Neste domingo (09) aconteceu a entrega do Troféu Domingão Melhores do Ano. A celebração premia os artistas que mais se destacaram durante o ano. Uma delas foi Letícia Colin, que ganhou o prêmio de atriz coadjuvante pela personagem Rosa, da novela Segundo Sol.
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O Observatório da Televisão acompanhou os bastidores da premiação e conversou com a atriz. Feliz pelo prêmio, ela destacou a importância de Rosa e destacou cenas emocionantes da personagem. Confira a entrevista completa abaixo:
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Como foi para você receber esse prêmio?
“Emocionante. Uma noite que tem Fernanda Montenegro, Marieta Severo, e todas essas atrizes lindas que já faziam nossa novela como a Kelzy Ecard, Claudia di Moura, é uma noite de celebração. Estamos felizes, nos amamos, somos amigos, e vim para comemorar com meus amigos de gravação. Claro que fico feliz em receber o prêmio, e acho máximo. O Brasil é tão gigante, e saber que ganhei tantos votos para poder ganhar esse troféu me enche de alegria”.
O que você mais ouviu durante e pós Segundo Sol?
“Eu ouvi que a Rosa era muito divertida. Além das torcidas pelos pares românticos, ficar com Ícaro ou Valentim. Ouvi coisas sobre a personagem da Nice, que era a mãe da Rosa, para ele se rebelar, então acho que foi uma novela com muitos assuntos femininos e feministas. Me deixou muito feliz por contar essa história, estou radiante”.
Final de Rosa em Segundo Sol
E você gostou do final da Rosa se transformando numa heroína?
“Eu estava aberta para que acontecesse qualquer coisa. O João Emanuel Carneiro é um mestre, um grande autor, e confiei cem por centro no destino que ele quisesse escolher para mim e para a Rosa. Estava aberta. Acho que ela teve uma trajetória interessante e controversa, de ela se vender, falar coisas para a Laureta, e no final entender que o caminho dela era fazer as pessoas felizes. Viver sem mentiras é muito melhor, e a Rosa escolheu assim. Fiquei feliz”.
O que vem pela frente na sua vida? Já tem novos projetos?
“Agora estou de férias. Estou bem cansada”.
Como está sendo seu dia a dia durante as férias?
“Gosto muito de ler. Tenho muitos livros ali que estavam me esperando chegar, gosto de ficar com meu marido curtindo, fazendo jantar. Gosto também de encontrar meus pais, e tenho muitas coisas pessoais, de pesquisa de interpretação e arte, que agora vou conseguir estudar. Gosto muito de me aprofundar na minha profissão então para mim é isso”.
O que você está pedindo para o Réveillon?
“Eu só quero estar junto dos meus amigos e celebrar. Meu aniversário é no dia 30 de dezembro, então quero estar com meus amores, brindar junto, e ser feliz tranquilamente”.
Balanço da carreira
A gente te viu pequenininha e agora uma grande atriz, sempre amável com a imprensa. Qual o balanço você faz disso tudo?
“Eu acho que a trajetória é muito saborosa. A gente vai conquistando pequenas coisas e saboreando aquilo, celebrando. Tenho sorte de ter pessoas amorosas, e que me devotaram muito cuidado e atenção. Sempre fui feliz com muito pouco. Sou artista e minha vocação é essa, me interesso por contar histórias, então estou feliz, radiante, e quero poder retribuir esse amor que meus familiares e amigos me dão. Quero que a gente ria junto, conte piada, brinde juntos. Vou estar no natal com minha família, vai ser muito lindo”.
Você consegue eleger cenas difíceis ou emocionantes da Rosa?
“Acho que quando a Rosa entra na casa da Laureta, naquela primeira cena que fiz com a Adriana Esteves. Quando Rosa foi expulsa da casa dos pais para mim foi muito forte, depois quando ela retoma a ida na Laureta, que finge que está arrependida. As cenas com Valentim também, ela era uma personagem muito intensa, muito quente. Então tem cenas que gostei muito de fazer”.
O que significa para você uma prostituta feminista ter sido tão popular?
“É maravilhoso! Significa que as pessoas estão escutando e pensando com menos preconceito, e com mais empatia, com mais amor. O valor humano é isso. A dignidade humana é você olhar o que a pessoa é, o valor dela. A Rosa é uma personagem que diz muito o que pensa, uma personagem livre, que queria cuidar da família e queria a independência dela. São valores louváveis, uma personagem mulher, forte. Talvez a gente esteja caminhando para menos julgamento e mais coração. Isso me interessa profundamente”.
Rosa nas graças do público
Você esperava que uma personagem com caráter tão dúbio fosse cair no gosto do povo?
“A gente nunca imagina isso. Acho que a gente vive, se entrega e eu mergulho em todos os personagens que faço independente de qual tamanho ou proporção. Estou lá, desde criança sou assim, aprendi a fazer desse jeito e é como me sinto bem”.
Você acha que em algum momento ela podia se bandear para ser uma vilã?
“Ela teve momentos de vilã, de caráter duvidoso, mas isso é novela. Faz parte a gente brincar com gêneros”.
*Entrevista feita pelo jornalista André Romano