Sinopse
Final do século 19, pouco antes da Abolição da Escravatura. Na Fazenda Santa Júlia, situada no município de Rio Verde, interior paulista, vive o Coronel Agenor Dias de Souza com sua mulher Cândida e as duas filhas, Leonor e Luíza, em um ambiente misterioso, assombrado por fantasmas do passado. Uma tragédia esconde um grande mistério por causa do qual a única testemunha, Cândida, ficou paralítica e muda.
Sempre duvidando da mulher, Agenor não acredita que Luiza seja, de fato, sua filha. Por isso, mantém com Cândida uma relação doentia, sem se importar em lhe aumentar os sofrimentos. A dúvida do coronel será esclarecida no momento em que o segredo, contido no diário escondido na caixa do relógio, for revelado. Nessa trama toda, uma terceira pessoa é fundamental: Laura, que se passa por amiga de Cândida, mas não o é.
Não só os problemas familiares perturbam o Coronel Agenor. Ladico é seu inimigo político, pertencente a uma casta tradicional dos fundadores da cidade de Rio Verde, além de carregar o título de barão, herdado do pai. O titulo tem valor duvidoso, mas Ladico o leva a sério, acreditando que aufere-lhe a posição de um nobre de conduta irrepreensível. Sua esposa Alzira é uma mulher realista, de pés no chão, como uma perfeita baronesa.
Aos conflitos humanos, sociais e políticos, acrescenta-se a presença da Igreja, muito atuante na época, representada pelo Monsenhor Gregório e pela irmã Angélica.
BÁRBARA FAZIO – Cândida
ALDO CÉSAR – Coronel Agenor
BABY GARROUX – Laura
HÉLIO SOUTO – Monsenhor Gregório
ZAÍRA BUENO – Irmã Angélica / Albertina
VALDIR FERNANDES – Zeca (José Carlos)
CLÁUDIA FREIRE – Leonor
KEKÉ MARONEZ – Luiza
JAIRO ARCO E FLEXA – Coronel Ladico
MÁRCIA CORBAN – Alzira
NEWTON PRADO
CIDA MOREIRA – Rita
MÁRCIO DE LUCA – Valdomiro
ROSA RAMIREZ
FELIPE DONOVAN – Tadeu
RÉGIS MONTEIRO – Inácio
IVAN LIMA – Gonçalves
THERESA CONVÁ
OTELO VILELA
CILAS GREGÓRIO
ROSILENE FERREIRA
MARIA LÍGIA PEREIRA
SILVIA POMPEO
Clima folhetinesco
Transposição para a TV da radionovela Só Pelo Amor Vale a Vida, de Nara Navarro, um sucesso da Rádio São Paulo transmitido em 1952. (Jornal do Brasil, 08/08/1982)
A ação centrada em 1887 mostrava a luta pela libertação dos escravos e não tinha o menor pudor com o clima folhetinesco.
Mudança do autor
No capítulo 80, Jaime Camargo largou o texto para se dedicar à próxima novela da Bandeirantes, Campeão. Marcos Caruso concluiu a roteirização dos capítulos. (Jornal do Brasil, 08/08/1982)
Locações
A novela teve cenas gravadas no município de Embu Guaçu (SP), em que a a Fazenda da Ilha serviu de locações para a fictícia Fazenda Santa Júlia. (Jornal do Brasil, 08/08/1982)
E mais
Não confundir A Filha do Silêncio com Escrava do Silêncio, novela apresentada pela TV Cultura em 1965.
Essa deve ser a novela mais obscura que a Band produziu. Não se sabe nada sobre ela.
Olá…Nilson, essa novela foi bonita, minha mãe assistiu.