Sinopse
Donatela e Flora cresceram juntas. Donatela perdeu os pais em um acidente e acabou adotada pela família de Flora, que era bem humilde. Quando crianças, as duas meninas eram melhores amigas, ao ponto de, na juventude, formarem uma dupla sertaneja, Faísca e Espoleta. A parceria chegou a fazer um razoável sucesso na época, principalmente com uma gravação da música “Beijinho Doce”, pela qual elas se tornaram nacionalmente conhecidas.
Porém a carreira foi interrompida após a dupla conhecer os amigos Marcelo e Dodi, de quem se tornaram noivas. Donatela casou-se com Marcelo, filho do poderoso Gonçalo Fontini, dono de uma indústria de papel e celulose. Enquanto Flora tornou-se esposa de Dodi, um rapaz de caráter dúbio, que veio de baixo e que trabalhava na firma do pai do amigo.
A felicidade de Donatela e Marcelo durou pouco. O filho do casal, Mateus, foi sequestrado com seis meses de idade e nunca mais apareceu. Desde então, os dois passaram a se desentender com frequência. Flora, por sua vez, separou-se de Dodi e, depois, teve um caso com Marcelo, engravidou dele e deu à luz uma menina, o que abalou ainda mais a relação entre Donatela e Marcelo e, principalmente, entre as duas amigas.
No auge da crise entre Flora e Donatela, Marcelo foi assassinado, morto com três tiros disparados do revólver que, segundo testemunhas, estava na mão de Flora. Pega em flagrante, ela foi presa, separada da filha Lara, na época com três anos, e condenada a dezoito anos de prisão. Donatela, que nunca perdoou a amiga pela traição e por ter matado o amor de sua vida, criou Lara, fruto do caso extraconjugal de Marcelo com Flora.
Anos depois, ao sair da prisão, Flora vai lutar para provar a sua inocência, acusando a ex-amiga do crime pelo qual ela já pagou. Donatela, agora unida a Dodi, temerá que Flora se aproxime de Lara, que criou como sua filha. A garota, mais do que nunca, se torna o alvo de disputa entre as duas mulheres que um dia foram amigas. Enquanto a missão da vida de Flora será se reaproximar da filha, Donatela fará de tudo para impedir que isso aconteça.
PATRÍCIA PILLAR – Flora Pereira da Silva (Espoleta) / Sandra Maia
CLÁUDIA RAIA – Donatela da Silva Pinto (Faísca) / Diva / Rosana / Silvia Lontra
MARIANA XIMENES – Lara
CAUÃ REYMOND – Halley (Mateus Fontini) / Bruninho Aguiar / Luiz
MURILO BENÍCIO – Dodi (Eduardo Gentil)
CARMO DALLA VECCHIA – Zé Bob (José Roberto Duarte)
ARY FONTOURA – Silveirinha (Francisco Silveira)
GIULIA GAM – Diva Palhares / Rosana / Miranda
MAURO MENDONÇA – Gonçalo Fontini
GLÓRIA MENEZES – Irene
TARCÍSIO MEIRA – Copola
JOSÉ MAYER – Augusto César
THIAGO RODRIGUES – Cassiano
DEBORAH SECCO – Maria do Céu / Pâmela / Mariazinha
LÍLIA CABRAL – Catarina
JACKSON ANTUNES – Leonardo
ELIZÂNGELA – Cilene
GENÉZIO DE BARROS – Pedro Pedreira
MILTON GONÇALVES – Romildo Rosa
TAÍS ARAÚJO – Alícia
FABRÍCIO BOLIVEIRA – Didu
CHRISTINE FERNANDES – Rita
IRAN MALFITANO – Orlandinho
PAULA BURLAMAQUI – Stela
CLÁUDIA OHANA – Cida (Maria Aparecida Ferreira Copola)
CHICO DIAZ – Átila
GISELE FRÓES – Lorena
SUZANA FAINI – Iolanda
LEONARDO MEDEIROS – Elias Filho
HELENA RANALDI – Dedina
MALVINO SALVADOR – Damião
ROBERTA GUALDA – Greice
ÂNGELA VIEIRA – Arlete
MIGUEL RÔMULO – Shiva Lênin
ROSI CAMPOS – Tuca
JEAN-PIERRE NOHER – Pepe Molinos
EMANUELLE ARAÚJO – Manu (Manuela Ferreira)
LÚCIO MAURO – Sabiá
CLÁUDIA MISSURA – Fafá
BENTO RIBEIRO – Juca (João Carlos Ribeiro Lourenço)
SUELY FRANCO – Geralda
MÁRIO GOMES – Gurgel
BEL KUTNER – Amelinha
SELMA EGREI – Dulce
CLARICE FALCÃO – Mariana
ALEXANDRE NERO – Vanderlei
ALEXANDRE SCHUMACHER – Norton
LUIZ BACCELLI – Darcy Queiroz
ARAMIS TRINDADE – Clemente
THIARÉ MAIA – Luma
GIOVANNA EWBANK – Sharon (Maria do Perpétuo Socorro)
RAQUEL GALVÃO – Melissa
CLEIDE QUEIROZ – Antônia
as crianças
HANNA ROMANAZZI – Camila
EDUARDO MELLO – Domênico
SOFIA TERRA – Carolina
RENAN MAYER – Tiago
e
ALAN PONTES – Dodi (jovem, 4º capítulo)
ALDO PERROTA – Pedro (jovem)
ALEXANDRE DAMASCENA – Pimentel (segurança dos Fontini)
AMILTON MONTEIRO – advogado contratado por Irene para defender Flora
ANA LUIZA FOLLY – Kelly (corretora de imóveis que vende a casa para Dodi)
ANDRÉA DANTAS – entre os manifestantes que invadem a mansão de Romildo Rosa
ANDRÉ LUIZ FRAMBACH – Samuel (garoto que implica com Domênico)
ÂNGELA RABELLO – dona da pensão onde Flora vai morar quando deixa a cadeia
AURY PORTO – Marconi (capanga de Dodi que o ajudou a roubar dinheiro de Gonçalo na venda de uma fazenda)
BABU SANTANA – dono da casa que Edivaldo, Greice e Céu foram morar
BERTRAND DUARTE – Nestor (contratado por Donatela para seguir Flora)
BRUNO BEZERRA – Gabriel (filho de Stela)
CARLA ANDRÉA – Júnia (carcereira quando Donatela é presa)
CARLA TAUSZ – Roseli (diretora do presídio)
CARL SCHUMACHER – Adalberto Galdino (testa-de-ferro de Flora na compra do rancho dos Fontini)
CARLOS MECENI – promotor no julgamento de Donatela
CARMEM LEONORA – Emilinha (amiga de Sabiá que consegue passaportes falsos para Dodi e Manu)
CHARLE MYARA – juiz de paz no casamento de Donatela e Zé Bob
CHRIS PERES – Flora (jovem, 4º capítulo)
CLÁUDIA PROVEDEL – Cibele (presidiária de quem Zé Bob tomou informações quando foi procurar por Roseli para falar de Diva)
CLÁUDIO ALBUQUERQUE – Edu
CLÁUDIO GALVAN – Ernesto (dono da casa que serviu de cativeiro no seqüestro forjado de Lara)
CYRIA COENTRO – Bianca (detenta companheira de Diva)
DANIELA FONTAN – Rosa (paciente de Elias)
DANIEL BARCELLOS – Roberval (testa-de-ferro de Romildo Rosa que acaba chantageando-o)
DECO MANSILHA – Marcelo (jovem, 4º capítulo)
DEIVY ROSE – Alice Salvatore (esposa do Dr. Salvatore)
DIDA CAMERO – Dinorá Sampaio (mulher que rouba o dinheiro de Flora na pensão)
DIONÍSIO NETO – Tito / Renato (ex-amante de Diva, traficante de armas)
DOCYMAR MOREIRA – Zezé (carcereira)
DOUGLAS SIMON – policial que atende à denúncia do assassinato de Dodi no rancho
EDMILSON BARROS – Adailton (capanga de Flora e Dodi)
EDMO LUÍS – Reinaldo
EDSON FIESCHI – Miguelito (piloto do helicóptero de Mr. Johnson)
FABIULA NASCIMENTO – Luzia (companheira de cela de Flora, no último capítulo)
FAUSTO SILVA (FAUSTÃO) como ele mesmo, recebe Cassiano e Augusto César em seu programa
FERNANDA PADILHA – Donatela (jovem, 4º capítulo)
FIORELLA MATTHEIS – Cristal (garota de programa contratada por Donatela para seduzir Dodi no dia de seu casamento com Flora)
FLÁVIO TOLEZANI – Marcelo (aparece em flashbacks, inclusive no capítulo em que revela-se que Flora é sua assassina)
GENINHA DA ROSA BORGES – Angelina (mãe de Silveirinha)
GIÁCOMO PINOTTI – Mário (assessor de Romildo Rosa)
GILBERTO HERNANDEZ – policial que procura Dodi para esclarecimentos
GRAZIELLA SCHMITT – Tina (secretária da empresa Fontini que tinha um caso com Dodi)
GUSTAVO OTTONI – promotor no julgamento de Donatela
ISABELLE DRUMMOND – amiga de Camila
JOÃO CARLOS ANREAZZA – Durval (detetive contratado por Donatela para seguir Flora)
JORGE BRUNIS – Medeiros (motorista de Irene)
JULIANA GUIMARÃES – entre os manifestantes que invadem a mansão de Romildo Rosa
JULIANA PAES – Maíra Carvalho (jornalista, colega de Zé Bob, morta por Flora)
KAMILA RAMIL – Gracinha (amiga de Mariana)
KARIN RODRIGUES – Dorotéia (ex-presidiária amiga de Flora)
LUI STRASSBURGER – delegado
LUIZ RAMALHO – Baiano (vigia que revela a Maíra o verdadeiro assassino do Dr. Salvatore)
MAGALI BIFF – Gislaine (detenta que bate em Donatela)
MARCELO SOUTO MAIOR – Celinho
MARCELO VÁRZEA – médico responsável pela cirurgia de Zé Bob no último capítulo
MÁRCIA OTTO – ajudante de Stela
MÁRCIO RIBEIRO – patrão de Halley na transportadora
MARIAH DA PENHA – Jurema (empregada de Donatela e, depois, de Flora)
MÁRIO HERMETO – Antônio Pereira (homem que Silveirinha contrata para fingir-se atacado por Flora)
MAURO GUEDES
MAYANA MOURA – Elaine (mulher com quem o Tito ia fugir com parte do dinheiro do contrabando de armas)
MIGUEL NADER – Tarugo (matador que Dodi contrata para matar Baiano)
MILTON ANDRADE – juiz no julgamento de Donatela
MITZI EVELYN – Luciana (amiga de Lara que “fica” com Halley)
NELSON XAVIER – Edvaldo (pai de Céu e Greice)
NOEMI GERBELLI – Sofia (conversa com Elias e Shiva sobre o comportamento de Augusto César)
OSVALDO BARAÚNA – Jota
PAULO ASCENÇÃO – Detetive Paulão
PAULO CARVALHO – Dr. Machado (advogado da Fontini)
PAULO IVO – Sinval (segurança do rancho de Gonçalo)
PEDRO FARAH (FARNETTO) – vizinho de Pedro
PIETRO MÁRIO – padre do casamento de Céu e Orlandinho
PRAZERES BARBOSA – Raimunda (tia de Céu e Greice)
RENATA TOBELEM – Maria (mulher de Baiano)
ROGÉRIO ROMERA – Darley
RUI REZENDE – Pereira (segurança de Lara)
SILVIO POZZATO – mordomo de Flora no rancho
SUZANA ABRANCHES – camareira do hotel
THEODORO COCHRANE – Bruno Aguiar (ex-noivo de Alícia)
THOGUN – Tonelada
THOMAZ FRANCESE – Dr. Roberto
TINA KARA – repórter
TUNA DWEK – enfermeira de Dedina
VICTOR DI MELLO – médico que cuida de Alícia quando ela leva um tiro
WALMOR CHAGAS – Dr. Dante Salvatore (médico, última pessoa que falou com Marcelo antes de morrer)
WILLIAM FERREIRA – Mr. Johnson (empresário que participa na negociata com Flora que leva a Fontini a falência)
WILLIAM VITA – Ruy (sequestrador)
– núcleo de FLORA (Patrícia Pillar), acusada de matar o amante, MARCELO FONTINI (Deco Mansilha / Flávio Tolezani), cumpriu pena por dezoito anos. Sai da cadeia disposta a provar sua inocência. Descobre-se no capítulo 56 que fora de fato a assassina de Marcelo e, a partir de então, mostra-se uma mulher fria e dissimulada e que só objetiva se apoderar da fortuna da família Fontini. Mentiu a vida toda que a filha que tivera é de Marcelo:
o pai PEDRO (Genézio de Barros), que nunca acreditou na inocência da filha. Senhor debilitado, viciado em jogatinas, e de bom coração.
– núcleo de DONATELA (Cláudia Raia), esposa de Marcelo à época do assassinato. Contratou os melhores advogados para incriminar a rival Flora e conseguiu mantê-la afastada de si durante os dezoito anos em que ela ficou presa. Durante seu casamento, ainda passou pela dor de ver seu filho pequeno, Mateus, desaparecer de sua vida. É acusada por Flora de ter sido ela a assassina de Marcelo. No passado, quando era criança, Donatela fora abrigada pela família de Flora, e acabou criando um vínculo afetivo muito grande com Seu Pedro. Amigas de infância, desde pequenas as duas gostavam de cantar e acabaram por formar uma dupla sertaneja de sucesso, ‘Faísca e Espoleta’. Após perder o marido assassinado, e com a prisão de Flora, Donatela decide criar a filhinha dela, que todos pensam ser de Marcelo:
a filha de criação LARA (Mariana Ximenes), com quem mantém laços amorosos muito intensos. Jovem decidida e íntegra, estudante de Geologia, é única herdeira da fortuna da família Fontini. Recebe Flora com desconfiança quando esta deixa a cadeia. Apesar de sempre saber ser filha de Flora, Lara considera Donatela sua verdadeira mãe
os pais de Marcelo, GONÇALO (Mauro Mendonça) e IRENE (Glória Menezes), donos de uma fábrica de papel e celulose. Enquanto Gonçalo sempre nutriu uma simpatia pela nora Danotela, Irene nunca confiou nela, em razão de seu gênio inflamado e de suas extravagânicas. Essa desconfiança abre espaço para Flora articular sua vingança contra Donatela, usando da amizade que faz com Irene, que sempre desconfiou da nora
o empregado SILVEIRINHA (Ary Fontoura), ex-mentor e empresário da dupla ‘Faísca e Espoleta’. Com o fim da dupla, sobrou a ele um emprego de mordomo no rancho dos Fontini. Durante anos alimentou seu desprezo por Donatela porque foi ela quem decidiu acabar com a dupla ‘Faísca e Espoleta’. Quando Flora sai da cadeia, Silveirinha se junta a ela para tirar tudo de Donatela, incluindo Lara e o dinheiro da família. Foi quem articulou o sequestro de Mateus, filho de Donatela e Marcelo
a empregada de Donatela, JUREMA (Mariah da Penha)
a empregada de Irene, ANTÔNIA (Cleyde Queiróz).
– núcleo de DODI (Murilo Benício), marido de Flora à época do assassinato de Marcelo, seu melhor amigo. Após a morte de Marcelo, une-se a Donatela e eles se casam. No início, Dodi é executivo na empresa de Gonçalo. Dodi passa a manter um caso velado com Flora após ela sair da cadeia. É um homem mau caráter, sórdido e ambicioso. Um vilão patético, vaidoso e extravagante. Na metade final da novela, é revelado que Dodi é o verdadeiro pai de Lara, segredo este até então guardado por Flora, a mãe de Lara:
o pai SABIÁ (Lúcio Mauro), um aproveitador malandro, e a irmã FAFÁ (Cláudia Missura), puxa-saco e interesseira (ambos entram na metade da novela). Alvo do amor de Silveirinha, Fafá sonha em ser cantora apesar de não ter talento algum.
– núcleo de ZÉ BOB (Carmo Dalla Vecchia), jornalista íntegro, idealista e de excelente caráter. Solidariza-se com Flora quando ela sai da cadeia e eles têm um rápido romance. Porém, Zé Bob se envolve de verdade com Donatela e os dois acabam cada vez mais apaixonados. Une-se a ela para provar a culpa a Flora:
a amiga de profissão MAÍRA (Juliana Paes). Ao investigar a morte de Marcelo, acaba ameaçando os planos de Flora e Dodi e é por eles assassinada
a chefe no jornal TUCA (Rosi Campos), amiga de Zé Bob e Maíra.
– núcleo de FREDERICO COPOLA (Tarcísio Meira), antigo amor de Irene, ex-funcionário da fábrica de Gonçalo. Líder comunitário na cidadezinha de Triunfo, na Grande São Paulo (onde está instalada a fábrica dos Fontini), abre sua casa para saraus e leituras. Senhor bonachão e muito ligado à família, vive em pé de guerra com Gonçalo, que ainda sente ciúmes do amor do passado entre Copola e sua mulher Irene:
a esposa IOLANDA (Suzana Faini), inconformada em não ser o grande amor de Copola – os dois se separam no decorrer da novela
as filhas CATARINA (Lília Cabral) e LORENA (Gisele Fróes), donas-de-casa, e CIDA (Cláudia Ohana), caminhoneira, que tem uma relação difícil com a mãe, que sabe que Cida tivera um caso com seu cunhado, marido de Lorena.
– núcleo de Catarina:
o marido LEONARDO (Jackson Antunes), operário da fábrica, homem machão, bruto, alcoólatra e mulherengo. Chega a agredir a mulher
os filhos: MARIANA (Clarice Falcão), jovem rebelde que acaba engravidando, e o garoto DOMÊNICO (Eduardo Mello)
a amiga STELA (Paula Burlamaqui), que chega a Triunfo e abre um restaurante na vila operária. Por ser bela e decidida, mexe com os hábitos dos moradores, sendo alvo da atração de Leonardo. Mas ela não quer nada com ele, senão ajudar Catarina a se libertar do marido opressor. Catarina vai trabalhar com ela no restaurante. No decorrer da novela, descobre-se que Stela é lésbica, e ela acaba vítima do preconceito dos moradores de Triunfo
o verdureiro VANDERLEI (Alexandre Nero), homem humilde apaixonado por Catarina.
– núcleo de Lorena:
o marido ÁTILA (Chico Diaz), operário da fábrica, é demitido após um erro no trabalho. No passado, tivera um caso com Cida, que, quando veio à tona, abalou a relação das irmãs. O caso entre os cunhados foi descoberto por Iolanda à época, o que a fez se afastar da filha
o filho CASSIANO (Thiago Rodrigues), operário da fábrica, no início namora com Lara. Ao ter seus talentos musicais descobertos, vira astro da noite para o dia.
– núcleo do deputado ROMILDO ROSA (Milton Gonçalves), um político rico e corrupto, que tenta eleger seu filho prefeito de Triunfo, dando continuidade à sua saga política:
os filhos ALÍCIA (Taís Araújo), artista plástica pretensiosa, emocionalmente instável, linda e inteligente. Vive desafiando o pai, com quem tem uma relação difícil. Apesar de enfrentá-lo, não tem coragem de romper com ele. É apaixonada por Zé Bob, e mais tarde se envolve com Cassiano
e DIDU (Fabrício Boliveira), jovem alcoólatra no início, de boa índole, consegue romper com o pai
o mordomo CLEMENTE (Aramis Trindade)
o assessor político MÁRIO (Giácomo Pinotti).
– núcleo de CILENE (Elizângela), principal testemunha do assassinato de Marcelo. Era manicure de Donatela e viu Flora atirando no rapaz. No decorrer da novela, descobre-se que seu filho na verdade é Mateus, o filho desaparecido de Donatela e, para não perdê-lo, é obrigada a se contradizer no julgamento que incrimina Donatela, pois até então ela mesma não sabia disso. Assim, é chatangeada por Silveirinha que a força a mudar seu testemunho no julgamento. É dona de uma agência de acompanhantes:
o filho HALLEY (Cauã Reymond), que na verdade é o filho sequestrado de Donatela. Malandro, esconde da mãe que não estuda. Ao ser descoberto, é expulso de casa e vai se envolver com Alícia, que o coloca numa vingança contra um ex-namorado dela. Ao apaixonar-se por Lara, disputa a moça com Cassiano. Ganha um alto cargo na empresa dos Fontini e decide proteger Lara das maldades de Flora
as “meninas” LUMA (Thiaré Maia), SHARON (Giovana Ewbank), MELISSA (Raquel Galvão)
e MANU (Emanuelle Araújo), a mais ardilosa e mais aproveitadora das meninas de Cilene, apaixonada por Halley no início, mas que se envolve numa relação perigosa e bandida com Dodi.
– núcleo de MARIA DO CÉU (Déborah Secco), retirante que chega a São Paulo certa de receber a casa prometida por Romildo Rosa a seu pai em troca de votos. Ao se deparar com a realidade, vai trabalhar na fábrica e se apaixona por Cassiano, que não está interessado nela, pois ama Lara. Quando é demitida e não encontra trabalho, vai ser acompanhante na agência de Cilene, passando a adotar o nome de PÂMELA. Tem um caso com Halley, antes de ele se apaixonar por Lara, e acaba grávida do rapaz:
a irmã GREICE (Roberta Gualda), simples e conformada com a vida, não aceita as atitudes da irmã
o pai EDVALDO (Nelson Xavier), simplório e ingênuo, cai na conversa de Romildo Rosa e leva as filhas para morar em Triunfo. Morre ao tentar dissuadir Céu da idéia de se prostituir
o noivo ORLANDINHO QUEIRÓZ (Iran Malfitano), gay enrustido no início. Ele a contrata visando afastar-se das pressões de sua família que não sabem de sua condição de homossexual. É rico e ingenuamente apaixonado por Halley, que não lhe dá a menor atenção. Mente para a família que o filho que Céu espera é seu. Acaba apaixonado por Céu
o pai de Orlandinho, DARCI (Luiz Baccelli), contra o envolvimento do filho com Céu
a avó de Orlandinho, GERALDA (Suely Franco), mãe de Darci. Senhora rica que se encanta com a beleza de Céu e ajuda nos preparativos do casamento do neto. Na realidade, Geralda descobre a farsa de Céu e passa a apoiá-la, pois ela mesma havia sido uma prostitua no passado.
– núcleo de ROSANA COSTA, presidiária que usa o falso nome de DIVA PALHARES (Giulia Gam) na prisão. Conviveu intimamente com Flora na cadeia e sabe de seu verdadeiro caráter. Na juventude, namorou dois homens ao mesmo tempo, mas fugiu com um terceiro. Mais tarde envolveu-se com um criminoso, TITO (Dionísio Neto), e por causa dele vai presa. De dentro da cadeia e através de Tito, Diva comanda uma quadrilha de tráfico de armas, onde é conhecida pelo nome de “Kato” e faz negócios milionários e escusos com o político corrupto Romildo Rosa. Quando Donatela é presa e Diva já está para sair, elas se ajudam de modo que Diva simula a morte de Donatela e esta assume a sua identidade. Diva vai então ao encontro de Tito, que tenta matá-la, mas ela é salva por Zé Bob. Enquanto Donatela – dada como morta – se passa por Rosana para tentar provar sua inocência, Diva (a verdadeira Rosana), arrependida e sabendo que tem pouco tempo de vida, decide aproximar-se do filho, sob a identidade de MIRANDA:
o namorado do passado AUGUSTO CÉSAR (José Mayer), ex-rockstar, abandonou a carreira para se dedicar a uma vida mais próxima da natureza. Ufólogo, credita o sumiço de Rosana a uma abdução extraterrestre. Ao ser tema de uma reportagem de Maíra, os dois acabam se envolvendo. Quando Donatela vai morar em seu sítio, sob a identidade de Rosana, ele é o único que acredita que ela é Rosana, por quem se apaixona platonicamente
o outro namorado do passado ELIAS FILHO (Leonardo Medeiros), homem íntegro, é ferrenho defensor dos direitos dos operários da fábrica e elege-se prefeito de Triunfo
o filho SHIVA LÊNIN (Miguel Rômulo), adolescente arredio que sofre com a falta de uma figura materna e tem que cuidar de seu amalucado pai Augusto César, com quem mora. Mas também é tratado como filho por Elias, não tendo certeza de qual dos dois homens é seu pai biológico. Augusto e Elias vivem brigado pela paternidade do rapaz. Apaixona-se por Mariana.
a esposa de Elias, DEDINA (Helena Ranaldi), professora da escola local, mulher voluptuosa
o namorado com quem fugiu PEPE MOLINOS (Jean-Pierre Noher). Faz-lhe visitas regulares na cadeia e mantém uma cantina freqüentada por Zé Bob, Maíra e Donatela.
– núcleo de ARLETE (Ângela Vieira), secretária de Gonçalo, mulher de brio e moral, que no passado se envolveu com Romildo Rosa e o abandonou por ele ser corrupto:
o filho DAMIÃO (Malvino Salvador) – fruto de seu relacionamento com Romildo Rosa – que desconhece que o político é seu pai. Professor de capoeira, amigo de Elias, é envolvido por Dedina, com quem passa a ter um tórrido caso amoroso, apesar de namorar a simplória Greice, que foi trabalhar como doméstica na casa do prefeito.
– núcleo de GURGEL (Mário Gomes), publicitário responsável pelas campanhas de Romildo Rosa e Didu, não passa de um puxa-saco e trambiqueiro:
a mulher AMELINHA (Bel Kutner), deslumbrada, fútil e interesseira. Irmã de Átila, quando o sobrinho Cassiano torna-se famoso, logo se candidata ao cargo de sua assessora de imagem, se aproveitando da fama do rapaz
os filhos pequenos TIAGO (Renan Mayer) e CAROLINA (Sofia Terra), vítimas da imprudência e irresponsabilidade dos pais. As duas crianças se apegam à Greice no período em que ela vai trabalhar na casa deles.
– núcleo de RITA (Christine Fernandes), secretária da agência de publicidade de Gurgel e por ele explorada. No passado, envolveu-se com Zé Bob, com quem teve uma filha, mas nunca lhe revelou isso, preferindo criá-la longe de sua interferência. Alvo da admiração de Didu, acaba cedendo às suas investidas. Mulher de princípios morais rígidos, acaba se deixando influenciar por Romildo Rosa e vai morar em sua mansão
a filha que tivera com Zé Bob, CAMILA (Hanna Romanazi). Esperta e ávida pelas coisas materiais, não demora a se deixar seduzir pelo dinheiro de Romildo Rosa
a mãe DULCE (Selma Egrei), mulher aproveitadora, interesseira e racista, não aceita o envolvimento da filha com Didu, mas deixa seu racismo de lado para aproveitar as facilidades da vida na mansão do deputado.
– demais personagens:
DR. DANTE SALVATORE (Walmor Chagas), o médico que atendeu Marcelo quando ele foi assassinado. É outra testemunha-chave do inquérito sobre o assassinato. Dodi e Flora o chantageiam, ameaçando divulgar publicamente que ele, apesar de casado, é homossexual. Muda seu depoimento mas é assassinado por Flora, que arma para que a culpa recaia sobre Donatela
NORTON (Alexandre Schumacher), assessor de Gonçalo na indústria Fontini
JUCA (Bento Ribeiro), forasteiro que Cida conhece na estrada e com quem se envolve. Vai morar em Triunfo.
História pirandelliana
Depois de emplacar dois sucessos no horário das 19 horas (Da Cor do Pecado e Cobras e Lagartos), João Emanuel Carneiro entrava para o seleto grupo dos que escrevem para o horário mais nobre da TV Globo.
O autor resumiu sua novela como:
“Um brinquedo novo para mim. Tenho duas protagonistas, Flora e Donatela. Uma das duas matou o marido de Donatela e amante de Flora, Marcelo, pai de Lara com Flora. Uma das duas está mentindo. Eu mesmo não sei qual. Num dado momento, vou julgar as personagens e dar um veredito. Minha decisão vai depender, é claro, da química da novela no ar com o público, da atuação das atrizes, de tudo. É um jogo muito estimulante. Uma história pirandelliana.”
Por A Favorita, João Emanuel Carneiro foi eleito pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) o melhor roteirista de televisão em 2008, e Patrícia Pillar, a melhor atriz.
A novela foi também premiada com o Troféu Imprensa de melhor do ano, melhor ator (para Murilo Benício e Cauã Reymond) e melhor atriz (para Patrícia Pillar).
O título provisório da novela era Juízo Final.
Inspirações
Estrelada por Patrícia Pillar e Cláudia Raia, A Favorita lembrava bastante, em sua trama central, o filme americano Deixe-me Viver (de 2002), protagonizado por Michelle Pfeiffer e Renée Zellweger. Na história, as personagens das atrizes disputam o amor de Astrid (Alison Lohman), filha de Ingrid, personagem de Michelle, que é presa após assassinar o marido.
Porém, João Emanuel Carneiro reconhece que sua maior inspiração vem de outro filme: A Sombra de uma Dúvida (1943), de Alfred Hitchcock, sobre um serial killer que, perseguido pela polícia, se refugia na casa da irmã, que não sabe de seus crimes, e levanta a suspeita da sobrinha, em dúvida se o tio que tanto ama é ou não um assassino. (Revista Piauí nº 204)
Subversão do folhetim
Mesmo com todos os problemas pelos quais passou A Favorita, o novato João Emanuel Carneiro estreou em horário nobre em grande estilo, conquistando o respeito da crítica e de demais colegas de profissão. Ótimo elenco, direção competente e destaque para a fotografia quase noir, condizendo com o clima policialesco da história.
A novela já valeu pelo mérito de ter subvertido o esquema folhetinesco vigente. Em vez de uma história de amor com um casal romântico central, uma história policial com uma protagonista e uma antagonista, em detrimento do casal romântico.
Não faltaram elogios ao ritmo alucinante da trama, com ótimos ganchos e muitos acontecimentos em cada capítulo, o que deixou a novela sem a famosa barriga – aquela fase pela qual geralmente passam as novelas, no meio da história, em que nada acontece.
Custou para pegar
A estreia de A Favorita obteve a pior audiência de uma novela da Globo das 21 horas até então: média de 35 pontos no Ibope da Grande São Paulo. As explicações foram muitas: a crise de audiência que tomou a TV brasileira, um possível desgaste e o esgotamento do formato e até a concorrência com a Record TV (passando por uma boa fase na dramaturgia). Para prejudicar a estreia da nova trama global, a emissora de Edir Macedo antecipou (com grande estardalhaço) para as 20h40 a apresentação do último capítulo de sua novela Os Mutantes – Caminhos do Coração (anteriormente exibida às 22 horas). Este último capítulo conseguiu uma média de 23 pontos no Ibope da Grande São Paulo.
O autor chamou a atenção do público ao revelar o grande segredo da novela bem antes de seu término, provocando desta forma uma reviravolta na trama. Assim, no capítulo 56, exibido em 05/08/2008, descobriu-se que Flora (Patrícia Pillar) era a assassina da história. Donatela (Cláudia Raia) sequestra Flora, aponta uma arma para ela e diz que vai pôr um fim àquela história. Flora se aproxima do cano do revólver e diz com deboche: “Você não tem coragem, porque você não é uma assassina como eu!”
Este fato desencadeou novos mistérios e novos entrechos. E o capítulo bateu seu próprio recorde até então: chegou aos 46 pontos de média no Ibope da Grande São Paulo, com uma participação de 65%.
Na realização da novela, tudo foi pensado para embaralhar a interpretação do espectador, da escolha das atrizes ao figurino. O autor esperava que o público ficasse dividido ente as duas:
“Mas a pesquisa de opinião feita pela Globo dava mais de 90% do púbico acreditando na Cláudia Raia como vilã!”, disse João Emanuel Carneiro em entrevista a Tiago Coelho para a Revista Piauí (nº 204).
O fato é que a novela custou para “pegar”. A Favorita ganhou novo fôlego com a revelação de que Flora era a assassina, fazendo assim com que a personagem-vilã cativasse finalmente a audiência – enquanto a novela concorrente da Record (Os Mutantes) derrocava no Ibope. A interpretação e o carisma de Patrícia Pillar, aliados aos ótimos texto e direção, foram os responsáveis pela alavancada da novela.
Mesmo com o sucesso alcançado em sua segunda metade, A Favorita não conseguiu escapar de uma desagradável média geral no Ibope, quando comparada com outras tramas da emissora no horário, em outras épocas. A novela fechou com uma média de 39,9 pontos na Grande São Paulo.
A maior audiência foi registrada em seu penúltimo capítulo, exibido em 15/01/2009 – o casamento de Donatela e Zé Bob (Cláudia Raia e Carmo Della Vecchia) -, cravando média de 52 pontos.
Mercado internacional
Para o mercado internacional, a vilã e a mocinha de A Favorita são conhecidas desde o começo. Para comercializar a novela nos mercados acostumados aos novelões, a Globo resumiu a reviravolta total no folhetim, que aqui só se deu no capítulo 56.
A emissora temia que a estratégia do autor – que no meio da história praticamente iniciou outra trama ao revelar que Flora era a vilã, e não a coitadinha – não fosse compreendida pelos telespectadores latinos, desde sempre consumidores da teledramaturgia clássica e maniqueísta.
Para tanto, em sua embalagem internacional, A Favorita perdeu cerca de 50 de seus 197 capítulos, boa parte deles da fase em que o público acreditava ainda que a megera era Donatela (Cláudia Raia). Com isso, a distância entre a apresentação da história e a reviravolta do bem e do mal foi encurtada.
Elenco
Em seu livro “Sempre Raia um Novo Dia” (escrito com Rosana Hermann), Cláudia Raia falou da importância desse trabalho: “A Favorita foi um turning point na minha carreira, uma novela que me jogou muito para cima, me deu o famoso upgrade. Se não fosse pelo trocadilho, eu poderia dizer que, entre tantas novelas que eu fiz, eu a colocaria como séria candidata a ser a favorita.”
A atriz explicou como se preparou para sua personagem: “Donatela era uma mulher rude, primária, no corpo e na fala. Tive a honra de contar com a ajuda de Cacá Carvalho, conhecido como ator, mas que é um mestre como preparador de atores. Cacá trabalhou meu corpo, meu andar, dizia para eu ‘andar sem bunda’. Ele queria tirar todas as curvas do meu movimento sinuoso. Sou canhota e ele me fez atuar na novela inteira como destra, para adquirir uma certa brutalidade ao pegar no garfo, na caneta. São particularidades da criação de personagem que fizeram meu trabalho render muito e ser bem diferente do que eu já tinha feito.”
Cláudia Raia também relatou os desentendimentos com o diretor geral Ricardo Waddington, que queria que ela mudasse a interpretação de sua personagem, contrariando o previamente concordado. “Ele me pediu desculpas diante de todos (…), a temperatura baixou, criamos uma ponta, e acabou tudo em amor.”
A atriz Juliana Paes, que vivia na trama a jornalista Maíra, deixou o elenco de A Favorita para ser a protagonista da novela substituta no horário, Caminho das Índias, de Glória Perez. O desfecho de sua personagem se deu no dia 21/08/2008, quando, após ser atropelada, Maíra é assassinada por Flora no hospital.
Primeira novela dos atores Alexandre Nero, Jean-Piérre Noher e Giovanna Ewbank.
Cenografia e locações
Inicialmente, a trama seria ambientada na região Centro-Oeste do Brasil. Em entrevista, o autor explicou o porquê da mudança para São Paulo:
“Queria sair do cenário urbano. Não sei fazer uma novela regionalista, como o Benedito Ruy Barbosa. A saída foi fazer uma trama “rurbana”, meio passada na cidade e meio no campo. Metade dos personagens mora em cidade; a outra, na vila planejada da fábrica próxima à cidade. A princípio, pensei em levar a novela a Brasília, um cenário urbano novo, com uma personalidade arquitetônica própria. Mas foi impossível, sairia muito caro deslocar as gravações. A estrutura da Globo fica no Rio e em São Paulo. Finalmente, a novela acabou se passando em São Paulo. O [diretor] Ricardo Waddington pegou o centro da cidade, está dando uma cara meio anos 50, de filme noir.”
Uma “floresta” com 60 pinheiros foi implantada no Projac. As árvores usadas reproduziam uma área de reflorestamento. Na TV, apesar de serem apenas 60, deram o efeito de uma floresta de verdade, porque formaram uma cortina verde. A floresta integrou o núcleo do qual fizeram parte ainda uma fábrica de papel e uma vila operária de 28 casas, todas de madeira. Com oito metros de altura, os pinheiros, típicos de climas temperados, vieram do Paraná e passaram por um processo de adaptação antes de serem replantados.
Já no sítio onde vivia o personagem de José Mayer, foram criadas uma casa em forma de oca, toda de vidro, e uma horta orgânica de verdade.
Algumas cenas iniciais foram gravadas na Estância Villa Maria, em Buenos Aires, Argentina, onde ficava a casa que serviu de cenário para a mansão dos Fontini.
Abertura e trilha sonora
A abertura fez sucesso, tanto pelas imagens – uma animação em cores vibrantes que contava a trama central da novela – quanto pela música-tema, o tango eletrônico “Pá Bailar”, gravado pelo grupo de músicos argentinos e uruguaios Bajofondo. A escolha pela música partiu do diretor geral Ricardo Waddington durante as gravações na Argentina: “Tivemos a ideia de colocar um tango na novela porque é um ritmo quente, passional, trágico. (…) É muito bom quando se tem uma abertura que tenha a ver com o espírito da novela.” (site de A Favorita)
As ilustrações da abertura são uma releitura dos cartazes de cinema das décadas de 1940 e 1950, chapados e com figuras recortadas. O próprio João Emanuel Carneiro criou o roteiro da animação. O designer gráfico Hans Donner, o ilustrador Gustavo Garnier e o especialista em computação gráfica Alexandre Romano e sua equipe levaram um mês e meio para executar o projeto. (Revista Ti-ti-ti, 11/2008)
Na abertura, a trajetória das protagonistas é relatada com a tela dividida ao meio, tendo no lado esquerdo a figura de uma mulher pintada de preto e, no direito, uma mulher pintada de branco. À medida que a historinha se desenrola, fica claro que a mulher do lado esquerdo representa Flora e a do direito, Donatela. As duas aparecem ainda crianças, brincando juntas, depois, como dupla sertaneja, até que se separam. No momento seguinte, um homem surge dividido entre as duas mulheres, que discutem. Após um tiro, o homem cai e Flora é levada para a cadeia, enquanto no lado direito Donatela brinca com uma criança (a filha de Flora que ela pega para criar). Por fim, a garota aparece dividida por suas duas mães, a biológica e a de criação.
Os nomes de Patrícia Pillar e Cláudia Raia alternavam diariamente a ordem de aparição na abertura da novela.
A antiga canção “Beijinho Doce”, de Nhô Pai, hit maior da fictícia dupla sertaneja da novela, Faísca e Espoleta (Cláudia Raia e Patrícia Pillar), fez tanto sucesso que ganhou remixes na internet, com batidas pop, dance e funk, e a inclusão de frases e bordões marcantes de Flora. Tanto Donatela quanto a vilã popularizaram a música, cantando-a em várias cenas da novela.
Exibições
A Favorita foi reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo entre 16/05 e 11/11/2022.
Em 2014, a Globo Marcas lançou o box da novela, com 15 DVDs em 44 horas de duração.
A Favorita foi a primeira das novelas do catálogo da TV Globo disponíveis para o público no Globoplay (plataforma de streaming do Grupo Globo), em 25/05/2020, como parte do projeto de resgate de clássicos do acervo da emissora.
Trilha sonora nacional
01. É O QUE ME INTERESSA – Lenine (tema de Flora)
02. AMADO – Vanessa da Mata (tema romântico de Lara)
03. SOU DELA – Nando Reis (tema de Lara)
04. NÃO VOU ME ADAPTAR – Arnaldo Antunes (participação especial de Nando Reis) (tema de Didu)
05. QUANTAS VIDAS VOCÊ TEM? – Moska (tema de Rita e Didu)
06. FALA – Ritchie (tema de Augusto César)
07. TUDO PASSA – Túlio Dek (tema de Halley)
08. PÁ BAILAR – Bajofondo (tema de abertura)
09. MULHER SEM RAZÃO – Adriana Calcanhoto (tema de Donatela e Zé Bob)
10. MORENA DOS OLHOS D´AGUA – Chico Buarque
11. O TEMPO VAI APAGAR – Zé Renato (tema de Rita)
12. ME ABRACE – Camila e Wanessa Camargo (tema de Stela)
Sonoplastia: Nelson Zeitoune e Irla Leite
Produção musical: Alberto Rosenblit
Direção musical: Mariozinho Rocha
Trilha sonora internacional
01. VIVA LA VIDA – Coldplay (tema geral)
02. BOTTLE IT UP – Sara Bareilles (tema de Dedina e Damião)
03. I´M YOURS – Jason Mraz (tema de Cassiano)
04. CARRY YOU HOME – James Blunt (tema de Augusto César e Rosana)
05. LOVE IS NOISE – The Verve
06. THAT´S NOT MY NAME – The Ting Tings (tema geral)
07. BLAME – Tiago Iorc (tema de Halley)
08. FIDELITY – Regina Spektor (tema de Lara)
09. SWEET ABOUT ME – Gabriella Cilmi (tema de Catarina e Stela)
10. NO SUBSTITUTE LOVE – Estelle (tema de Céu)
11. BABY WHEN THE LIGHT – David Guetta (tema para as festas)
12. PUMPKIN SOUP – Kate Nash (tema de locação)
13. YOUNG FOLKS – Peter, Bjorn and John (tema de Maria do Céu e Orlandinho)
14. MONSOON – Tokio Hotel
Seleção de repertório: Daniel Rigon, Marcus Vinícius e Bruno Negrão
Ainda:
A COR AMARELA – Caetano Veloso (tema de Alícia)
NEVER CAN SAY GOODBYE – Gloria Gaynor (durante a festa de aniversário de Camila, quando ela descobre que é filha de Zé Bob)
O TAMBORZÃO TÁ ROLANDO – MC Koringa (tema de Fafá)
RINDO À TOA – Falamansa
SEMPRE ATRAPALHADO – Zeca Pagodinho e Dudu Nobre (tema de Didu)
SOU FEIA MAS TÔ NA MODA – Tati Quebra Barraco (na festa de casamento de Maria do Céu e Orlandinho)
TANGO – Alberto Rosenblit (tema das vinhetas de intervalo)
Trilha sonora complementar: A Favorita Sertanejo
01. TEM QUE SER VOCÊ – Victor & Léo (tema de Céu)
02. SINÔNIMOS – Chitãozinho & Xororó (participação especial de Zé Ramalho) (tema de locação: Triunfo)
03. DIFÍCIL NÃO FALAR DE AMOR – Daniel
04. POR FAVOR, REZA PRA NÓIS – Leonardo (tema de locação)
05. A CHAPA VAI ESQUENTAR – Rud & Robson (tema de locação: Triunfo)
06. TALVEZ – César Menotti & Fabiano
07. DE TANTO TE QUERER – Jorge & Mateus (tema da Catarina e Vanderlei)
08. SE É PRA FALAR DE AMOR – Mateus & Cristiano (tema de Cida e Juca)
09. AINDA ONTEM CHOREI DE SAUDADE (ao vivo) – Edson & Hudson (tema de Cida)
10. CABECINHA NO OMBRO – Bruno & Marrone (tema geral)
11. VIDA LOUCA – Rionegro & Solimões (tema de locação)
12. MEU PRIMEIRO AMOR (LEJANIA) – Roberta Miranda (tema de Irene e Copola)
13. SAUDADES DE MATÃO – Chitãozinho & Xororó (tema de locação)
14. ANDORINHA – Victor & Renan (tema de Mariana e Shiva Lênin)
15. MALA PRONTA (ao vivo) – Hugo Pena & Gabriel (tema de locação)
Trilha sonora instrumental: música original de Alberto Rosenblit
01. A FAVORITA
02. ADIÓS
03. TEMA PARA ZÉ BOB
04. SOLITUDE
05. TEMA PARA TRIUNFO
06. RUAS DE SÃO PAULO
07. RONDÓ & LÁGRIMA
08. LEMBRANÇAS
09. TEMA PARA DONATELA & PEDRO
10. TEMA PARA DODI
11. MISTÉRIOS DE FLORA
12. PELO CAMINHO
13. CORAÇÕES DE METAL
14. TANGO 3
As tramas paralelas são bem ruins, o que faz pra mim o conjunto da obra ser comprometido. Foi difícil ver no Globoplay! Quase substitui por alguma favorita minha dos anos 80/90 rs
A melhor do Joema!
melhor novela do João Emanuel Carneiro
Amava Flora
Das melhores de JEC, apesar das tramas paralelas.
Uma das melhores dos anos 2000.