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19 anos de Belíssima: que outras novelas estavam no ar na época da história de Júlia, Nikos e Bia Falcão?

Criação de Silvio de Abreu esteve no ar de novembro de 2005 a julho de 2006

Publicado em 08/11/2024

Em 7 de novembro de 2005, a TV Globo estreou em seu horário nobre – como uma daquelas que passamos a chamar de “novelas das nove”, mas na época eram “novelas das oito” – mais uma história criada por Silvio de Abreu: Belíssima, grande sucesso dos anos 2000, que na ocasião substituiu América (2005), de Glória Perez.

O nome da novela era o mesmo da fábrica de roupas íntimas de propriedade de Júlia Assumpção (Glória Pires), bem-sucedida, rica, mas com baixa autoestima e sempre depreciada pela avó, Bia Falcão (Fernanda Montenegro), que a ajudava a cuidar de seus negócios e vivia comparando-a – com prejuízo para a neta, claro – com a filha falecida, Stella, mãe de Júlia e Pedro (Henri Castelli).

Júlia se apaixona perdidamente por André Santana (Marcello Antony), de passado nebuloso, que com o desenrolar da narrativa descobrimos ter sido contratado por Bia para dar um golpe na moça e tomar sua fortuna. Sim, a avó bola um plano perverso para se apossar da fortuna da neta.

O grego Nikos Petrakis (Tony Ramos), empregado de Pedro em seu restaurante na Grécia – para onde o rapaz foi para viver em paz, longe de Bia e ao lado da amada Vitória (Cláudia Abreu) -, apaixona-se por Júlia, e no Brasil luta pelo amor dela, mesmo que ela esteja casada com André, e também deseja conquistar o amor do filho Cemil (Leopoldo Pacheco), criado como seu por Murat (Lima Duarte).

Que outras novelas estavam em exibição na época em que Belíssima era a novela das 20h da TV Globo? O Observatório da TV relembra com você!

Entre 7 de novembro de 2005 e 8 de julho de 2006, período durante o qual Belíssima esteve em cartaz, com seus 209 capítulos, o Vale a Pena Ver de Novo apresentou as novelas Força de Um Desejo (1999-2000), de Gilberto Braga e Alcides Nogueira, que havia estreado em setembro; e A Viagem (1994), de Ivani Ribeiro, que na ocasião era cartaz da sessão pela segunda vez e terminaria duas semanas depois da atração inédita das 20h.

Já na faixa das 18h, Alma Gêmea, de Walcyr Carrasco – atualmente em suas últimas semanas na segunda reprise da novela no Vale a Pena Ver de Novo -, estava no ar desde junho de 2005 e só terminaria em março de 2006, quando foi substituída pela segunda versão de Sinhá-Moça, de Benedito Ruy Barbosa, baseada no romance homônimo de Maria Dezonne Pacheco Fernandes, recentemente exibida pelo VIVA.

O horário das 19h havia estreado um mês antes (em 3 de outubro) Bang Bang, de Mário Prata e Carlos Lombardi, exibida até abril de 2006. Foi quando entrou no ar Cobras & Lagartos, de João Emanuel Carneiro, que o VIVA exibe desde agosto.

No SBT, Os Ricos Também Choram, de Marcos Lazarini, Aimar Labaki, Gustavo Reiz e Conchi La Branna, da obra de Inés Rodena, estreou em junho de 2005 e terminou em janeiro de 2006, na faixa das 20h. Logo depois era exibida uma reprise de Xica da Silva (1996-1997), de Walcyr Carrasco, produção da àquela altura já extinta Rede Manchete, que começou em março de 2005 e terminaria cerca de um mês da estreia de Belíssima, ou seja, em dezembro.

Após Os Ricos Também Choram, a emissora apostou numa novela mexicana, Mariana da Noite, de Liliana Abud, da obra de Delia Fiallo, exibida de janeiro a julho. Depois, inicialmente às 19h, o SBT lançou a novela Cristal, de Anamaria Nunes, baseada em outro original de Delia Fiallo, que só terminaria em outubro.

Entre as atrações estrangeiras, Rebelde estava no ar em sua primeira temporada, exibida pela emissora de Silvio Santos de agosto de 2005 a março de 2006, no começo da noite. Foi sucedida pela segunda temporada da criação de Pedro Damián, da obra de Cris Morena, e depois pela terceira, e terminou apenas em dezembro de 2006 no Brasil, tendo passado por vários horários entre as faixas das 17h e das 21h.

Na grade vespertina, às 14h15 entre agosto de 2005 e março de 2006 foi exibida uma reprise de Café Com Aroma de Mulher (exibida pela primeira vez no Brasil em 2001), novela colombiana escrita por Fernando Gaitán, o mesmo autor de Betty, a Feia.

Na sequência, a partir de abril, foi exibida a mexicana inédita Laços de Amor (1995), de Liliana Abud e Carmen Daniels, da obra de Jorge Soriano Lozano. O último capítulo da história, que trazia Lucero em três papéis, foi ao ar na mesma sexta-feira do fim de Belíssima, 7 de julho.

Às 15h, Canavial de Paixões (2003-2004), de Henrique Zambelli e Simone Boer, da obra de Caridad Bravo Adams. Nesta que foi sua primeira reprise, a novela esteve em cartaz de outubro de 2005 a março de 2006. Substituindo-a na grade entrou no ar a primeira das (até aqui) três reprises de Rubi no SBT. A história escrita por Ximena Suárez, da obra de Yolanda Vargas Dulché, havia sido apresentada pela emissora no ano anterior.

Fernando Gaitán teve outra obra sua exibida pelo SBT entre março de 2006 e março de 2007, e justamente a versão mexicana de Betty, a Feia: A Feia Mais Bela, que rodou pela programação do começo da noite até a faixa das 22h.

Na Record, o sucesso de A Escrava Isaura (2004-2005) e Essas Mulheres (2005) tinha prosseguimento com Prova de Amor, de Tiago Santiago, lançada em outubro de 2005 e exibida até julho de 2006. E, por falar em A Escrava Isaura, em novembro de 2005 a novela já voltou ao ar, às 21h.

Empolgada com o bom momento, além da faixa das 19h, estabilizada com os títulos citados, a emissora lançou uma segunda faixa de novelas, inicialmente no ar às 20h. Lauro César Muniz inaugurou-a com Cidadão Brasileiro, releitura de Escalada (1975), escrita por ele para a TV Globo.

Na Band, os primeiros dias de Belíssima no ar coincidiram com os últimos da primeira temporada da adaptação brasileira de Floribella, escrita por Jaqueline Vargas e Patrícia Moretzsohn a partir do original de Cris Morena. A atração infantojuvenil era exibida na faixa das 20h.

Após um hiato de cerca de um mês, no começo de 2006 começou ao ir o programa Diário de Floribella, no qual a atriz Úrsula Corona relembrava cenas marcantes da primeira temporada enquanto preparava terreno para a estreia da segunda, que ocorreu em 23 de janeiro.

No segundo semestre de 2005, a TV Cultura de São Paulo reapresentou algumas das novelas do ciclo Telerromance. Entre novembro e dezembro foi exibida As Cinco Panelas de Ouro (1982), de Sérgio Jockymann, da obra de Antônio de Alcântara Machado.