Adaptado por Bruno Luperi, o remake de Pantanal estreia dia 28 de março no horário nobre da Globo. Ao que parece, a trama irá apresentar algumas mudanças em relação à história original, escrita por Benedito Ruy Barbosa, avô de Luperi.
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A primeira versão, vale lembrar, foi transmitida pela extinta Rede Manchete no ano de 1990, ou seja, já faz 32 anos. Portanto, muitas narrativas usadas no enredo à época não podem ser aceitas mais nos tempos atuais pelo simples fato de serem ofensivas e preconceituosas.
Homofobia
Falas homofóbicas, por exemplo, faziam parte do roteiro de alguns personagens de Pantanal, sobretudo do protagonista José Leôncio. Em 1990, o peão que se torna fazendeiro foi dividido por Paulo Gorgulho e Claudio Marzo. Agora, será feito por Renato Góes e Marcos Palmeira.
Na trama, o pantaneiro proferia frases homofóbicas dirigidas ao filho Jove, papel que foi de Marcos Winter e será de Jesuíta Barbosa. O pai ficou 20 anos sem ver o rapaz e no reencontro passou a rotulá-lo por seu jeito de se vestir e seu comportamento. Segundo o Notícias da TV, na Pantanal atual, Zé Leôncio só vai criticar o garoto por conta das diferenças culturais.
Na verão antiga Jove também sofreu nas mãos de outra personagem, Nalvinha (Flávia Monteiro), uma ex-namorada sua que, para se vingar por ver o rapaz com Juma (Cristiana Oliveira), a nova eleita, espalha que diversos nomes pejorativos para dizer que ele é gay. Já na novela roteirizada pela Globo, essa antiga namorada existirá, mas o apelo homofóbico não mais.
Trama de Zaqueu
Além das alterações em parte da história de Jove, a nova Pantanal apresentará uma transformação na abordagem do personagem Zaqueu, vivido por Silvero Pereira.
Zaqueu, que na primeira versão foi feito por João Alberto Pinheiro, já falecido, é o mordomo da casa de José Leôncio, recém-chegado do Rio de Janeiro. Em sua estadia, ele acaba se apaixonando por Alcides, antes feito por Ângelo Antônio e agora vivido por Juliano Cazarré.
Na história de 1990, Zaqueu sofria discriminação de diversos personagens e quase não tinha trégua no roteiro, que era recheado de piadas homofóbicas.
No remake da Globo, de acordo com o Notícias da TV, a trajetória de Zaqueu foi repaginada, ganhando até defensores das falas preconceituosas ditas por Tenório, vilão da trama vivido por Murilo Benício.
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