu!
Ela comeu meu coração de galinha no xinxim
Ai de mim!
Ela comeu meu coração de leão naquele sonho medonho
E ainda me disse que é assim que se faz
Um grande poeta…
Uma loura tem que comer seu coração, não!
Eu só quero ser o campeão da canção
Um ídolo, um pateta, um mito na multidão.
Mas ela não entendeu minha intenção
Tragou, sorveu, degustou, ingeriu…
Comeu!
Novela perfeita, principalmente a parte cômica (TETÊ E GUGU). A trilha internacional, mais q perfeita
Trilha sonora internacional inesquecível
Um marco mesmo. Onde foi a estreia de muita gente. Saliento: a trilha sonora, o bairro da URCA (o mais seguro do RJ)… E + coisa! Não gostava de ver o TONY se fazendo com a PAULA. Da maldade da GLÁUCIA e do fingimento do VITTORIO. Alias muitas gafes.
Em 2001, uma pessoa da BAHIA criou um site sobre a novela: e alguns tietes foram em bairros e fotografaram momentos (até me arrepio). Sou do RJ e lembro de locações (uma cena da BABI com o TITO na frente do manjado TABLADO). A boneca EVA onde a ADRIANA foi a a JOH uma vez tinha num parque na época. Troquei e mail com uma pessoa do CHILE onde passou com o título LA GATA. A abertura era em português só que meio DESAFINADO. Sem falar que já troquei e mails com quem atuou: FATIMA FREIRE (baita pessoa), RAPHAEL ALVAREZ (um pouco mais velho que eu). Sra Delacy (tinha site na época). Gostava do apartamento da Jô. Apesar das coisas ruins dentro. Na 1a versão, era BARBA AZUL: onde a EWA WILMA era a protagonista. SUZY CAMACHO fez a SUELI. Haroldo BOTTA o NANATO (este tinha site tb). Baita pessoa. E quem fez a Glacia JUSSARA FREIRE (meio nada ver ela como vilã). A que fez a VERINHA reside na AUSTRÁLI (JULIANA MARTINS). E nas cenas destes em TRAJES DE BANHO… WOW.
Não tirava os olhos da TV em 1985. Quando passou à tarde em 1989, não assistia porque estudava naquele mesmo horário. Quando a Globo anunciou a 2ª reprise em 2001, quase caí da cadeira de não acreditar que seria reprsada novamente. Pense numa novela em que tudo era maravilhoso: elenco, abertura, trilhas sonoras nacional e internacional, direção, etc…
Olá Nilson, acabei de ver seu vídeo com o Lufe sobre essa que foi minha primeira novela da Ivani. Assisti na reprise de 2001. O que ficou na minha memória foram as cenas do romance e brigas de Jô e Fábio na ilha. De fato, da mesma forma com que eu vejo comentarem sobre Amor com Amor se Paga(que não assisto por causa do horário), mas vi algumas cenas de um capitulo. Parece uma novela infantil.
Teria que rever A Gata Comeu pra formar uma opinião. Mas a Ivani tinha isso, ela criava tramas simples, mas cativantes, ela sabia como cativar o público né?
Ivani sabia como usar os arquétipos, gerar empatia. Como as tramas pra ela, plots eram aqueles clássicos, que ela sabia como ninguém retrabalhar, talvez fique essa visão de ser infantilizada. Mas por outro lado, me corrija se eu tiver engando, mas o romance entre Jô e Fábio era sensual, erotizado de certa forma, não?
Outra observação para finalizar: Como as protagonistas da Ivani têm personalidade forte, né? Tanto Jô e Dinah, elas eram bem geniosas.
Muito boa
e pensar que muita gente boa desta novela já morreram, triste isso, se reprisasse de novo, com certeza era outro estouro de audiência, e eu tive a sorte de ter conseguido os 160 capítulos com direito a também a cenas dos próximos capítulos que rolava quando terminava a novela, uma relíquia.
Também estou assistindo pelo Globoplay. Assisti A Barba Azul em 74, A Gata Comeu em 85, e agora, com a tecnologia, o Streaming. Meu sonho é poder assistir, assim como A Gata Comeu, o streaming de O Astro, pois foi um tempo marcante na minha vida. Obrigado.
Assistindo no Globoplay pela primeira vez e amando. A novela vê-se muito bem, duas semanas e já estou no capítulo 30, à essa altura a Jô já percebeu que está apaixonada pelo Fábio.
Acreditam que passei um monte de capítulos até perceber que a Lenita foi interpretada pela Deborah Evelyn? Tão jovem e num registro tão diferente das vilãs…