Sinopse
Maria da Paz (Juliana Paes) vem de uma família de justiceiros profissionais do interior do Espírito Santo, os Ramirez. Criança, ela ficava na cozinha ao lado de sua avó, com quem aprendeu a fazer bolos. Essa rotina a seduzia mais do que o desejo do pai de vê-la justiceira. Na década de 1990, Maria se apaixonou por Amadeu (Marcos Palmeira), advogado formado em Vitória, porém membro do clã rival nos negócios dos Ramirez, os Matheus. O casal, para viver o romance, sugere um pacto de paz e consegue marcar o casamento. Porém, no altar, Amadeu leva um tiro e, após a tragédia, os Matheus prometem vingança contra os Ramirez.
As primeiras vítimas são Fabiana (Maria Clara Baldon) e Virgínia (Duda Batista), sobrinhas de Maria. Um irmão de Amadeu fica encarregado de dar fim nas meninas, mas só consegue capturar Fabiana e, sem coragem, a deixa em um convento. Virgínia e sua mãe fogem para Vitória e uma nova tragédia acontece: a menina se perde e sua mãe é morta. Jurada de morte, Maria foge para São Paulo e é acolhida na casa de Marlene (Suely Franco), começando uma nova vida. Com o passar do tempo, recebe a notícia da morte de Amadeu, sem saber que a mentira é um acordo entre sua mãe e a mãe dele, que decidem dizer para ambos que os dois estão mortos.
Maria, desempregada e grávida, começa a vender bolos que ela mesma faz. O negócio dá tão certo que, vinte anos depois, Maria tornou-se uma bem-sucedida dona de confeitarias. A filha, Josiane (Agatha Moreira), a despreza, critica seus modos e odeia o próprio nome. Jô – como prefere ser chamada – precisa da mãe para realizar o sonho de se tornar uma digital influencer. Para conquistar a projeção que deseja, articula um plano com Régis (Reynaldo Gianecchini), um playboy de família tradicional. Ela o apresenta para a mãe e arma o casamento entre eles para tomar o dinheiro dela. Maria não imagina que eles querem usurpar o seu patrimônio.
Josiane ainda faz de tudo para se aproximar de Vivi Guedes, uma conhecida digital influencer, sem imaginar que ela é sua prima desaparecida, Virgínia. Já Fabiana, descobre o paradeiro da irmã ao vê-la na TV com um amuleto que pertenceu à sua avó. Invejosa da irmã bem-sucedida, ela muda-se para São Paulo a fim de recuperar a vida que não teve. Vivi está de casamento marcado com o policial Camilo, mas seu coração balança por Chiclete, do clã dos Matheus, que tem a missão de matá-la, mas não consegue efetuar a tarefa porque apaixonou-se por ela.
Também está em São Paulo Amadeu, que, após se recuperar do tiro que levou com a ajuda da fisioterapeuta Gilda (Heloísa Jorge), casou-se com ela certo de que sua Maria morreu. O casal se reencontra e reacende o amor do passado. Porém, Maria está de casamento marcado com Régis, prestes a cair na armadilha arquitetada por ele e sua filha Josiane.
JULIANA PAES – Maria da Paz Ramirez
MARCOS PALMEIRA – Amadeu Matheus
AGATHA MOREIRA – Josiane (Jô)
REYNALDO GIANECCHINI – Régis
PAOLLA OLIVEIRA – Vivi Guedes (Virgínia)
SÉRGIO GUIZÉ – Chiclete (Ricardo)
NATHALIA DILL – Fabiana
LEE TAYLOR – Camilo
CAIO CASTRO – Rock
MALVINO SALVADOR – Agno
SUELY FRANCO – Marlene
ARY FONTOURA – Antero
NÍVEA MARIA – Evelina
RAINER CADETE – Téo
MÔNICA IOZZI – Kim
ANDERSON DI RIZZI – Márcio
DEBORAH EVELYN – Lyris
NATHALIA TIMBERG – Gladys
JOSÉ DE ABREU – Otávio
NATÁLIA DO VALLE – Beatriz
ROSAMARIA MURTINHO – Linda
MARCO NANINI – Eusébio / Juninho
ROSI CAMPOS – Doroteia
BETTY FARIA – Cornélia
TONICO PEREIRA – Chico
ANA LÚCIA TORRE – Berta
BRUNA HAMU – Joana
GLAMOUR GARCIA – Britney (Rarisson)
PEDRO CARVALHO – Abel
GUILHERME LEICAM – Leandro (Mão Santa)
MONIQUE ALFRADIQUE – Yohana
BRUNO BEVAN – Zé Hélio
CAROL GARCIA – Sabrina
RAFAEL QUEIROZ – Rael
HELOÍSA JORGE – Gilda
LUCY RAMOS – Silvia
MEL MAIA – Cássia
CADU LIBONATTI – Merlin
JOÃO GABRIEL D´ALELUIA – Carlito
ROSANE GOFMAN – Ellen
OSVALDO MIL – Cosme
FELIPE TITO – Abdias
DUDA NAGLE – Paixão
BETTO MARQUE – Tonho
SAMIRA LOCHTER – Sueli
LUCIANA FERNANDES – Jenifer
THIAGO TOMÉ – Adriano
e
ÁLAMO FACÓ – Vicente (irmão de Amadeu, filho de Miroel e Nilda)
ALÉSIO ABDOM – oficial de justiça que entrega a Maria uma intimação sobre seu processo
ALEXANDRE MORENNO – Moacir (detetive pago por Lyris para investigar Agno)
ALEX RECH – Agenor (corretor que se recusa a atender Martino Vila Nova por achar que ele é pobre)
ALLEXANDRE COLMAN – Rock (criança, filho de Eusébio e Dorotéia)
ALICE JARDIM – Sabrina (criança, filha de Eusébio e Dorotéia)
ANA BARROSO – Josiane (mulher de Aírton, madrinha de Maria da Paz, a ajuda a fugir para São Paulo)
ANA FURTADO – Jerusa (colega de cela de Josiane, a incentiva a frequentar cultos evangélicos na cadeia, no final)
ANA ISABELA GODINHO – vendedora da Dutty Color que atende Sabrina
ANA MARIA BRAGA como ela mesma, recebe Maria da Paz em seu programa Mais Você
ANA PAULA BOTELHO – funcionária do buffet que organiza a festa na mansão de Cornélia
ANDRÉ SALVADOR – delegado que interroga Eusébio e Cornélia, presos em um supermercado roubando
ANGÉLICA como ela mesma, apresentadora do reality show de culinária Best Cake
ANNE BERG – Laila (participante do reality show de culinária Best Cake)
ANTÔNIO ALVES – porteiro do flat onde Otávio e Sabrina moram
ÁUREA MARANHÃO – Ticiana (irmã de Amadeu, filha de Miroel e Nilda)
BERNARDO AMIL – Leandro (criança, filho adotivo de Adão e Berenice)
BERNARDO DANTAS – Arthur (filho de Régis e Roma)
BERTA LORAN – Dinorá (mãe de Juninho, irmão bastardo de Eusébio)
BILLY BLANCO JR. – padre no quase casamento de Vivi e Camilo
BONINHO como ele mesmo, jurado no reality show de culinária Best Cake
BRANCA PREVILIATO – Pri (Priscila, colega de Cássia na escola)
BRENO GUIMARÃES – Coruja (treinador de Paixão)
BRUNO BARBOZA – Eurico (funcionário da fábrica de Maria da Paz, leva um tiro quando Chiclete tenta matar Kim)
BRUNO GISSONI – William (hacker que se ali a Josiane)
CAMILA COUTINHO como ela mesma, no programa Encontro de Fátima Bernardes
CARLOS SIMÕES – Donavan Mendes (cliente do restaurante em que Josiane trabalhou, atendido por ela)
CAROLE CREMA como ela mesma, jurada no reality show de culinária Best Cake
CASSIANO BARRETO – Wesley (primo de Eurico que o substitui na loja de Maria de Paz, após ele levar um tiro)
CATARINA DE CARVALHO – Alba (colega de Cássia no colégio)
CÉSAR FERRARIO – Adão (tio de Maria da Paz, pai de Chiclete e Leandro)
CHAN SUAN – Naomi (secretária na Habitex, construtora de Agno e Otávio)
CLÁUDIA ASSUNÇÃO – Nívea (mãe de Téo e Merlin)
CLÁUDIO MENDES – pastor com quem Josiane inicia sua conversão na cadeia
CRISTIANO TORREÃO – homem que encomenda a Fabiana e Rael a morte de seu rival, um fazendeiro
CYNTHIA SENEK – Edilene (filha de Cosme, empregada na casa de Otávio, teve um caso com ele, morre no início)
DANIELA GALLI – Stephany (decoradora amiga de Régis que Jô convence Maria da Paz a contratar)
DANIEL ANDRADE – Bill (investidor que Agno apresenta a Josiane para que ela perca todo seu dinheiro)
DANIEL DE JESUS como ele mesmo, dono da Dutty Color, marca promovida por Vivi Guedes
DANI GUIMARÃES – Lígia (professora na academia de musculação)
DAYSE POZZATO – vizinha de Adão em Rio Vermelho, diz a Camilo tudo o que ele queria saber sobre Chiclete e sua família
DEIWIS JAMAICA – Cícero (policial na delegacia onde Camilo atua)
DIONÍSIO NETO – Hélcio (primo de Maria da Paz, marido de Zenaide, pai de Virgínia e Fabiana)
DJA MARTHINS – Dona Céu (participante do reality show de culinária Best Cake)
DUDA BATISTA – Virgínia (criança, filha de Zenaide e Hélcio, sobrinha de Maria da Paz)
DUDU BERTHOLINI como ele mesmo, no programa Encontro de Fátima Bernardes e como jurado no reality show Best Cake
DUIO BOTTA – Jardel (mordomo de Maria da Paz, chantageia Josiane e acaba assassinado por ela)
EDVARD VASCONCELOS – Ed (funcionário do cassino, quando Régis volta a jogar)
ELIANE NARDUCHI – encomenda a Maria da Paz um bolo vermelho
ELIZÂNGELA – Carmelinda (senhoria do prédio onde Josiane vai morar depois de perder tudo)
EMÍLIO MOREIRA – Aírton (marido de Josiane, padrinho de Maria da Paz, a ajuda a fugir para São Paulo)
EVANDRO MELLO – Mesquita (agiota que empresta dinheiro a Régis no cassino)
FABIANO AUGUSTO como ele mesmo, atende Maria da Paz nas Casas Bahia
FÁBIO TOKAY – verdureiro na feira onde Josiane vai trabalhar na barraca de peixe
FÁTIMA BERNARDES como ela mesma, em seu programa Encontro, que teve a participação de Vivi Guedes
FERNANDA MONTENEGRO – Dulce (matriarca dos Ramirez, avó de Maria da Paz)
FERNANDO EIRAS – padre, ajuda Maria da Paz a fugir para São Paulo, recomendando à prima Marlene que a acolha
FERNANDO ZILLI – André (professor na academia de musculação)
FLÁVIO ALMEANDRA – juiz na luta de boxe em que Rock é dopado
FLÁVIO BISNETO – Zé Hélio (criança, filho de Eusébio e Dorotéia)
FLÁVIO SIQUEIRA – Jacques (estilista que faz o vestido de noiva de Vivi, quado ela vai se casar com Camilo)
GABRIEL SANCHES – cabeleireiro de Vivi quando ela muda a cor de seus cabelos
GENÉZIO DE BARROS – Ademir Ramirez (pai de Maria da Paz, filho de Dulce, marido de Evelina, morre no início)
GLÁUCIO GOMES – Nicolas (economista da construtora Habitex)
GRECO TREVISAN – Pablo (participante do reality show de culinária Best Cake)
GRETCHEN – Gina (amante de Eusébio que ele leva para sua casa)
GUSTAVO PIASKOSKI – Murilo (primo de Amadeu)
HUGO GLOSS como ele mesmo, barrado por Josiane na entrada da boate por ela não reconhecê-lo
ISADORA FERRITE – presa na cela ao lado da que Maria da Paz é colocada quando dá um tiro em Régis
ISMAEL CANEPPELE – Murilo (mais velho, primo de Amadeu)
IVAN MENDES – Alex (amigo de Téo que arranja um emprego para Josiane em sua boate)
JARDEL CAMELO – Beto (funcionário da fábrica de Maria da Paz)
JENNIFER SETTI – presa na cela com Josiane
JOÃO BOURBOUNAIS – padre que ajuda Fabiana quando ela chega a São Paulo
JOSÉ KARINI – delegado em Vitória para quem Ademir denuncia o desaparecimento de Vivi e a morte de Zenaide
JÚLIA LUND – Roma (ex-namorada de Régis com quem ele tem um filho)
JUSSARA FREIRE – Nilda (mãe de Amadeu, mulher de Miroel)
KADU GARCIA – Ubiratan (vende seguidores para Josiane)
KAINAN FERRAZ – Lucas (namorado do mordomo Jardel suspeito da morte dele)
KAROLINA ALBERTASSI – Nina (irmã de Lucas, vai à delegacia saber das investigações sobre a morte de seu irmão)
KEFF OLIVEIRA – colega de Camilo na delegacia
LAURA CARDOSO – Matilde (avó de Joana)
LEANDRO RAMOS – Julinho da Van (contratado por Maria da Paz para fazer entrega de bolos)
LÉO SAN – Jasmim (treinador de Paixão)
LÉO WAINER – viúvo que Evelina conhece na festa de casamento de Britney e começam a namorar, no final
LUCAS BERNARDINI – Bóris (participante do reality show de culinária Best Cake)
LUCAS LUCCO como ele mesmo, tirando fotos com Vivi Guedes para um falso affair
LUCIANO PULLIG – juiz que nega a Yohana um pedido de prisão preventiva contra Josiane
LÚCIO FERNANDES – médico atende Régis após ele ser baleado por Maria da Paz
LUIZ CARLOS VASCONCELOS – Miroel Matheus (pai de Amadeu, marido de Nilda)
LUIZ EDUARDO TOLEDO – Rael (criança, filho de Ticiana, sobrinho de Amadeu)
LUIZ FELIPE MELLO – Ricardo (criança, agregado dos Ramirez, criado como sobrinho de Maria da Paz)
LUIZ LOBO – proprietário da casa comprada por Lyris
MAEVE JENKINGS – Zenaide (irmã de Maria da Paz, mulher de Hélcio, mãe de Virgínia e Fabiana)
MANU FERNANDES – Zenaide (criança, irmã de Maria da Paz)
MARCELO BORGHI – funcionário que recebe Maria da Paz e Amadeu quando eles vão ao cassino frequentado por Régis
MÁRCIO RICCIARD – delegado que trabalha com Camilo
MARCO MARCONDES – cliente que avaliza o álibi de Lucas na hora da morte de Jardel
MARCUS DIOLI – médico de Nilda em seus momentos finais
MARIA CLARA BALDON – Fabiana (criança, filha de Zenaide e Hélcio, sobrinha de Maria da Paz)
MARIA SILVIA RADONILLE – Berenice (mulher de Adão, mãe adotiva de Leandro)
MARIANO JÚNIOR – Sávio (garçom da pizzaria frequentada pelos personagens)
MATEUS SOLANO – Josiel (evangélico rico que desperta o interesse em Josiane no último capítulo)
MIRELLA SABARENSE – Maria da Paz (criança)
MIWA YANAGIZAWA – Capitã (colega de cela de Josiane, no final)
OSCAR MAGRINI – Honorato (marido de Gina)
OSWALDO BARAÚNA – preso que divide a cela com Régis
PATRÍCIA PALHARES – freira que acolhe a menina Fabiana no convento
PEDRO FARAH (FARNETTO) – Seu Nonô (participante do reality show de culinária Best Cake)
RAUL LABANCA – compra jóias de Régis
REGINA SAMPAIO – madre que acolhe a menina Fabiana no convento
REMO ROCHA – novo delegado de Rio Vermelho, informa Camilo o destino do antigo delegado
RICARDO MONASTERO – Lauro (pedófilo que assedia Cássia na internet)
RICARDO NANDES – Alaor (participante do reality show de culinária Best Cake)
ROBERTO BENTO – promotor que conversa com Maria sobre seu processo após ela atirar em Régis
ROBERTO LOBO – vende sua loja de vinhos importados para Régis
RODRIGO RANGEL – fazendeiro morto por Fabiana e Rael no último capítulo
SAMUEL TOLEDO – Oliveira (promotor no julgamento de Josiane)
SARITO RODRIGUES – gerente da casa de massagem onde Antero tenta confirmar o álibi de Régis
SÉRGIO MASTROPASQUA – juiz no julgamento de Josiane
SILVIO MATTOS – Martino Vila Nova (homem de aparência simples, mas rico, compra uma cobertura com Gilda)
TATIANA TIBÚRCIO – assistente social que atende Cássia depois de ela fugir do pedófilo
THÉO ALMEIDA – Rarisson (criança, filho de Eusébio e Dorotéia)
VANDERSON PETÃO – policial na delegacia de Camilo, quando Maria da Paz depõe após o atentado que sofreu
VANDRÉ SILVEIRA – Tibério Requião (advogado de defesa de Josiane, em seu julgamento)
VICTOR AGUIAR – Hélcio (criança, primo de Maria da Paz)
WAGNER BRANDI – joga com Régis no cassino
ZECA CARVALHO – convida Rock para disputar uma luta internacional
Alaor (participante do reality show de culinária Best Cake)
Álvaro Bacellar (jornalista para quem Camilo fornece informações)
Anne (participante do reality show de culinária Best Cake)
Anselmo (participante do reality show de culinária Best Cake)
Ava (dona da butique onde Josiane vai trabalhar como vendedora)
Dalva Lima (funcionária do motel que depõe no julgamento reconhecendo Josiane)
Eliandro (participante do reality show de culinária Best Cake)
Elizabeth Vila Nova (mulher de Martino)
Françoise (chef contratada para trabalhar na mansão de Maria da Paz)
Isabela (cliente da butique de Ava atendida por Josiane)
Karin (participante do reality show de culinária Best Cake)
Laila (participante do reality show de culinária Best Cake)
Maura (amiga de Gilda a quem ela pergunta sobre os sintomas de sua doença, para enganar Amadeu)
Nestor (assistente de Boninho no Best Cake)
Odília (participante do reality show de culinária Best Cake)
Sandro (assistente de Boninho no Best Cake)
Sauron (substituto de Kim quando ela é convidada para trabalhar nos Estados Unidos)
Sérgio (amigo de Lucas e Nina, vai com ela à delegacia saber o rumo das investigações sobre a morte de Lucas)
Setúbal (dono do restaurante onde Josiane trabalhou como hostess)
Tilápia (participante do reality show de culinária Best Cake)
– núcleo de MARIA DA PAZ (Juliana Paes), mulher bonita, decidida e de bom coração. Da família Ramirez, de matadores profissionais do Espírito Santo, é jurada de morte pelos Matheus, uma família inimiga, e foge para São Paulo, onde, para se sustentar, começa a vender bolos caseiros até tornar-se dona de uma rede de confeitarias. Trabalha incansavelmente para criar sozinha a filha. Seu grande amor, da família inimiga, é dado como morto, mas descobre décadas depois que ele está vivo e casado. É enredada pela própria filha em uma trama sórdida e perde toda a sua fortuna, o que a obriga a recomeçar do zero:
a filha JOSIANE (Agatha Moreira), garota interesseira e arrivista. Tem vergonha dos modos simples da mãe e de seu passado humilde. Seu maior sonho é tornar-se digital influencer. Alia-se a um playboy falido para aplicar um golpe na mãe, roubando-lhe toda sua fortuna
a mãe EVELINA (Nívea Maria), que vai morar consigo quando fica viúva
os amigos: MARLENE (Suely Franco), no passado, a recebeu em São Paulo e lhe abrigou em sua casa, ajudando-a nos primeiros passos como microempreendedora e nos cuidados com Josiane ainda bebê. Viúva e solitária, vive da aposentadoria de professora,
ANTERO (Ary Fontoura), vizinho de Marlene, também ajuda Maria da Paz no início e, mais tarde, se torna consultor de sua empresa de bolos. Marlene sempre teve um interesse a mais nele. Com a chegada de Evelina a São Paulo, será disputado por elas,
e ELLEN (Rosane Gofman), governanta em sua casa. Sua confidente, de inteira confiança
o mordomo JARDEL (Duio Botta), descobre a traição de Josiane e acaba morto por ela.
– núcleo de AMADEU (Marcos Palmeira), da família Matheus, de matadores do Espírito Santo, inimigos dos Ramirez. Dono de uma índole pacífica, não tem interesse algum em seguir a dinastia da família. No passado, sofreu um atentado no altar, prestes a se casar com Maria da Paz. Depois de meses em recuperação, casa-se com sua fisioterapeuta e tem um filho com ela. Décadas depois, o reencontro com Maria, seu grande amor, e a descoberta de que tem uma filha com ela, Josiane, o faz repensar sua vida:
a mulher GILDA (Heloísa Jorge), casou-se com ele mesmo sabendo de seu amor por Maria da Paz. Hoje é corretora de imóveis. O casamento enfrenta uma crise com a descoberta de que ela está muito doente e de que Maria da Paz está viva e bem perto deles. Morre no decorrer da trama
o filho CARLITO (João Gabriel D’Aleluia)
a cunhada SILVIA (Lucy Ramos), irmã de Gilda, mora com eles, professora de inglês. Sonha casar-se com o namorado, até que descobre a traição dele
o primo RAEL (Rafael Queiroz), enviado a São Paulo para matar Maria da Paz e vingar os Matheus.
– núcleo de RÉGIS (Reynaldo Gianecchini), playboy, bon vivant, rapaz bonito, charmoso, de família aristocrática, mas falida. Mimado pela mãe, é sustentado pelo cunhado e viciado em jogo. Envolve-se com Josiane e juntos armam um plano para tirar o dinheiro de Maria da Paz. Seduz Maria e casa-se com ela, porém, com o convívio, acaba apaixonando-se de verdade por ela e passa por uma redenção, para o desespero de Josiane:
a mãe GLADYS (Nathalia Timberg), de família tradicional, que perdeu tudo, menos a pose. Tenta proteger o filho e não aceita o seu casamento com Maria da Paz, por ela ser de origem humilde
a irmã LYRIS (Deborah Evelyn), ama o marido e faz o possível para seduzi-lo, mas ele lhe é indiferente. Arruma um amante
o cunhado AGNO (Malvino Salvador), sócio de uma construtora. Não suporta a família da mulher, a quem sustenta. Mantém uma relação fria com Lyris, por ser gay. Ao separar-se da mulher, arma para que ela fique com o mínimo possível de seu dinheiro
a sobrinha CÁSSIA (Mel Maia), filha de Agno e Lyris, adolescente sensível. Sofre com a separação dos pais e tem dificuldade em aceitar que o pai é gay
o amigo de Cássia, MERLIN (Cadu Libonatti), com quem estuda, rapaz problemático.
– núcleo de CHICLETE (Sergio Guizé), foi criado como agregado na casa da família de Maria da Paz, no Espírito Santo. Homem rude, de gestos bruscos, trabalha no “negócio da família”. Vem a São Paulo com a missão de matar uma pessoa, mas acaba apaixonando-se por ela
o tio ADÃO (César Ferrario), matador profissional, é quem arrumou a “encomenda” para ele executar em São Paulo
o primo LEANDRO (Guilherme Leicam), filho adotivo de Adão. Como Chiclete não consegue executar seu serviço, é enviado a São Paulo para substituí-lo. Também não consegue executar o plano. Apaixona-se por Agno.
– núcleo de VIVI GUEDES (Paolla Oliveira), ela não sabe, mas é uma das sobrinhas de Maria de Paz desaparecidas desde que eram crianças. Foi adotada por uma família rica após ser separada da mãe na infância. Adulta, torna-se uma uma famosa it girl. É a principal referência de Josiane no projeto para se tornar uma digital influencer. Acaba sendo o alvo de Chiclete, que é pago para matá-la, mas os dois se apaixonam perdidamente, o que o faz mudar seus planos:
a irmã FABIANA (Nathalia Dill), que, assim como ela, também desapareceu na infância. Porém, teve um destino diferente: foi criada em um convento. Cresce sonhando com a vida que gostaria de ter ao lado de uma família. Um dia, por meio de um programa de TV, reconhece a irmã. Descobre onde ela mora e se aproxima, mas aos poucos revela sua faceta vingativa e rancorosa
a assessora KIM (Monica Iozzi), é quem cuida de sua carreira e da de Josiane. Impulsiva, divertida e sem papas na língua
o fotógrafo TÉO (Rainer Cadete), atende as influenciadoras digitais. Apaixona-se por Josiane.
– núcleo de CAMILO (Lee Taylor), no início, noivo de Vivi Guedes. Investigador de polícia, um tipo possessivo. É abandonado no altar por Vivi e não se conforma de ter sido preterido por Chiclete. Vai armar uma situação para prender Vivi a si, chantageando-a:
a funcionária BERTA (Ana Lúcia Torre), encarregada de vigiar todos os passos de Vivi quando ela fica presa a ele
a parceira na polícia YOHANA (Monique Alfradique), com quem investiga os crimes de Josiane.
– núcleo dos pais de criação de Vivi Guedes, OTÁVIO (José de Abreu), sócio de Agno na construtora, homem rico e refinado, é sedutor e não perde um rabo de saia, e BEATRIZ (Natália da Vale), mulher frágil, passa por cima das traições do marido:
a mãe de Beatriz, LINDA (Rosamaria Murtinho), teme que a filha se separe, por isso a instrui a fazer vista grossa às infidelidades do marido
o motorista COSME (Osvaldo Mil), homem humilde, faz de tudo pela única filha, mas ela morre e ele descobre que ela foi seduzida por seu patrão. Para vingar-se, encomenda com Adão a morte de Vivi
a filha de Cosme, EDILENE (Cynthia Senek), bonita e jovem, trabalhava como copeira na casa de Otávio. Envolveu-se com o patrão com a esperança de que ele se separasse de Beatriz. Acabou morrendo.
– núcleo da fábrica e das confeitarias de Maria da Paz:
o gerente MÁRCIO (Anderson di Rizzi), rapaz sério e responsável, tanto no trabalho quanto na vida amorosa. Sonha casar-se com a namorada, Silvia, mas acaba alvo da perseguição de Kim, que faz tudo para seduzi-lo
o confeiteiro ABEL (Pedro Carvalho), português ingênuo que realiza as receitas de Maria da Paz, testa a qualidade e conduz a parte produtiva da fábrica,
a secretária SUELI (Samira Lochter)
os vendedores: JENIFER (Luciana Fernandes) e TONHO (Betto Marque).
– núcleo de EUSÉBIO (Marco Nanini), sujeito preguiçoso e displicente. Perdeu o emprego há muito tempo, tornou-se morador de rua e vive de biscates. Com sua família, ocupou um casarão vizinho à casa de Marlene e tornou-se amigo dela e de Maria da Paz. Descobre que tem um meio-irmão, JUNINHO, tão displicente quanto ele:
a mulher DOROTÉIA, a DODÔ (Rosi Campos), fica amiga de Maria da Paz em seus primeiros tempos em São Paulo
os filhos: ROCK (Caio Castro), o mais velho, sonha ser um campeão de boxe. Alvo do desejo de Agno, que decide investir em sua carreira. Envolve-se com Fabiana, mas acaba arrebatado pela doce JOANA (Bruna Hamu),
ZÉ HÉLIO (Bruno Bevan), é o mais esforçado e único que realmente gosta de trabalho na família. Trabalha no escritório da fábrica de bolos de Maria da Paz e estuda informática. Vai apaixonar-se por Beatriz, que resiste às suas investidas por ele ser muito mais jovem que ela,
RARISSON, que após um período longe da família, retorna transexual, atendendo por BRITNEY (Glamour Garcia). Também vai trabalhar na fábrica de bolos de Maria da Paz e acaba encantando Abel, que não desconfia que ela é trans. Quando ela se revela, ele a repudia
e SABRINA (Carol Garcia), esconde da família que trabalha como garota de programa. Interesseira, envolve-se com Otávio, a quem chama de Sugar Daddy
a mãe CORNÉLIA (Betty Faria), que descobre que, na verdade, é sua irmã mais velha que o criou. Ao longo da trama, ganha na loteria e fica milionária
o marido de Cornélia, CHICO (Tonico Pereira), picareta, só pensa em dinheiro
a mãe de Juninho, DINORÁ (Berta Loran).
– núcleo da academia, frequentada por vários personagens:
o gerente ADRIANO (Thiago Tomé)
o treinador ABDIAS (Felipe Tito), contratado por Agno para treinar Rock
o pugilista PAIXÃO (Duda Nagle), que vai lutar contra Rock, e seu treinador CORUJA (Breno Guimarães)
os professores: ANDRÉ (Fernando Zili) e LÍGIA (Dani Guimarães).
A toque de caixa
Não era a vez de Walcyr Carrasco escrever para o horário nobre. Porém, diante do fracasso de O Sétimo Guardião, o então diretor de dramaturgia da Globo, Silvio de Abreu, decidiu adiantar a novela de Carrasco a fim de levantar o moral da faixa. Assim, A Dona do Pedaço foi criada em duas semanas – afirmou Carrasco em entrevista ao programa Altas Horas, em agosto de 2019.
E a estratégia de Abreu surtiu resultado: A Dona do Pedaço fechou com uma média de 36 pontos no Ibope da Grande São Paulo, levantando em 7 pontos a audiência do horário. Em 2019, cada ponto na Grande SP correspondia a 73.015 domicílios com TV (Kantar Ibope).
Sucesso de faturamento
Para a Globo, A Dona do Pedaço foi muito mais do que um êxito de audiência: foi um grande sucesso de faturamento. As inovadoras ações de merchandising inseridas na novela (em que, pela primeira vez, personagens de ficção fundiram-se e confundiram-se com a realidade dos intervalos comerciais), abriram caminho para um novo panorama no setor.
Antes da trama de Carrasco, a emissora restringia aos capítulos da novela a interação dos personagens com marcas e produtos. Não era permitido que um personagem saísse da trama e aparecesse no intervalo comercial, com a mesma roupa e trejeitos da ficção, apresentando uma marca ou produto.
A personagem Vivi Guedes (Paolla Oliveira) se tornou a primeira a virar garota-propaganda de uma marca fora da ficção. No capítulo do dia 08/08/2019, houve uma integração inédita entre o conteúdo da trama com o break comercial, com direito a uma vinheta especial de transição. Até foi criada uma história entre a personagem e sua intérprete, que era o rosto da montadora Fiat. Pela primeira vez, um comercial foi gravado nos Estúdios Globo, por sua própria equipe, por se tratar de uma campanha misturada com a dramaturgia. Paolla não poderia sair da personagem construída por Walcyr Carrasco enquanto estivesse oferecendo o carro.
A personagem já havia anunciado que estrelaria a campanha nos stories de seu perfil no Instagram (@estiloviviguedes). O fato de contar com uma personagem que fazia parte do universo das redes sociais trouxe à Globo um universo amplo de oportunidades de inclusão de marcas na trama. Assim como acontece na vida real, Vivi Guedes era requisitada para ações publicitárias, tanto nos capítulos da trama como no Instagram. A personagem apareceu ainda em campanhas da Avon e do Globoplay (plataforma de streaming da emissora).
No final da novela, o perfil @estiloviviguedes teve seu nome trocado para @pravcarrasar. Essa mudança não agradou ao público, que expressou frustração em comentários no perfil.
Assim, também o ator Caio Castro, vivendo o personagem Rock, fez um comercial das Casas Bahia dentro de uma cena da novela, com direito às vinhetas que separam o break do conteúdo da programação. Maria da Paz (Juliana Paes) também foi utilizada em ações publicitárias desse tipo.
História manjada
Apesar da qualidade de produção inquestionável, e do elenco repleto de estrelas, A Dona do Pedaço não conseguiu escapar das críticas à história manjada e inverossímil, ao texto tatibitate e aos personagens rasos. Não por acaso, nenhuma grande interpretação se viu na novela. Não por culpa do elenco, mas por causa dos personagens sem camadas e do texto repetitivo e didático.
O prólogo da história – que teve a participação de Fernanda Montenegro – foi o melhor de A Dona do Pedaço, graças muito à direção e à atuação do elenco – como de Fernanda. Porém, só foi a novela entrar em sua fase definitiva que descambou para o estilo popularesco de Carrasco contar suas histórias. Até a direção – uma vez empolgante na primeira fase – abriu mão de maiores voos e sucumbiu ao texto do autor.
Elenco
As personagens de Paolla Oliveira (Vivi Guedes), Agatha Moreira (Josiane) e Nathalia Dill (Fabiana) – com grande destaque na trama – mais pareceram tipos de desenho animado.
Juliana Paes foi bastante criticada na passagem de fase, quando sua personagem Maria da Paz apareceu rica com um comportamento que não condizia com o da fase anterior, e um sotaque equivocado que mudava a cada cena. A atriz bem que tentou: errou, corrigiu e prosseguiu, para apenas mostrar um trabalho em que não conseguiu ir além do texto. Por ser extremamente cafona e espalhafatosa, a boleira Maria da Paz ganhou na internet o apelido jocoso de Lady Cake (referência à personagem Lady Kate, de Katiuscia Canoro no humorístico Zorra Total). Por ser burra demais, foi apelidada de A Tonta do Pedaço.
Um show de desperdício de talentos. Os veteranos Marco Nanini, Tonico Pereira, Nathalia Timberg, Ary Fontoura e Rosamaria Murtinho tiveram personagens muito aquém de suas possibilidades. Betty Faria só ganhou alguma relevância na reta final da trama. Com uma personagem simpática e que pouco comprometeu, Suely Franco foi das poucas atuações que mereceram destaque.
Abordagens desastrosas
Como já visto desde Amor à Vida (2013-2014) e O Outro Lado do Paraíso (2017-2018), as tentativas de Walcyr Carrasco em fazer merchandising social foram novamente desastrosas.
Personagens gays e transgêneros serviram ao roteiro do autor como alívio cômico e para evidenciar uma “anormalidade”, muitas vezes por meio do escárnio. Não houve mérito em inserir uma personagem trans (Britney de Glamour Garcia) que se casa com um cis (Abel de Pedro Carvalho) e ganha um beijo, quando, por toda a novela, ela serviu apenas como par de um português caricato na intenção de fazer rir ou gerar torcida para um casal bobinho.
Tampouco representou alguma contribuição mostrar Agno e Leandro (Malvino Salvador e Guilherme Leicam) como gays heteronormativos (que fogem do estereótipo da bicha caricata) se os dois passaram a novela inteira como assexuados, sem direito a beijo ou demonstrações de afeto, enquanto o casal hétero Vivi e Chiclete (Paolla Oliveira e Sérgio Guizé) abusaram das cenas calientes em motéis.
A Dona do Pedaço atendeu a uma parcela do público que não via problema em normalizar o armamento e a violência, temas muito em voga naquele momento. Vide a família de assassinos tratados como “justiceiros” e a romantização do armamento por meio das figuras de Chiclete (Sérgio Guizé) e Leandro (Guilherme Leicam), que, em vez de serem punidos por seus crimes, receberam “o perdão pelo amor”.
Da mesma forma, vilões sucumbiram à religião para curar vícios e doenças de comportamento. Talvez a novela certa para o público certo, que, além de não estar interessado em refletir, vê graça em um português de piada apaixonado pela figura “esdrúxula” (aos seus olhos) de uma trans, e aprova a paixão do matador pela mocinha indefesa à mercê do vilão, que é um policial – uma verdadeira inversão de valores, em que o matador era o mocinho e o policial, o bandido.
Locações e cenografia
Partiu das artes plásticas, da fotografia e do cinema a inspiração para a diretora artística Amora Mautner e as equipes de direção de arte e de cenografia desenvolverem a estética de A Dona do Pedaço.
“Fomos para uma estética mais pop no sentido de ter brilho, cor e alegria. A forma que vem, desde a fotografia, paleta de cores até as texturas, a volumetria, eu comecei a pensar a partir do tom e da dramaturgia que tem ali. Como a história é de esperança, felicidade, otimismo, luta (…) minhas referências foram os filmes de melodrama”, disse Amora na época do lançamento da novela.
As gravações começaram em locações no Rio Grande do Sul, nas cidades de Jaguarão, Nova Esperança do Sul e São Gabriel, onde a equipe e o elenco passaram cerca de trinta dias. Lá foram gravadas as principais cenas dos sítios dos Ramirez e dos Matheus, alguns conflitos entre as famílias, os primeiros encontros de Maria da Paz (Juliana Paes) e Amadeu (Marcos Palmeira) e parte do casamento. No Rio Grande do Sul, a equipe concentrou esforços em três universos: as duas fazendas das famílias e a igreja. Apesar de – inicialmente – a trama se passar no estado do Espírito Santo, a opção de gravar no Sul foi feita pela região apresentar um cenário sem relevo, um horizonte linear e céu absoluto para contar a história de duas famílias que vivem isoladas, na cidade fictícia de Rio Vermelho.
Ainda nas locações do Sul, incontáveis quilômetros quadrados do set foram cobertos de feno para imprimir uma paisagem árida. Esses fenos também foram trazidos para o Rio de Janeiro por causa da continuidade das cenas nos estúdios.
“Recorremos aos fenos porque o verde para a gente não era o ideal. E o cenário ganhou também uma enorme e frondosa árvore cenográfica, produzida especialmente para novela, em frente à casa dos Ramirez. Essa árvore é um ícone dentro da trama”, disse o diretor de arte Valdy Lopes.
A decoração das casas das famílias também recebeu um tratamento especial das equipes de direção de arte e de cenografia. Para ganhar um aspecto de envelhecidas, no caso da primeira fase, elas foram revestidas internamente com papel de parede.
Na segunda fase, em São Paulo, a novela manteve a estética pop por meio de intervenções pontuais em locações-chave.
“O apartamento da Maria da Paz, em São Paulo, tem um vermelho muito presente. A encomenda é que a gente faça um melodrama pop, por isso também decidimos trabalhar com muita estampa e alguns exageros”, afirmou a cenógrafa Anne Bourgeois.
A primeira casa que Maria da Paz adquiriu com o dinheiro de seu trabalho tinha muito de sua personalidade. Já a segunda residência, para onde ela se mudou por influência de Régis (Reynaldo Gianecchini) e Josiane (Agatha Moreira), era um verdadeiro palacete, com o qual Maria não se identificava.
“A primeira casa é exuberante como ela. É um apartamento amplo, com uma foto dela imensa na parede, peças de decoração de animais, detalhes em dourado. Não é um estilo kitsch, é over mesmo. Mas tem a cara dela, foi feita de acordo com o gosto dela, são as coisas que ela comprou”, explicou Anne Bourgeois, para, em seguida, conceituar a outra morada da protagonista: “A mansão é decorada por um arquiteto. E, ao chegar, Maria não sabe se relacionar com aquilo tudo. Fica catatônica com o sofá caríssimo. Não entende aquele minimalismo, sequer sabe usar as louças e os acessórios do banheiro.”
Duas cidades cenográficas foram erguidas nos Estúdios da Globo reproduzindo os tradicionais bairros paulistanos do Bixiga e dos Jardins. Por lá, ficavam as fachadas das casas de Antero (Ary Fontoura), Marlene (Suely Franco) e Eusébio (Marco Nanini), além de shopping center, academia, restaurantes e da fábrica de bolos. Dentro dela, no mezanino, ficava o escritório de Maria da Paz, com uma visão geral de todo o processo de produção de seus bolos. Eram 4600m² só na parte do Bixiga e mais 3800 m² nos Jardins.
Caracterizações e figurinos
Assim como na cenografia e na direção de arte, referências do cinema também foram usadas pelas equipes de caracterização e de figurino. Uma atmosfera que misturava referências dos Irmãos Coen, Quentin Tarantino e Wes Anderson habitou a novela em suas diferentes etapas.
“A Dulce [Fernanda Montenegro] é descendente de ciganos espanhóis, que vieram de Granada, então, no prólogo, ela usa uns acessórios meio grandes, está com um colo mais aparente (…) A paleta de cor é toda nesses tons dos laranjas, avermelhados, vinhos”, comentou a figurinista Claudia Kopke.
A equipe também trabalhou a evolução do figurino com a passagem do tempo. A partir do momento em que tomou as rédeas da própria vida em São Paulo, a referência para Maria da Paz tinha muito das musas latinas, como Eva Mendes e Penélope Cruz, até chegar nas divas italianas Sofia Loren e Mônica Belucci.
“A inspiração é nos anos 1950, pós-guerra. A mulher que fica sozinha por anos, com o marido na guerra. É uma mulher que quer parecer bonita e sensual e, ao mesmo tempo, tem o seu quê maternal, cuida da família, deixa os filhos prontos para receber o marido que está voltando. E ela tem muito essa relação com a filha Josiane (Agatha Moreira), com a casa. Faz bolo, dá comida, alimenta as pessoas. É um pouco esse imaginário”, definiu a figurinista Sabrina Moreira. Quando a trama chegou em 2019, entrou no figurino da protagonista o pink, que também era quente.
Em contraponto estava o figurino dos Matheus. Por ser, dentro da história, a família que matava mais, sem propósito, seus integrantes se vestiam com tons mais frios, lisos e com pouca estampa. E Amadeu (Marcos Palmeira) começou a trama com uma leve pegada sertaneja, que foi deixada para trás ao longo da novela.
“Régis [Reynaldo Gianecchini] é meio um oposto, nesse sentido. Ele é um mauricinho-gato, com uma referência mais italiana, o cara que levaria ela para comer bem, conhecer o melhor da noite paulistana. E o outro [Amadeu] mexe com os instintos dela”, pontuou Sabrina.
Outro look de destaque era o da it girl Vivi Guedes (Paolla Oliveira). Com um visual com o poder de influenciar toda uma geração, o figurino da personagem também fez jus à beleza de sua intérprete.
“Vamos manter um perfil da mulher mais voluptuosa. Tem um quê de Kardashian, por ela assumir as curvas e o próprio corpo. (…) tem muito brilho, strass e roupas de látex”, explicou Sabrina.
Ainda no núcleo das influenciadoras, Josiane (Agatha Moreira), antes de engrenar como influencer, não tinha um estilo próprio. Só depois de contratar Kim (Monica Iozzi) é que teve seu visual repaginado.
Já o núcleo dos moradores de rua da trama apresentava um conceito visual carregado de irreverência. Eusébio (Marco Nanini) vestia calças e camisas de pijamas no dia a dia. Cornélia (Betty Faria), mais assanhada, tinha um pouco de crochê, estampa, tricô, legging, umas bijuterias de plástico, bem popular.
“O figurino deles é bem engraçado. Essa família é trabalhada na sobreposição, na mistura de cores, estampas, texturas e camadas. (…) Essa galera morava em um lugar de ocupação, então eles vão ganhando umas coisas, achando no lixo, e vão catando e usando”, explicou Sabrina.
Uma grande transformação no visual foi pensada para a Maria da Paz. Juliana Paes começou a novela com um aplique e tom de cabelo mais escuro, que mudou quando ela enriqueceu.
“O tom louro marca uma virada financeira na vida dela. Na primeira fase, é mulher batalhadora. Em 2019, já é uma Maria da Paz com dinheiro, mas sem um gosto refinado. Ela tem joias, usa o que acha que é top, com a maquiagem que ela acha que é boa, mistura tudo, muita cor, muito brilho, muito ouro”, explicou a caracterizadora Sumaia Assis.
A equipe de caracterização optou por utilizar uma técnica de rejuvenescimento para os atores que atuaram no prólogo e na primeira fase.
“É o lifting, que consiste em esticar a pele, exatamente nos pontos onde o cirurgião plástico mexe. São adesivos que você cola na pele da pessoa e puxa. Segura na nuca, no meio do cabelo. Para o personagem que está nas três etapas, faço um trabalho de rejuvenescimento geral para o prólogo, depois, para a primeira fase, é só lateral, para já aparecer um pouquinho de peso de idade. E na segunda etapa, supostamente, vai ter uma mudança de acordo com a história desse personagem, alguns melhoram de vida”, revelou o caracterizador Martín Macías Trujillo.
Abertura
Ao som do pagode “Tá Escrito”, gravado por Xande de Pilares, a abertura da novela exibia tomadas de preparação de bolos e doces – mais parecia a abertura de um dos vários talent-shows de culinária que assolavam a TV brasileira à época.
Sob a direção de Alexandre Romano, a vinheta foi gravada em dois dias, em um “estúdio-cozinha” improvisado, com a presença de uma especialista em culinária artística e um fotógrafo gastronômico.
“Era quase um laboratório culinário que a gente tinha para experimentar as texturas, densidades, a cor, o tom. A gente queria que fosse tudo natural, não queríamos nada artificial”, afirmou Julia Rocha, da equipe de produção da abertura.
Com a câmera em slow motion, Alexandre Romano conseguiu captar até 900 quadros por segundo em close. (Gshow)
Até 2019, os autores de novelas da Globo eram creditados na abertura das obras simplesmente com “Novela de”. Isso mudou durante a exibição de A Dona do Pedaço (às 21h), Verão 90 (às 19h) e Órfãos da Terra (às 18h), quando passaram a ser creditados após a expressão “Novela criada e escrita por”. (“Como a Ficção Televisiva Moldou um País”, Lucas Martins Néia)
Trilha sonora volume 1
01. TÁ ESCRITO – Xande de Pilares (tema de abertura)
02. CHEIA DE MANIAS – Raça Negra (tema de Maria da Paz)
03. BEBI LIGUEI – Marília Mendonça (tema de Vivi e Chiclete)
04. EVIDÊNCIAS – Chitãozinho e Xororó (tema de Maria da Paz e Amadeu)
05. YIRI YIRI BOUM – Dois Africanos (tema da família de Eusébio)
06. LULLABY LOVE – Roo Panes (tema de Maria da Paz e Amadeu)
07. DAYDREAM IN BLUE – I Monster (tema de Régis)
08. ECOUTE-MOI CAMARADE – Rachid Taha (tema de Lyris)
09. LEARN TO LIVE – Alice Merton (tema geral)
10. NOBODY MAKES MONEY – Fantastic Negrito (tema de Régis)
11. JOLENE – Dolly Parton (tema de Maria da Paz)
12. LOYAL TO ME – Nina Nesbitt (tema de Silvia)
13. TAKI TAKI – Dj Snake featuring Selena Gomez, Ozuna and Cardi B (tema de Rock)
Trilha sonora volume 2
01. QUEM TEM O DOM – Jerry Smith featuring Wesley Safadão (tema de Sabrina)
02. 7 RINGS – Ariana Grande (tema de Josiane)
03. BEIJO GELADINHO – Netinho de Paula (tema de Marlene e Antero)
04. CONTRAMÃO – Belo (tema de Rock)
05. SÓ O AMOR – Preta Gil e Gloria Groove (tema de Britney)
06. SNAKE CHARMER – Gustavo Bertoni (tema de Agno)
07. NAMORADA RESERVA – Hugo & Guilherme (tema de Eusébio)
08. SÓ VOCÊ E EU – Vanessa da Mata (tema de Beatriz e Zé Hélio)
09. THE LOOK – Metronomy (tema de Kim)
10. MY ONLY ONE (NO HAY NADIE MAS) – Sebastián Yatra e Isabela Moner (tema de Vivi e Chiclete)
11. EU SEI – Cai Sahra
12. MY SILVER LINING – First Aid Kit (tema de locação: São Paulo)
13. EVIDÊNCIAS – Yasmin Santos (tema de Maria da Paz e Amadeu)
14. ME CHAME DE MY LOVE – Thiago Brava featuring Gkay
15. NOTHING BREAKS LIKE A HEART – Mark Ronson featuring Miley Cyrus (tema de Vivi)
Ainda
BAD GUY – Billie Eilish (tema de Fabiana)
CADÊ O AMOR – Paolo featuring Kell Smith
CALIFORNIA DREAMING – Bobby Womack
CONGA, CONGA, CONGA – Gretchen (tema de Gina)
FREAK LE BOOM BOOM – Gretchen (tema de Gina)
LAS VEGAS – Eduardo Queiroz (tema de Maria da Paz)
LET ME DOWN SLOWLY – Alec Benjamin (tema de Cássia)
MELÔ DO PIRIPIPI (JE SUIS LA FEMME) – Gretchen (tema de Gina)
O´ DEATH – Jen Titus
REUNION – Bobbie Gentry (tema de Maria da Paz)
VÉU – Eduardo Queiroz
Trilha sonora instrumental: música original de Eduardo Queiroz
01. Amadeu – Felipe Alexandre
02. Maria Da Paz – Guilherme Rios
03. Family Business – Eduardo Queiroz
04. La Fonte – Bibi Cavalcante
05. Esperanza – Filipe Mendonça
06. Os Matheus – Felipe Alexandre
07. Ambush – Eduardo Queiroz
08. Ricordi – Guilherme Rios
09. Tree Of Life – Felipe Alexandre
10. A Tragedia De Dulce – Felipe Alexandre
11. Two Guns – Eduardo Queiroz
12. Matriarch – Guilherme Rios
13. Low Tricks – Eduardo Queiroz
14. Wise Guys – Guilherme Rios
15. Until The End – Bibi Cavalcante
16. Nessun – Filipe Mendonça
17. Crossing – Eduardo Queiroz
18. Influências – Felipe Alexandre
19. Retro Door – Guilherme Rios
20. Tre Chas – Bibi Cavalcante
21. Collapse – Filipe Mendonça
22. Come Ti Amo – Guilherme Rios
23. Addio – Guilherme Rios
24. Immenso – Felipe Alexandre
25. O Pacto – Felipe Alexandre
26. Bandits – Eduardo Queiroz
27. Il Colpo – Eduardo Queiroz
28. Pace Del Cuore – Felipe Alexandre
29. Come Dimenticare – Guilherme Rios
30. Os Ramirez – Felipe Alexandre
31. Death At Sunset – Felipe Alexandre
32. Deep Web – Eduardo Queiroz
33. Sun Goes Down – Eduardo Queiroz
34. Losses – Felipe Alexandre
35. Menssageiro – Felipe Alexandre
36. Ragazzi Habanera – Guilherme Rios
37. Maroto – Felipe Alexandre
38. Piccolo Fiore – Bibi Cavalcante
39. Ritornera – Guilherme Rios
40. All My Love – Guilherme Rios
41. Ordine Sinistro – Eduardo Queiroz
42. Extinction – Felipe Alexandre
43. Gara – Eduardo Queiroz
44. Vendetta – Felipe Alexandre
45. Nômade – Filipe Mendonça
46. Sospetto – Guilherme Rios
47. Forever Amore – Guilherme Rios
48. Simple Love – Felipe Alexandre
49. For The Tray – Felipe Alexandre
50. Encontro Mortal – Felipe Alexandre
51. Sfida – Eduardo Queiroz
52. Non Chiaro – Guilherme Rios
53. Profondo Della Anima – Guilherme Rios
54. Heart And Hope – Guilherme Rios
55. Conectada – Felipe Alexandre
56. Summit – Filipe Mendonça (tema de locação: academia)
57. Fireflies Love – Filipe Mendonça
58. Runners – Filipe Mendonça
59. Still Got It – Filipe Mendonça
Tema de abertura: TÁ ESCRITO – Xande de Pilares
Quem cultiva a semente do amor
Segue em frente e não se apavora
Se na vida encontrar dissabor
Vai saber esperar a sua hora
Às vezes a felicidade demora a chegar
Aí é que a gente não pode deixar de sonhar
Guerreiro não foge da luta, não pode correr
Ninguém vai poder atrasar quem nasceu pra vencer
É dia de sol, mas o tempo pode fechar
A chuva só vem quando tem que molhar
Na vida é preciso aprender
Se colhe o bem que plantar
É Deus quem aponta a estrela que tem que brilhar
Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé
Manda essa tristeza embora
Basta acreditar que um novo dia vai raiar
Sua hora vai chegar!…
Novela desnecessária, cafona, mais um outro desserviço do Walcyr no horário nobre global, desinteressante, o maior desperdício de elenco da história de telenovelas brasileiras, depois dela, os atores veteranos não voltaram mais ao gênero, vide Natália do Vale, Rosa Maria Murtinho, Marco Nanini, Tonico Pereira, Betty Faria, Suely Franco, Nívea Maria… Aliás, esta última grande atriz, deu um banho de interpretação.
novela HORRÍVEL, não tem como não.
Novela pa vo ro sa
Das tramas do Walcyr às 9, essa é a que vejo como menos pior. A primeira fase achei interessante, me prendeu a atenção. Depois, como o próprio Nilson comenta, virou um mais do mesmo do autor em vários aspectos. Mas eu gostava da direção, da fotografia, até da Maria da Paz eu gostava, apesar de todos os exageros. O final também me surpreendeu, embora eu considere um tanto quanto apelativo. Novelaço? Não! Sucessão das nove? Tampouco. Até porque vários dos vícios carrasquianos se repetiram aqui. Essa eu acredito que ganha uma reprise, quando o estoque de “classicões dos últimos 25 anos” da Globo para o Vale a Pena se esgotar – o que está próximo de acontecer!
Estive assistindo alguns capítulos de A Dona do Pedaço na Globoplay, e a maior atração da novela é, disparadamente, as variações de sotaque (e de tons) da Juliana Paes. Dá gosto de ver! Num mesmo capítulo – embora as cenas não necessariamente tenha sido gravadas no mesmo dia – ela vai de um tom altíssimo, estridente, com os esses sibilantes para um tom muito grave e anasalado, com os esses chiados do sotaque carioca. Nem cantor de rock aguentaria essa variação, e não é de espantar que ela tenha desenvolvido calos nas cordas vocais. Felizmente, parece que em Pantanal ela encontrou um tom confortável (grave) e um sotaque consistente (se bem que as vezes difícil de entender, mas esse não é um problema só dela).
O nome dessa novela foi Suely Franco! Sua atuação, simpatia e carisma foram as únicas coisas que salvaram. Uma pena ver tantos talentos completamente desperdiçados (Marco Nanini, Betty Faria, Rosi Campos, Rosamaria Murtinho, Tonico Pereira, Natália do Vale, Ary Fontoura, Nívea Maria), não por culpa deles, mas do texto.
Novelinha porca! Só a primeira fase se salvou. Depois, descambou para o mau gosto e a falta de criatividade. Fora os temas que Walcyr se arrisca em abordar, sempre de forma desastrosa.
Que falta de criatividade ….ele se inspirou em 2 filmes para fazer a novela, ALMAS EM SUPLÍCIO e MADAME X !!!!!
A novela não trouxe nada de novo !!!
A cena do beijo entre Agno e Leandro foi decepcionante. Não dava pra ver quase nada. Se fosse pra mostrar assim era melhor nem mostrar
A Dona do Pedaço, uma novela bem popular ao estilo que o povo gosta de ver, não é a toa a audiência tão grande, trama muito mal elaborada, personagens vazios, frases repetitivas ao extremo, Juliana Paes quase não conseguia se expressar em cena, Agatha Moreira péssima atriz, Nathalia Dill sempre ela mesma, Reynaldo Gianechini um tanto passado para o estilo do personagem, nem o talento da Deborah Evelyn conseguiu se sobressair, as unicas coisas boas dessa novela que vejo foi a interpretação de Monica Iozzi e a simpatia de Sueli Franco.